Cabeça Flashcards

1
Q

Descreve de um modo geral a estrutura do crânio

A

Divide-se no neurocrânio e viscerocrânio. O neurocrânio é a camada óssea que cobre o cérebro e as suas meninges e pode ainda ser dividido na calvaria e na base craniana. A calvaria é constituída por ossos principalmente achatados - frontal, parietal e occipital, formados por ossificação intramembranosa e os da base apresentam porções substancialmente achatadas sendo ainda assim irregulares - esfenoide e temporal, formados por ossificação endocondral. O etmoide tem uma pequena contribuição para a base craniana mas pertence principalmente ao viscerocranio. Os ossos da calvaria são unidos por suturas, mas durante a infância alguns /esfenoide e occipital) são unidos por cartilagem hialina - sincondroses.
O Viscerocrânio trata-se dos ossos da face, formando a parte anterior do crânio e consiste da mandíbula, etmoide e vómer (ímpares) e maxilas, conhcas nasais inferiores, zigomáticos, palatinos, nasais e lacrimais (pares).
Encontram-se vários ossos pneumatizados (frontal, temporal, esfenoide e etmoide) que contêm espaços com ar e estes espaços aumentam com a idade.

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Q

Descreva o Aspeto Facial do Crânio

A

Aqui observamos o Fronta, Zigomático, Órbita, Região Nasal, Maxila e Mandíbula.
O Frontal, especificamente a porção escamosa forma a testa, articulando-se inferiormente com o nasal e zigomático, sendo que em alguns adultos persiste a sutura metópica no centro da glabela que se encontra entre os arcos supraciliares (é esta sutura que divide os frontais no crânio fetal). A sua interseção com os nasais forma uma depressão que é um dos pontos craniométricos. Também se articula com o lacrimal, etmoide e esfenoide e a sua porção horizontal forma o topo da órbita e uma pequena porção da base do crânio.
A margem supraorbital apresenta o foramen supraorbital (f.v.n. orbitário) e superiormente está o arco supraciliar que se estende lateralmente a cada lado da glabela e são mais proeminentes nos homens.
Os zigomáticos estão na face ínfero-lateral das órbitas e apoiam-se no maxilar, apresentam o foramen zigomaticofacial no seu aspeto lateral e articulam-se com o frontal, esfenóide e temporal e com o maxilar.
Inferiormente aos nasais está a abertura piriforme e o septo nasal ósseo pode ser observado pela mesma. Na parede lateral de cada cavidade estão as conchas nasais.
O maxilar tem processos alveolares que suportam os dentes maxilares e estes dois ossos estão unidos pela sutura intermaxilar no plano médio. Rodeia a maior parte da abertura piriforme e forma a margem infraorbitário medialmente e têm uma larga ligação com os zigomáticos lateralmente e apresenta o foramen infraorbitário para passagem do fvn homónimo.
A mandíbula tem a forma de U com processos alveolares que servem de suporto para os dentes mandibulares consistindo no corpo e ramos. Inferiormente aos segundos pré-molares estão os foramens mentonianos para o fvn homónimo. Encontramos ainda a protuberânica com o mesmo nome que dá a proeminência triangular do queixo que dá na sínfise mandibular.

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Q

Descreva o Aspeto Lateral do Crânio

A

Formada pelo neuro e viscerocrânio, sendo que do primeiro se destacam a fossa temporal, a abertura do meato acústico externo e o processo mastoide do temporal e do segundo a fossa infratemporal, o arco zigomático e os aspetos laterais da mandíbula e maxilar.
A fossa temporal é delimitada superior e posteriormente pelas linhas temporais superior e inferior, anteriormente pelo frontal e zigomático e inferiormente pelo bordo superior do arco zigomático, formado pela união do processo temporal do zigomático e do processo zigomático to temporal. Na sua porção anterior está o ptério, indicado pela formação de uma estrutura em H - suturas que unem o frontal, parietal, asa maior do esfenoide e temporal.
A abertura do meato acústico externo e este mesmo meato leva à membrana timpânica. O processo mastoide do temporal é póstero-inferior e o processo estiloide do temporal é-lhe ântero-medial.
A fossa infratemporal é um espaço irregular inferior e profundo relativamente ao arco zigomático e à mandíbula e posterior à maxila.

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4
Q

Descreva o Aspeto Occipital do Crânio

A

Constituído pelo occípito (protuberância posterior convexa da parte escamosa do occipital), parte do parietal e partes mastoides dos temporais.
A Protuberância Occipital externa é tipicamente palpável no plano médio e define o inião.
A Crista Occipital Externa desce da protuberância para o foramen magno
A Linha Nucal Superior delimita superiormente o pescoço, estende-se por cada lado da protuberância e a linha inferior é menos distinta. No centro do occípito encontra-se ainda o lambda - junção das suturas lamboides que pode ser sentido como uma depressão.

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5
Q

Descreva o Aspeto Superior do Crânio

A

Forma oval, alarga postero-lateralmente nas eminências parietais e, em algumas pessoas as eminências parietais também são visíveis conferindo um aspeto quase quadrado à calvária.
A Sutura Coronal separa o frontal e parietal, a sagital separa os parietais e a lambdoide o parietal e temporal do occipital. A interseção das suturas sagital e coronal chama-se bergma. O Vértex é o ponto mais superior da calvária, perto do ponto médio da sutura sagital.
O Foramen Parietal é pequeno e inconstante, na porção posterior do osso, perto da sutura sagital. Os foramenes mais irregulares são os foramenes emissários para as veias emissárias.

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6
Q

Descreva a Superfície Externa da Base Craniana

A

A Base do Crânio é constituída pela porção inferior do neurocrânio+ víscerocrânio - mandíbula e a sua superfície externa tem o arco alveolar da maxila, processos palatinos da maxila e os ossos palatino, esfenoide, vómer, temporal e occipital.
O Palato Duro é formado pelos processos palatinos da maxila (anteriormente) e porções horizontais dos palatinos posteriormente. O Bordo Posterior Livre do mesmo projeta-se no plano médio como a espinha nasal posterior. Posteriormente ao incisivo central está o foramen incisivo para onde abrem os canais incisivos.
Os nervos nasopalatinos direitos e esquerdos passam do nariz, por vários canais e forames incisivos. Póstero-lateralemtne estão os forames palatinos maior e menos e finalmente, superiormente ao bordo posterior do palato estão as coanas, separadas pelo vómer.
O Esfenoide, constituído pelo seu corpo, asas maiores, asas menores e processos pterigoideus encontra-se entre o frontal, temporal e occipital. As asas maiores têm superfícies orbitais, temporais e infratemporais (superfície externa) e cerebrais (internamente). Os processos pterigoideus, com lâminas laterais e mediais extendem-se inferiormente para formar a junção do corpo com as asas maiores.
O Sulco para a porção cartilagínea da tuba faringotimpânica fica medial à espinha do esfenoide e inferior à junção das asas maiores com a porção petrosa do temporal. A depressão na porção escamosa do temporal é a fossa mandibular - côndilos da mandíbula com a boca fechada.
O Occipital divide-se em 4 partes com base no foramen magno, por onde passa a medula espinhal, as meninges, artérias vertebrais, artérias espinhais anterior e posterior e CN XI. Na porção lateral do occipital estão os côndilos occipitais - articulação com a coluna. Encontram-se ainda os foramenes jugulares entre o occipital e a porção petrosa do temporal, por onde passa a jugular interna e os CN IX-XI. A entrada da carótida para o canal carotídeo é feita anteriormente a este e os processos mastoides servem de inserções musculares. Os foramenes estilomastoideus (VII e artéria estilomastoideia) ficam posteriormente à base do processo estiloide.

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7
Q

Quais as Estruturas Principais da Superfície Interna da Base do Crânio?

A

3 grandes depressões - fossas cranianas anterior, média e posterior que formam a cavidade craniana.

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8
Q

Descreva a Fossa Craniana Anterior

A

Frontal e etmoide, bem como o corpo e asas menores do esfenoide. Na parte orbital do frontal encontram-se impressões sinuosas. A crista frontal é uma extensão do frontal que tem na sua base o foramen cego para a veia emissária nasal insignificante na vida pós-natal. A Crista Galli fica posterior a este, projetando-se superiormente do etmoide onde tem vários forames pequenos para o CN I.

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9
Q

Descreva a Fossa Craniana Média

A

Póstero-inferior à anterior, da qual está separada pelo limbo esfenoidal que também delimita anteriormente o sulco pré-quiasmático entre canais ópticos, e pelas cristas esfenoidais, formadas principalmente pelos bordos posteriores das asas menores e que se terminam medialmente nos processos clinoideus anteriores. Constituída pela sela turca, asas maiores do esfenoide, porções escamosa e petrosa do temporal e posteriormente é delimitada pelo bordo superior da parte petrosa do temporal e mais medialmente pelo dorso da sela turca.

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10
Q

Descreva a Sela Turca

A

Depressão na Superfície Superior do Esfenóide rodeada pelos processos clinoides anteriores e posteriores. É composta por 3 partes - a sela tubercular (elevação mediana para formar o limite posterior do sulco pré-quiasmático e limite anterior da fossa hipofisial), a fossa pituitária (depressão onde está a hipófise) e o dorso da sela (placa quadrada que se projeta superiormente limitando posteriormente a sela e cujos ângulos súpero-laterais proeminentes formam os processos clinoideus posteriores.

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11
Q

Quais os Forames que podemos encontrar no andar médio da cavidade craniana?

A

Cada lado do corpo do esfenoide:

  • Fissura Orbitária Superior: entre as asas maiores e menores, abre-se anteriormente para a órbita
  • Foramen Redondo - posteriormente à terminação medial da fissura orbitária superior, de trajeto horizontal para se abrir na asa maior do esfenoide anteriormente até à fossa pterigopalatina.
  • Foramen Oval: póstero-lateral ao redondo, abre-se inferiormente para a fossa infratemporal
  • Foramen Espinhoso: póstero-lateralmente ao foramen oval e abre-se para a fossa infratemporal em relação com a espinha do esfenoide.

-Foramen Lácero: póstero-lateralmente à fossa pituitária, na vida está fechado por uma placa cartilagínea. Só algumas artérias meníngicas e pequenas veias apssam pela cartilagem. A Carótida Interna e os plexos simpático e venoso que a acompanham passam pelo aspeto superior da cartilagem e alguns nervos atravessam-na horizontalmente. Deste foramen estende-se póstero-lateralemento o sulco para o nervo petroso maior na superfície ântero-superior da parte petrosa do temporal e um sulco mais pequeno para o petroso menor.

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12
Q

Descreva a Fossa Craniana Posterior

A

Maior e mais profunda, formada pelo occipital e delimitada anteriormente pelo dorso da sela e pelas partes petrosas e mastoides do temporal.
O Clivo estende-se do dorso da sela ao foramen magno, posteriormente ao qual se divide a fossa através da crista occipital interna (que termina na protuberância occipital interna) em duas concavidades bilaterais - fossas cerebelares.
Encontram-se sulcos que demonstram o curso horizontal dos seios transversos e em forma de S dos sigmoideus. O Foramen Jugular dá passagem a vários CN, para além do seio sigmoideu e da veia jugular interna. Ântero-superiormente a este está o meato acústico interno para o CN VII e VIII e artéria labiríntica. O Canal Hipoglossal é superior à margem ântero-lateral do foramen magno.

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13
Q

Descreva as Paredes da Cavidade Craniana

A

Variam em espessura, menos espessas nas mulheres, em crianças e idosos. Os ossos tendem a ser mais finos em regiões que estão cobertos por músculo. Porções mais finas podem ser vistas radiograficamente ou com um crânio seco a luz forte.
A maioria dos ossos da calvária consistem em placas internas (mais fina) e externas de osso separadas por díploe que contém medula óssea vermelha por onde correm canais formados pelas veias diploicas.
Distinguem-se os reforços cranianos, porções mais espessas dos ossos que conduzem as forças passando ao largo das órbitas e cavidade nasal. Distinguem-se os reforços Frontonasal (dos dentes caninos entre as cavidades nasal e orbital até à parte central do frontal), Arco Zigomático - margem orbital lateral (molares até parte lateral do forntal e temporal) e os Occipitais que recebem as forças da coluna.

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14
Q

Descreva as Regiões da Cabeça e da Face

A

Cabeça:

  • Frontal
  • Parietal
  • Occipital
  • Temporal
  • Auricular
  • Mastoide

Facial:

  • Orbital
  • Infra-Orbital
  • Bucal
  • Parótida
  • Zigomática
  • Nasal
  • Oral
  • Mental
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15
Q

Descreva a Face

A

É o aspeto anterior da cabeça. A sua individualidade resulta das variações anatómicas da forma e proeminência relativa dos traços do crânio subjacente, da deposição adiposa, da cor e efeitos do envelhecimento na pele, abundância, natureza e localização do pelo na face e couro cabeludo. O conteúdo adiposo relativamente abundante nas crianças evita o colapso das bochechas durante a sucção. O crescimento dos ossos faciais demora mais tempo que os da calvária.

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16
Q

Descreva o Couro Cabeludo

A

Consiste em Pele e tecido subcutâneo que cobre o neurocrânio da linha nucal superior até à margem supra-orbital, lateralmente estende-se por cima da fáscia temporal e arcos zigomáticos. Apresenta 5 camadas, sendo que as 3 primeiras se movem como uma unidade.

  • Skin
  • Connective Tissue
  • Aponeurosis
  • Loose areolar tissue
  • Pericranium
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17
Q

Descreva os Músculos da Face e Couro Cabeludo

A

TABELA MOORE

18
Q

Quais os Nervos Cutâneos da Face e do Couro Cabeludo?

A

O nervo trigémio tem duas raízes - uma motora e uma sensitiva. Apresenta 3 divisões de acordo com a área onde se termina - oftálmico, maxilar e mandibular, sendo que as duas primeiras são exclusivamente sensitivas e a última é mista - mastigação. Os nervos cutâneos do pescoço dão ainda contribuições para a face (plexo cervical) e o nervo auricular maior chega ao crânio lateral e região parotídea.

19
Q

Descreva o Nervo Oftálmico

A

O nervo oftálmico (NC V1
), a divisão superior do nervo trigêmeo, é a menor das três divisões do NC V. Origina-se do
gânglio trigeminal como um nervo completamente sensitivo e supre a área de pele derivada da proeminência frontonasal
embrionária (Moore et al., 2012). Ao entrar na órbita através da fissura orbital superior, o NC V1
trifurca-se em nervos
frontal, nasociliar e lacrimal (Figura 7.19). Com exceção do nervo nasal externo, os ramos cutâneos do NC V1
chegam à pele
da face através da abertura da órbita (Figura 7.21).
O nervo frontal, o maior ramo produzido pela trifurcação do NC V1
, segue ao longo do teto da órbita em direção à
abertura da órbita, bifurcando-se aproximadamente no meio do caminho para formar os nervos cutâneos supraorbital e
supratroclear, distribuídos para a fronte e o couro cabeludo (Figuras 7.21 e 7.22).
O nervo nasociliar, o ramo intermediário da trifurcação do NC V1
, envia ramos para o bulbo do olho e divide-se na órbita
em nervos etmoidal posterior, etmoidal anterior e infratroclear (Figura 7.19). Os nervos etmoidais posterior e anterior deixam
a órbita, e este último segue um trajeto tortuoso através das cavidades do crânio e nasal. Seu ramo terminal, o nervo nasal
externo, é um nervo cutâneo que supre a parte externa do nariz. O nervo infratroclear é um ramo terminal do nervo
nasociliar e seu principal ramo cutâneo.
O nervo lacrimal, o menor ramo da trifurcação do NC V1
, é basicamente um ramo cutâneo, mas também tem algumas
fibras secretomotoras, enviadas através de um ramo comunicante, de um gânglio associado ao nervo maxilar para inervação
da glândula lacrimal

20
Q

Descreva o Nervo Maxilar

A

O nervo maxilar (NC V2
), a divisão intermediária do nervo trigêmeo, também se origina como um nervo completamente
sensitivo (Figura 7.19A). O NC V2
segue anteriormente a partir do gânglio trigeminal e deixa o crânio através do forame
redondo na base da asa maior do esfenoide. O nervo maxilar entra na fossa pterigopalatina, onde emite ramos para o
gânglio pterigopalatino e continua anteriormente, entrando na órbita através da fissura orbital inferior (Figura 7.19). Dá
origem ao nervo zigomático e segue anteriormente até o sulco e o forame infraorbitais como o nervo infraorbital
O nervo zigomático segue até a parede lateral da órbita, dando origem a dois dos três ramos cutâneos do NC V2
, os
nervos zigomaticofacial e zigomaticotemporal. Este último nervo emite um ramo comunicante que leva fibras
secretomotoras para o nervo lacrimal. No trajeto até a face, o nervo infraorbital dá origem a ramos palatinos, ramos para a
túnica mucosa do seio maxilar e ramos para os dentes posteriores. Chega à pele da face através do forame infraorbital na
face infraorbital da maxila. Os três ramos cutâneos do nervo maxilar suprem a área de pele derivada das proeminências
maxilares embrionárias (Moore et al., 2012).

21
Q

Descreva o Nervo Mandibular

A

O nervo mandibular (NC V3
) é a divisão maior e inferior do nervo trigêmeo (Figura 7.19A). É formado pela união de fibras
sensitivas do gânglio sensitivo com a raiz motora do NC V no forame oval na asa maior do esfenoide, através do qual o NC
V3
emerge do crânio. O NC V3
tem três ramos sensitivos que suprem a área da pele derivada da proeminência mandibular
embrionária. Também envia fibras motoras para os músculos da mastigação (Figura 7.19B). O NC V3
é a única divisão do NC
V que tem fibras motoras. Os principais ramos cutâneos do NC V3
são os nervos auriculotemporal, bucal e mentual. No
trajeto até a pele, o nervo auriculotemporal segue profundamente à glândula parótida, levando até ela fibras secretomotoras
oriundas de um gânglio associado a essa divisão do NC V.

22
Q

Como é feita a Inervação do Couro Cabeludo?

A

A inervação do couro cabeludo anterior às orelhas é feita por ramos de todas as três divisões do NC V, o nervo trigêmeo. Na região posterior às orelhas, a inervação provém dos nervos cutâneos espinais (C2 e C3)

23
Q

Quais os Nervos Motores da Face?

A

O Facial para os músculos da mímica e a raiz motora do nervo trigémio - mandibular para os músculos da mastigação.

24
Q

Descreva o Nervo Facial

A

O NC VII, o nervo facial, tem uma raiz motora e uma raiz sensitiva/parassimpática (sendo esta última o nervo intermédio).
A raiz motora do NC VII supre os músculos da expressão facial, inclusive o músculo superficial do pescoço (platisma),
músculos auriculares, músculos do couro cabeludo e alguns outros músculos derivados do mesoderma no segundo arco
faríngeo embrionário (Figura 7.23). Seguindo um trajeto tortuoso através do temporal, o NC VII emerge do crânio através do
forame estilomastóideo localizado entre os processos mastoide e estiloide (Figuras 7.9B e 7.11). Imediatamente dá origem ao
nervo auricular posterior, que segue posterossuperiormente à orelha para suprir o músculo auricular posterior e o ventre
occipital do músculo occipitofrontal (Figura 7.23A e C).
O tronco principal do NC VII segue anteriormente e é englobado pela glândula parótida, na qual forma o plexo
intraparotídeo. Este plexo dá origem aos cinco ramos terminais do nervo facial: temporal, zigomático, bucal, marginal da
mandíbula e cervical. Os nomes dos ramos referem-se às regiões que inervam. O Quadro 7.4 identifica os músculos
específicos supridos por cada ramo.
O ramo temporal do NC VII emerge da margem superior da glândula parótida e cruza o arco zigomático para suprir os
músculos auricular superior e auricular anterior; o ventre frontal do músculo occipitofrontal; e, mais importante, a parte
superior do músculo orbicular do olho.
O ramo zigomático do NC VII segue através de dois ou três ramos superiormente e, em especial, inferiormente ao olho
para suprir a parte inferior do músculo orbicular do olho e outros músculos faciais inferiores à órbita.
O ramo bucal do NC VII segue externamente ao músculo bucinador para suprir este músculo e os músculos do lábio
superior (partes superiores do músculo orbicular da boca e fibras inferiores do músculo levantador do lábio superior).
O ramo marginal da mandíbula do NC VII supre os músculos risório e do lábio inferior e do queixo. Emerge da
margem inferior da glândula parótida e cruza a margem inferior da mandíbula profundamente ao músculo platisma até chegar
à face. Esse ramo segue inferiormente ao ângulo da mandíbula em cerca de 20% das pessoas.
O ramo cervical do NC VII segue inferiormente a partir da margem inferior da glândula parótida e posteriormente à
mandíbula para suprir o músculo platisma

25
Q

Descreva as Artérias Superficiais da Face

A

A maioria das artérias superficiais da face é ramo ou derivada de ramos da artéria carótida externa. A artéria facial é a principal responsável pelo suprimento arterial da face. Origina-se da artéria carótida externa e espirala-se até a margem inferior da mandíbula, imediatamente anterior ao músculo masseter. Nesse local a artéria está em posição superficial, imediatamente profunda ao músculo platisma. A artéria facial cruza a mandíbula, o músculo bucinador e a maxila enquanto segue sobre a face até o ângulo medial do olho, onde se encontram as pálpebras superior e inferior. A artéria
facial situa-se profundamente aos músculos zigomático maior e levantador do lábio superior. Perto do término de seu trajeto sinuoso através da face, a artéria facial segue cerca de um dedo lateral ao ângulo da boca. A artéria facial envia ramos para os lábios superior e inferior (as artérias labiais superior e inferior), ascende ao longo da lateral do nariz e se anastomosa com o ramo nasal dorsal da artéria oftálmica. Distalmente à artéria nasal lateral na região lateral do nariz, a parte terminal da artéria facial é denominada artéria angular.
A artéria temporal superficial é o menor ramo terminal da artéria carótida externa; o outro ramo é a artéria maxilar. A artéria temporal superficial emerge na face entre a articulação temporomandibular (ATM) e a orelha, entra na fossa temporal e termina no couro cabeludo dividindo-se em ramos frontal e parietal. Esses ramos arteriais acompanham ou seguem muito próximos dos ramos correspondentes do nervo auriculotemporal.
A artéria facial transversa origina-se da artéria temporal superficial na glândula parótida e cruza a face superficialmente ao músculo masséter, aproximadamente um dedo abaixo do arco zigomático. Divide-se em muitos ramos que suprem a glândula parótida e seu ducto, o músculo masséter e a pele da face. Anastomosa-se com ramos da artéria facial.
Além das artérias temporais superficiais, várias outras artérias acompanham nervos cutâneos na face. As artérias supraorbitais e supratrocleares, ramos da artéria oftálmica, acompanham nervos do mesmo nome através dos supercílios e da fronte. A artéria supraorbital continua e supre a parte anterior do couro cabeludo até o vértice. A artéria mentual, o único ramo superficial derivado da artéria maxilar, acompanha o nervo do mesmo nome no queixo

26
Q

Descreva as Artérias do Couro Cabeludo

A

O couro cabeludo tem uma rica vascularização (Figura 7.24A; Quadro 7.5). As artérias seguem na segunda camada do couro
cabeludo, a camada de tecido conectivo subcutâneo entre a pele e a aponeurose epicrânica. As artérias anastomosam-se
livremente com artérias adjacentes e, através da linha média, com a artéria contralateral. As paredes arteriais estão firmemente
fixadas ao tecido conectivo denso no qual as artérias estão inseridas, o que limita sua capacidade de contração quando
seccionadas. Logo, as feridas do couro cabeludo estão associadas a hemorragia abundante.
A irrigação arterial provém das artérias carótidas externas por intermédio das artérias occipital, auricular posterior e
temporal superficial e das artérias carótidas internas por intermédio das artérias supratroclear e supraorbital. As artérias
do couro cabeludo levam pouco sangue para o neurocrânio, que é suprido basicamente pela artéria meníngea média

27
Q

Descreva as Veias Externas da Face

A

A maioria das veias externas da face é drenada por veias que acompanham as artérias da face. Assim como na maioria das veias superficiais, há muitas variações. O retorno venoso da face normalmente é superficial, mas anastomoses com veias profundas, um seio dural e o plexo venoso podem permitir drenagem profunda para as veias avalvulares.
Assim como as veias em outras partes do corpo, fazem muitas anastomoses, que permitem a drenagem por vias alternativas durante períodos de compressão temporária. As vias alternativas incluem vias superficiais (por meio das veias facial e retromandibular/jugular externa) e drenagem profunda (por meio das anastomoses com o seio cavernoso, o plexo venoso pterigóideo e a veia jugular interna).
As veias faciais, que seguem com as artérias faciais ou paralelas a elas, são veias avalvulares responsáveis pela drenagem superficial primária da face. As tributárias da veia facial incluem a veia facial profunda, que drena o plexo venoso pterigóideo da fossa infratemporal. Inferiormente à margem da mandíbula, a veia facial se une ao ramo anterior (comunicante) da veia retromandibular. A veia facial drena direta ou indiretamente para a veia jugular interna (VJI). No ângulo medial do olho, a veia facial comunica-se com a veia oftálmica superior, que drena para o seio cavernoso.
A veia retromandibular é um vaso profundo da face formado pela união da veia temporal superficial com a veia maxilar, sendo que esta drena o plexo venoso pterigóideo. A veia retromandibular segue posteriormente ao ramo da mandíbula dentro da substância da parótida, superficialmente à artéria carótida externa e profundamente ao nervo facial. Quando emerge do polo inferior da glândula parótida, a veia retromandibular divide-se em um ramo anterior, que se une à veia facial, e um ramo posterior, que se une à veia auricular posterior, inferiormente à glândula parótida, para formar a veia jugular externa. Essa veia segue em direção inferior e superficial no pescoço e deságua na veia subclávia.

28
Q

Descreva as Veias do Couro Cabeludo

A

A drenagem venosa das partes superficiais do couro cabeludo é feita através das veias acompanhantes das artérias do couro cabeludo, as veias supraorbitais e supratrocleares. As veias temporais superficiais e veias auriculares posteriores drenam as áreas do couro cabeludo anteriores e posteriores às orelhas, respetivamente. Muitas vezes a veia auricular posterior recebe uma veia emissária mastóidea do seio sigmóideo, um seio venoso da dura-máter. As veias occipitais drenam a região occipital do couro cabeludo. A drenagem venosa de partes profundas do couro cabeludo na região temporal se faz por meio das veias temporais profundas, que são tributárias do plexo venoso pterigóideo.

29
Q

Drenagem Linfática da Face e do Couro Cabeludo

A

O couro cabeludo não tem linfonodos e, com exceção das regiões parotideomassetérica e da bochecha, a face não tem linfonodos. A linfa do couro cabeludo, da face e do pescoço drena para o anel superficial de linfonodos — submentual, submandibular, parotídeo, mastóideo e occipital — localizado na junção da cabeça e pescoço. Os vasos linfáticos da face acompanham outros vasos faciais. Os vasos linfáticos superficiais acompanham as veias, e os linfáticos profundos acompanham as artérias. Todos os vasos linfáticos da cabeça e do pescoço drenam direta ou indiretamente para os linfonodos cervicais profundos, uma cadeia de linfonodos localizada ao longo da VJI no pescoço. A linfa desses linfonodos profundos segue até o tronco linfático jugular, que se une ao ducto torácico no lado esquerdo e à VJI ou veia braquiocefálica no lado direito. A seguir é apresentado um resumo da drenagem linfática da face:

  • A linfa da parte lateral da face e do couro cabeludo, inclusive das pálpebras, drena para os linfonodos parotídeos superficiais
  • A linfa dos linfonodos parotídeos profundos drena para os linfonodos cervicais profundos
  • A linfa proveniente do lábio superior e das partes laterais do lábio inferior drena para os linfonodos submandibulares
  • A linfa proveniente do queixo e da parte central do lábio inferior drena para os linfonodos submentuais.
30
Q

Descreva as Meninges Cranianas

A

Membranas de Revestimento do Encéfalo imediatamente internas ao crânio. Protegem o encéfalo, compõem a estrutura de sustentação das artérias, veias e seios venosos e encerram o espaço subaracnóideo, fundamental para o funcionamento normal do encéfalo. Formadas por 3 camadas: Dura-máter (fibrosa externa espessa e resistente), aracnoide-máter (fina intermediária) e pia-máter (delicada interna e vascularizada). A Aracnoide e Pia-Máter são contínuas e formam a leptomeninge, estando separadas pelo espaço subaracnóideo, que contém líquido cerebrospinal e este espaço ajuda a manter o equilíbrio do líquido extracelular no encéfalo. É transparente mas de constituição semelhante ao sangue, produzido pelos plexos coroideos.

31
Q

Descreva a Dura-Máter

A

Membrana bi-laminar densa e espessa, adere à lâmina interna da calvária. Tem uma camada periosteal externa, formada pelo periósteo que cobre a face interna da calvária, e uma camada meníngea interna - membrana fibrosa forte e contínua no forame magno com a parte espinal da dura-máter que reveste a medula espinal.
A fixação da camada externa à calvária é resistente ao longo das linhas de sutura e na base do crânio e esta é contínua nos forames com o periósteo na face externa da calvária, mas essa camada não é contínua na medula.
Exceto nos locais de invaginações e seios durais, a camada interna está intimamente fundida à camada periosteal (separação impossível). A separação dural-craniana só ocorre em caso patológico.

32
Q

Descreva as Invaginações da Dura-Máter

A

As invaginações de dura-máter dividem a cavidade do crânio em compartimentos, formando divisões parciais (septos durais) entre algumas partes do encéfalo e oferecendo suporte para outras partes. As invaginações da dura-máter incluem:

  • Foice do Cérebro, a maior invaginação da dura-máter, está situada na fissura longitudinal do cérebro que separa os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. A foice do cérebro está fixada no plano mediano à face interna da calvária, a partir da crista frontal e da crista etmoidal anteriormente até a protuberância occipital interna posteriormente. Termina tornando-se contínua com o tentório do cerebelo.
  • Tentório do Cerebelo, 2ª maior invaginação da dura-máter, é um septo largo, em formato de meia-lua, que separa os lobos occipitais dos hemisférios cerebrais do cerebelo. O tentório do cerebelo fixa-se na parte rostral aos processos clinoides do esfenoide, na parte rostrolateral à parte petrosa do temporal, e na parte posterolateral à face interna do occipital e parte do parietal. A foice do cérebro fixa-se ao tentório e mantém-no elevado. O tentório divide a cavidade num compartimento supratentorial (divisão D e E pela foice) e infratentorial. A margem ântero-medial côncava é lisa, produzindo a incisura do tentório
  • Foice do cereblo, invaginação vertical da dura-máter situada inferiormente ao tentório do cerebelo na parte posterior da fossa posterior do crânio. Fixada à crita occipital interna, separa parcialmente os hemisférios do cerebelo.
  • Diafragma da Sela, a menor, lâmina circular suspensa entre os processos clinoides cobrindo a hipófise com abertura para a passagem do infundíbulo e das veias hipofisárias.
33
Q

Descreva os Seios Venosos da Dura-Máter

A

Espaços revestidos de endotélio entre as lâminas periosteal e meníngea da dura, formando-se nos locais onde os septos se fixam ao longo da margem livre da foice do cérebro e drenam aqui veias da superfície do encéfalo, bem como grande parte do sangue do encéfalo pela VJI.
O seio sagital superior situa-se na margem fixada convexa da foice do cérebro. Começa na crista etmoidal e termina perto da protuberância occipital interna na confluência dos seios, um local de reunião dos seios sagital superior, reto, occipital e transverso. Recebe as veias cerebrais superiores e comunica-se de cada lado, através de aberturas semelhantes a fendas, com as lacunas venosas laterais, expansões laterais do seio sagital superior
As granulações aracnóideas (vilosidades aracnóideas) são prolongamentos em tufo da aracnoide-máter que se salientam através da lâmina meníngea da dura-máter para os seios venosos durais, principalmente as lacunas laterais, e afetam a transferência de LCS para o sistema venoso. Granulações aracnóideas aumentadas (corpos de Pacchioni) podem causar erosão do osso, formando depressões chamadas de fovéolas granulares na calvária. Geralmente são observadas na vizinhança dos seios sagital superior, transverso e alguns outros seios venosos da dura-máter. Adaptadas estruturalmente para o transporte de LCS do espaço subaracnóideo
para o sistema venoso.
O seio sagital inferior é muito menor do que o superior. Segue na margem livre côncava inferior da foice do cérebro e termina no seio reto. O seio reto é formado pela união do seio sagital inferior com a veia cerebral magna. Segue em sentido inferoposterior ao longo da linha de fixação da foice do cérebro até o tentório do cerebelo, onde se une à confluência dos seios.
Os seios transversos seguem lateralmente a partir da confluência dos seios, formando um sulco nos occipitais e nos ângulos póstero-inferiores dos parietais. Seguem ao longo das margens do tentório
do cerebelo fixadas póstero-lateralmente e, depois, tornam-se os seios sigmóideos à medida que se aproximam da face posterior das partes petrosas dos temporais. O sangue recebido pela confluência dos seios é drenado pelos seios transversos, mas raramente de forma igual. Em geral, o seio esquerdo é dominante (maior).
Os seios sigmóideos seguem trajetos em forma de S na fossa posterior do crânio, formando sulcos profundos no temporal e no occipital. Cada seio sigmóideo segue anteriormente e depois continua inferiormente como a VJI após atravessar o forame jugular.
O seio occipital situa-se na margem fixada da foice do cerebelo e termina superiormente na confluência dos seios comunica-se inferiormente com o plexo venoso vertebral interno.
O seio cavernoso, um grande plexo venoso, está localizado de cada lado da sela turca, sobre a face superior do corpo do esfenoide, que contém o seio esfenoidal. Consiste num plexo venoso com paredes extremamente finas, que se estende anteriormente da fissura orbital superior até o ápice da parte petrosa do temporal posteriormente. Recebe sangue das veias oftálmicas superior e inferior, veia cerebral média superficial e seio esfenoparietal. Os canais venosos nesses seios comunicam-se entre si através de canais venosos anteriores e posteriores ao pedículo da hipófise — seios intercavernosos — e algumas vezes através de veias inferiores à hipófise. Os seios cavernosos drenam em sentido póstero-inferior através dos seios petrosos superior e inferior e veias emissárias para os plexos basilar e pterigóideo.
• Dentro de cada seio cavernoso está a carótida interna com todos os seus pequenos ramos rodeada pelo plexo carotídeo simpático e o nervo VI. Para além disto, o CN III, IV e V1 e V2 estão na parede lateral deste seio.
• Os seios Petrosos superiores vão do fim posterior das veias do seio cavernoso até ao seio transverso onde estes se curvam inferiormente para formar os seios sigmóideos . Ficam na margem ântero-lateral do tentório do cerebelo que se liga à crista da porção petrosa do temporal.
• Os seios Petrosos Inferiores têm a mesma origem que os superiores e correm por um sulco entre a porção petrosa do temporal e a basilar do occipital, drenando os seios cavernosos para a transição do seio sigmoideu para a VJI no forâmen jugular. Está ligado ao plexo basilar que se comunica inferiormente com o plexo venoso vertebral.
• As Veias Emissárias ligam os seios venosos durais às veias do exterior do crânio, das quais se distinguem uma frontal que passa pelo forâmen cego para o seio sagital superior, uma parietal pelo forâmen parietal para o seio sagital superior, uma mastoide pelo forâmen homónimo que liga cada seio sigmóideo à veia auricular posterior e uma posterior condilar que atravessa o canal condilar ligando o seio sigmóideo aos plexos venosos suboccipitais.

34
Q

Descreva a vasculatura da Dura-Máter

A

As artérias da dura-máter fornecem mais sangue para a calvária do que para a dura-máter. O maior desses vasos, a artéria meníngea média, é um ramo da artéria maxilar. Entra no assoalho da fossa média do crânio através do forame espinhoso, segue lateralmente na fossa, e vira-se em sentido superoanterior sobre a asa maior do esfenoide, onde se divide em ramos anterior e posterior. O ramo frontal da artéria meníngea média segue superiormente até o ptério e depois curva-se posteriormente para ascender em direção ao vértice do crânio. O ramo parietal da artéria meníngea média segue em sentido póstero-superior e ramifica-se (divide-se em ramos de distribuição) sobre a face posterior do crânio. Pequenas áreas de dura-máter são supridas por outras artérias: ramos meníngeos das artérias oftálmicas, ramos das artérias occipitais e pequenos ramos das artérias vertebrais.
As veias da dura-máter acompanham as artérias meníngeas, amiúde em pares. As veias meníngeas médias acompanham a artéria meníngea média, deixam a cavidade do crânio através do forame espinhoso ou forame oval e drenam
para o plexo venoso pterigóideo.

35
Q

Descreva a Inervação da Dura-Máter

A

A dura-máter dos assoalhos das fossas anterior e média do crânio e do teto da fossa posterior do crânio é inervada por ramos meníngeos que se originam direta ou indiretamente do nervo trigêmeo. Cada uma das três divisões contribui com um ramo ou ramos meníngeos. Os ramos meníngeos anteriores
dos nervos etmoidais (NC V1) e os ramos meníngeos dos nervos maxilar (NC V2) e mandibular (NC V3) suprem a dura-máter da fossa anterior do crânio. Os dois últimos nervos também suprem a dura-máter da fossa média do crânio. Os ramos meníngeos do NC V2 e NC V3 são distribuídos como plexos periarteriais que acompanham os ramos da artéria meníngea média.
O Tentório do Cerebelo e a Parte Posterior da foice do cérebro é suprida pelo nervo tentorial (n. oftálmico) e a parte anterior da foice do cérebro é por ramos ascendentes dos ramos meníngeos anteriores. A Dura-Máter da fossa posterior do crânio recebe fibras sensitivas dos gg espinais C2 e C3 pelos nervos ou fibras que são transferidas para os NC X e NC XII. As terminações sensitivas são mais numerosas na dura máter ao longo de cada lado do seio sagital superior e no tentório do cerebelo do que no assoalho do crânio.
As fibras de dor são mais numerosas nos locais onde artérias e veias seguem na dura-máter. A dor originada na dura-máter geralmente é referida, percebida como cefaleia originada nas regiões cutânea ou mucosa supridas pelo nervo cervical ou pela divisão do nervo trigêmeo envolvido.

36
Q

Descreva a Aracnóide e Pia-Máter

A

Desenvolvem-se a partir de uma única camada de mesênquima que circunda o encéfalo embrionário e forma as partes parietal e visceral da leptomeninge. Esta é indicada no adulto pelas numerosas trabéculas aracnoideias que passam entre estas duas camadas. São formadas por fibroblastos achatados que formam pontes no espaço sub-aracnoideo. Estas camadas são contínuas na parte imediatamente proximal à saída de cada nervo craniano da dura-máter.
Aracnoide-Máter contém fibroblastos, fibras de colágeno e algumas fibras elásticas. Embora fina, tem espessura suficiente para que seja manipulada com pinça. A aracnoide-máter avascular,
embora esteja intimamente aplicada à lâmina meníngea da dura-máter, não está fixada à dura-máter; é mantida contra a face
interna da dura-máter pela pressão do LCS no espaço subaracnóideo.
A pia-máter craniana é ainda mais fina do que a aracnoide-máter; é muito vascularizada por uma rede de finos vasos sanguíneos. É difícil ver a pia-máter, mas ela confere uma aparência brilhante à superfície do encéfalo. A pia adere à superfície do encéfalo e segue todos os seus contornos. Quando as artérias cerebrais penetram no córtex cerebral, a pia-máter as segue por uma curta distância, formando um revestimento pial e um espaço periarterial.

37
Q

Descreva os Espaços Meníngeos

A

A interface dura-máter-crânio (“espaço” extradural ou epidural) não é um espaço natural entre o crânio e a lâmina periosteal externa da dura-máter porque a dura está fixada aos ossos. Só se torna um espaço extradural em caso de afeção — por exemplo, quando o sangue proveniente da ruptura de vasos meníngeos afasta o periósteo do crânio. O espaço extradural cranial potencial ou patológico não é contínuo com o espaço extradural espinal (um espaço natural ocupado por gordura peridural e um plexo venoso), porque o primeiro situa-se externamente ao periósteo que reveste o crânio, e o segundo situa-se internamente ao periósteo que reveste as vértebras
Do mesmo modo, a interface ou junção da dura-máter com a aracnoide-máter (“espaço subdural”) não é um espaço natural entre a dura-máter e a aracnoide-máter. Um espaço pode surgir na camada de células da margem dural em virtude de traumatismo, como um golpe forte na cabeça
O espaço subaracnóideo, entre a aracnoide-máter e a pia-máter, é um espaço real que contém LCS, células trabeculares, artérias e veias.

38
Q

Delimite a Região Parotideomassetérica

A

Arco zigomático, superiormente
Orelha externa e margem anterior do músculo esternocleidomastóideo, posteriormente
Ramo da mandíbula, medialmente
Margem anterior do músculo masseter, anteriormente
Ângulo e margem inferior da mandíbula, inferiormente.
A região parotideomassetérica inclui a glândula parótida e seu ducto, o plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII), a veia retromandibular, a artéria carótida externa e o músculo masseter.

39
Q

Descreva a Glândula Parótida

A

A glândula parótida é a maior de três pares de glândulas salivares. Do ponto de vista funcional, parece lógico discutir as três
glândulas simultaneamente em associação à anatomia da boca. Entretanto, do ponto de vista anatômico, sobretudo nos cursos
de dissecção, a glândula parótida geralmente é examinada durante ou logo após a dissecção da face para expor o nervo facial.
Embora o plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII) esteja inserido na glândula parótida, os ramos que se estendem dela
para inervar os músculos da expressão facial são encontrados durante a dissecção da face e foram analisados e ilustrados
anteriormente. A dissecção da região parotideomassetérica deve ser concluída antes da dissecção da região infratemporal e
músculos da mastigação ou do trígono carótico do pescoço. A glândula submandibular é encontrada principalmente durante a
dissecção do trígono submandibular do pescoço, e as glândulas sublinguais ao dissecar o assoalho da boca.
A glândula parótida é revestida por uma cápsula fascial resistente e inflexível, a fáscia (cápsula) parotídea, derivada da
lâmina superficial da fáscia cervical (Figuras 7.65, 8.4 e 8.16). A glândula parótida tem formato irregular porque a área
ocupada pela glândula, o leito parotídeo, situa-se anteroinferiormente ao meato acústico externo, onde está inserida entre o
ramo da mandíbula e o processo mastoide (Figuras 7.23A e C e 7.65). O tecido adiposo entre os lobos confere a flexibilidade
que a glândula deve ter para permitir o movimento da mandíbula. O ápice da glândula parótida situa-se posteriormente ao
ângulo da mandíbula, e sua base relaciona-se com o arco zigomático. A face lateral subcutânea da glândula parótida é quase
plana.
O ducto parotídeo segue horizontalmente a partir da margem anterior da glândula (Figura 7.65). Na margem anterior do
músculo masseter, o ducto volta-se medialmente, perfura o músculo bucinador e entra na cavidade oral através de uma
pequena abertura em frente ao 2o
dente molar maxilar. Inseridos na substância da glândula parótida, da região superficial para
a profunda, estão o plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII) e seus ramos (Figuras 7.23A e C e 7.65), a veia
retromandibular e a artéria carótida externa. Na fáscia parotídea e na glândula estão os linfonodos parotídeos.

40
Q

Descreva a Inervação da Parótida

A

Embora o plexo intraparotídeo do NC VII esteja inserido na glândula, ela não é inervada pelo NC VII. O nervo
auriculotemporal, um ramo do NC V3
, está intimamente relacionado com a glândula parótida e segue superiormente a ela
com os vasos temporais superficiais. O nervo auriculotemporal e o nervo auricular magno, um ramo do plexo cervical
formado por fibras dos nervos espinais C2 e C3, inervam a fáscia parotídea (Figura 7.65) e a pele sobrejacente.
O componente parassimpático do nervo glossofaríngeo (NC IX) envia fibras secretoras pré-ganglionares para o gânglio
ótico (Figura 7.66). As fibras parassimpáticas pós-ganglionares são conduzidas do gânglio até a glândula pelo nervo
auriculotemporal. A estimulação das fibras parassimpáticas produz saliva fina e aquosa. As fibras simpáticas são derivadas dos
gânglios cervicais através do plexo nervoso carotídeo externo sobre a artéria carótida externa (Figura 7.65). A atividade
vasomotora dessas fibras reduz a secreção da glândula. Fibras nervosas sensitivas seguem até a glândula através dos nervos
auricular magno e auriculotemporal.