Aula 4 Flashcards
Motivação
Segundo Robbins1
, motivação “é a vontade de fazer algo, condicionada pela capacidade que essa
ação tem de satisfazer alguma necessidade individual”.
Para Gregory et al2
, a motivação “representa um conjunto de forças que leva as pessoas a se
engajarem em algum tipo de comportamento mais do que qualquer outro comportamento
alternativo”.
De acordo com Chiavenato4
, a “motivação funciona como o resultado da interação entre o
indivíduo e a situação que o envolve”. Para ele, a motivação está relacionada a três aspectos
básicos:
Direção: é a direção do comportamento (do esforço), no sentido de atingir determinado
objetivo. O esforço deve ser direcionado para o alcance de algum objetivo. Ou seja, se
refere ao objetivo que se quer alcançar. Indica onde focar o comportamento (o esforço).
Intensidade: se refere à força e à intensidade do comportamento (do esforço). Isto é,
representa o tamanho do esforço que a pessoa emprega para o alcance do objetivo.
Persistência: é a duração e persistência (ou permanência) do comportamento (do esforço).
Trata-se da duração de tempo que a pessoa mantém seu esforço em direção ao objetivo
proposto. Em outras palavras, significa por quanto tempo a pessoa consegue manter o seu
esforço.
A motivação é um processo coletivo ou individual?
A banca tentará te enganar dizendo que a motivação é coletiva. NÃO CAIA NESSA!!!!
A motivação é um processo individual! Cada pessoa deve encontrar a sua própria
motivação.
A motivação é suficiente para um bom desempenho?
Não. De acordo com Robbins o desempenho não depende apenas da motivação. Para o autor, o desempenho é resultado do tripé motivação + capacidade (habilidades e inteligência) + oportunidade.
Chiavenato9 destaca que o processo motivacional é cíclico e pode ser explicado da seguinte
maneira:
Estado de Equilíbrio: O indivíduo está tranquilo e em estado de equilíbrio interno.
Estímulo ou Incentivo: Alguma coisa acontece no indivíduo que o estimula/incentiva a ter alguma
necessidade que antes ele não possuía.
Necessidade: A necessidade surge, e derruba o estado de equilíbrio.
Tensão: A partir da necessidade, o indivíduo entra em um estado de tensão e desconforto.
Comportamento ou Ação: O estado de tensão leva o indivíduo a agir e se comportar de
determinada forma, com o objetivo de obter a satisfação de sua necessidade.
Satisfação / Frustração (Barreira) / Compensação: As ações e comportamentos do indivíduo
geram algum tipo de desempenho. O desempenho pode ser:
Satisfatório: O comportamento do indivíduo foi capaz de satisfazer a sua necessidade. A
tensão some, e o indivíduo volta ao seu estado de equilíbrio.
Insatisfatório: Nesse caso, por algum obstáculo, barreira ou impedimento, a satisfação não
é alcançada. Então, o indivíduo ficará frustrado e o estado de tensão permanece ou pode
até aumentar.
Compensatório: A necessidade inicial não foi satisfeita. Contudo, o indivíduo consegue
alcançar um tipo “alternativo” de satisfação, que é capaz de superar a tensão. O indivíduo
volta ao seu estado de equilíbrio.
As Teorias Motivacionais podem ser divididas em:
Teorias de Conteúdo e Teorias de Processo.
Essas Teorias buscam explicar “o que” motiva o indivíduo. Ou seja, essas
teorias partem do princípio de que os indivíduos agem para satisfazer seus interesses e
necessidades. Portanto, as Teorias de Conteúdo se preocupam com as necessidades específicas
que motivam e “impulsionam” os indivíduos a agirem.
Teorias de Conteúdo
As Teorias de Conteúdo são as seguintes:
Teoria da Hierarquia das Necessidades (de Maslow)
Teoria ERC / Teoria ERG (de Alderfer)
Teoria dos dois Fatores / Teoria Bifatorial (de Herzberg)
Teoria das Necessidades Adquiridas (de McClelland)
Teoria X e Y (de Douglas McGregor
Essas Teorias buscam explicar “como” o processo de motivação ocorre. As
Teorias de Processo se preocupam com a percepção da realidade, ou seja, se preocupam com os
processos de pensamento que fazem com que as pessoas tomem determinadas atitudes.
Teorias do Processo
As Teorias de Processo são as seguintes:
Teoria da Equidade (de Adams)
Teoria da Expectância / Expectativa (de Vroom)
Teoria da Definição de Objetivos (de Locke)
Teoria da Autoeficácia
Teoria do Reforço (de Skinner)
É importante mencionar que nem todas as Teorias são classificadas em “teorias de
conteúdo” e “teorias de processo”. Na verdade, há autores que nem fazem esse tipo de classificação/divisão.
Por exemplo: o próprio Chiavenato classifica a Teoria do Reforço de duas formas
diferentes. Em uma de suas obras, ele coloca a Teoria do Reforço entre as Teorias de
Processo. Em outra obra, Chiavenato classifica a Teoria do Reforço como um tipo
“especial” de teoria, pertencente a uma classe “exclusiva”, a qual ele chama de “Teoria
do Reforço” (mesmo nome da teoria propriamente dita).
Teoria da Hierarquia das Necessidades (de Maslow)
Também conhecida como pirâmide
de Maslow, é a Teoria que mais aparece nas provas.
De acordo com Maslow, o indivíduo está sempre em busca de satisfazer suas necessidades.
Portanto, o indivíduo é motivado por diversas necessidades. Nesse sentido, Maslow dividiu as
necessidades que motivam o indivíduo em 05 categorias: necessidades fisiológicas, necessidades
de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima, e necessidades de autorrealização.
Às 05 categorias foram dispostas em uma pirâmide. Vejamos:
Autorização
Estima
Sociais
“Necessidades Superiores (de Alto Nível)
-Necessidades Secundárias
-São satisfeitas por estímulos internos
(estímulos de dentro do indivíduo)”
Já
Segurança
Fisiológicas
São”Necessidades Inferiores (de Baixo Nível)
-Necessidades Primárias
-São satisfeitas por estímulos externos
(através de salários, condições de trabalho, etc.)”
Teoria ERC / Teoria ERG (de Alderfer)
A Teoria ERC (Existência-Relacionamento-Crescimento) ou Teoria ERG (Existence-Relationship-
Growth), desenvolvida por Alderfer, pode ser considerada uma adaptação (ou aperfeiçoamento) da Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow.
A primeira diferença é que Alderfer “condensou” as necessidades (os níveis hierárquicos) em 03
categorias: necessidades de Existência, necessidades de Relacionamento, e necessidades de Crescimento.
A segunda diferença
É que, de acordo com a Teoria ERC, as necessidades podem ser buscadas simultaneamente, isto é, as necessidades podem ser “ativadas” ao mesmo tempo. Ou seja, não é necessário que uma necessidade de um nível “anterior” seja satisfeita para que se busque uma necessidade de um nível “posterior”. Em outras palavras, a satisfação de uma necessidade de nível
“menos elevado” não é pré-requisito para a satisfação de uma necessidade de nível “mais elevado”.