box azul Flashcards
Quais são as características de uma laceração e inflamação da face?
Como a face não tem fáscia muscular distinta e o tecido subcutâneo entre as inserções cutâneas dos músculos da face é frouxo, as lacerações na face tendem a se abrir (afastar-se muito). A frouxidão da tela subcutânea também possibilita o acúmulo de líquido e sangue no tecido conjuntivo frouxo após contusão. Do mesmo modo, a inflamação da face causa edema considerável
a perda do couro cabeludo causa necrose dos ossos da calvária?
Não, porque as artérias do couro cabeludo levam pouco sangue para a calvária, que é irrigada basicamente pelas artérias meníngeas médias.
Por que a camada de tecido conjuntivo frouxo é a área de perigo do couro cabeludo?
Porque aí há fácil disseminação de pus ou sangue. A infecção nessa camada também pode passar para a cavidade do crânio através de pequenas veias emissárias, que atravessam os forames parietais na calvária, e chegam a estruturas intracranianas como as meninges.
A infecção não consegue passar para o pescoço porque os ventres occipitais do músculo occipitofrontal se inserem no occipital e nas partes mastóideas dos temporais. A infecção no couro cabeludo também não se dissemina lateralmente além dos arcos zigomáticos, porque a aponeurose epicrânica é contínua com a fáscia temporal que se se insere nesses arcos.
Por que uma infecção ou líquido (p. ex., pus ou sangue) de uma lesão no couro cabeludo e/ou na fronte (testa) consegue penetrar nas pálpebras e na raiz do nariz ?
Porque o músculo occipitofrontal se insere na pele e na tela subcutânea, e não se insere no osso . Consequentemente, pode ocorrer equimose periorbital (“olhos roxos”) .
Quais são as consequências de uma lesão do nervo facial?
A lesão do nervo facial (NC VII) ou de seus ramos causa paralisia de alguns ou de todos os músculos faciais no lado afetado (paralisia de Bell). Há flacidez da área afetada e distorção da expressão facial, que parece passiva ou triste.
Se a lesão causar enfraquecimento ou paralisia dos músculos bucinador e orbicular da boca, haverá acúmulo de alimento no vestíbulo da boca durante a mastigação, em geral exigindo a remoção contínua com um dedo. Quando os músculos esfíncteres ou dilatadores da boca são afetados, o deslocamento da boca (queda do ângulo) é causado pela contração sem oposição de músculos faciais contralaterais e pela gravidade, resultando em gotejamento de alimento e saliva pelo canto da boca. O enfraquecimento dos músculos labiais afeta a fala em virtude da redução da capacidade de produzir sons labiais (B, M, ou P).
Qual a consequência da perda do tônus do músculo orbicular do olho?
A perda do tônus do músculo orbicular do olho causa eversão da pálpebra inferior (afastamento da superfície do bulbo do olho). Assim, o líquido lacrimal não se espalha sobre a córnea, impedindo a lubrificação, a hidratação e a lavagem adequadas da superfície da córnea. Isso torna a córnea vulnerável à ulceração. A consequente cicatriz na córnea pode comprometer a visão.
Com o avanço da idade, a artéria carótida interna pode tornar-se estreita (estenótica) por causa do espessamento aterosclerótico da túnica íntima das artérias. Graças à qual anastomose arterial, estruturas intracranianas como o encéfalo conseguem receber sangue?
Graças a anastomose da artéria facial com o ramo dorsal do nariz ramo da artéria oftálmica.
Quais são as consequências da lesão do nervos trigêmeo?
As lesões de todo o nervo trigêmeo causam anestesia difusa com acometimento da:
1- Metade anterior correspondente do couro cabeludo e Face.
2- Mucosa do nariz, boca e parte anterior da língua.
Também há paralisia dos músculos da mastigação.
Quais são as anastomoses da veia facial e quais são suas importâncias clínicas?
A veia facial faz conexões clinicamente importantes com o seio cavernoso através da veia oftálmica superior, e o plexo venoso pterigóideo através das veias oftálmica inferior e facial profunda. Em razão dessas conexões, a infecção da face pode propagar-se para o seio cavernoso e o plexo venoso pterigóideo.
Em geral, o sangue do ângulo medial do olho, nariz e lábios drena inferiormente pela veia facial, sobretudo quando a pessoa está em posição ortostática. Como a veia facial não tem válvulas, o sangue pode atravessá-la na direção oposta. Consequentemente, o sangue venoso da face pode entrar no seio cavernoso.
Fragmentos de um coágulo infectado podem estender-se para o sistema venoso intracraniano e causar tromboflebite do seio cavernoso. A infecção das veias faciais que se disseminam para os seios venosos da dura-máter pode ser provocada por lacerações do nariz ou pela expressão de pústulas (espinhas) na lateral do nariz e no lábio superior. Consequentemente, a área triangular do lábio superior até a ponte do nariz é considerada o triângulo perigoso da face
As lacerações do couro cabeludo, são o tipo mais comum de lesão craniana e exigem cuidados cirúrgicos, por que?
Essas feridas sangram muito porque as artérias da periferia do couro cabeludo tem anastomoses abundantes. As artérias não se retraem quando laceradas porque são mantidas abertas pelo tecido conjuntivo denso presente na segunda camada do couro cabeludo. Espasmos do músculo occipitofrontal podem aumentar o afastamento das margens das feridas no couro cabeludo. O sangramento das lacerações do couro cabeludo pode ser fatal se não for controlado
Por que a fratura do ptério pode ser fatal?
pode ser fatal porque ele está sobre os ramos frontais dos vasos meníngeos médios, situados em sulcos na face interna da parede lateral da calvária . Um golpe forte na região lateral da cabeça (p. ex., durante uma luta de boxe) pode causar fratura dos ossos finos que formam o ptério, produzindo ruptura do ramo frontal da artéria ou veia meníngea média que cruza o ptério. O hematoma resultante exerce pressão sobre o córtex cerebral subjacente .
Grande parte (80%) dos cânceres das glândulas salivares ocorre nas glândulas parótidas. A excisão cirúrgica da glândula parótida (parotidectomia) frequentemente é realizada como parte do tratamento. Quais são os cuidados que devemos ter ao realizar essa operação?
Como o plexo intraparotídeo do NC VII está inserido na glândula parótida, o plexo e seus ramos correm risco durante a cirurgia. Uma etapa importante na parotidectomia é a identificação, dissecção, isolamento e preservação do nervo facial. Uma parte superficial da glândula é removida e depois o plexo intraparotídeo, pode ser retraído para permitir a dissecção da parte profunda da glândula.
Quais são as consequências da infecção da glândula parótida e quais são os sintomas?
A infecção da glândula causa inflamação (parotidite) e edema, visível como distensão marcada acentuada da bochecha. Há dor intensa porque a fáscia parotídea resiste ao edema.
A doença da glândula parótida frequentemente causa dor na orelha e no meato acústico externo, na região temporal e na ATM porque o nervo auriculotemporal e os nervos auriculares magnos, dos quais a glândula parótida e a bainha recebem fibras sensitivas, também enviam fibras sensitivas para a pele sobre a fossa temporal e a orelha.
Como é feito o bloqueio do nervo alveolar inferior e quais são as possíveis complicações em casos de erro?
O anestésico é injetado ao redor do forame mandibular, a abertura para o canal mandibular na face medial do ramo da mandíbula. Este canal dá passagem a nervo, artéria e veia alveolares inferiores. Quando o bloqueio nervoso é bem-sucedido, todos os dentes mandibulares são anestesiados até o plano mediano. A pele e a mucosa do lábio inferior, a mucosa alveolar labial e a gengiva e a pele do mento também são anestesiadas porque são supridas pelo nervo mentual, um ramo do nervo alveolar inferior.
Alguns problemas possíveis associados ao bloqueio do nervo alveolar inferior são a injeção do anestésico na parótida ou no músculo pterigóideo medial. Isso comprometeria a capacidade de abrir a boca (trismo pterigóideo).
Como é feito o bloqueio do nervo palatino maior
O nervo palatino maior pode ser anestesiado por injeção de anestésico no forame palatino maior. O nervo emerge entre o 2o e o 3o dente molar. Esse bloqueio nervoso anestesia toda a mucosa palatina e a gengiva lingual posterior aos dentes caninos maxilares e ao osso subjacente do palato.