Atendimento inicial no trauma Flashcards

1
Q

Quais são as 9 etapas da avaliação inicial no trauma?

A

Preparação, triagem, exame primário, reanimação, medidas auxiliares ao exame primário e reanimação, exame secundário, medidas auxiliares ao exame secundário, reavaliação e monitorização contínuas após reanimação, cuidados definitivos

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2
Q

Quais são as duas etapas que compõem a PREPARAÇÃO?

A

Fase hospitalar e fase pré-hospitalar

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3
Q

Quais são as duas situações (na prática) que ocorrem na TRIAGEM?

A
  • Múltiplas vítimas, porém o hospital é capaz de oferecer atendimento adequado a todos: pacientes com risco de vida iminente e aqueles com lesões multissistêmicas serão atendidos primeiros
  • Situações de desastre, quando as vítimas ultrapassam a capacidade de atendimento hospitalar: vítimas com maior probabilidade de sobreviver serão atendidas primeiro
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4
Q

Como é realizada a avaliação primária?

A

Por meio do ABCDE do trauma

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5
Q

O que é avaliado no “A” do ABCDE?

A

Vias aéreas e coluna cervical

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6
Q

O colar cervical permite a movimentação da cabeça?

A

Isoladamente, o colar permite a movimentação lateral parcial da cabeça, assim como pequena rotação e movimentação anteroposterior. Sendo assim, para uma imobilização correta da coluna cervical para o transporte da vítima, além do colar cervical, deve-se utilizar uma prancha longa (rígida) somada ao emprego de coxins laterais para garantir a fixação da cabeça

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7
Q

De acordo com a regra canadense (Canadian C-spine Rule), quais pacientes podem se beneficiar de retirada de colar cervical sem realização de radiografia?

A

Pacientes sem quaisquer fatores de risco (baixo, médio ou alto risco) para lesão de coluna e que são capazes de realizar rotação ativa do pescoço (considerando a resposta clínica)

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8
Q

De acordo com o critério Nexus, quais pacientes podem se beneficiar de retirada de colar cervical sem realização de radiografia?

A

Pacientes que apresentam as seguintes características:
- Ausência de dor ou qualquer sensibilidade em linha em região correspondente à coluna cervical
- Nenhuma evidência de intoxicação endógena
- Nível normal de alerta
- Sem déficit neurológico focal
- Nenhuma lesão importante em outro local que possa prejudicar a avaliação correta da coluna cervical

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9
Q

Qual o melhor sinal para avaliar obstrução de via aérea?

A

Prejuízo da fonação

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10
Q

Como o comprometimento das vias aéreas pode se manifestar clinicamente?

A

Agitação, em caso de hipóxia, e letargia, em caso de hipercapnia

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11
Q

Como agir, quanto às vias aéreas, em caso de rebaixamento do nível de consciência?

A

Elevação do queixo e tração da mandíbula, sempre mantendo a coluna cervical estabilizada

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12
Q

Quais as indicações de acesso definitivo às vias aéreas no trauma?

A
  • Apneia
  • Proteção de VA inferiores contra aspiração de sangue ou conteúdo gástrico
  • Comprometimento iminente de VA (lesão por inalação, fraturas faciais ou convulsões reentrantes)
  • TCE necessitando de hiperventilação
  • Incapacidade de manter a oxigenação adequada com ventilação sob máscara
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13
Q

Qual a forma preferencial de acesso definitivo à VA?

A

Intubação orotraqueal

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14
Q

Quais pacientes, vítimas de trauma, necessitam de oxigênio complementar?

A

Todos devem receber oxigênio, por meio de máscara facial (pelo menos 11 L/min) ou de tubo endotraqueal

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15
Q

Como é feita a avaliação da respiração?

A

Inspeção, palpação, percussão, ausculta, oximetria de pulso e eletrocardiografia contínua

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16
Q

Quais lesões podem comprometer a ventilação de forma imediata?

A

Pneumotórax, hemotórax maciço, pneumotórax aberto, comprometimento traqueal ou brônquico

17
Q

Quais lesões podem comprometer a ventilação de forma menos intensa?

A

Fraturas de arcos costais, tórax instável, contusão pulmonar, pneumotórax simples e hemotórax simples

18
Q

Quais as consequências do pneumotórax hipertensivo?

A
  • Colapso do pulmão ipsilateral ao pneumotórax
  • Desvio do mediastino com compressão do pulmão contralateral, gerando insuficiência respiratória e provocando angulação dos vasos da base (redução do DC e choque)
  • Aumento da pressão intratorácica, o que contribui em menor escala para a diminuição do retorno venoso
19
Q

O que é pneumotórax hipertensivo?

A

Quando o ar penetra na cavidade pleural de forma contínua, e um mecanismo valvar o impede de sair, ou seja, o ar tem fluxo unidirecional. O resultado é o acúmulo de grande quantidade de ar sob pressão na cavidade pleural

20
Q

Na presença de instabilidade hemodinâmica, a reposição volêmica deve ser feita preferencialmente através de que tipo de acesso venoso?

A

Periférico

21
Q

Nos pacientes com hemorragia externa, qual a primeira medida a ser tomada?

A

Controle da perda sanguínea através de compressão da ferida e posterior emprego de curativos compressivos

22
Q

De acordo com a classificação das hemorragias, quais casos têm indicação de transfusão de hemoderivados?

A

Classe II pode necessitar
Classe III necessita
Classe IV necessita de transfusão maciça

23
Q

Como é avaliado o estado neurológico?

A

Escala de Coma de Glasgow e observação das pupilas e da movimentação das extremidades

24
Q

Quais os parâmetros avaliados pela Escala de Coma de Glasgow?

A

Resposta verbal, resposta motora e abertura ocular

25
Q

Quais as condutas tomadas na fase “E”?

A

A vítima é despida e examinada rapidamente dos pés à cabeça. Após essa avaliação, o paciente deve ser aquecido com cobertores térmicos e a temperatura da sala de reanimação deve estar adequada, pequenas medidas que previnem a hipotermia

26
Q

Que medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação podem ser empregadas?

A
  • Monitorização eletrocardiográfica: recomendada para todos os pacientes; a presença de arritmias pode ser um indício de contusão miocárdica; AESP (ausência de pulsos centrais com ritmo sinusal ao monitor) pode ser consequência de tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo ou hipovolemia leve
  • Cateter urinário: aferição do débito urinário (medida fundamental para avaliação da reposição volêmica); contraindicado em caso de suspeita de lesão uretral
  • Cateter gástrico: recomendado, uma vez que descomprime o estômago, medida que tenta evitar a broncoaspiração; na suspeita de fratura de base de crânio, a via nasogástrica está contraindicada, nesses casos, a via de escolha deve ser a orogástrica
  • Monitorização: frequência ventilatória, saturação, gasometria, PA, débito urinário
  • Exames radiológicos
27
Q

Quando realizar o exame secundário?

A

Quando o paciente, após as medidas de reanimação, demonstrar uma tendência à normalização de suas funções vitais

Obs.: história clínica e exame físico detalhado

28
Q

Quais as medidas auxiliares ao exame secundário?

A
  • TC e radiografia da coluna cervical e das extremidades
  • TC do restante da coluna vertebral, do crânio, do tórax e do abdome
  • Urografia excretora
  • ECO transesofágico
  • Broncoscopia
  • Esofagoscopia