Câncer Colorretal Flashcards

1
Q

Carcinogênese do câncer colorretal

A

Mutação do gene APC: forma pólipos
>
Mutação da B-catenina e K-ras: induz displasia
>
Mutação do P53: induz invasão da membrana basal

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2
Q

Importância da displasia nos pólipos

A

Sem displasia: não tem risco de malignização

Com displasia: risco de malignização

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3
Q

Classificação de risco para câncer colorretal

A

Baixo: população geral

Moderado: familiares de primeiro grau com câncer colorretal

Alto: PAF, Lynch, RCU, D. Crohn

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4
Q

Rastreamento de câncer de colorretal para baixo risco

A

A partir de 45/50 anos
- Colonoscopia a cada 10 anos
- TIF sangue oculto anual
- RTS a cada 10 anos + TIF anual
- Colonografia por TC a cada 5 anos
- DNA fecal a cada 3 anos
- Sangue oculto por Guaiac anual
- Sigmoidoscopia a cada 5 anos

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5
Q

Rastreamento de câncer colorretal para moderado risco

A

A partir dos 40 anos ou 10 anos da idade que o familiar teve câncer
- Colonoscopia

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6
Q

Rastreamento de câncer de colorretal para alto risco

A

PAF: 12 anos
Lynch: 20 anos a cada 2 anos e anual após 35 anos
RCU: 8 anos após dx
D. Crohn: 8 anos após dx
Radiação: 5 anos após rt a cada 5 anos

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7
Q

Qual localização do tumor tem pior prognóstico?

A

Cólon direito: poucos sintomas > diagnóstico tardio

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8
Q

Sintomas de câncer colorretal

A

Colón direito
- Anemia, fadiga, massa palpável. Dificilmente obstrução intestinal, sangue oculto nas fezes

Colón esquerdo
- Hematoquezia, alteração do hábito intestinal e consistência das fezes, obstrução

Reto
- Tenesmo, dor e calibre diminuído de fezes, obstrução

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9
Q

Exames para estadiamento de CA de reto

A

Tomografia de Tórax e Abdome superior

Ressonância Magnética de Pelve

CEA

Colonoscopia completa

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10
Q

Exames para estadiamento de CA de cólon

A

Tomografia de Tórax, Abdome superior e Pelve

CEA

Colonoscopia completa

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11
Q

% de tumor sincrônico

A

10%

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12
Q

Indicação de colonoscopia virtual

A

Lesões intransponíveis, mas conseguiu preparar o cólon

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13
Q

Estadiamento T de câncer colorretal

A

T1 = invade submucosa

T2 = invade muscular própria

T3 = passa a muscular própria e invade tecidos pericólicos

T4 = peritônio visceral ou outras estruturas
T4a – peritônio visceral
T4b – órgãos adjacentes

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14
Q

Estadiamento N de câncer colorretal

A

NX Linfonodos não avaliados
N0 Sem linfonodos comprometidos
N1 1 a 3 linfonodos +
N1a 1 linfonodo
N1b 2-3 linfonodos
N1c depósitos na subserosa ou mesenterio
N2 4 ou + linfonodos +
N2a 4-6
N2b >7

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15
Q

Estadiamento M de câncer colorretal

A

M0 Sem metástase

M1a = Metástase em um órgão ou sítio

M1b = Metástases em dois órgãos ou sítios

M1c = Metástases peritoneais

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16
Q

Estágios do câncer colorretal

A

0 TisN0M0 (in situ)
I T1-T2 N0M0
II T3-T4 N0M0
III TxN+M0
IV TxNxM1

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17
Q

Tratamento de câncer de cólon ou reto intraperitoneal

A

Cirurgia + linfadenectomia

18
Q

Qual a margem necessária para tumor de cólon ou reto intraperitoneal?

A

5 cm

19
Q

Quantos linfonodos são necessários na linfadenectomia de câncer de cólon ou reto intraperitoneal?

A

12

20
Q

Conduta se < 12 linfonodos na linfadecectomia

A

QT adjuvante

21
Q

Tratamento de tumor de reto extraperitoneal (+/- 7 cm da BA)?

A

Neoadjuvância
- 5-Fluoracil + Leucovorin + RT 5040cG
- TNT (novo): diminui recidiva sistêmica tbm

+

Cirurgia (excisão do mesorreto)

22
Q

Qual a margem necessária para tumor de reto extraperitoneal?

A

Margem livre (R0) / +/- 1 cm

23
Q

Indicações de neoadjuvância em tumor de reto extraperitoneal?

A

• T3 ou T4
• Linfonodo positivo
• Tumores distais que envolvem o esfíncter anal
• Envolvimento da fáscia mesorretal

24
Q

Benefícios da neoadjuvância em tumor de reto extraperitoneal?

A

Downstaging
Preservação esfíncter
Diminuição das taxas de recidiva LOCAL do tumor
Possibilidade de resposta patológica completa (Watch and Wait)

25
Q

Taxa de cura após neoadjuvância de reto baixo?

A

25% (Angelita USP)

26
Q

Indicações de amputação abdominoperineal/ Miles

A

Acometimento de esfíncter externo mesmo após neoadjuvância

** algumas provas só colocam 1 cm da BA

27
Q

Critérios de QT adjuvante

A

TNT
Presença de linfonodos positivos (III)
Presença de menos de 12 linfonodos ressecados
Tumor T4?
Cirurgia de urgência em tumores obstruídos e perfurados
Tumores pouco diferenciados
Invasão angiolinfática e perineural

28
Q

Papel da QT neoadjuvante

A

Radiossensibilizador

29
Q

Cirurgia de urgência em paciente com câncer de sigmoide ou reto intraperitoneal

A

Cólon direito bom: Retossigmoidectomia a Hartman (liga artéria e veia mesentérica na origem)

Cólon direito sofrimento: Colectomia total (liga artéria e veia mesentérica na origem)

** Se instável: colectomia parcial e derivação (controle de danos)

30
Q

Cirurgia de urgência em paciente com câncer de reto extraperitoneal

A

Cólon direito bom: Sigmoidostomia em alça > neoadjuvância

Cólon direito sofrimento: Colectomia direita + colostomia em duplo barril (Miculickz)

31
Q

O que é câncer colorretal precoce?

A

Acomete até submucosa
- Tis
- T1

32
Q

Tratamento de câncer de colorretal precoce

A

ESD (até submucosa)
TEM/TEO (toda a parede - até serosa)

33
Q

Classificação de Kudo

A

Tipo I (normal ou arredondado): criptas regulares em tamanho e arranjo. Observados na mucosa normal.
Tipo II (estrelado): abertura das criptas em forma de estrela e com arranjo uniforme. Observados em pólipos hiperplásicos (e lesões serrilhadas).
Tipo IIIS (tubular pequeno): as criptas têm diâmetro menor de sua abertura e com arranjo compactado. Mais frequentemente observado em lesões deprimidas. A maioria destas lesões são adenomas tubulares com baixo grau de displasia.
Tipo IIIL (tubular grande): exibe criptas cuja abertura luminal tem forma tubular e alongada com arranjo regular. Padrão de criptas mais frequentemente associado a lesões polipoides (protrusas) ou plano-elevadas de histologia adenomatosa e com baixo grau de displasia.
Tipo IV (ramificado): reflete presença de criptas tortuosas, exuberantes e ramificadas. Trata-se de padrão de criptas associado a lesões protrusas, sendo a maioria adenomas com componente viloso.
Tipo V (desestruturado): subdivide-se em dois grupos, Vi e Vn. Trata-se de padrão de criptas associado a carcinoma.
Vi (i, do inglês irregular) – são mais frequentemente observados nos adenomas com displasia de alto grau e também para os carcinomas com mínima invasão da submucosa. Observa-se um padrão mais estruturado de criptas irregulares ou encobertas.
Vn (n, do inglês non-structural) – são geralmente carcinomas não precoces, onde a superfície da lesão está mais frequentemente rugosa e exibe ulcerações. Há apagamento das criptas.

34
Q

Importância dos padrões de cripta de Kudo e JNET?

A

Cromoscopia com magnificação: padrão ouro para avaliar profundidade

35
Q

Tratamento de acordo com Kudo

A

I a IV: ressecção endoscópica
Vi: ressecção endoscópica ou cirurgia
Vn: cirurgia

36
Q

Critérios para ressecção endoscópica de câncer colorretal precoce

A

SM1 (< 1000 micras)
Menos de 4cm de diâmetro
Menos de 30-40% da circunferência
Estar dentro de 6cm da margem anal
Ausência de sinais de acometimento linfonodal
Ausência de metástase
Histologia bem diferenciada

37
Q

Critérios de cura após ressecção endoscópica

A

Margens livres
Bem diferenciado (ou moderadamente)
Budding até grau 1
Ausência de invasão linfovascular
Invasão de Sm até 1000 micras (Sm1)

38
Q

Seguimento após ressecção em monobloco de câncer colorretal precoce

A

Risco baixo: 5 – 10 anos
- 1-2 adenomas < 1 cm
Risco intermediário: 3 anos
- 3-4 adenomas pequenos ou 1> 1 cm
- Adenoma avançado (>1cm, viloso ou de AG)
- > 3 adenomas
Risco alto: 1 ano
- > 5 adenomas pequenos ou algum maior que 5cm
- Se maligno: limpar cólon

39
Q

Seguimento após ressecção piecemeal de câncer colorretal precoce

A

Retorno precoce (colonoscopia): 2-6 meses

40
Q

Indicações de fazer tatuagem

A

2 cm proximal e 2 cm distal à lesão

Lesão avançada à cirurgia
Lesão não ressecável endoscopicamente à
cirurgia
Dúvida quanto invasão
Piecemeal > controle
Lesão de difícil identificação