CA renal, Ca bexiga, CA de próstata Flashcards

1
Q

DOENÇA CÍSTICA DO RIM

A
  1. CONGÊNITA
    - Doença renal policística autossômica dominante ou recessiva: cistos renais com aumento gradual. Evolui para insuficiência renal. Pode complicar com hematúria, pielonefrite aguda ou cálculos renais. Maioria assintomáticos. T: controle das complicações (HAS INFECÇÃO), diálise e transplante renal.
  • Cistos de origem não tubular
  • Doença displásica multicística
  • Displasia cística renal
  1. ADQUIRIDA
    - Doença cística adquirida (diálise)
    - Cistos associados a tumores
  • Cistos solitários simples: geralmente achado incidental. Se for sólido, indica câncer. Investigar com USG rins e TC com contraste (melhor exame). CLASSIFICAÇÃO DE BOSNIAK (indica a probabilidade de ser câncer).
    I) cisto simples sem septações.
    II) cisto simples com múltiplas septações delicadas.

T: chance mínima de CA. Acompanhamento com TC após 1 ano.

IIF (follow-up): cisto com septações espessas e pequena área espessa na parede do cisto captante de contraste. T: pequena chance de CA (5%). Repetir imagem (TC) após 6 meses.

III) septações grosseiras.
IV) sólido-cístico.
T: alta chance de CA. Nefrectomia: parcial total.

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Q

CA DE RIM

A

MAIS COMUM:
-> CARCINOMA DE CÉL RENAIS/ CÉL CLARAS (TÚBULO RENAL)
- 70% dos CA
- FR: homem, 50-70 anos, tabagista, Síndrome de Von Hippel Lindau

MENOS COMUNS:
-> Paplífero
-> Cromófobo

BENIGNOS
-> Angiomiolipoma
-> Oncocitoma

QUADRO CLÍNICO CA
- Maioria assintomático.
- Tríade: em doença avançada
1. Hematúria
2. Dor lombar
3. Massa palpável em região lombar
- Síndrome paraneoplásica: PTH-like com produção de hipercalcemia

DIAGNÓSTICO
- TC com contraste: massa sólida com realce pós-contraste e rápida eliminação.
- RNM: se alergia a contraste ou IR, mas ruim. USG ruim também.
- Classificação de Bosniak: quanto mais cístico mais benigno.
- Biópsia: apenas de dúvida diagnóstica, presença de metástase ou rim único.
- Estadiamento: para avaliar acometimento de outros sistemas solicitar TC de tórax, abdome e pelve. Se tiver sintomas ósseos cintilografia e se tiver sintomas de SNC solicitar RNM ou TC de crânio.

TRATAMENTO
- Se doença localizada: nefrenectomia radical para tumores grandes, metástase avançada e nefrectomia parcial para <4cm, mais localizados. Retiro linfonodo apenas se tiver acometido. Tira a adrenal apenas quando o tumor invade macroscopicamente a glândula, é exceção.
- Doença localizada (massa <2cm) + status clínico ruim + idoso = ablação + vigilância ativa a cada 6-12 meses
- Doença metastática: QT e RT não respondem bem. Tratamento sistêmico: inibidores de tirosina quinase e inibidores de check point.

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Q

CA DE BEXIGA

A

FATORES DE RISCO
- Tabagismo
- Idade >50 anos
- Masculino

QUADRO CLÍNICO
- Sempre vai vir acompanhado de HEMATÚRIA MICRO ou MACROSCÓPICA!
- Sintomas irritativos urinários
- Síndrome consumptiva
- Hidronefrose: dor lombar e insuficiência renal

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Infecção
- Litíase
- Neoplasia.

DIAGNÓSTICO
Investigação de hematúria: basta ter um episódio de hematúria já posso investigar
- Urotomografia: melhor exame, TC de abdome e pelve com fase sem contraste e com excreção urinária de contraste fase arterial, venosa e excretora. Vai encontrar uma massa na bexiga.
- USG: vegetações na bexiga, diferencia de coágulos. 2° escolha.
- Cistoscopia: câmera dentro da bexiga. Próximo passo depois da uroTC. Faz ressecção e manda pra biópsia.
- Urina 1 e urocultura: descartar infecção
- Função renal
- Hemograma

CLASSIFICAÇÃO DO CA DE BEXIGA
-> CARCINOMA UROTELIAL / CÉLULAS TRANSICIONAIS = 90% DOS CA
- Apresentação: base vegetante ou sólida.

TRATAMENTO
- Carcinoma in situ: não invade músculo detrusor (70%): RTU, ressecção transuretral (cistoscopia seguida de raspagem de lesão citológica). Faz cirurgia novamente se a peça não tiver parte do detrusor. Quimioterapia intravesical após 6h.

  • Carcinoma invade camada muscular (detrusor): Quimioterapia + cistectomia radical (retira bexiga inteira e estruturas adjacentes como próstata, linfonodos, vesícula seminal, ovários, úteros e trompas).
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Q

CA DE PRÓSTATA

A

DEFINIÇÃO
- Pâncreas é responsável pela produção de 30% do volume seminal.
- PSA: realiza liquefação do esperma.
- CA de pâncreas é naturalmente multifocal, então é precisa classifica-lo.
- 70% dos CA são em zona periférica.

FATORES DE RISCO
- Maiores que 60 anos
- Raça negra
- Histórico familiar
- Neoplasias hereditárias
- Síndrome de Lychn: colorretal não polipomatoso
- Mutação do BRCA2

RASTREAMENTO
- 50-70 anos
- Paciente com raça negra ou antecedente familiar: rastreamento a partir dos 45 anos.
1. PSA: normal é até 4. Mas varia conforme volume (quanto maior o volume maior a produção de PSA). Refinamento: velocidade (>0,17ng/ml/ano), densidade (>0,15 ng/ml/cm3), relação do PSA livre (<15%).
2. Toque retal: tamanho, presença de nódulo.

QUADRO CLÍNICO
- Assintomáticos: rastreio ou RTU próstata por outra causa.
- LUTS
- Hematoespermia
- Hidronefrose
- Dor óssea
- Quanto mais avançado maior dor óssea e hidronefrose.

METÁSTASE
- Óssea, principalmente coluna. Rastreia com cintilografia óssea.

HISTOLOGIA
- Adenocarcinoma é o mais comum.
- Classificação de Gleason: classifica os adenocarcinomas, quando maior mais indiferenciado. Devido à característica multifocal da doença, são encontrados, geralmente, pelo menos 2 graus distintos na amostra de biópsia, e a soma dos dois padrões encontrados gera a pontuação final, caracterizando o escore de Gleason.

Bem diferenciado/baixo grau: Gleason 2-6
Intermediário grau: Gleason 7
Pouco diferenciado/ alto grau: Gleason 8-10

  • ISUP: facilitou os números de gleason.

DIAGNÓSTICO
1. RNM multiparamétrica de próstata: antes da biópsia para localizar mais adequadamente nódulos e facilitar biópsia.

  1. Biópsia de próstata
    - USG transretal: pelo menos 12 fragmentos.

ESTADIAMENTO

  1. BAIXO RISCO: PSA <10, Gleason 6/ ISUP 1/ Toque retal normal
    - PSA
    - Toque retal
  2. MÉDIO RISCO
    - Cintilografia óssea
    - RNM multiparamétrica
    - RNM encéfalo: se sintoma cerebral.
  3. ALTO RISCO
    - Cintilografia óssea
    - RNM multiparamétrica
    - RNM encéfalo

PROGNÓSTICO
- PSA: quanto mais alto mais metastático. Após a cirurgia para controle ele precisa zerar.

TRATAMENTO

  1. BAIXO RISCO
    - Biópsia de até 3 fragmentos e menos de 10% deles acometidos em paciente com boa expectativa de vida =
    T: observar, repetir PSA e biópsias anuais. Só trato na hora certa, pode não operar.
  2. LOCALMENTE AVANÇADO SEM METÁSTASE
    - Prostatectomia radical: retira próstata, vesículas seminais e parte proximal do ducto deferente com margem uretral e colo vesical.
    OU
    - Radioterapia: pode ter complicações de estenose de uretra, retire actínia. Reservado para pacientes idosos com maior risco cirúrgico.
  3. DOENÇA METASTÁTICA
    - Bloqueio hormonal (androgênico):
    a) castração: orquiectomia, retira os testículos, para de produzir testosterona. Já que esse é um tumor que cresce respondendo a testosterona.
    Ou
    b) castração medicamentosa: análogo de GNRH
  • Se doença resistente a ação dos hormônios e cresce independentemente disso:
    a) Quimioterapia
    b) Antiandrogênicos

SEGUIMENTO APÓS
- Solicitação de PSA: ele precisa baixar.

Quando pensar que o CA voltou?
- Se prostatectomia: PSA >0,2
- Se radioterapia: 3 aumentos consecutivos após nadir (ponto mais baixo que atingiu o PSA).

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