Câncer ginecológico Flashcards

1
Q

Características epidemiológicas do câncer de colo uterino

A

Neoplasia genital mais frequente em países subdesenvolvidos
Predomina na região norte do Brasil, onde ultrapassa a mortalidade do câncer de mama
3º câncer ginecológico mais comum no Brasil e no mudo
4ª causa de morte por câncer no sexo feminino

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2
Q

Fatores de risco para câncer de colo uterino

A

HPV
Início precoce da vida sexual
Múltiplos parceiros
Multiparidade
Tabagismo
Baixo nível socioeconômico
Uso de ACO

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3
Q

Tecido que compõe o endométrio

A

Epitélio glandular

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4
Q

Tecido que compõe o miométrio

A

Tecido muscular liso

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5
Q

Tecido que compõe o ectocérvice

A

Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado

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6
Q

Tecido que compõe o endocérvice

A

Epitélio cilíndrico simples com glândulas mucosas

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7
Q

Tipo de câncer originado no endométrio

A

Adenocarcinoma

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8
Q

Tipo de câncer originado no miométrio

A

Leiomiosarcoma

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9
Q

Tipo de câncer originado no ectocérvice

A

Carcinoma de células escamosas

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10
Q

Tipo de câncer originado no endocérvice

A

Adenocarcinoma

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11
Q

Defina zona de transformação

A

Área entre a JEC original e a JEC nova

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12
Q

Metaplasia escamosa do colo uterino

A

Epitélio colunar da endocérvice se transforma no epitélio estratificado da ectocérvice

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13
Q

Cistos de Naboth

A

Glândulas de epitélio cilíndrico original permanecem no local e são recobertas por epitélio escamoso e ainda secretam muco

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14
Q

Neoplasia intraepitelial cervical (NIC)

A

Lesão pré-invasiva do colo uterino que geralmente surge na zona de transformação

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15
Q

Duração média da fase precursora para a doença invasiva na NIC

A

10 anos

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16
Q

NIC I

A

Displasia leve - 1/3 inferior

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17
Q

NIC II

A

Displasia moderada - 1/3 médio

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18
Q

NIC III

A

Carcinoma in situ (displasia severa) - todo o epitélio

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19
Q

Por que o HPV causa câncer

A

Inativa o p53

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20
Q

Quantas das NIC estão relacionadas com o HPV

A

90%

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21
Q

Sorotipos do HPV de alto risco para câncer de colo

A

16 e 18

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22
Q

Sorotipos do HPV relacionados com verruga genital

A

6 e 11

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23
Q

Vacinação contra HPV segundo o MS-SUS

A

Meninas de 9-14 anos
Meninos de 11-14 anos
Imunossupressos de 9-45 anos

3 doses em 0, 2 e 6m

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24
Q

Tempo médio de progressão do carcinoma in situ para câncer invasivo

A

5-10 anos

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25
Potencial de regressão, persistência, progressão e invasão do NIC I
Regressão - 60% Persistência - 30% Progressão - 10% Invasão - 1%
26
Potencial de regressão, persistência, progressão e invasão do NIC II
Regressão - 40% Persistência - 40% Progressão - 20% Invasão - 5%
27
Potencial de regressão e invasão do NIC IIi
Regressão - 33% Invasão - >12%
28
Potencial de regressão, persistência, progressão e invasão do NIC II
Regressão - 40% Persistência - 40% Progressão - 20% Invasão - 5%
29
Explique por que o NIC I tem alto grau de regressão em 1-3 anos
As pacientes geralmente acometidas são mais novas, com a imunidade elevada.
30
Principais locais de disseminação hematogênica da NIC
Pulmão, fígado, linfonodos mediastinais e ossos
31
Recomendações para o exame de colpocitologia oncótica (preventivo)
Abstinência sexual por 2 dias Não usar cremes ou duchas vaginais por 2 dias Não estar menstruada Ausência de infecções vaginais
32
Rastreio/Prevenção secundária do câncer cervical
Colposcopia dos 25-59 anos, anualmente. Após 2 resultados normais, trienalmente
33
Classificação de Bethesta para células escamosas
Células escamosas atípicas (ASC) Atípicas de significado indeterminado (ASCUS) HSIL não pode ser excluído (ASC-H) Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (NIC I) Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC II e III) Carcinoma escamoso
34
Classificação de Bethesda para células glandulares
Células glandulares atípicas (AGC; endocervicais, endometriais ou não especificadas) Células glandulares atípias a favor de neoplasia Adenocarcinoma in situ (AIS) Adenocarcinoma
35
Conduta para NIC I
Repetir colpocitologia em 6m
36
Conduta para NIC II e III
Encaminhamento imediato para a colposcopia, para confirmação histopatológica de que não há invasão do tecido conjuntivo
37
Objetico da colposcopia
Obter o diagnóstico histopatológico com os testes do ácido acético e de Schiller
38
No que se baseia o teste do ácido acético na colposcopia?
O ácido acético interage com proteínas e tornam o epitélio mais claro >> Suspeito de câncer
39
No que se baseia o teste de Schiller na colposcopia
O lugol cora o glicogênio nas células, tornando-as mais escuras. A ausência de glicogênio levanta suspeita para câncer (alto consumo) e aparece amarelado ao teste (iodo - = Schiller +)
40
O que é conização
Pequena cirurgia que é feita para retirar um pedaço do colo do útero
41
Objetivos da conização
Diagnóstico (manda pra anatomia patológica) e terapêutico (remove a neoplasia)
42
Indicações para conização
Confirmação histológica de NIC II/III/Carcinoma in situ Colposcopia insatisfatória Discordância entre citopatológico e histologia
43
Conduta para atipia de células glandulares
Colposcopia imediata
44
Conduta para células escamosas atípicas não neoplásicas (ASC-US)
< 25 anos -> Repete em 3 anos 25-29 anos -> Repete em 1 ano >= 30 anos -> Repete em 6m
45
Conduta para células escamosas atípicas que não se pode excluir neoplasia
Colposcopia imediata
46
Tipos histológicos do carcinoma invasor
Carcinoma epidermoide 85-90% Adenocarcinoma 10-15% (Sarcomas, melanoma, carcinoma pequenas células e metástase)
47
Exame físico no câncer ginecológico
Toque vaginal e retal, avaliação linfonodal supraclavicular e inguinal
48
Exames de imagem no câncer ginecológico
TC de tórax e abdome, RM da pelve, retossigmoidoscopia, urografia excretora e PET-CT
49
Quadro clínico do carcinoma invasor de colo do útero
Sangramento vaginal intermitente e indolor Corrimento vaginal de odor fétido Formas avançadas: dor retal e pélvica profunda, lombalgia, cólica ureteral e edema de membros inferiores
50
Indicação da retossigmoidoscopia no carcinoma invasor de colo do útero
Suspeita de invasão do reto
51
Indicação da urografia excretora no carcinoma invasor de colo do útero
Suspeita de hidronefrose
52
Como é o estadiamento do câncer de colo uterino
Estadiamento clínico, diferente do TNM, preconizado pela FIGO
53
FIGO Estágio I - câncer de colo
Câncer limitado ao colo do útero
54
FIGO Estágio II - câncer de colo
Carcinoma estende-se além do cérvice, mas não atinge parede pélvica nem o terço inferior da vagina
55
FIGO Estágio III - câncer de colo
Carcinoma estende-se à parede pélvica e pode envolver o terço inferior da vagina + qualquer um com hidronefrose
56
FIGO Estágio IV - câncer de colo
O carcinoma estende-se além da pelve verdadeira ou clinicamente, envolve mucosa da bexiga ou reto
57
Tratamento do câncer de colo estágio Ia1 (<3mm de profundidade e 7 mm de extensão)
Histerectomia extrafascial tipo I de Piver
58
Tratamento do câncer de colo estágio Ia2 (3-5mm de profundidade e até 7 mm de extensão)
Histerectomia extrafascial tipo II de Piver + linfadenectomia pélvica
59
Tratamento do câncer de colo estágio IIa1 (Lesões clínicas até 4 cm de tamanho além do cérvice)
Histerectomia tipo III Tde Piver ou Werthein-Meigs RT + QT
60
Fármacos quimioterápicos no câncer de colo uterino
Cisplatina +/- Gencitabina
61
Tratamento no câncer de colo uterino dos estágios IIa2 até IVa
RT externa + QT >> Braquiterapia (RT interna)
62
Indicação para exenteração pélvica primária
Estágio IVa em caso de fístula vesicovaginal ou retovaginal
63
Tratamento da doença metastática de colo uterino
QT paliativa
64
Características epidemiológicas do câncer de endométrio
Neoplasia ginecológica mais comum em países desenvolvidos Idade mediana de 61 anos Sobrevida em 5 anos de 81.1% Em pacientes jovens, é associada a síndrome genética (Lynch)
65
Fatores de risco par câncer de endométrio
Exposição a estrogênios Obesidade (+ HAS e DM) Menopausa tardia e menarca precoce Nuliparidade Anovulação crônica Uso de tamozifeno Hiperplasia ou pólipo endometrial prévios Síndrome de Lynch Tumores ovarianos produtores de estrógeno
66
Fatores protetores contra câncer de endométrio
ACO (diminui em 30% o risco) Idade avançada no último parto Amamentação Tabagismo Dieta equilibrada Atividade física Consumo de café Uso de AAS
67
Quadro clínico inicial do câncer de endométrio
> 95%: sangrmento genital ou corrimento purulento
68
Primeiro exame de imagem no diagnóstico de câncer de endométrio
USG transvaginal
69
Utilidade do USG transvaginal no câncer de endométrio
Avaliação da espessura do endométrio >> Espessado é suspeito de câncer
70
Espessuras normais do endométrio
Até 5mm em mulheres menopausadas sem reposição Até 10mm em mulheres em reposição hormonal
71
Como é feita a biópsia no câncer de endométrio
Aspiração de tecido do endométrio por histeroscopia
72
Tipos histológicos do câncer de endométrio
Adenocarcinoma endometrioide - 80% Adenocarcinoma mucinoso - 5% (bom prog) Adenocarcinoma sero-papilífero - 3-4% (agressivo) Adenocarcinoma de células claras - <5% (muito agressivo) Carcinoma escamoso (raro e agressivo)
73
Características do adenocarcinoma endometrioide
É o tipo clássico 80% dos casos Maior agressividade em grau, atipia nuclear, diferenciação escamosa
74
Exames de estadiamento no câncer de endométrio
Lavado peritoneal para citologia oncótica Exploração da cavidade abdominal (video) TC de tórax e abdome RNM de abdome
75
Medidas cirúrgicas terapêuticas/diagnósticas no câncer de endométrio
Omentectomia infra-mesocólica; Histerectomia total com salpingo-ooforectomia bilateral; Linfadenectomia pélvica e retroperitoneal sistemáticas. (Biópsia de tudo que for retirado)
76
Principal marcador tumoral no câncer de endométrio
CA 125
77
Estágio I FIGO - câncer de endométrio
Carcinoma confinado ao corpo uterino
78
Estágio II FIGO - câncer de endométrio
Carcinoma invade o estroma cervical, mas restrito ao útero
79
Estágio III FIGO - câncer de endométrio
Carcinoma com infiltração local ou regional
80
Estágio IV FIGO - câncer de endométrio
Metástases à distância, incluindo intra-abdominal e/ou linfonodos inguinais
81
Tratamento curativo para câncer de endométrio
Histerectomia total com salpingooforectomia bilateral + biópsia de LN sentinela
82
Indicações para RT no câncer de endométrio
Adjuvância em paciente com alto risco de recorrência Paliação na metástase Resgate de recidivas vaginais e pélvicas Fatores adversos potenciais
83
Indicação de QT adjuvante no câncer de endométrio
Estágios III e IV
84
Principais agentes quimioterápicos no câncer de endométrio
Cisplatina, carboplatina, Doxorrubicina, Paclitaxel
85
Fármacos utilizados na hormonioterapia no câncer de endométrio
Medroxiprogesterona ou Megestrol
86
Taxa de resposta da hormonioterapia no câncer de endométrio
10-30%, sendo melhor em tumores bem diferenciados e com RH +
87
Indicação para hormonioterapia no câncer de endométrio
Doença avançada ou recidiva
88
Tipos de sarcomas uterinos
Carcinossarcoma Leiomiossarcoma Sarcomas do estroma endometrial Adenossarcoma
89
Conduta nos sarcomas uterinos
Cirurgia e depois RT ou QT
90
Características epidemiológicas do câncer de ovário
Câncer feminino mais letal 6% dos tumores malignos em mulheres Risco durante a vida de 0,,02% 70-75% diagnóstico tardio Mutação BRCA predispõe
91
Características sintomatológicas do câncer de ovário
Silencioso > só percebe na metástase Se manifesta como ascite > principal sítio de metástase é o peritôneo Dor/peso abdominopélvico Dispepsia Sintomas urinários Distúrbios menstruais Massa palpável Suboclusão intestinal Derrame pleural
92
Fatores de risco para câncer de ovário
História familiar (1 parente de 1º grau = risco de 5% / 3 ou + = risco de 40%)
93
Principal exame de imagem para visualizar câncer de ovário
USG pélvico com doppler
94
Exames de estadiamento no câncer de ovário
RM de abdome e TC de tórax
95
Principal marcador tumoral
CA 125
96
Aumento de CA 125 associa a tumores malignos em quantos dos casos?
80%
97
Tipo histológico mais comum no câncer de ovário
Tumores epiteliais (85-90%)
98
Tratamento padrão de tumores ovarianos epiteliais
Cirurgia >> QT adj com platina
99
Como se dá o estadiamento dos tumores ovarianos epiteliais
O estadiamento é cirúrgico: Citologia oncótica do líquido ascítico ou lavado peritoneal Análise da cavidade peritoneal (vídeo) Biópsia ou ressecção das aderências, omento, útero, trompas, ovários e linfonodos
100
Estágio I - câncer de ovário
Tumor limitado aos ovários
101
Estágio II - câncer de ovário
Tumor com extensão à pelve
102
Estágio III - câncer de ovário
Tumor com implantes além da pelve e/ou linfonodos inguinais, pélvicos e retroperitoneais positivos. Metástase de superfície hepática. Invasão de intestino delgado ou omento.
103
Estágio IV - câncer de ovário
Tumor com metástases à distância Derrame pleural Metástase de parênquima hepático
104
Primeira medida cirúrgica no câncer de ovário
Laparotomia diagnóstica + estadiamento + Debulking
105
Indicação para QT adjuvante no câncer de ovário
A partir do estágio IC
106
Medicação a ser considerada nos estágios IV e IIIC do câncer de ovário
Bevacizumabe (anti antigênico)
107
Medicações quimioterápicas adjuvantes no câncer de ovário
Taxol e carboplatina
108
Quimioterápicos para recidiva no câncer de ovário
Doxorrubicina lipossomal, Gencitabina, Topotecano, Olaparibeativa.
109
Características dos tumores germinativos de ovário
20-30 anos Sempre dosar b-HCG e alfafetoprotéina 60-70% é diagnosticado no EC1
110
Quadro clínico dos tumores germinativos de ovário
Massa abdominal e dor
111
Tipos histológicos de tumores germinativos de ovário
Disgerminoma Tumor do seio endométrico Teratoma imaturo Carcinoma embrionário Coriocarcinoma Poliembrioma Tumores mistos
112
Tratameto dos tumores germinativos de ovário
Ressecção cirúrgica QT adjuvante com PEB RT
113
Esquema de QT paliativa nos tumores germinativos de ovário
PEB ou VIP
114
Esquema de QT de resgate nos tumores germinativos de ovário
TIP, VeIP, GEMOX
115
Tumores germinativos que positivam o beta-HCG
Disgerminoma (às vezes) Carcinoma embrionário Coriocarcinoma Poliembrioma (às vezes)
116
Tumores germinativos AFP +
Tumor do seio endodérmico Teratoma imaturo (às vezes) Carcinoma embrionário Coriocarcinoma Poliembrioma (às vezes)