Apendicectomia Flashcards
localização anatomica do apendice, anatomia
2 cm abaixo da inserção do íleo terminal (valvula ileocecal)
tem 9-10 cm, diametro ate 0,5 cm
ponto de McBurney = linha imaginária da cicatriz umbilical com a espinha ilíaca ântero superior, fica no terço lateral em contato com os dois terços mediais
fisiopatologia apendicite aguda
obstrução em alça fechada = causa estase, o material fica parado, ocorre secreção, proliferação de bactérias, gases, distensão do órgão, a absorção fica prejudicada, assim como o retorno venoso e depois a irrigação.
A isquemia leva à necrose tecidual e posterior perfuração.
Causa mais comum dos abdominais agudos não traumáticos entre 10-20 anos, com prevalência em homens, e principal causa de abdome inflamatório?
Apendicite aguda
quadro clinico
dor visceral difusa, surda e mal definida no mesogástrio. quando a inflamação chega no peritônio parietal ela vira transmural, essa dor migra para FID (critério dx), náusea, vômito e alteração do hábito intestinal.
apresentação atípica apendicite
semelhante a gastroenterite e anorexia, tendo muito atraso no diagnóstico.
causas de apendicite aguda
Normalmente causada por fecalitos, corpos estranhos, hiperplasia linfoide, neoplasias.
Fases da apendicite:
Fase 1 – Inflamação (fase catarral) - antibioticoterapia é profilática
Fase 2 – Gangrenosa (necrose e fibrina) - antibioticoterapia é profilática
Fase 3 – Perfuração com líquido livre - antibioticoterapia é terapêutica
Fase 4 – Perfuração com abscesso regional - antibioticoterapia é terapêutica
Fase 5 – Perfuração com peritonite difusa - antibioticoterapia é terapêutica
Diagnostico apendicite
Diagnóstico é clínico e pode deixar a cirurgia eletiva
exame fisico
laboratorio (hemograma, parcial de urina)
lab complementar: raio x, USG, tomo (maior acuracia)
exame fisico apendicite
Sinal de Blumberg: irritação peritoneal à descompressão súbita no ponto de McBurney, dor involuntária à palpação profunda.
Sinal de Lenander: diferença entre as temperaturas axilar e retal maior que 1°C, pode acontecer em outras patologias inflamatórias da cavidade abdominal.
Sinal de Rovsing: palpação profunda iniciada na FIE, deslocando gases para o ceco, que dilata e produz dor na FID se o apêndice estiver inflamado.
Sinal de Lapinski: indicação de apendicite retrocecal.
exames laboratoriais
Hemograma: (leucocitose leve, desvio à esquerda, formação de bastões – células jovens de leucócitos).
Amilase não muito elevada à descartar pancreatite.
Parcial de urina: apêndice retrocecal com inflamação de ureter pode dar alteração, como presença de leucócitos, hemácias, bactérias.
lab complementares
- B-HCG: Em gestantes, o problema é a posição do ceco e do apêndice, e alguns exames já estão alterados por conta da própria gravidez.
- raio-x de tórax e abdome PA
- USG
- Tomografia (maior acuracia)
- videolaparascopia
escore de alvarado
1 a 4: probabilidade de 30% de ter apendicite, paciente tem alta hospitalar.
5 a 6: probabilidade de 66% de ter apendicite, paciente fica em observação.
7 a 10: probabilidade de 93% de ter apendicite à em homens é indicado cirurgia, em mulheres é indicado videolaparoscopia.
2 pontos: defesa FID e leucocitose,
resto tudo 1 ponto
Dx diferencial
Adenite mesentérica (linfonodos aumentados na FID), diverticulite de Merkel, doença de Crohn, diverticulite de ceco ou de cólon direito, cálculos renais, pielonefrite, ureterite, abcesso do musculo pessoas, neoplasia de ceco, gravidez ectópica, torção de ovário, rotura de cisto ovariano.
Incisões da apendicectomia
⸙ Ponto de McBurney ⇒ incisão de McBurney (obliqua)
⸙ Transversa (Rockey-Davis).
⸙ Para-retal externa (Battle)
⸙ Laparotomia mediana ⇒ em casos extremos.
Apendicectomía retrógrada
quando não é possível achar a ponta do apêndice, apêndice muito fixo, processo inflamatório mais avançado ou apêndice retrocecal.
⸙ Trata-se primeiro a base e depois o ápice apendicular: faz-se a ligadura da base e, depois, solta o apêndice.
(o normal é tratar a base do apendice e queimar a ponta)