CAP9 - Sistema Respiratório Flashcards
Quais são as funções principais do sistema respiratório?
Uma grande quantidade de CO2 faz baixar pH, o que vai implicar alterações noutros sistemas, como o sanguíneo, pulmonar, renal. O sistema respiratório fornece oxigénio, elimina CO2, regula pH sanguíneo e produz sons.
Quais são as quatro etapas envolvidas nas trocas gasosas no sistema respiratório?
Trocas gasosas envolvem 4 etapas: movimentos respiratórios baseados no diafragma que é um musculo de contração involuntária, mas sobre o qual conseguimos ter algum poder; difusão de gases na superfície respiratória, ou seja, nos alvéolos onde a v tem de permitir que o co2 que circula no sangue passa para os alvéolos e o o2 passa para o sangue para oxigenar se forma eficiente (não pode ter uma pressão demasiado baixa); transporte de gases; difusão nos capilares, o O2 não consegue passar para vasos de grande calibre, tem de percorrer o menor trajeto possível por isso é que passa nos capilares. Mesmo assim, para passar do alvéolo para o sangue precisa de passar pelas 2 membrana do alvéolo e 2 membranas da célula do capilar. O espaço intersticial é o espaço que vai da célula do alvéolo ao capilar, tem tendência acumular líquido e não queremos acumular líquido pois dificulta as trocas de gases – diminui taxa de eficiência de trocas gasosas.
Explique a diferença entre ventilação e respiração no contexto do sistema respiratório.
A ventilação é a troca de gases entre a atmosfera/água e os pulmões/branquias. Envolve pressões gasosas e contração muscular. A respiração externa ou difusão são as trocas gasosas entre os alvéolos e o sangue (pulmonar) e entre este e as células (tecidular). Nos alvéolos, a pressão parcial do oxigénio é maior do que nas artérias pulmonares, logo o oxigénio tem tendência a sair. Por outro lado, a pressão parcial do CO2 nos alvéolos é menor do que nas artérias pulmonar, logo o CO2 tem tendência a entrar para os alvéolos.
Como é o transporte do CO2?
A maior parte de CO2 é transportado sob a forma de bicarbonato pela anidrase carbónica dentro do glóbulo vermelho. Uma menor parte liga-se à hemoglobina (grupos carbamino). A dissolução do CO2 é baixa no plasma, logo tem apenas sete por cento. A maior parte do oxigénio é transportado pela hemoglobina, e pouca é dissolvido no plasma.
Explicita todas as características da hemoglobina.
A hemoglobina tem 4 subunidades (2 alfa e 2 beta) onde cada uma tem um grupo heme, e cada subunidade liga-se a uma molécula de dióxido de carbono. Contudo, a hemoglobina tem mais afinidade para o CO do que para o oxigénio. A afinidade da HB para o oxigénio varia com a pressão parcial deste gás, ou seja, é alta a pressões altas e baixa a pressões baixas, facilitando a libertação de oxigénio para as células. A afinidade da HB com o oxigénio diminui com tª mais elevadas; diminui com a diminuição do PH; diminui com a ligação a fosfatos orgânicos (ATP, GTP, DPG); diminui com o aumento do CO2; diminui com o tipo de hemoglobina.
Se a afinidade da HB por O2 aumentar,…
Se a afinidade da HB por O2 aumentar, mais rápido satura, logo preciso de uma menor pressão e menores quantidade de oxigénio para saturar. A deslocação da curva de dissociação para a direita facilita a difusão de O2 a nível celular.
Como é a velocidade da conversão de CO2 em bicarbonato?
A reação do CO2 para formar bicarbonato nos tecidos é lenta, mas rápida nos glóbulos vermelhos, sempre catalisada pela anidrase carbónica. O H+ libertado desta reação vai baixar pH, diminuindo a afinidade da Hb para o oxigénio e libertando-o.
Explica como acontece a troca gasosa com o O2 e o CO2
No pulmão, a anidrase carbónica localizada na membrana pulmonar converte algum iao bicarbonato em CO2. O movimento do CO2 através da membrana respiratória é aumentado pela difusão do bicarbonato e a sua conversão em CO2 na superfície externa – difusão facilitada. O oxigénio que entra nas células desloca os protões da Hb e o CO2 sai para o plasma. As alterações de pH associadas a alterações da pressão do CO2 no sangue e superfície respiratória são desencadeadas pela ligação e libertação de H+ pelo sangue oxigenado e desoxigenado. A transferência de CO2 para o sangue diminui o pH por formação do ião bicarbonato. A concomitante desoxigenação da hemoglobina liberta aceitadores de protões que recebem excesso de H+. A reação oposta ocorre no epitélio respiratório.
Como é conseguido o balanço de cargas?
O balanço de cargas é conseguido através da troca do HCO3 e do Cl pela proteína banda III.
Relaciona a superfície respiratória com a necessidade do oxigénio.
A superfície respiratória é tanto maior quanto maior a necessidade de oxigénio do animal, por exemplo, nos animais com taxas metabólicas maiores. O peixe nada de boca aberta para que o oxigénio da água chegue às branquias e, depois de entrar, a água tem um movimento unidirecional (entra pela boca e sai pelas branquias). O sangue dos insetos não tem funções respiratórias, pois tem um sistema de traqueias. Temos cartilagem na garganta para garantir que as membranas não colam.
Como é que os peixes captam oxigénio?
Os peixes conseguem ir buscar O2 á água do mar através de branquias. Os peixes mais evoluídos as branquias estão protegidas por um osso que é o operculum. O peixe ao nadar abre a boca, entra água que é canalizada para as branquias que abrem e permite a saída da
água. As taxas de ventilação são superiores aos animais terrestres pois a água tem menos oxigénio. Cada orifício das lampreias contacta diretamente com as branquias, e a água entra e sai através destes orifícios e não pela boca, permitindo ao peixe que se alimente. Aqui há um fluxo bidirecional da água. Grande parte da osmorregulação dos animais aquáticos ocorre através das branquias, logo nas branquias há trocas de gases e iónicas condicionadas pelo pH da água. Assim, o animal pode morrer intoxicado por não conseguir excretar amónia devido ao pH. Quanto maior quantidade de CO2 na água, menor o pH.
Descreve a porção condutora e a respiratória.
A porção respiratória é constituída pelo bronquíolos e alvéolos, e a porção condutora (não há trocas com o meio interno) é constituída por nariz, faringe, laringe, traqueia e brônquios. As tranqueias estão sempre desobstruídas para permitir respiração. A nível dos alvéolos é onde ocorre as trocas. Tem parede finas, com epitélio simples pavimentoso. Tem pneumóticos tipo I que são células epiteliais de revestimento que formam a estrutura da parede alveolar. Os pneumócitos do tipo II são precursores dos pneumócitos tipo I e secretam o surfactante pulmonar que reduz a tensão superficial impedindo o colapso dos alvéolos.
Os pulmões nunca estão totalmente vazios. PorquÊ?
Os pulmões nunca estão totalmente vazios. O volume vital é a respiração normal. Uma inspiração/expiração forçada consegue aumentar/diminuir o volume da caixa torácica. Contudo, há sempre um volume residual para impedir o colapso dos alvéolos pulmonares.
A ventilação pode ser descrita usando vários termos:
- Eupneia: normal quando em repouso
- Hiper ou hipoventilação: aumento ou diminuição da quantidade de ar que entra/sai dos pulmões (variação da frequência ou profundidade).
- Hiperpneia: aumento da ventilação devido a aumento da inspiração como resposta a um aumento do CO2 (exercício).
- Apneia: ausência de ventilação.
- Dispneia: ventilação forçada associada a sensações de falta de ar.
Explica o movimento do diafragama
O diafragma é o musculo de divide a caixa torácica da caixa abdominal, e depois também temos músculos intercostais. Quando inspiramos, o diafragma move para baixo (contrai-se) e aumenta o volume da caixa, diminuindo a pressão parcial dos gases e a tendência é o ar entrar. Quando expiramos, o diafragma desce, relaxa, e a caixa diminui.