avc Flashcards

1
Q

tipo de AVC mais comum e qual de maior letalidade

A

●AVCi 80%: comum

●AVCh: letal
os sintomas geralmente progridem ao longo do tempo além de associar-se a cefaleia, vômitos e RNC. No entanto, quando sangramento pequeno esses achados não costumam ser comuns

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2
Q

qual conduta inicial diante de suspeita de AVC

A

Todos os pacientes com suspeita de AVC :
● História (tempo de inicio de sintomas e fatores risco, presença de febre)
● Pontuação NIHSS
● Exame físico
- cardíaco, carótidas (dissecção aorta, endocardite)
- simetria pulsos (pois diminuição fala de trombose arterial)
- Pulmões
-Sinais de pele para fenômenos embólicos, evidencias de trauma, sinais de trombose MMII (descartar diferenciais como IAM, convulsão, migrânea, dist eletrolíticos
- hipoglicemia,
- interrogar intoxicações, uso de anticoagulantes
- avaliar contraindicações para trombólise ou necessidade de imobilização cervical até descartar fratura
- déficit focal e tempo
( abrupto fala mais para AVCi enquanto que progressivo para AVCh)

       E solicitar mais imediatamente ● TC do crânio sem contraste em 20min (Afastar hemorragia = hiperdensa)  e repetir após 48-72h, para detectar infarto (lesão hipodensa), pois pode ser normal nas primeiras 24h. SE NÃO TIVER, REFERENCIAR RAPIDAMENTE ● Glicemia capilar HGT (único obrigatório antes da alteplase) manter 140-180   - se HGT < 70, SG 50% 40mL EV agora ● Saturação de oxigênio (manter > 94%) ● Tratar PA APENAS quando > 220x120 - metoprolol 5mg EV agora e reavaliar PA após 10min - Hidralazina (20mg/ml) 01 ampola (1 ml) + 9 ml ABD. Fazer 5 ml EV lento, podendo repetir após 20 minutos. ● Jelco hidratado ou 500mL EV lento (evitar hiperidratação) ● Se febre > 37,8 ºC , antitérmico e investigar foco se duvida for infecciosa especialmente para endocardite ou como sepse para RNC

Solicitar adicionalmente:
●coagulograma: TAP e TTPa
(exceto se usar anticoagulantes ou haja suspeita de anormalidade hemorrágica aguarda os resultados de estudos hematológicos para terapia trombolítica)
● Tn e ECG (este não deve atrasar TC) além de monitorização cardíaca por pelo menos 24h
● Hemograma (para contagem plaquetária)
● Se febre: hemocultura, Rx, urocultura
● Na, K, Ca, Ur, Cr
● ECO TT ou TE em busca de fontes de êmbolos nos casos de endocardite, mas pode ser postergada se embolo cardíaco

A terapia trombolítica no AVCi não deve ser adiada até os resultados dos exames a menos que o paciente use anticoagulantes ou se suspeite de uma anormalidade de sangramento ou trombocitopenia. O único teste obrigatório é a glicose do sangue

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3
Q

quando solicitar Tc de crânio sem contraste de imediato e em que ocasiões deve ser repetida

A

Tempo porta-imagem ideal 45min
SEMPRE que déficit neurológico focal agudo
(paresia facial, fraqueza de braço ou anormalidade fala são as 3 características clinicas mais fortemente preditoras de AVC)

TC deve ser repetida em 48h qunado for inicialmente normal pois apenas depois deste tempo é que a imagem mostrará a real extensão do AVC, importante para prognóstico. Além disso haverá situações onde a tomografia servirá para avaliar melhora.

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4
Q

TC de cranio no AVci

A

área hipodensa com parte central morta e em redor uma área de fluxo reduzido (penumbra isquêmica) que se mantem viável por algum tempo ainda por se passível de recuperação

1) pode ser normal nas primeiras 24-72h
2) apresentar lesão hipodensa que escurece
3) apagamento dos sulcos corticais
4) sinal da ACM hiperdensa
5) perda da diferenciação branco-cinzenta

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5
Q

exame mais sensível para detectar AVC quando TC é normal

A

RM (especialmente ponderada por difusão)

MELHOR EXAME APRA AVALIAR MALFORMAÇÕES VASCULARES E NEOPLASIAS diferenciais importantes quando pacientes sem fatores de risco, pacientes jovens

● Diagnóstico precoce: o infarto é mais provável de ser identificado de forma aguda na RM do que na TC
● Diagnostica áreas de infarto na fase aguda e precoce do inicio dos sintomas ou mesmo areas de infarto naqueles com sintomas transitorios
● Visualiza isquemia no tronco cerebral ou em pacientes apresentando um AIT lacunar (porem nestes casos a RM sem difusão é superior)

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6
Q

principal fator de risco para AVCi

A

HAS (PRINCIPAL) –> redução 35-40% AVC quando tratado e fármaco no tto HAs que mais mostraram efetividade em reduzir AVC foram os tiazidicos

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7
Q

causas e patogênese do AVCi

A

● 1- Embolia: cardíaca ou arterial
inicio súbito e máximo do déficit em geral com recuperação rápida ao longo dos dias. Em FA, EI, prótese valvar com anticoagulação inadequada e trombo intramural, acinesia de VE, IAM de parede anterior, miocardiopatia dilatada

● 2- Trombose artérias extra cranianas ou intra (incluindo artéria perfurante) : aterosclerose, trombose, PTT. falciforme

oclusão de vaso cerebral por arterioloesclerose hialina pela HAs nas artérias perfurantes, por trombo devido a aterosclerose, embolo de origem cardíaca ou de origem na carótida ou na artéria vertebral levando a isquemia (que leva a edema citotóxico e pode comprimir estruturas importantes) e infarto com área de penumbra em redor reversível.

A isquemia produz necrose ao privar neurônios de glicose e oxigênio o que consequentemente leva a incapacidade de produzir ATP. Sem ATP, as bombas iônicas não funcionam e e os neurônios despolariza, permitindo o influxo de Ca+2 intracelular. Essa despolarização também induz a liberação de glutamato que em excesso é neurotóxico e leva a ativação de receptores pós sinápticos que aumentam ainda mais o influxo neuronal de Ca+2. Com isso há edema citotóxico devido ao desequilíbrio iônico e também edema vasogenico pela liberação de fatores envolvidos com morte de algumas células

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8
Q

clinica geral de AVC.

Como a avaliação clinica pode fornecer PISTAS sobre o tipo de AVC e por que nem sempre é confiável apenas a clinica

A
  1. Hemiparesia, Paralisia facial
  2. Afasia, disartria
  3. Formigamento;
  4. Vertigem, andar cambaleante, diplopia, sintomas cruzados, sinais motores e / ou sensoriais bilaterais e hemianopia ou perda de campo visual bilateral sugerem envolvimento da circulação posterior
  5. Perda súbita da visão (uni ou bilateral).
  6. Anestesia

O aparecimento gradual de sintomas e por vezes flutuante (podendo ter melhora e depois piora) tem relação com fenômenos isquêmicos mas por vezes na HIP também progride ao longo de minutos ou horas enquanto que nos fenômenos embólicos é bem mais subito.

Porém, nas hemorragias, o aparecimento também é súbito e tem relação com aumento da PIC, daí cefaleia forte invariável e quadro focal é menos comum Por conta da cefalia, probabilidade de evento hemorrágico é maior ressaltando que quando inicio forte é provavel HSA enquanto que na HP ela se desenvolver após déficit neurológico. Vomitos são bem sugestuvos de aumento PIC mas pode haver na isquemia de vasos da circulação posterior. podendo inclusive cursar tbm com RNC igual ao AVCh. Atividade física e sexo podem preceder eventos hemorrágicos.

Acontece que mesmo quadros isquêmicos podem ter piora progressiva com sintomas de elevação PIC devido a extensão do infarto

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9
Q

ÚNICO exame a ser feito antes de indicar ou não trombólise

A

Glicemia
Precisa ser > 50 e evitar se > 400

A terapia trombolítica no AVCi não deve ser adiada até os resultados dos exames a menos que o paciente use anticoagulantes ou se suspeite de uma anormalidade de sangramento ou trombocitopenia. O único teste obrigatório é a glicose do sangue

Apos trombólise, TC de controle com 24h

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10
Q

como é o tratamento de na fase aguda AVCi

A

●1- Repouso no leito nas primeiras 24h ( mobilização de pacientes estáveis ​​após 24h pode diminuir as chances de complicações como TVP, ulceras decúbito e pneumonia)

●2- cabeceira elevada a 30º se :
- PIC elevada ou pneumo/cardiopatias que melhorem saturação com elevação
- Disfagia ou RNC para prevenir Pneumonia
- grande área infartada de isquemia por conta do edema cerebral após 24h
No entanto, não há diferença quanto a mortalidade ou complicações graves entre pacientes tratados entre posição supina ou cabeceira elevada

●3- Manejo da PA 160-180 (evitar baixar nas primeiras 24h que seguem quando a penumbra isquêmica pode estar em risco de dano irreversível se o fluxo sanguíneo cerebral for reduzido) de certa forma os agentes tituláveis são melhores

    • no AVCi, a pressão de perfusão distal ao vaso obstruído é baixo e esses vasos distais estão dilatados, sendo o fluxo sanguíneo deles dilatados e dependentes da pressão arterial sistêmica.
    • Reduzir 15% em 24h se não for trombolisar com PAS > 220x120
    • reiniciar anti-hipertensivos 24-48h após evento e ao longo da internação se > 140x90

●4- controle da glicemia (geralmente pelo estresse do evento agudo e isso pode causar mais lesão tecidual) tratar se < 60 ou >180 (manter HGT 140-180)
— HGT do paciente - 120 divide por 30. Ex.: HGT 420: 420 - 120 = 300… 300 / 30 = 10. Então fazer 10U de insulina R

●5- Avaliar deglutição antes de administrar medicações ou dieta VO (dado risco de disfagia e associação Pneumonia aspirativa)

●6- controle O2 (SatO2 >94%) e avaliar respiração, pois isquemia vertebrobasilar ou elevação da PIC consequente por deterioração hemorrágica, que podem causar diminuição do drive respiratório

●7- AAS 160 a 300 mg/dia dentro de 48h do inicio se NHISS >5 e somente após 24-48h do trombolítico ( se disfagia ou incapacidade de uso VO, usar retal). Adicionar clopidogrel 75mg por 21d se AIT ou NHISS ≤ 5 ou por 90dias se AVC de grande vaso

●8- Atorvastatina 80mg dentro 72h do quadro (desde que sem sinais de disfagia e desde que via oral esteja garantida) ou dentro de 1 semana

●9- Anticoagulação

  • Se trombolise: evitar por 24h (incluindo a heparina profilática 40mg) e iniciar/reiniciar entre 3º e 14º dia conforme gravidade do quadro de déficit
  • Sem trombolise iniciar ou reiniciar anticoagulaçaõ se causa for FA ou conforme gravidade do déficit entre 3 e 14 dia
  • > 3/ 6-8 /12-14

●10- monitorização cardíaca nos primeiros dias em busca de alguma arritmia tromboembólica

●11- Diante da presença de febre ≥37ºC, excluir foco infeccioso (pulmonar, urinário, meningite, endocardite) e controlar temperatura pois pode piorar lesão isquêmica por produção de radicais e quebra BHE alem de associar-se a piores desfechos de mortalidade, gravidade e de internação. Além disso tratar pois febre pode piorar isquemia

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11
Q

Controle da PA no AVCi

A

Para não candidatos a trombólise
●1) pelo risco de degeneração hemorrágica e risco recorrência de AVC é tolerável até 220x 120mmHg ou PAM 130mmHg devendo ser reduzida com máximo 15% em 24h se > 220x120 (mas evitando PAS < 120)

Para candidatos a trombólise (alteplase)
●1) PA ≤ 185 x 110 antes da trombólise e deve ser reduzida quando PA > 185 x 110
1. Labetalol IV (1ª linha se disponível)
2. Nitroprussiato IV 2 ml + 248 ml de SF 0,9%, correr EV em BIC
●Alvos da PA durante e 24h após trombólise:
1) Durante: ≤ 185 x 110
2) 24h após trombólise: ≤ 180 x 105

●O retorno dos anti-hipertensivos pode ser feito apos exclusão de estenoses de artéria extracraniana ou intracraniana que exigem uma redução mais lenta da PA de 7 a 14 dias após AVCi pois algum grau de elevação da PA é necessária para manter o fluxo sanguíneo cerebral para as regiões isquêmicas

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12
Q

quando retornar o uso de Anti-HAS após quadro agudo AVCi

A

7-14 dias do episodio inicial do AVCi pois algum grau de elevação da PA é necessária para manter o fluxo sanguíneo cerebral para as regiões isquêmicas

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13
Q

quais e como realizar tratamento antitrombótico no aVci

A
  1. Trombolítico (rTPA) se janela e indicação
  2. AAS 24h após rTPA ou precocemente se não fizer trombolise
  3. Heparina profilática 40mg/dia SC (TVP) apenas 24h após trombolise e dose “plena” está associada com transformação hemorrágica do infarto
  4. Endovascular: trombectomia mecânica (até 6h)

** AAS e Heparina profilática apenas se não fez trombólise ou se tiver feito, iniciar após 24h

A anticoagulação e a dupla antiagregação devem ser suspensas se conversão hemorrágica da área isquêmica por 1-2semanas, enquanto que sangramentos puntiformes assintomáticos é razoável apenas manter um antiagregante como AAS ou clopidogrel.

A anticoagulação oral para FA pode ser retomada/iniciada de acordo com a indicação (e a aspirina interrompida) após 1-2 semanas conforme o grau do deficit neurologico

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14
Q

indicações de trombolitico no AVCi

A

AVCi diagnosticado pela TC com déficit neurológico > 15min e….

  1. Até 4,5 h do início dos sintomas ou da ultima hora em que paciente foi visto bem
  2. PA ≤ 185 x 110
  3. ≥ 18 anos
  4. Plaquetas > 100.000
  5. INR < 1,7 ou TTPa < 40s
    (se fez uso de NOAC ou heparina dose terapêutica, pois AAS e clopidogrel não faz parte)
  6. Sem AVCh e TCE/AVE nos últimos 3 meses;
  7. Glicose > 50 e < 400
  8. TC de crânio + infarto < 1/3 do hemisfério cerebral, sem sangramento ou efeito de massa
  9. NHISS > 5 ou déficit incapacitante
  10. Descartar Dissecção aórtica e endocardite
  11. Sem melhora do déficit (se melhora após inicio do trombolítico pode ter sido por causa embólica que é trombo mole e por isso pode continuar a infusão)

GLICEMIA É UNICO EXAME OBRIGATORIO ANTES DA REALIZAÇÃO !!!!

REALIZAR TC DE CONTROLE COM 24H após uso de trombolitico

heparina de anticoagulação plena ou ACO oral (exceto AAS e clopidogrel) não vai poder fazer trombolise por isso exames 4 e 5

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15
Q

quais observações quanto ao uso do AAs e heparina no AVCi

A

● AAS e Heparina SE NÃO FEZ trombólise*
(alem disso evitar procedimentos ivnasivos como SVD, punção arterial nas 24h que seguem
● NÃO DAR nas 24h após do uso do trombolítico

*Heparina somente profilática 40mg/dia SC
EXCETO SE CAUSA for FIBRILAÇÃO ATRIAL (no entanto se uso de trombolítico, iniciar do 3] ao 14º

Na alta: AAS + clopidogrel por 21 dias

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16
Q

qual conduta em pacientes com aVCi e com indicação de anticoagulação crônica

A

ANTICOAGULAÇÃO PLENA PRECOCE TEM RISCO DE SANGRAMENTO SNC E POUCO BENEFICIO NA FASE AGUDA, diferene do IAM

●anticoagulação precoce em vez de aspirina apenas para pacientes selecionados com avc cardioembólico (Fibrilação atrial, síndrome coronariana aguda, válvula cardíaca protética ) que apresentam alto risco de acidente vascular cerebral recorrente

Nesses casos, e na ausência de sangramento significativo, iniciamos AAS mas aguardamos 14d para anticoagulação se infarto extenso e/ou hipertensão mal controlada pelo alto risco de transformação hemorrágica para só depois pararmos AAS e então iniciar anticoagulação, a qual é contraindicada NA FASE AGUDA

A anticoagulação oral pode ser iniciada logo para pacientes clinicamente estáveis ​​com um infarto de tamanho pequeno ou moderado e sem complicações hemorrágicas

●Anticoagulação parenteral precoce em vez de AAS que apresentam trombo intracardíaco no átrio esquerdo ou trombo associado a válvulas mecânicas, uma vez que apresentam alto risco de AVCi
recorrente devem fazer a transição para anticoagulação oral logo após o início da anticoagulação parenteral.
= Anticoagulação por pelo menos 3 meses para trombo VE
= Anticoagulação + Terapia antiplaquetária para trombo VE após IAM.
= Anticoagulação crônica para pacientes com válvulas cardíacas mecânicas.

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17
Q

quando indicar trombectomia mecânica

A
● Ausência de hemorragia 
● trombo em M1 da ACM ou carótida interna (avaliado numa angioTC ou angioRM) ou posterior
     \+
Regra 666
● Ideal em até 6 h (pode ser até 24h)
●NIHSS ≥ 6
●ASPECTS ≥ 6

Entre 6-24h, Realizar angio-TC ou Angio-RM e avaliar mismatch clinico radiológico (perfusão-difusão)

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18
Q

exames complementares de imagem para buscar etiologia do AVCi

A

● ECG (ou Holter na internação) como monitorização por 24h em busca de arritmias
● ECO TT ou TE (busca por alguma fonte de embolo cardíaca no ventrículo, como trombo mural ou mesmo aórtica e no qual exames cardíacos anteriores foram inconclusivos )
●. USG doppler carótidas e vertebrais *
(em busca de estenose ou fonte de embolo)
●. AngioTC de crânio
(avaliar estenoses ou obstruções vasculares)

5-** Hemocultura, VHS: uteis se suspeita de endocardite
6- eletrolitos, Cr, PTTa

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19
Q

tipos de AVCi trombotico

A

1 ) Lacunar ( < 2 cm): lipo-hialinose de artérias perfurantes devido a HAS (cápsula interna, tálamo, núcleos da base) e de grande e medio calibre

2) Trombose in situ dos vasos.

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20
Q

Dado alto risco de AVCi aterotrombótico/embólico, o método preferencial para abrir vaso em lesões da carótida

A

1) Endarterectomia carotídea em (AIT/ AVC):
● estenose ≥ 70% (mulher ou homem) ou
● estenose ≥ 50 (homens > 75 anos).

2) Terapia endovascular para sintomáticos de alto risco para endarterectomia com estenose ≥ 70%

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21
Q

qual importância da palpação de pulsos em pacientes com déficit focal ?

A

palpação de pulsos em busca de oclusão (pode sugerir doençla ateroslcerotica) ou dissecção aórtica ASCENDENTE, ESPECIALMENTE QUANDO O PACIENTE TIVER HIPOTENSÃO OU DOR OU PULSOS ASSIMETRICOS EM MMSS !!! SEMPRE SUSPEITE DE AVC CHOCADO !!!! mas lembrar que dissecção de aorta descendente faz hipertensão

DAi importância de buscar IAo e palpar pulsos nos dois membros . além disso, avaliar IAM inferior que pode aumentar a chance de DAA

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22
Q

qual a relação do RNC com AVC

A

RNC pode acontecer em ambas etiologias do AVC (isquêmico ou hemorrágico). No hemorrágico acontece mais comumente por aumento da PIC especialmente no intraparenquimatoso, acompanhado de algum grau de déficit, pois no AVCi, costuma mais ocorrer RNC quando envolve circulação posterior ou quando envolvem grandes áreas

RNC sem déficit neurológico aumenta a probabilidade de HSA

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23
Q

quando investigar etiologias trombóticas para AVCi

A

Pacientes especialmente jovens com déficit focais em que exames anteriores (ECO, ECG, HOlter, Doppler) foram inconclusivos e e mulheres com sintomas sugestivos de LES e/ou SAAF

  • solicitar anticoagulante lupico, anticardiolipina, prot C, prot S, PTTa,
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24
Q

Qual importancioa de defnicao de etiolgogia no AVCi

A

Causas embólicas com doença valvar, IAM, endocardite devem ser pensadas e após definida a causa como FA ou aterosclerose de carótidas, o tratamento destas como prevenção secundária reduz risco recorrências.

Por isso exame deve se concentrar na ausculta cardíaca e das carotidas além de que estudo vascular na TC pode ajudar a visualizar vasculatura dos vasos cervicais e intracranianos especialmente nos candidatos a trombólise alem do ECG (FA ou IAM)

25
Q

Diagnostico diferencial de deficit neurologico focal e caracteristicas diferenciais

A

Sintomas positivos como alterações sensitivas (dormência, luzes, flashes, parestesias, zumbidos) ou motoras (espasmos, movimentos repetitivos) falam mais a favor de convulsão ou migrânea com aura.

Sintomas negativos (os que levam a perda de função (visão, motricidade, audição) mais a favor de AVC/AIT. A duração dos sintomas pode fornecer pista de algo como convulsão, migrânea que dura minutos ou segundos. A busca de um fator precipitante na convulsão, na sincope. Os sintomas não neurológicos como a cefaléia é comum após a aura ou convulsão, raramente ocorrendo ao mesmo tempo ou logo após os sintomas neurológicos de AVc/AIT

●AVC
(hemorrágico costuma ter sintomas gradativos)
●Neoplasia
●Abscesso cerebral
(acompanha febre, convulsão, cefaleia)
●Hipoglicemia
(verificando hgt)
●Epilepsia pós ictal
(outros sintomas associados como mordedura, incontinencia)
●Enxaqueca com aura
(dor de cabeça geralmente começa ao mesmo tempo ou logo após a aura que na maioria saõ visuais seguidos por parestesias ou outros fenômenos sensitivos. Entre eles, dormência, formigamento, alfinetadas)

26
Q

exames complementares que fazem parte da avaliação diagnóstica de qualquer AVC

A

1- TC ou RM*
* RM ponderada com difusão tem maior sensibilidade na detecção de pequenos infartos na fase aguda do inicio dos sintomas
2- ECG
3- ECO TT em busca da alterações como aneurismas de ponta VE, trombos murais ou fonte de êmbolos da aorta, de valvas metalicas
4- monitorização cardíaca em busca arritmias
5- AngioTC cervical e cerebral em busca da artéria culpada
6- USG carótida

27
Q

dose de trombolítico no AVci e cuidados com seu uso

A

● Alteplase 0,9mg/kg máximo de 90mg/dia.
- iniciar imediatamente após a TC ter excluído sangramento e faz angio-TC para avaliar se paciente pode ser candidato de trombectomia posteriormente e faz Monitorização em 24h e mandar para UTI

correção por:
● crioprecipitado se paciente usava varfarina
● Vitamina K antes se usava varfarina
● PFC se indisponibilidade do complexo protrombinico
● 6-8u plaquetas se < 100.000
● protamina se usava HNF

10% da dose total em bolus em 1-2minutos e o restante em BIC dentro de 1h em veia periférica e monitoração em UTI durante as 24h da administração pois uma complicação do seu uso é hemorragia intracerebral que deve ser suspeitada quando paciente desenvolve deterioração neurológica súbita, um rebaixamento no nível de consciência, dor de cabeça, náuseas e vômitos ou aumento da PA durante esse tempo após administração e evitar cateteres intra-arteriais, vesicais e tubos nasogástricos por pelo menos 24 h. Outra complicação do uso é angioedema (usar anti-histaminico e dexametasona/hidrocortisona+/- adrenalina)

fazer NHISS e controle da PA 15/15min (180x105)

  • 15/15min durante infusão
  • 30/30min nas primeiras 2h
  • 60/60min nas primeiras 6h
  • 2 em 2h até completar 24h

Interromper se piora neurológica pelo NHISS durante a infusão ou cefaleia e náuseas e vômitos ou pico pressórico novo, deve levar para TC e interromper trombolítico para avaliar sangramento. Se sangramento importante, transamin + CPC.

Se paciente apresentar HIPOTENSÃO + SANGRAMENTO, avaliar tamponamento cardíaco por complicação da trombolise. Outra complicação é angioedema com insuf respiratória

  • apenas após novo estudo de imagem e após 24-48h do uso apenas que é permitido uso de AAS ou outros anticoagulantes antes de se considerar introduzir essas medicações
28
Q

janelas terapêuticas para tratamento do aVCi e beneficio do seu uso

A

até 4,5h: trombolítico
Benefiico é maior quando usado nas primeiras 3h do inicio do sintomas, porem o beneficio real da funcionalidade do trombolitico não acontece nas 24h que seguem sua aplicção, mas nos 90dias que seguem seu uso

até 6h: trombectomia

29
Q

como fazer a monitoração após trombólise do AVCi

A

Sangramento mais sério, como TGI ou TGU pode exigir a descontinuação da alteplase mas sangramento cutâneo-mucoso é tolerável. Se quadro neurológico piorar, suspeitar de sangramento SNC

Se sangrou na TC;
●Parar infusão imediatamente e realizar TC (se não tiver possivel ser apenas piora natural do deficit)
● crioprecipitado 10U + Ipsilon (4g + 250mL SF em 1h e 1g/h por pelo menos 8h até parar ou transamin 10-15mg/kg em 20min)
- para atingir fibrinogênio 150-200

● manter menor ou igual a PA 180x105 nas primeiras 24h que seguem sua administração
-15/15min nas primeiras 2h
-30/30min nas primeiras 6h
1h/1h até completar 24h

● Tc de controle após 24h e antes de considerar reintroduzir antiplaquetários
-AAS após 24h do trombolitico

30
Q

contraindicações ao uso trombolítico

A
1- AVCh prévio ou AVci/AIT nos últimos 3 meses
2- glicemia < 50 ou > 400
2- PA > 185x110
3- plaquetas < 100.000
4- heparina nas ultimas 48h
5- INR >1,7
6- neoplasia SNC
7- HDA nos últimos 21d
8-TCE recente últimos 3 meses
9- TC de cranio com edema > 1/3 do hemisfério cerebral
10- coma
31
Q

quais explicações para RNC durante o tratamento do AVCi

A
  • edema com pico em 3-5dias
  • degeneração em AVCh em até 2d
  • convulsão
  • dist eletrolítico ou metabólico
  • infecções (PAC)
32
Q

qual indicação de terapia endovascular por trombectomia mecânica no AVCi

A

pacientes com contraindicações ao trombolítico ou que não recanalizaram após o uso deste dentro de 6h ou dentro de 24h apos inciio do quadro

33
Q

causas principais de AVCh intraparenquimatoso

A

●80% microaneurisma de Charcot-Bouchard secundário a vasculopatia hipertensiva crônica das artérias perfurantes: Os vasos perfurantes em pacientes com HAS crônica desenvolvem hiperplasia da íntima com hialinose na parede, isso predispõe à necrose focal, causando rupturas na parede - microaneurismas na região dos NÚCLEOS DA BASE (putame e tálamo)

●20% Angiopatia amilóide: em idosos (> 70 anos) / alzheimer: acontece pela deposição de material amiloide nos vasos de pequeno a médio calibre do cérebro. Isso enfraquece a estrutura da parede deles e os torna propensos a sangrar geralmente se manifesta como lobar CAUSA COMUM EM idosos não HAS com AVC lobar

●CAUSAS SECUNDARIAS:
TCE, drogas, tumores, trombolíticos, anticoagulantes, cavernoma, MAV

34
Q

AVCh lobar mais comumente acontece por…

A

● Angiopatia amiloide
(localização de hemorragia intraparenquimatosa em núcleos de base são de causa hipertensiva)

● Abuso de drogas ou anomalia vascular freqüentemente causam hemorragia lobar também

35
Q

fatores de risco para AVCh intraparenquimatoso

A
●HAS !
●HOMEM
●NEGROS
●> 60 ANOS
●Tabagismo
●Álcool 3x/dia
● anticoagulantes (especialmente varfarina, pois NOACS estão associados a menor risco)

Os possíveis fatores de risco para a presença de anormalidades vasculares subjacentes em pacientes com AVCh IP: idade < 65 anos, sexo feminino, não fumante, ausência de história de hipertensão ou diátese hemorrágica

36
Q

quais fatores estão associados a aumento do sangramento e pior prognostico nos pacientes com AVCh intraparenquimatoso

A

O sangramento aumenta ao longo das primeiras 24h do inicio dos sintomas, mais especificamente com pico em 3h e o controle da pressão é importante para evitar a progressão do sangramento no tratametno

O crescimento do sangramento, particularmente nas primeiras 24 horas, também é um preditor independente de mortalidade e desfecho desfavorável. Volume > 60cm3 na apresentaçaõ, uso de anticoagulantes e antiplaquetarios, sangrametno para espaço subaracnoide também esta associado a mau preditor de expansão sangramento. Esse aumento do sangramento está associado clinicamente a piora neurológica

● A visualização de pequenas áreas focais ou multifocais pelo contraste dentro de uma hemorragia em imagens de angioTC prediz a expansão da hemorragia.

37
Q

clinica suspeita de AVCh Intraparenquimatosa e solicitação exames iniciais

A

● Déficit focal progressivo ao longo de minutos-horas
● Cefaleia e vômitos (ambos em 50% dos casos)
● Rebaixamento progressivo da consciência (expansão do hematoma com efeito de massa ou sangramento grande)
● Edema papila pelo aumento da PIC
● Convulsão (mais comuns em hemorragias lobares do que quadros isquemicos)
● PA elevada
● sinais de meningismo quando sangramento se estendeu para espaço interventricular

Solicitar -TC sem contraste e ECG
ALterações ECG: intervalo QT prolongado e as alterações da onda ST-T, podem refletir lesão cardíaca induzida por catecolaminas, que é mais provavelmente devido a uma liberação snc de excesso de catecolaminas causada por PIC alta

Os testes laboratoriais recomendados
●Hemograma completo, eletrólitos, nitrogênio ureico no sangue, creatinina e glicose
●TAP e TTPA
●Troponina
●Triagem toxicológica para detectar cocaína e outras drogas simpatomiméticas
●Urinálise e cultura de urina
●Teste de gravidez

Apos confirmado, Estudo para determinar causa: angioTCou angioRM: MAV, tumor, AVCi,

38
Q

qual abordagem diagnostica etiologica apos confirmado AVCh intraparenquimatoso no exame de imagem

A

buscar diagnóstico de etiologias específicas :

● hipertensiva - pode se ter certeza sem nenhum teste diagnóstico adicional em paciente gravemente hipertenso com hemorragia bem circunscrita e homogênea localizada em um local típico de AVCh IP (putâmen / cápsula interna, tálamo, ponte ou cerebelo). Embora a etiologia hipertensiva também possa ocorrer em um local lobar, mas outras etiologias devem ser excluídas em pacientes com AVch lobar na ausência de fatores de risco identificáveis. A RM após a reabsorção do sangue (4-8 semanas) pode mostrar malformações vasculares residuais ou um tumor.

●Transtorno de sangramento - a avaliação de um distúrbio de sangramento (contagem de plaquetas, TAP e PTTa) deve ser realizada em todos os pacientes com Avch ip, especialmente se a causa não for identificável.

●AVCh ip relacionado a anticoagulantes - a prescrição iatrogênica de anticoagulantes é o distúrbio hemorrágico mais comum que causa hemorragias cerebrais e é mais frequentemente lobar ou cerebelares do que profunda . A anticoagulação pode contribuir para a AVCH iniciada por outras etiologias.

●Angiopatia amilóide cerebral- As hemorragias relacionadas à angiopatia amilóide cerebral são geralmente lobares e ocasionalmente cerebelares. Eles envolvem predominantemente as porções posteriores do cérebro ( lobos parietal e occipital). É suspeita clinicamente em um paciente > 55 anos com hemorragia lobar espontânea, especialmente se não houver hipertensão associada. EMbora o daignsotico definitivo seja pelo exame patológico, um provável diagnóstico pode ser feito quando a RM demonstrar a presença de hemorragias múltiplas restritas às regiões lobar, cortical ou cortical-subcortica;

●Transformação hemorrágica de infarto isquêmico l. Isso é particularmente importante em pacientes quando o estudo de imagem é adiado; Uma aparência irregular da hiperdensidade dentro de uma área maior de baixa atenuação é uma característica importante. Um atraso do início do AVC até o exame de TC pode ser problemático na interpretação

●Trombose venosa cerebral - Ao diagnóstico de TVC pode ser suspeitado em pacientes com fatores de risco que incluem condições pró-trombóticas (hipercoaguláveis), uso ACO, gravidez e puerpério, malignidade, infecção, traumatismo cranioencefálico e

●Abuso de drogas - a cocaína e outras drogas simpaticomiméticas estão associadas a um risco aumentado de HIC. A triagem toxicológica é garantida se houver suspeita de uso ou abuso de drogas

●Tumor - os tumores cerebrais primários ou metastáticos. As metástases cerebrais hemorrágicas podem ocorrer mais comuns em associação com melanoma, câncer de células renais, câncer de tireoide, coriocarcinoma e câncer de pulmão de células não pequenas.

39
Q

na AVC intraparenquimatosa, sobre uso de AAS

na AVCh intraparenquimatosa, sobre uso de anticoagulante

na AVCh intraparenquimatosa, sobre uso de heparina profilática

A

● sem AAS 1 a 2 semanas.
normalmente não são reiniciados até pelo menos esse intervalo de tempo após o início da AVch IP, mas há quem argumente que pode ser usada com segurança 48h após em pacientes estáveis desde que a imagem tenha mostrado um sangramento estável e que PA esteja controlada

● não usar por 3 a 4 semanas apos evento agudo

● não usar por 1 a 4 dias.

40
Q

tratamento do AVCh intra parenquimatosa

A

● Proteção de VAS : Glasgow ≤ 8 necessita intubar e VM + cateter de PAM e PIC; AVCh que levam a aumento da PIC pode causar diminuição drove respiratório
● Suspensão de antiplaquetarios e Reversão de anticoagulação (evitar AAS por 2 semanas e anticoagulantes por 4 semanas após inicio do quadro)
a) vitamina K + Comp protrombinico se varfarina
b) Comp protrombinico: se dabigatrana
c) Transamin: se apixabana, edoxabana,

Solicitar vaga de UTI devido ao risco potencial de deterioração pela expansão do hematoma, elevações da pressão intracraniana, hidrocefalia, convulsões e herniação
● Controle da PA (nas primeiras 24h, se PAS > 220, manter 140-160. Se PAS 150-220 mmHg, redução aguda da PAS para 140 mmHg (e não abaixo disso)
● Controle da PIC
1. Cabeceira elevada 30º + analgesia/sedação leve
2. monitoração invasiva da PIC se IOT, hidrocefalia ou hemorragia ventricular
● Compressão pneumática intermite
● MAnutençaõ de fluidos com SF isotonica, mas evitar hipervolemia pois pode piorar edema e evitar soluções hipotonicas
● Controle febre e investigar foco infeccioso (ATB se foco identificado, nunca como profilaxia)
● Controle da glicemia 140-180
● Se relato de convulsão apos inicio do quadro, iniciar terapia prevenção ou pode ser feita de maneira profilatica se hemorragia lobar com extravasamento ventricular
a) valproato IV por 1 mês com retirada gradual após evento agudo mas não se mostrou efetivo em reduz crises incidentes ao longo do ano, apenas as inicias
● Evitar hiponatremia (piora edema cerebral).
● controle com TC se hemorragia ventricular para avaliar se progrediu ou após piora neurologicoa por possível hidrocefalia que exigirá DVE ou ventriculostomia

41
Q

por que realizar o controle da PIC e como realizar

A

Em pacientes com AVCh, a elevação da Pressão intracraniana está associada ao volume de sangramento, ao edema ao redor ou pela hidrocefalia consequente a extensão da hemorragia para espaço intraventricular (especialmente se o terceiro e o quarto ventrículos estiverem envolvidos). Esses pacientes com hemorragia para ventriculos devem ser monitorados de perto pois quando ocorre deterioração neurológica, uma TC de emergência deve ser realizada para excluir o desenvolvimento de hidrocefalia. Pacientes com deterioração neurológica no contexto de aumento ventricular podem ser candidatos à ventriculostomia e drenagem ventricular externa.

● Elevação da cabeceira
● Analgesia/sedação
● Monitoração invasiva da PIC se ECG < 8, Hidrocefalia ou hemorragia ventricular para manter PPC 50-70
●Manitol 20% IV 0,75-1 g/Kg bolus +0,25-0,5 g/kg a cada 4/4h (osm 300-320) ou solução salina hipertônica (30mL NaCL a 23,4%)
● O coma barbitúrico, mais frequentemente induzido com pentobarbital ajuda na redução da PIC ou com
Proprofol
●hiperventilação causa uma rápida redução da PIC por induzir vasoconstrição cerebral , para isso deve-se manter PaCO2 30-35mmHg

42
Q

quando indicar cirurgia nos AVCh intraparenquimatoso

A

● Cirurgia

  • se hemorragia cerebelar com
    a) tamanho > 3cm (> 15mL)
    b) com deterioração neurológica ou com compressão do tronco ou com hidrocefalia por obstrução ventricular
43
Q

Quando aventar a possibiliidade de transfromacao hemorragica de AVCi apos uso do trombolitico?

A

Hipertensão aguda, náuseas, vômitos, cefaleia intensa ou deterioração neurológica com piora do NIHSS apos infusão ou complicaçoes como angioedema

●Interromper infusão
●TC DE EMERGENCIA
●transamin 10-15mg/kg ev em 20mim
●Avaliação NCR e hemato
● Angioedema orolingual
Iot se insuf respiratória ou se acometer laringe, palato ou orofaringe, suspender infusão, metilprednisolona 125mg + difeniramina 50mg+ ranitidina 50mg e se ainda nao resolver... epinefrina 0,1% 0 3mL SC
44
Q

manejo inicial de aVC sem TC

A

●1- preparar transferência/regulação para local com TC enquanto colhe anamnese sobre horário de inicio, sintomas associados e medicações em uso
●2- MOV* + ABC
●3- glicemia capilar
●4- PA

  • 2 acessos calibrosos para droga anti-HAs EV
  • sat > 94%
  • monitoramento 24h pelo menos em busca de arrtimias
45
Q

se casso com déficit neurológico, ha necessidade de Radiografia de tórax, exame de urina e hemoculturas ecocardiograma ?

A

são indicados se houver febre
(pois pode ocorrer em pacientes com infecção do SNC, como meningite, empiema subdural, abscesso cerebral e endocardite infecciosa. Essas condições precisam ser excluídas como etiologia da febre. Além disso, etiologias comuns da febre, incluindo pneumonia aspirativa e ITU, também devem ser excluídas )

Ja o eco, quando houver suspeita moderada a alta para endocardite por permitir identificar fontes de embolia que não a FA

46
Q

principal causa de HSA no geral e em jovens

A

● Ruptura de aneurisma sacular (a. comunicante anterior)

● em jovens 15-30a : Malformação arteriovenosa.

47
Q

fatores de risco HSA

CAUSAS de HSA

A
1-TABAGISMO!!
2-HAS
3-etilismo
4-historia familiar 1º grau
5-> 50 ANOS
6- Marfan
7- Rins policísticos
8-- cocaína 
Etiologias
1-ANEURISMA  SACULAR
2-TCE
3-MAV
4-AVC H intraparenquimatoso com extensão para espaço subaracnoide
48
Q

PAtogenese e suspeita clinica de HSA

A

geralmente há ruptura de aneurisma sacular com extravasamento de sangue para espaço subaracnóide onde está líquor, que pode contribuir para aumento da PIC ( p ex devido a obstrução das granulações aracnoideas). Devido a isso tem-se principais complicações desse AVCh: hidrocefalia e vasoespasmo (este devido a degradação dos coágulos e liberação de seus produtos no espaço SA que acaba por interferir na função do endotélio e gera vasoconstricção que pode piorar perfusão ). O risco de ruptura depende do tamanho e principal mecanismo é elevação da PA.

Sintomas costumam acontecer acontecem tanto apos exercicio quanto em atividades leves ou repouso. Diante de qualquer pac

● inicio súbito de pior cefaleia da vida ( de origem não traumatica e com pico de intensidade em 1h) - pode ser único achado- mas costuma vir associada a outros sintomas.
OBS.: mesmo pacientes sem deficit focal mas com queixa de cefaleia de intensidade forte devem ser avaliados com imagem para HSA
● Déficit focal + sincope
● sinais de irritação meníngea (dor pescoço e rigidez com flexão) pela meningite asseptica por sangue no espaço subaracnoide
● Rebaixamento do nível de consciência ( HIC ??).

49
Q

Avaliação e exame diante de suspeita de HSA e principais aspectos do diagnostico

A

● O início é abrupto?
● A qualidade é diferente e a gravidade é maior do que as cefaleias anteriores e que pouco melhoram com analgésicos
● Não focar traumatismo secundário de síncope e queda ou colisão de veículo motorizado

Quanto a TC:
● TC sem contraste é essencial diante da suspeita (sensibilidade 95%-100%) Ela mostrará sangue na região das cisternas da base ou entre fissura silviana ou inter-hemisféricas ou perimesencefálica ( sangue na frente do tronco cerebral sugere HSA perimesencefálica não aneurismática)
● A sensibilidade é maior para detectar sangramento nas primeiras 6h, diminuindo após isso e conforme dor de cabeça aumenta
● A TC pode ser negativa se sangramentos pequenos
● A punção lombar é obrigatória se houver forte suspeita de HAS, apesar de uma TC de crânio normal ou inconclusiva mas lembrar que xantocromia (S93% E95%) pode estar ausente em < 2h (pois a degradação das hemácias nos seus subprodutos leva algumas horas). A punção deve seguir RM se ainda houver suspeita de HSA

50
Q

diante de suspeita de HSA com Tc normal,,,,

A

É OBRIGATÓRIA….
●Punção lombar com liquor hemorrágico nas primeiras 6-12h do inicio dos sintomas suspeitos de HSA e se o resultado da primeira Tc realizada foi normal(não realizar diante de paciente anticoagulado) xantocromia pode estar ausente muito cedo.

A xantocromia S93% E95%(coloração rosa ou amarelo) é resultado dos produtos de degradação da hemoglobina e indica que o sangue está no LCR há pelo menos 2h, sendo altamente sugestivo de HSA. Mas se realizada com < 2h estará ausente. Achado de ≥20.000 hemácias é sugestiva. A punção deve seguir RM se ainda houver suspeita de HSA

●Após confirmado...
ESTUDO VASCULAR para identificação do aneurisma
a) ARTERIOGRAFIA CEREBRAL  (ouro)
b) ANGIO-TC  (mais usado)
c) ANGIO-RNMa) 

●se ainda normal…. suspeitar de HEMORRAGIA PERIMESENCEFALICA NÃO ANEURISMATICA ou MAV
(embora sangue na frente do tronco cerebral sugere HSA perimesencefálica não aneurismática)

51
Q

qual próximo passo após diagnostico de HSA na TC ou punção lombar ?

A

● Angiografia - melhor para detectar aneurismas intracranianos e definir suas características anatômicas, sendo o teste padrão ouro pois tbm facilitar o tratamento endovascular como parte do mesmo procedimento. Fundamental repeti-lo em 4-14 dias se o angiograma inicial for negativo (o que pode ocorrer por tamanho pequeno do aneurisma ou obscurecimento pelo vasoespasmo, hematoma ou trombose). No entanto, se segundo angiograma negativo, fazer uma RM do cérebro e da coluna para procurar malformação vascular

●Angiografia TC ou RM - exames não invasivos úteis para triagem e planejamento pré-cirúrgico.
Identificam aneurismas ≥ 3 mm. Aneurismas ≤ 2 mm podem não ser identificados. Embora pequenos aneurismas rompam com menos frequência são mais comuns, e a ruptura de pequenos aneurismas (5 mm ou menos) é responsável por quase metade dos casos de HSA.

52
Q

HSA que ressangra

A

●Intervenção precoce!

●Correção precoce do ANEURISMA, reduz risco sangramento
●Cirúrgico POR CLIPAGEM para ocluir a cúpula do aneurisma por meio craniotomia.

Via endovascular (exceto quando não se consegue estabilizar molas no interior)
Coloca-se uma mola no lumen do aneurisma “embolização”
53
Q

na HSA, enquanto não clampeia o aneurisma, deve-se manter a PAS

na HSA com aneurisma clampeado, deve-se manter a PAS

A

●140-160 mmHg
se não houver ↑PIC.

●200 mmHg.
se não houver ↑PIC.

54
Q

agente neuroprotetor na HSA

A

●Nimodipina 60mg 4/4h VO/SNG por 21 dias

é eficaz na prevenção da lesão isquêmica e não do vasoespasmo, diminuindo a repercussão do vasoespasmos caso este aconteça

55
Q

como realizar reversão da anticoagulação em pacientes com AVCh

A

A anticoagulação pode ser reiniciada após o período agudo de hemorragia intracraniana se o sangramento desaparecer ou se o paciente permanecer estável.

● VARFARINA
vitamina K 10mg EV + Complexo protrombinico
(O efeito da vitamina K no INR leva 12-24 h, por isso, devem receber Complexo protrombinico)

Verificar TAP / INR em 30 minutos após a administração e periodicamente acada 4-6h nas primeiras 24h e depois diariamente para garantir que o INR tornou-se normal

●Dabigatrana
a) Idaracizumabe
ou
b) Complexo protrombinico ativado

●Inibidores do Xa:
a) andexanet alfa ou Complexo protrombinico 4 fatores

56
Q

complicaçoes da HSA e suspeita diante delas

A

● Ressangramento 7% ( dentro das primeiras 24h com pico 2-12h) por reruptura do vaso é a complicação mais temida e pior prognostico se sangrar para espaço ventricular. É geralmente diagnosticado com base em uma deterioração aguda do estado neurológico acompanhada pelo aparecimento de nova hemorragia na TC (punção lombar não se usa pois xantocromia persiste apos evento inicial por 2 semanas). A forma mais efetiva de se evitar é com reparo vascular

● Vasoespasmo e isquemia cerebral tardia (40%): entre 3-14 dias apos evento agudo; com pico 7ºdia. Tem relaçaõ com localização e extensão do sangramento. Paciente tem desorientação, deficit focal ou diminuição 2pt na pontuação Glasgow por pelo menos 1h. Sangue e trombos degradados no espaço subaracnoide fora das arterias são estimulos toxicos para elas levando a irritação e à contração destas, daí a isquemia. Nimodipina não previne mas reduzir o risco de desfechos desfavoráveis ​​de isquemia cerebral tardia. AngioTC é util para confirmar. Abordagem visa aumentar a pressão arterial média e, assim, aumentar a perfusão cerebral por hipertensão induzida com agentes vasopressores como fenilefrina , norepinefrina ou dopamina e manutenção da euvolemia com solução cristalóide

● Hidrocefalia com aumento PIC 20-30%: pode acontecer pelo volume da hemorragia ou por coágulo bloqueando drenagem do LCR; variavel, pode se manifestar dentro de horas a dias após evneto inicial após reabixamento do nivel de consciencia, alteração pupilar e com TC mostrando dilatação ventriculos. Manter PIC < 20mmHg pode exigir DVE

● Hiponatremia 30%: Em virtude do peptídeo natriurético cerebral levando a perda de Na+ e H2O.
Recomenda-se restrição de água livre nas primeiras semanas e monitoração

57
Q

Tratamento da HSA

A

●UTI + contactar NCR
O objetivo mais importante do tratamento é a prevenção de ressangramento por meio do reparo precoce do aneurisma. O sangue que já está lá que pode provocar vasoespasmo e o tratamento do aneurisma não diminui essa possibilidade. Por isso, tem que manter o paciente internado por 21 dias depois da hemorragia porque precisa monitorizar o vasoespasmo

●TRATAMENTO ANEURISMA:
Correção precoce do ANEURISMA (ideal 24h) por CLIPAGEM ou via ENDOVASCULAR PREVENI RESSANGRAMENTO. Se demorar, pode usar transamin (1 g em 10 min, seguido de 1g 6/6h por máximo 72h) para prevenir ressangramento pelo atraso na clipagem cirúrgica ou endovascular do aneurisma

● CONTROLE DA PA

(1) Enquanto não clampeia o aneurisma: PAS < 160 (de preferencia entre 140-150) ou PAM <110
(2) Aneurisma já clampeado: PA < 200 mmHg

● Reversão anticoagulação até o reparo do aneurisma

● Transfusão de plaquetas se < 100.000 antes do procedimento NCR

● Profilaxia para convulsão pode ser feita mas evitando fenitoína. Na ausência de convulsões pode ser descontinuada apos clampeamento. São continuados por alguns meses em pacientes que tiveram uma convulsão aguda após a HSA

●PREVENÇÃO EMBOLIA/TVP com compressão pneumática (Heparina após intervenção cirúrgica e nunca se aneurisma roto não tratado)

● Monitoração frequente:
Mudança no estado neurológico (desenvolvimento ou agravamento da desatenção e confusão, novo déficit neurológico focal, nível reduzido de consciência, convulsão) deve ser avaliada com TC (para identificar ressangramento, infarto cerebral, hidrocefalia. Monitoração PIC quando ventrículos dilatados pro ventriculostomia

●monitorar VASOESPASMO
(doppler Transcraniano até 14º dia e euvolemia. AngioTC é util para confirmar o vasoespasmo em pacientes com velocidades elevadas na USG ou com deficit focal/ diminição Glasgow em 2ptos. Terapia seria aumentar PAM e, assim, aumentar a perfusão cerebral por hipertensão induzida com vasopressores como fenilefrina, norepinefrina ou dopamina + euvolemia com solução cristalóide. Se não resolver, angioplastia com balão

● Nimodipina 60mg 4/4h dentro de 48h por 21dias seja VO ou SNG (não previne vasoespasmo mas está associada a melhores benefícios como redução da mortalidade e de desfechos desfavoráveis tardios)

●TRATAMENTO HIPONATREMIA
(devido a SIADH) com solução hipertônica

● Controle da dor:
Analgesicos –> opioide

●CONTROLe glicemia 80-120, febre e cabeceira elevada

58
Q

Heparina está contraindicada no AVCh quando

A

aneurismas rotos não tratados