CAP3 - Sistema Nervoso Flashcards

1
Q

Qual a função do sistema nervoso?

A

A prosperidade e sobrevivência dos animais depende da sua capacidade de responder apropriadamente e efetivamente aos estímulos ambientais e internos. O sistema nervoso coordena e comanda todas as operações de todos os animais, vai identificar os estímulos provenientes do meio ambiente e produzir respostas para que o corpo se adapte aos mesmos.

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2
Q

O sistema nervoso encontra-se organizado em 2 sistemas:

A

Sistema nervoso central e Sistema nervoso periférico.

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3
Q

O que é o sistema nervoso central?

A

Processamento e integração de informações. É o processador onde se recebe e integra informação e é também o local onde se armazena a memória. Dentro do sistema nervoso central, temos a medula espinal e o encéfalo, sendo que este é constituído pelo cérebro, pelo troncoencefálico e pelo cerebelo. Cada uma destas partes do encéfalo têm uma função específica que interatua com as outras partes. O tronco encefálico está ligado a sensores vitais, regulação do sono e do estado de vigília e faz ainda a ponte para a passagem de informação entre o cérebro o resto do corpo. É protegido pelas meninges. Tudo o que não é protegido pelas meninges não faz parte do sistema nervoso central.

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4
Q

O que é o sistema nervoso periférico?

A

constitui os canais de condução de informações de estímulos desde órgãos recetores até ao sistema nervoso central e destes aos órgãos efetores (glândulas, musculos). Este inclui todos os feixes nervosos que não estão incluídos no sistema nervoso central.

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5
Q

O que são os nervos cranianos? Explica alguns exemplos.

A

Os nervos cranianos emanam diretamente do cérebro, podendo partir de outros locais do sistema central também. O nervo olfativo é o único nervo que está desprotegido e em direto contacto com o exterior.O nervo vago está envolvido numa série de funções, tem uma componente sensitiva que leva informações de uma série de órgãos internos (por exemplo, o intestino que se não estiver a funcionar bem pode provocar alterações a nível do cérebro). Para além disso é muito importante para o funcionamento do sistema nervoso autónomo, nomeadamente para as respostas de regulação rápida face ao stress ou para funções mais relacionadas com o suporte (situações mais calmas). Tem ainda uma componente motora capaz de regular ao mesmo tempo o coração, os pulmões, o palato, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios e o trato gastrointestinal em situações como e sem stress.

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6
Q

Enumera os nervos cranianos e a sua função.

A

Do encéfalo partem dozepares de nervos cranianos:* 3 sensoriais (I, II, VIII)* 5 motores* 4 mistosI-OLFATÓRIOsensitivaPercepção do olfato.II-ÓPTICOsensitivaPercepção visual.III-OCULOMOTORmotoraControle da movimentação do globo ocular, dapupila e do cristalino.IV-TROCLEARmotoraControle da movimentação do globo ocular.V-TRIGÊMEOmistaControle dos movimentos da mastigação (ramomotor);Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes(ramo sensorial).VI-ABDUCENTEmotoraControle da movimentação do globo ocular.VII-FACIALmistaControle dos músculos faciais – mímica facial (ramomotor);Percepção gustativa no terço anterior da língua(ramo sensorial).VIII-VESTÍBULO-COCLEARsensitivaPercepção postural originária do labirinto (ramo vestibular);Percepção auditiva (ramo coclear).IX-GLOSSOFARÍNGEOmistaPercepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe,laringe e palato.X-VAGOmistaPercepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação dasvísceras torácicas e abdominais.XI-ACESSÓRIOmotoraControle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternoclidomastóideo etrapézio.XII-HIPOGLOSSOmotoraControle dos músculos da faringe, da laringe e da língua.

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7
Q

O que são os nervos raquidianos?

A

Os nervos raquidianos emanam da medula espinal, podendo ser divididos em zonas: cervical, torácica, lombar e sagrada ou do cóccix, dependendo da zona em que saem. Todos os nervos que partem da medula espinal são considerados SNP por definição (tem menos proteção, daí a probabilidade de ocorrência de lesão seja maior).

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8
Q

Difere o sistema nervoso simpático e parassimpático.

A

Os sistemas simpáticos e parassimpáticos são antagónicos. No sistema nervoso simpático, todas as conceções nervosas que enervam os órgãos alvo vão emanar de uma porção torácico-lombar da medula espinal e projetam para os gânglios que se encontram muito próximos da medula espinal, isto porque a resposta é levada pelos neurónios até ao gânglio que por sinapse transmite a informação a outros neurônios, agora pós-gânglio, que podem levar essa informação a diferentes alvos. É uma anatomia que permite uma resposta rápida. O sistema nervoso parassimpático faz basicamente o contrário do simpático uma vez que este é responsável pelas respostas que ocorrem quando não há situações de stress. Aqui, os gânglios nervosos ou estão dentro dos órgãos ou então estão em contacto/muito próximos com os órgãos.

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9
Q

Que componentes protegem o sistema nervoso?

A

A proteção do sistema nervoso é feita pelas meninges, líquido cefalorraquidiano e células da microglia (função imunitária).

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10
Q

O que são as meninges?

A

As meninges são membranas feitas de tecido conjuntivo ou mais denso (dura mater) ou mais frouxo (aracnoide e pia mater). A dura mater adjacente e em contacto com o osso e serve de proteção mecânica para a parte mais inferior. A aracnoide é uma fina camada de tecido em contacto com a dura mater que contem umas traves que formam um reticulado até chegar à pia mater. Entre estas duas camadas existe o espaço subaracnóideo que está carregado de capilares e de líquido que formam uma almofada hidrólica contra acelerações, desacelerações, impactos. Existe ainda uma especialização muito importante chamada barreira hematoencefálica que protege contra químicos e patogénios, sendo uma barreira funcional que permite o controlo das substâncias que são trocadas entre o sangue e os neurónios. Estes capilares perdem as meninges, mas têm um tecido epitelial muito fechado e estão em contacto com células de suporte chamadas astrócitos. Estes últimos são responsáveis por filtrar as substâncias que vão chegar aos neurónios.

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11
Q

O que é o líquido cefalorraquidiano?

A

O líquido cefalorraquidiano que tem uma constituição bem determinada e iso-osmótica. Circula á volta do cérebro e de todo o sistema nervoso central → responsável pela homeostasia celular nos espaços entre as células (importante a nível das sinapses, no SNP) e pela proteção mecânica. No espaço subaracnoide há muitos vasos sanguíneos, mas também líquido que serve como almofada, conferindo proteção hidráulica a acelerações, desacelerações, impactos, … É produzido no plexo coroide, pelas células ependimárias que podem ou não ter cílios e que lhe conferem movimento. É absorvido pelas vilosidades da aracnoide. Este líquido é produzido e eliminado a um ritmo de 600 mL/dia, sendo que só estão em circulação cerca de 150 mL.

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12
Q

O que são células de microglia?

A

Por fim, as células da microglia são células neuronais com função imunitária equivalente à dos macrófagos na periferia, que fagocitam, reconhecem partículas estranhas, destroem bactérias, destroem poeiras (função de proteção mais ativa). Uma célula da microglia normal tem uma estrutura muito ramificada para que possa “chegar” a vários locais no SNC e detetar possíveis ameaças (o SNC é muito compacto e o movimento destas células é muito reduzido). Estas células estão carregadas de recetores e libertam substâncias que interagem com outras células da microglia. Quando há uma lesão, estas células começam a ramificar, incham e, por fim, começam a fazer fagocitose, pinocitose, etc → havendo uma proliferação da microglia. Acredita-se que todos as doenças neroudegenerativas estão em grande parte relacionadas com a infamação da microglia.

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13
Q

Qual a função do lobo frontal?

A

Lobo frontal: principal lobo e tem uma variedade de funções. É composto por um córtex motor, responsável pelo movimento →coordena a ação motora. Ao lado temos o córtex integradormotor que é uma área integradora motora → área que pensa sobre a ação motora (área integradora → área que pensa sobre determinada ação).

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14
Q

Qual a função do córtex pré-frontal?

A

O córtex pré-frontal recebe informações de muitas outras áreas do cérebro, nomeadamente sensoriais e memórias. Pensa-se que aqui reside a nossa personalidade e onde está a consciência de si e do exterior (perceber que está vento ou interações sociais). É ainda aqui que estão guardadas as memórias de longo prazo.

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15
Q

Qual a função do lobo parietal?

A

Lobo parietal: é uma zona que contem o córtex sensorial somático I → tudo o que é projeções de sensações e órgãos sensitivos está associado este córtex → informação é integrada no córtex associativo somático → vai para o córtex integrativo → permite perceber os estímulos. Existe uma zona que permite perceber a linguagem → ligada ao córtex auditivo.

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16
Q

Qual a função do lobo occipital?

A

Lobo Occipital: este lobo recebe a informação visual → gere essa informação no córtex associativo visual → Lobo especializado na visão.

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17
Q

Qual a função do lobo temporal?

A

Lobo temporal: para além de ter o córtex auditivo (recebe informação auditiva), tem também o córtex associativo da audição (associar som ao que se está a passar). Zona especializada chamada hipocampo → responsável pela memória de curto prazo que entra por esta zona → é projetada para outras zonas (córtex pré-frontal).

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18
Q

O que é a zona de Wernicke?

A

A zona de Wernicke é a área sensorial da linguagem que permite perceber a linguagem que é ouvida e está envolvida na componente de contexto → permite fazer frases com sentido.

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19
Q

Como varia a densidade dos neurónios no corpo?

A

A densidade de neurónios varia nas diferentes partes do corpo, facilmente observado pela densidade de discriminação (capacidade de distinguir a picada de duas agulhas como duas picas e não como uma), a qual é mais curta na cara (2 mm) do que nas costas (70 mm) → existem mais neurónios na cara (complexidade de comunicação). A distribuição é muito diferente ao longo do corpo, sendo maior nas zonas das mãos e da face.

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20
Q

O que entendes por plasticidade cortical?

A

Plasticidade cortical: capacidade que o cérebro tem em que determinadas zonas assumem funções que antes não tinham em resposta, por exemplo, a uma lesão. Está ligada a outro tipo de plasticidade que vamos ver mais à frente - a das sinapses, onde podem potenciar determinadas sinapses em detrimento de outras de maneira a poderem assumir a função que não lhe competia.

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21
Q

O que difere o lado direito e esquerdo do cérebro?

A

De forma genérica, o lado esquerdo do cérebro está relacionado com atividades mais rotineiras como: falar sem pensar muito ou sem dar expressão, raciocínio linear de 2,5 palavras por segundo (o raciocínio não linear é mais rápido). A parte mais criativa e emocional pensa-se que está ligado ao lado direito do cérebro que lida com as emoções, mudanças de humor, capacidade de mentir → coisas relacionadas com o lado criativo. Há ainda uma crescente complexidade da parte de trás para a parte da frente do cérebro.Lado direito do cérebro é mais intuitivo, criativo e artístico, e o lado esquerdo é mais racional, lógico, matemáticas. É possível trabalhar mais um lado do cérebro que o outro, mas tem uma componente genética. A personalidade pode estar ligada a morfologia.

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22
Q

A que está associado o córtex frontal?

A

O córtex associativo frontal está associado à personalidade. Phineas Cage teve um acidente de trabalho levando à perda de uma parte do seu córtex frontal. Após a sua recuperação, a sua personalidade tinha mudado completamente. Ele já não era capaz de:* Planeamento do futuro* Iniciativa e criatividade* Adaptação ao contexto social* Organização do raciocínio* Envolvido na memória de longo prazo

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23
Q

O que fez Egas Moniz?

A

Egas Moniz introduziu a lobotomia para tratar casos de esquizofrenia. Removiam parte do lobo frontal para tornar os doentes mais calmos, no entanto, eles ficavam com os mesmos problemas que Phineas Cage.

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24
Q

O que é o neurónio?

A

É a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso, é eletricamente excitável, gerando sinais elétricos na membrana, que transmite a outras células sem perda de corrente através do movimento de iões. O neurónio recebe, processa, analisa e gera uma resposta. O seu funcionamento é semelhante em todos os animais.

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25
Q

Diz duas características particulares dos neurónios:

A

O axónio é um prolongamento único especializado na condução de impulsos que transmitem informação do neurónio para outras células. Muitos estão revestidos por uma bainha isolante de mielina. A sua porção final é muito ramificada – telodendrites. O corpo celular pode ter corpúsculos de nissl que é um local de síntese proteica. No corpo celular encontram-se todos os organelos, como mitocôndria, ribossomas, núcleo. Os ribossomas são importantes na síntese proteica, sendo que muitas substâncias libertadas pelo neurónios são proteínas. As placas motoras que tem as telodendrites vão comunicar com várias células e isso leva a uma resposta. O sentido do estímulo é sempre no mesmo sentido. A mielina aumenta a velocidade do impulso elétrico.

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26
Q

Quais os tipos de neurónios? (de acordo com a sua morfologia)

A

Neurónios bipolares (retina): dois prolongamentos celulares (dendrite e axónio);
* Neurónios multipolares (células piramidais do córtex): mais de dois prolongamentos celulares; maioria dos neurónios
* Neurónios pseudo-unipolares (gânglios raquidianos): o prolongamento único que se divide em dois (um dirige-se para a periferia e outro para o SNC); os dois prolongamentos com características morfológicas e electrofisiológicas de axónios; as arborizaçõesterminais do ramo periférico recebem estímulos e funcionam como dendrites; o estímulo passa diretamente das dendrites para o terminal axónico.

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27
Q

Quais os tipos de neurónios? (de acordo com a sua função)

A
  • Neurónios sensoriais ou aferentes: Recolhem a informação do meio exterior ou interior e conduzem-na ao sistema nervoso central, isto é, transportam a mensagem da periferia à espinal medula e ao cérebro. Um lado do axónio – Sensores que captam os estímulos. Outro lado – Telodendrites. O corpo celular localiza-se sensivelmente a meio do axónio.
  • Neurónios conectores ou interneurónios: Transmitem o sinal desde os neurónios sensitivos ao sistema nervosocentral. Ligam neurónios motores entre si. Axónio bastante reduzido, em que o corpo celular e as dendrites estão ligadas diretamente à arborização terminal, onde se localizam as telodendrites.
  • Neurónios motores ou eferentes ou efetores: Transmitem o sinal desde o sistema nervoso central ao órgão efector para que este realize a ação que foi ordenada pelo encéfalo ou pela medula espinal
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28
Q

O que são oligodendrócitos?

A

Os oligodendrócitos produzem as bainhas de mielina (às vezes envolvendo mais que um neurónio). Isto é uma característica única (as células de schwann apenas envolvem um neurónio enquanto os oligodendrócitos podem envolver vários). São isolantes elétricos para os neurónios do sistema nervoso central (>velocidade de condução 200 m/s) e têm prolongamentos que se enrolam em volta dos axónios formando camadas de isolamento.

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29
Q

O que são as células de Schwann?

A

As células de schawnn têm a mesma função dos oligodendrócitos, mas localizam-se em volta dos axónios do sistema nervoso periférico. Estas diferem dos oligodendrócitospois por estarem associados a um único axónio. Estas células contactam com os neurónios não mielinizados, mas não envolem o axónio.

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30
Q

O que são as bainhas de mielina?

A

As bainhas de meielina são extensões dos oligodendrocitos ou células de schwann que se enrolam repetidamente em torno de um segmento de um axónio de modo a formarmembranas fortemente apertadas. A bainha possui falhas/interrupções que se chamam nódulos de ranvier. Os axónios não mielinizados, apoiam-se numa invaginação dos olidendrocitos ou células de shwann e são rodeados por uma extensão de citoplasma, mas não estão no interior das células.

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31
Q

O que são os astrócitos?

A

Os astrócitos são constituintes do tecido nervoso que têm dois tipos de funções: a sua função metabólica e homeostática permite que captem e reciclem os neurotransmissores, sintetizam fatores neurotróficos, ou seja, produzem moléculas que fazem com que os neurónios sobrevivam e que controlam a neurogénese, ou seja, a criação e o recrutamento de novos neurónios para a via neuronal, regulam a pressão sanguínea e regulam o metabolismo acumulando glucose para nutrir neurónios; função protetora pois compõem a barreira hematoencefálica.

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32
Q

Quais as funções das diferentes partes do neurónio?

A

Dendrites: recebe o estímulo e transmite-os ao corpo celular (impulsos de natureza excitatória ou inibitória
Corpo celular: a ponderação de resposta chega ao corpo celular e pode ou não dar origem a um impulso nervoso. Tem funções metabólicas como qualquer célula (síntese de proteínas, por exemplo), mas também tem a função de passar a informação para o cone de iniciação de propagação.
Axónios: especializados no processo de condução da informação sem perdas da força de sinal.
Axónios terminais: ramificações do axónio que permitem transmitis o sinal simultaneamente a várias células (plasticidade sináptica). é o local onde vão ser ativados os mecanismos de libertação dos neurotransmissores nos terminais nervosos.

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33
Q

Qual a ordem de circulação de informação entre neurónios?

A

O circuito neuronal é constituído pelo neurónio aferentes, os quais recebem informações dos órgãos sensoriais, os inter-neurónios põem em contacto os neurónios aferentes e eferentes, os quais vão levar o sinal aos órgãos efetores.

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34
Q

Quais os dois tipos de propriedades elétricas da membrana do neurónio?

A

A. Propriedades eléctricas Passivas (comuns a outroscondutores eléctricos e que dependem da parteestrutural da membrana)
* Capacitância
* Condutância
B. Propriedades eléctricas Activas:
Capacidade de condução dos sinais eléctricos sem perda de sinal
Dependem da presença de canais iónicos dependentes devoltagem distribuídos em locais da MC com função de sinalização(membranas axonais)

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35
Q

Propriedades elétricas das membranas:

A

Resistência, Condutância e Corrente

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36
Q

Diz o que entendes por resistência das membranas?

A

Resistência (R): Impermeabilidade à passagem de iões (cargas) atravessarem a membrana através de canais iónicos; A membrana biológica só com fosfolípidos tem uma resistência muito grande, mas a resistência real é muito menor porque esta também é composta por proteínas. A resistência da membrana diminui porque as proteínas conferem permeabilidade aos iões.

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37
Q

Diz o que entendes por condutância das membranas.

A

Condutância (g): Permeabilidade da membrana à passagem de iões (cargas) através de canais iónicos. A condutância é o inverso da resistência. Pode-se pensar nele como um canal fechado ou aberto. Se estiver fechado → condutância diminui; se estiver aberto → condutância aumenta. É usada para medir, sob certas condições, o que é que a célula é capaz de conduzir.

38
Q

Diz o que entendes por corrente das membranas.

A

Corrente (I): Fluxo de iões (cargas) através de canais iónicos. 𝐼 = 𝑉/𝑅 = 𝑔. 𝑉 (lei de Ohm), onde V é a força eletromotriz. O que passa pelos canais é um fluxo de iões que constitui uma corrente de cargas elétricas. Os iões que passam pelos canais, como levam cargas com eles, geram corrente e que é passível de ser medida (sabemos o que está a passar, o que não está a passar e como é que está a passar e podemos determinar a corrente). Esta corrente é tanto maior quanto maior for a força motriz e quanto menor for a resistência. A força motriz só vai passar se o canal estiver aberto. Se o canal estiver fechado, a força pode ser enorme, mas não vai haver corrente.

39
Q

Temos membranas biológicas com permeabilidades seletivas (canais abertos ou fechados). Olhando só para o K+ o que deverá acontecer?

A

As membranas biológicas tem permeabilidades seletivas.
a)
Numa situação em que os dois compartimentos têm concentrações iguais, e a membrana só é permeável ao fluxo de K+, o fluxo de K+ vai ser 0 e o potencial de membrana também vai ser 0.
b)
Se aumentarmos a concentração num dos lados, há tendência dos iões passaram do lado de maior concentração para o lado de menor concentração. Nesta mobilização, os iões de K+ levam consigo a carga positiva e gera-se uma maior densidade de cargas positivas do lado para onde os iões vão e uma maior densidade de cargas negativas do lado de onde eles saem. Gera-se automaticamente uma força eletromotriz de atração de cargas positivas e negativas dos diferentes lados que tende para um equilíbrio. O K+ passa para o lado onde a concentração menor, mas, devido à atração de cargas, o K+ tem tendência a voltar para o compartimento de onde saiu porque é atraído pelas cargas negativas. A força eletromotriz (fem) então produzida compensa a tendência do K + se difundir contra o gradiente de concentração – equilíbrio eletroquímico.
c)
Se aplicarmos uma força eletromotriz externa, ex. uma bateria, podemos contrariar o gradiente de concentração químico: Como o Cl – não se difunde através da membrana, este não influencia o estado de equilíbrio; Não ocorre nenhuma alteração da concentração de KCl nos dois compartimentos durante o processo; O número de iões K+ que atravessa a membrana para o compartimento II é igual ao que passa para o I pela força eletrostática.

40
Q

Potencial de equilíbrio: Equação de Nernst. Diz o que entendes por ela.

A

Permite calcular a diferença de potencial resultante de um ponto de equilíbrio a partir da relação da concentração do iao móvel, dentro e fora no neurónio. Ex será positivo se x for um catião e a sua concentração externa seja maior do que a interna, e será negativo se x for um anião e a sua concentração externa seja menor do que a interna. A representação do potencial de equilíbrio mostra que uma pequena variação na concentração extracelular provoca alterações muito grandes no potencial (os valores tornam-se muito menos eletronegativos). Podemos alterar as características das células alterando a concentração extracelular de iões. O cálcio tem uma tendência enorme para despolarizar membranas devido ao seu alto potencial de equilíbrio.
No entanto, a equação de Nernst tem limitações: só funciona quando estamos a ter em conta um único ião. No entanto, a membrana plasmática é permeável a vários iões, que contribuem para a diferença de potencial da membrana. Ou seja, esta equação não é aplicável em situações reais. Para além disso, as diferenças de concentração são mantidas por transporte ativo, com gasto de energia. Como o gradiente de concentração é estável, estamos perante um estado estacionário e a equação de Nernst só se aplica em situações de equilíbrio.

41
Q

Potencial de equilíbrio: Equação de Goldman. Diz o que entendes por ela.

A

Surge então a equação de Goldman que tem conta os vários equilíbrios que contribuem para o potencial de membrana, mostrando assim de forma mais fidedigna o que acontece em situações reais. Esta equação dá-nos o potencial de estado estacionário (Vm), sendo que este é dependente da permeabilidade e concentração extracelular e intracelular das espécies iónicas permeantes.

42
Q

Como se mede a diferença de potencial de duas membranas?

A

Uma célula eletricamente excitável responde a variações do potencial elétrico e gera um potencial de ação, o qual pode ser medido por elétrodos. Existe uma diferença de potencial elétrico (V) através da MC de todas as células animais: V=Vin-Vext= (-9 a -99mV). Apenas células eletricamente excitáveis (neurónios e fibras musculares) podem responder a alterações do seu potencial transmembranar através de um potencial de ação (PA).Um fluxo de iões através da membrana pode ser detetado como corrente elétrica usando elétrodos. Colocam-se 2 elétrodos, um no citosol, outro no meio extracelular, e regista-se a diferença de potencial através da membrana, designado por potencial de através da membrana (em voltes). O valor de -70 mV é o normal para o potencial de membrana.

43
Q

O que é o potencial de repouso?

A

O potencial de membrana de uma célula excitável em repouso, isto é, que não está a transmitir informação varia de -40 a -99 mV (interior com excesso de cargas negativas). O potencial de repouso é determinado pela diferente permeabilidade da membrana para o sódio e o potássio (maior saída de K+ da célula); Diferentes gradientes eletroquímicos entre os dois lados da membrana para o sódio e o potássio mantidos através da bomba de sódio-potássio (3 Na+ bombeados para fora e 2 K+ para dentro da célula). Considerando que no repouso existe um efluxo de K+ e um influxo de Na+, as células mantêm o gradiente de concentração desses iões devido à atividade da bomba Na+ /K+ -ATPase, pois não ocorre dissipação do gradiente químico. No potencial de repouso a permeabilidade ao k+ é 50x maior do que ao Na+, logo quando flui em direção ao seu potencial de equilíbrio eletroquímico gera a maior parte do potencial de repouso.

44
Q

Para que os neurónios possam exercer a sua função de transmissão de sinal, as suas membranas sofrem alterações ao estado de equilíbrio que podem ser de dois tipos:

A

A hiperpolarização é o aumento da magnitude da diferença de potencial ao longo da membrana. Ocorre quando o interior da célula fica mais negativo. Isto consegue-se por entrada de cloro em zonas em este existe em maior quantidade no meio extracelular por
canais de cloro ou aumentando a saída de potássio através do aumento do número de canais. A célula fica mais polarizada.
A despolarização é a diminuição da magnitude da diferença de potencial ao longo da membrana. Ocorre através da entrada de cargas positivas (Na+ e Ca 2+) - é por isso que é preciso ter maior gradiente de Na+ e Ca 2+ (que vale por dois pois é 2+ e tem também o maior gradiente) no exterior. A entrada de cargas positivas despolariza a membrana. Ou diminuir o número de canais de K + abertos - há uma menor saída de K + da célula e perde a densidade negativa que gera o potencial.

45
Q

Como ocorre a mensagem no neurónio?

A

A propagação do estímulo através do neurónio dá-se através de flutuações nos estados de equilíbrio dos gradientes dos vários iões (Na+ , K+ , Cl- , Ca2+) que são mantidos direta ou indiretamente pela bomba Na+ /K+ - ATPase (2/3 da energia livre das células é canalizada para a manutenção destes canais). Estes gradientes permitem exercer trabalho e sinalização. Assim, os canais iónicos são a principal ponte de fluxo do gradiente elétrico e podem ser divididos em 3:

46
Q

Como podem ser divididos os canais iónicos?

A

Canal com portão de voltagem (CPV): uma diferença de potencial faz com que os canais abram alterando a atividade da célula, como os canais de sódio e potássio.
Canal com portão de ligante (CPL): é o mecanismo mais comum em quase todos os neurotransmissores. Dependem do estímulo químico, por exemplo, da acetilcolina.
Canal com portão mecânico: são ativados por forças mecânicas aplicadas às membranas, como a pressão.

47
Q

Qual a característica particular dos canais de sódio?

A

Tem uma comporta de ativação e uma comporta de inativaçao. Quando está fechado (repouso), a porta de ativação está fechada e a porta de inativação está aberta. Quando está aberto (despolarização) a porta de ativação abre e o sódio passa para dentro da célula. Quando está inativado, a porta de inativação fecha passado algum tempo e o sódio deixa de passar, sendo que a porta de ativação continua aberta.

48
Q

Características dos canais de potássio:

A

Os canais de potássio respondem mais lentamente a alterações de voltagem. A condutância do ião K + varia pouco até que o PA está próximo do pico. Após o pico do PA a condutância do ião K+ mantém-se elevada até que o K+ atinja o potencial de equilíbrio e a membrana seja repolarizada; O efluxo de K+ conduz à reposição do Vm normal do potencial de repouso, à medida que a condutância do ião K+ diminui. Existem alguns canais de potássio que são sensíveis à voltagem, mas estes são menos que os que estão constitutivamente abertos.

49
Q

Características dos canais de cálcio.

A

Despolarização da membrana juntamente com o Na+. Em algumas células é responsável por toda a corrente elétrica que entra na célula e, portanto, pela despolarização (fibras lisas e cardíacas). Canais de Ca2+ são lentos e normalmente são ativados pelos canais de Na+ durante a despolarização. Tem duas funções importantes: Propagar um impulso nervoso e também levam carga com eles e podem contribuir para o impulso elétrico; Atua como mensageiro intracelular, no caso da libertação de neurotransmissores.

50
Q

O que acontece no potencial de ação?

A

O Potencial de ação deve-se a alterações da condutância iónica através da membrana: 1. Aumento rápido da condutância (g) do Na+ (gNa+ ); 2. Diminuição da condutância do Na+ (inativação canais) e aumento lento da gK+ ; 3. Hiperpolarização devido à permanência de uma condutância de K+ elevada por algum tempo.

51
Q

O que é o período refratário?

A

Período refratário é o período após um PA em que é impossível ou muito difícil desencadear outro PA.

52
Q

Quais os tipos de períodos refratários?

A

O período refratário absoluto ocorre quando um estímulo é desencadeado durante um PA ou imediatamente após não origina um segundo PA. Membrana em período de excitabilidade nula: Canais Na+ totalmente inativos; Canais de K + ainda se encontram abertos. O período refratário relativo ocorre se um estímulo é desencadeado ligeiramente mais tarde, pode desencadear um segundo PA desde que esteja acima do limiar da estimulação; a resposta vai ser de amplitude mais reduzida; lei do tudo ou
nada não se aplica aqui. Necessário uma despolarização acima do normal pois entrada de Na+ é diminuída: - Muitos canais Na+ estão já fechados e a maioria permanece inativa; o nº mais reduzido de canais exige um PA superior - Canais de K + ainda se encontram abertos.

53
Q

A despolarização é causada por um segmento do axónio não consegue depolarizar o segmento anterior. Porquê?

A

A despolarização é causada por um segmento do axónio não consegue depolarizar o segmento anterior porque este ainda está no período refratário absoluto. Só anda para a frente porque os canais da frente estão prontos para a despolarização. A despolarização faz abrir os canais de Na+ que por sua vez estimulam outros a abrir – feedback positivo – apenas interrompido pela inativaçao intrínseca dos canais de sódio.

54
Q

A propagação do potencial de ação das fibras não mielínicas é muito mais lenta que nas fibras mielínicas. Porquê?

A

A propagação do potencial de ação das fibras não mielínicas é muito mais lenta que nas fibras mielínicas porque temos um segmento que é despolarizado e que vai despolarizar o segmento exatamente a seguir. Dá como que uma ativação de todos os segmentos do axónio, o que diminui a velocidade de propagação. É muito contínua no espaço.

55
Q

Condução saltatória. O que é?

A

Nos axónios mielinizados temos zonas chamadas nódulos de Ranvier onde o potencial é gerado. Nos nódulos há uma entrada maciça de sódio que se difunde eletronicamente (difusão normal, mas com carga) na lateral e anda aquele milímetro. Ao andar para trás encontra os canais dessensibilizados e não acontece nada. Ao andar para a frente e vai ativar o nodulo seguinte. Esta difusão é mais rápida que andar a gerar potenciais em todos os canais. Quanto mais isolado, menores são as perdas de carga (maior é a resistência) e melhor se irá propagar o potencial. Isto é a condução saltatória e é 50 vezes mais rápida.

56
Q

Os canais de potássio, para que servem?

A

Nalguns tipos de neurónios, os canais de potássio suplementares não são necessários, desde que estes tenham dessensibilização dos canais de sódio e a propagação eletrotónica para conseguirem a unidirecionalidade. No entanto, os canais de potássio permitem uma repolarização mais rápida e permitem que uma fibra seja usada com maior frequência. Quanto mais frequente for o estímulo, maior a sua intensidade e para ter esta frequência maior, é preciso que a repolarização seja rápida.

57
Q

O que é uma sinapse?

A

Uma sinapse é a união entre 2 neurónios ou entre um neurónio e uma fibra muscular.

58
Q

A passagem de informação pode dar-se a vários níveis:

A

Axodendrítica: entre axónio e dendrite (mais comum); Axossomática: entre axónio e corpo celular; Axoaxónica: entre axónio e axónio (é comum quando temos um neurónio excitatório que tem de ser regulado. então, há um
neurónio inibitório que faz sinapse axónio-axónio para que a estimulação seja inibida antes de chegar à célula); Dendrocendrítica: entre dendrite e axónio.

59
Q

O que postularam Galvani e Volta?

A

Galvani (1791) e Volta (1792): postulam a existência de um “fino fluido elétrico” entre o nervo e os músculos esqueléticos (rã). Volta, ao observar a estrutura anatómica do torpedo (composto por 514 células justapostas chamadas eletrócitos que recebem enervação em quantidade gigantesca) isto deu origem à pilha (inicialmente um órgão de torpedo artificial).”,

60
Q

O que descobriu Bois-Reymond?

A

“Bois-Reymond: descobriu que o potencial de ação e sugeriu a existência “de uma secreção estimulatória constituída por uma fina camada de amónia, ácido láctico, ou outra “poderosa substância”. Surge então a questão: “Será esta passagem de natureza química ou elétrica”.”,O que descobriu Bois-Reymond?

61
Q

O que descobriu Camillo Golgi?,

A

“Camillo Golgi, 1843-1926: SNC constituído por uma rede de células em anastomose (sincício, em contacto). Fez isto através da coloração com nitrato de prata que não era perfeita e lhe deu imagens que sugeriam que as células estavam em sincício. Doutrina Reticular”,O que descobriu Camillo Golgi?

62
Q

O que descobriu Santiago Ramón y Cajal?,

A

“Santiago Ramón y Cajal, 1852-1934: neurónio como unidade estrutural e funcional do SNC. Defendia que não havia sincício, ou seja, os neurónios eram separados por pequenosespaços e não estavam em contacto uns com os outros. Usou nitrato de prata em menor quantidade e mais diluída, o que lhe permitiu obter imagens mais nítidas. Doutrina Neuronal”,O que descobriu Santiago Ramón y Cajal?

63
Q

O que demonstrou Sir Charles Sherrington?,

A

“Sir Charles Sherrington, 1857-1952: chama sinapse Ãs sinapses (do grego synapto que significa agarrar com firmeza) Partilhou das ideias de Cajal e disse que a sinapse era uma zona de contacto muito estreita/muito agarrada. Demonstrou que envia o reflexo espinal, percebeu que o fluxo de informação era unidirecional e que haia um atraso sináptico, o que não ia de acordo com a teoria do sincício. Descobriu também a existência do atraso sináptico. Devido a este atraso, postulou-se que a transmissão teria uma natureza química (não havia qualquer outro motivo para a existência de um atraso). Chama-se à primeira metade do século: guerra das centelhas (aqueles que diziam que a natureza era elétrica) e das sopas (aqueles que diziam que a natureza era química).”,O que demonstrou Sir Charles Sherrington?

64
Q

Sinapse eletrica

A

Há uma transmissão de iões, não há atraso. Permitem a passagem de mol com baixo peso molecular e corrente elétrica. Permitem passagem do impulso através de canais proteicos hexaméricos (conexões) - gap junctions (junções de hiato) entre 2 células próxima. São menos numerosas, permitem a passagem de mol. hidrossolúveis de PM < 1200-1500 e de corrente elétrica.

65
Q

Como é a transmissão da sinapse elétrica?

A

Transmissão de impulso via junções de hiato: Transmissão rápida de impulso com atraso sináptico breve (condução + rápida); Conduzem o impulso bidireccionalmente (comunicação entre citoplasma das 2 células, não acontece na sinapse química); Origina potenciais eletrotónicos graduais cuja amplitude Vm depende da intensidade do estímulo e da resistência e capacitância da MC; são sinais elétricos que vão perdendo sinal à medida que são transmitidos; funcionam para distâncias neuronais curtas (funcionam nos neurónios sensoriais SNC). Localizam-se no córtex, retina e neurónios sensoriais.

66
Q

Sinapses químicas:

A

São sinapses mais numerosas; as membranas celulares estão separadas pela fenda sináptica; Desencadeiam PA através de canais iónicos sensíveis á voltagem, sem perda de sinal podendo ser transmitido por longas distâncias; transmissão envolvendo a libertação pré-sináptica de um neurotransmissor que se liga a Recetores pós-sinápticos, alterando o potencial de membrana (despolarização); conduzem o impulso unidireccionalmente através da fenda sináptica; promovem um atraso sináptico (condução + lenta do que nas elétricas), relativamente à condução axonal; permitem a Integração sináptica: Potencial de ação (resposta neuronal binária) resulta da integração de múltiplos sinais (excitatórios e inibitórios).

67
Q

Integração sináptica:

A

para inibir um neurónio podemos hiperpolarizar a membrana e tornar o gradiente mais negativo.

68
Q

Distingue neurónio excitatório de inibitório.

A

Um neurónio excitatório só produz neurotransmissores excitatórios; causa uma mudança elétrica excitatória no potencial pós sináptico; o efeito do transmissor libertado é despolarizar a membrana; o efeito é mediado pela aberta de canais de sódio e de cálcio; ex. acetilcolina.
Um neurónio inibitório causa um potencial inibitório pós sináptico; o efeito do transmissor libertado é hiperpolarizar
a membrana (inibe formação de PA); há abertura de canais de cálcio e potássio; ex. GABA.

69
Q

O que entendes por kiss and run?

A

Podemos ter vesicula sinápticas que optem pelo kiss and run onde a vesicula liberta os neurotransmissores na membrana e depois pode ser reusada. Nas vesiculas full fusion, elas colapsam totalmente na membrana.

70
Q

Neurotransmissores:

A

o neurónio pré-sináptico contém/sintetiza o NT; estimulação resulta na libertação pré-sináptica do NT; ligação do NT a recetores pós-sinápticos desencadeia efeitos; o efeito pós-sináptico do NT é mimetizado por agonistas e impedido por antagonistas; o efeito do NT cessa quando este é removido da sinapse.

71
Q

Sinapses químicas rápidas:

A

neurotransmissores libertados na zona ativa atuam diretamente sobre os canais iónicos ativados por ligandos na membrana pós-sináptica, alterando a sua condutância iónica: -pequenas moléculas orgânicas sintetizadas e armazenas nos terminais dos axónios: acetilcolina. O recetor característico é o ionotrópico. O Ca2+ intracelular é necessário para que ocorra fusão da vesícula pré-sináptica com a membrana pré-sináptica e libertação de neurotransmissores. Quando chega o PA, as vesicula fundem-se com a membrana terminal, há exocitose do transmissor, este liga-se aos recetores pós-sinápticos, os canais de iões abrem e, por fim, o transmissor é removido. Os canais iónicos ativados pela acetilcolina são permeáveis ao sódio e ao potássio.

72
Q

Sinapses químicas lentas:

A

neurotransmissores ligam-se a recetores da membrana pós-sináptica e alteraram canais iónicos através de mensageiros secundários libertados intracelularmente - moléculas grandes (aminas biogénicas e neuropéptidos) sintetizadas no corpo celular; ligam-se a uma proteína-G. O recetor característico é o metabotrópico, tem um efeito mais demorado e o mensageiro secundário modifica a excitabilidade do neurónico pós-sináptico. Quando o neurotransmissor se liga ao recetor metabotrópico, este está ligado á proteína G e a subunidade alfa vai: abrir canais de potássio; libertar AMPc ou GMPc; ativar a transcrição génica (ativadores químicos celulares específicos); ativar uma ou mais enzimas intracelulares (proteínas e mudanças estruturais).

73
Q

O que são neurotransmissores

A

Se um neurónio pós-sináptico propaga o PA depende de: NT que se difunde; Recetor a que se liga; Ião que entra/sai do neurónio pós-sináptico; do Potencial da membrana. Os neurotransmissores excitatórios abrem canais pós-sinápicos de sódio (entra) e gera-se PA (despolarização), ex. acetilcolina, glutamato. Os neurotransmissores inibitórios abrem canais de sódio ou de cloro, hiperpolarização da membrana, ex. GABA.

74
Q

Como se remove um neurotransmissor?

A

As sinapses químicas são reguladas por cálcio – calmodulina. A proteína cínase regula a quantidade do neurotransmissor que é libertada. Para remover o neurotransmissor é necessário difusão para fora da fenda sináptica, segundo o gradiente de concentração; degradação enzimática (condiciona o tempo de ação), por exemplo acetilcolinesterase degrada acetilcolina (Ach), monoamina oxidase degrada monoaminas; recaptura por transportadores para o interior da célula pre-sináptica. A capacidade de armazenamento do neurotransmissor influencia a resposta.

75
Q

Síntese e armazenamento de neurotransmissores:

A

Nos neurotransmissores peptídicos, um peptídio precursor é sintetizado no retículo endoplasmático rugoso e é clivado no aparelho de Golgi, resultando o neurotransmissor ativo. Os grânulos secretores são transportados até ao terminal axonal, onde são armazenados.
Nos neurotransmissores aminoácidos e aminas, as enzimas convertem moléculas precursoras em neurotransmissores no citosol. Os transportadores proteicos carregam os neurotransmissores para dentro da vesícula sináptica no terminal axonal, onde ficam armazenadas.

76
Q

Acetilcolina:

A

É usada pelos neurónios motores, do SNA e do sistema nervoso simpático. Estes neurónios dizem-se colinérgicos. ACh é sintetizada nos terminais sinápticos a partir da colina e acetil CoA. ACh deve ser removida rapidamente para permitir que ocorra a repolarização. A hidrólise é realizada pela enzima acetilcolinesterase.

77
Q

Aonde se pode ligar a acetilcolina?

A

A Ach pode se ligar a dois recetores, o recetor nicotinico ou muscarinico, sendo que a celula não tem estes dois recetores ao mesmo tempo. Há acumulação nas vesículas, é libertada para a fenda e é hidrolisada em colina e acetato. A degradação só acontece depois de a acetilcolina interagir com recetores. Os recetores muscarínicos e nicotínicos são os ditos recetores colinérgicos, pois possuem funções e especificidades farmacológicas diferentes.

78
Q

O que é o recetor nicotinico?

A

O recetor nicotínico funciona como canal iónico e tem como agonista a nicotina e como antagonista o curare. São recetores ganglionares e temos também recetores nicotínicos musculares que dependem da nossa vontade. A extremidade do neurónio tem uma placa achatada, uma placa motora, e tem uma resposta rápida.

79
Q

O recetor muscarínico:

A

O recetor muscarínico tem como agonista a muscarina e antagonista atropina. Estes podem se localizar no coração, glândulas, musculo liso, endotélio, pâncreas e pulmão. Existem num tecido muscular cuja contração não controlamos. Acetilcolina nao se liga diretamente um canal, liga-se a um recetor e esse é que se vai ligar ao canal de potássio – hiperpolarização. A hiperpolarização faz com que os canais de potássio se abram, e causa inibição, batimento cardíaco mais lento, inibição lenta. A despolarização tem os canais

80
Q

Agonistas da acetilcolina

A

*
Alfa-latrotoxina: O veneno faz com que o cálcio entre fazendo com que haja uma maior concentraçao. Liberta Ach, age como um ionóforo de cálcio e provoca ansiedade, tremores e excitabilidade.
*
Amanita muscaria: Ativa recetores muscarínicos, ativa o recetor inibitório pois
abre o canal de potássio e hiperpolariza a
membrana, inibindo a resposta. Intoxicaçoes graves com este cogumelo causam delírio.
*
Planta alcaloide: Produz inibidor reversível na acetilcolina, e inibe a hidrolise da ach.
*
Gás sarim: inibe a degraçao da acetilcolina.

81
Q

Antagonistas da acetilcolina

A

*
Clostridium botulinum: bloqueia fusao da vesicula e libertaçao da acetilcolina. Provoca relaxamento muscular (toxina botulínica – botox)
*
Atropa balladonna: o alcaloide produzido por esta planta, atropina, bloqueia a ação da acetilcolina nos recetores muscarinicos. Dilata a pupila e causa enjoo.
*
Alfa-bungarotoxina: esta proteína impede a abertura do recetor nicotínico da acetilcolina através de uma ligaçao irreversível. Porovoca paralisia muscular.
*
Curare (alfa-tubocurarina): impede a abertura do recetor nicotínico de acetilcolina de acetilcolina. Provoca paralisia muscular e pode ser usado como anestésico em cirurgias.

82
Q

Norepinefrina

A

A amina biogénica usada pelos neurónios do SNA simpático. Pode ter um efeito excitatório ou inibitório, dependendo da célula pós-sináptica. NE é sintetizada nos neurónios a partir da tirosina. A síntese final ocorre nas vesiculas sinápticas. Após a sua libertação na fenda sináptica, alguma é reabsorvida, outra é desativada por metilação e removida pela circulação sanguínea. A proteína que degrada os neurotransmissores influencia o tempo de ação.

83
Q

Agonistas da norepinefrina.

A

1.
Estimula a libertação do NT
2.
Inativa enzima que degrada o NT na fenda sináptica (aumentando o tempo de permanência de permanência do nt) e / ou bloqueia a reabsorção do NT (bloqueando os transportadores)
3.
Bloqueia autorrecetores, aumenta a síntese ou libertação do NT
4.
Estimula recetores pós-sinápticos
5.
É percursor do NT

84
Q

antagonistas da norepinefrina.

A

1.
Inibe a libertação do nt
2.
Aumenta a metabolização e reabsorção do nt na fenda sináptica
3.
Estimula autorrecetores, inibindo a síntese ou libertação do nt
4.
Bloqueia recetores pós-sinápticos
5.
Inibe a síntese do nt e / ou previne o seu armazenamento em vesiculas

85
Q

GABA:

A

É o neurotransmissor inibitório mais comum no cérebro, pode ligar-se a vários tipos de recetores e é derivado do glutamato. No recetor GABAa ionotrópico (agonistas do GABA), o canal iónico de cloro abre após o GABA se ligar, provocando uma hiperpolarizao – resposta mais rápida. O álcool inibe a resposta do cérebro, pois afeta muito o GABA. No recetor GABAb metabotrópico, o GABA liga-se à proteína transmembranar complexas acoplada a uma proteína G, mas precisa de um mensageiro secundário, que se liga a um canal iónico (potássio na pos-sinática e cálcio na pre-sináptica) – resposta mais lenta.

86
Q

Agonistas do GABA

A

Nos agonistas do GABA, se o GABA se ligar ao recetor, abre os canais de cálcio e deixa passar estes iões, assim como se for o benzodiacepins a ligar-se ao resultar. Ambos resultam numa hiperpolarização da membrana. Há inibição da nossa parte cerebral.

87
Q

Serotonina:

A

É uma monoamina e tem como recetores proteínas G e canais iónicos. Provoca efeitos a nível da: perceção sensorial; regulação da temperatura; indução do sono; controlo de comportamentos e disposição; regulação do apetite; regulação da circulação sanguínea cerebral. O PROZAC inibe recaptura de serotonina e pode ser usado como tratamento da depressão. LSD é um alucinogénio, agonista serotoninérgico, que ativa de recetores 5HT2A- D2. O eletriptano pertence a um grupo de medicamentos designados por agonistas dos recetores da serotonina, e pode provocar vasoconstrição dos vasos intracraneais e reduz enxaqueca.

88
Q

As drogas presinápticas:

A

As drogas presinápticas podem ser usadas como: inibidores da recaptação de serotonina (IRS), inibidores seletivos da recaptação de sódio ou antidepressivos tricíclicos; inibidores da degradação através da inibição da monoaminooxidase (IMAO); inibidores do armazenamento pela anfetamina, metildenidato ou modafinil.

89
Q

Células recetoras:

A

Os recetores sensitivos são as células nervosas que são adequados a responder a um estímulo (sonoro, luminoso, odorífero, tátil). O estímulo adequado (cada recetor responde só a um estímulo, para saber que é aquele mais nenhum), normalmente implica uma verificação do sinal mas nem sempre, que origina um potencial de ação. É mediado por: Neurónios: olfativos, fotorrecetores e recetores de tato; Células epiteliais: papilas gustativas, células ciliadas do ouvido.

90
Q

Transdução e amplificação.

A

A transdução ocorre quando a energia dos estímulos é convertida em impulsos nervosos pelas células recetoras, levando á abertura (ou encerramento) de canais e origina um potencial de ação (passagem a um sinal elétrico). A amplificação é a abertura crescente de canais que pode levar ou não a uma resposta da membrana.

91
Q

Arco reflexo:

A

O axónio do neurónio motor está conectado ao músculo e encaminha a resposta “mexe-te”. De imediato, esse músculo contrai e a perna movimenta-se. Para a perna mexer para frente envolve o trabalho de apenas dois neurônios: o sensorial e o motor. O neurónio sensorial está ligado ao neurónio motor para dar uma resposta mais rápida.