Arritmias Flashcards
Qual a definição eletrocardiográfica de Fibrilação Atrial?
- Frequência cardíaca geralmente entre 90-170 bpm;
- Irregularidade do intervalo R-R;
- Ausência de onda P ou qualquer atividade elétrica atrial regular;
- QRS estreito (idêntico ao QRS do ritmo sinusal), a não ser em caso de bloqueio de ramo associado.
Qual a faixa normal de Frequencia cardiaca?
60 - 100 Bpm
Qual a epidemiologia das taquiarritmias?
1-2% na população
3-9% dos idosos (> 65 anos).
É discretamente mais prevalente nos homens.
Qual a etiologia da Fibrilação Atrial?
- Cardiopatia Hipertensiva
- Principal: Idosos hipertensos
- Cardiopatia Reumática
- Dupla lesão mitral + insuficiência tricúspide = 70%
- Dupla lesão mitral = 52%;
- Estenose mitral pura = 29%;
- Insuficiência mitral pura = 17%;
- Estenose aórtica (sem disfunção de VE) = 1%.
- IAM = 6 - 10% dos casos
- Cardiomiopatia dilata = 10 -15 %
- Cardiomiopatia Hipertrófica 10 - 30%
- CIA
- Anomalia de Ebsten
- Hipertireoidismo = 5-6% dos casos de início recente (aumento do tônus adrenérgico sobre o miocárdio atria).
- Pós-op de troca valvar (10-40%), revascularização miocárdica (40-60%), Transplante cardíaco (25%.
Qual o Quadro clínico de um paciente com FA?
- SInais e Sintomas
- Grande parte assintomático.
- Palpitações
- Dispneia
- Desconforto torácico
- Tonteira
- Sudorese fria
- Urgência urinária
- Exame físico
- Ritmo cardíaco irregularmente irregular
- Perda da onda A no pulso venoso.
- NÃO TEM B4 (ela depende da contração atrial).
Porque a FA pode piorar hemodinamicamente o paciente?
- Devido à própria taquicardia (reduzindo o tempo de en- chimento ventricular e aumentando o consumo miocárdico de oxigênio);
- Devido à perda da contração atrial, reduzindo em 20-40% o enchimento diastólico do ventrículo e, consequentemente, o débito cardíaco.
- O precário esvaziamento atrial provoca aumento de pressão no átrio esquerdo, determinando piora da congestão pulmonar.
Qual o diagnóstico?
Fibrilação Atrial “fina”
Qual o diagnóstico?
Fibrilação Atrial “grosseira”
Prque eventualmente, na FA, a frequência cardíaca contada no precórdio é maior do que a contada pelo pulso radial (dissociação pulso-precórdio)?
Como o tempo de enchimento diastólico é variável e às vezes muito curto, o ventrículo pode “bater” ainda vazio, sem produzir débito sistólico perceptível. Isso faz com que o batimento percebido no precórdio não se acompanhe de uma onda de pulso periférico.
Qual a causa mais comum de AVE isquêmico cardioembólico? Porque?
Fibrilação Atrial (1/3 de todos os AVEs).
Como os átrios perdem sua contração rítmica, o sangue sofre estase no interior dessas câmaras, predispondo à formação de trombos murais (aderidos à parede atrial).
O local preferido para a formação desses trombos é o apêndice atrial esquerdo (“auriculeta”).
Um fragmento do trombo (ou ele inteiro) pode se deslocar e caminhar pela circulação, até ocluir um vaso arterial.
Qual a influencia da fibrilação Atrial na mortlidade?
Em pacientes com IAM, triplica a mortalidade.
O prognóstico do AVE isquêmico é pior na presença da FA: a mortalidade em 30 dias é de 25% versus 14% no AVE isquêmico sem FA.
Além disso, a sequela neurológica é mais grave, já que o infarto cerebral costuma ser mais extenso com o AVE cardioembólico.
Quais os tipos clínicos de Fibrilação Atrial?
1- FA paroxística (autolimitada): os episódios duram < 7 dias, geralmente < 24h, e se resolvem espontaneamente. Pode ter dois ou mais episódios (FA paroxística recorrente);
2- FA persistente: a arritmia persiste por >7 dias, mantendo-se indefinidamente, caso o paciente não seja “cardiovertido” (não se resolve espontaneamente). Pode recidivar após a cardioversão (FA persistente recorrente);
3- FA permanente (tipo mais comum: 40-50% dos casos): a arritmia se mantém por mais de um ano ou é refratária à cardioversão. A FA persistente pode evoluir para FA permanente (às vezes após diversas recidivas pós-cardioversão).
Como é feito o procedimento de cardioversão elétrica?
- Prover analgesia: propofol ou midazolam (sedativos- -hipnóticos) + fentanil (analgésico).
- O paciente deve estar com suporte de O2, além de acesso venoso periférico e monitorização contínua do eletrocardiograma e dos sinais vitais
- Material de reanimação prontamente disponível.
- O choque inicial com o desfibrilador monofásico deve ter carga entre 100-200 J, e deve ser sincronizado com a onda R do complexo QRS.
- Se o ritmo sinusal não for reestabelecido, pode-se repetir o choque com uma carga maior, de 360 J.
- Se ainda assim a cardioversão não for bem-sucedida, pode-se ministrar o antiarrítmico ibutilida (1 mg IV em 10min) seguido de nova tentativa de cardioversão.
Na arritmologia, quais os sinais de instabilidade e o que fazer na FA com a presença de alguma deles?
- Choque circulatório
- Congestão pulmonar
- Isquemia miocárdica.
Se a FA se apresentar com algum critério de “instabilidade”, a conduta é a cardioversão elétrica imediata! (divido risco de morte súbita)
Qual a conduta na FA instavel?
Cardioversão Elétrica Imediata