Aparelho respiratório superior Flashcards

You may prefer our related Brainscape-certified flashcards:
1
Q

Que doenças respiratórias podem aparecer no aparelho respiratório superior?

A

Doenças das cavidades nasais e da nasofaringe.
Doenças laríngeas.
Doenças traqueais e das pequenas vias aéreas.
Doenças do parênquima pulmonar.
Doenças do espaço pleural.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Que segmentos funcionais fazem parte da cavidade nasal?

A

Entrada nasal, câmara olfativa, câmara respiratória e saída nasal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais são os possíveis sinais clínicos das doenças nasais?

A

Espirro, espirro reverso, corrimento nasal, estridor nasal ou faríngeal, respiração com boca aberta e/ou bochechas, dispneia, intolerância ao exercício e ao calor, alterações do sono, halitose, deformações nasais ou ulceração dorsal nasal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Caracteriza as estenoses e obstruções das vias nasais.

A

Malformações hereditárias devido à seleção excessiva de reprodução para extremos morfológicos podem causar estas obstruções em todos os três níveis segmentais (entrada nasal, própria cavidade nasal e saída nasal).
A estenose pode ser devida a tumores benignos ou malignos, tecido de granulação induzido por inflamação crónica, quistos intranasais de origem diversa (corpos estranhos, defeitos oronasais, rinite purulenta, desvio do septo nasal).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais as causas da estenose da entrada nasal?

A

Lesões da entrada nasal:
- Traumatismo (mordeduras, acidentes de carro, ferimentos, etc.).
- Inflamação ulcerativa crónica (por ex. aspergilose nasossinusal).
- Cirurgia da entrada nasal usando energia térmica excessiva.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais as causas da estenose da saída nasal?

A

Estenose do meato nasofaríngeo e da nasofaringe.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Dá exemplos de doenças das cavidades nasais.

A

Rinites:
- Bacterianas (corpos estranhos, doença micótica anterior, traumatismo ou irradiação), provocam alterações anatómicas, principalmente das turbinas;
- Linfoplasmocítica idiopática (uma das maiores causas de rinite no cão e gato);
- Alérgica (rara);
- Viral (herpesvírus-1 felino e calicivírus felino).
Tumores:
- Nasal;
- Sinonasal;
- Nasofaríngeos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

O que são pólipos nasofaríngeos? Quais os seus sinais clínicos? Que exames complementares de diagnóstico devemos realizar?

A

São formações benignas de origem desconhecida que se podem estender até ao canal auditivo externo, ouvido médio, faringe e cavidade nasal.
São frequentes em cachorros e gatos jovens.
Os seus sinais clínicos são de otite média e interna: cabeça inclinada, nistagmos, síndrome de Horner (prolapso da membrana nictitante, ptose palpebral, miose uni ou bilateral).
Os exames complementares de diagnóstico podem ser:
- Radiologia (Rx do crânio, rinoscopia, tomografia computorizada do crânio e nasofaringoscopia);
- Amostras (análise de zaragatoas nasais, cultura de fungos de corrimento nasal e biópsia nasal/citologia).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais são as principais cartilagens da laringe?

A

Epiglote, tireóide, cricóide e aritenóide (par).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Que doenças da laringe ocorrem mais frequentemente?

A

Laringites, edema, espasmo, doenças degenerativas (paralisia e hemiparalisia), tumores e traumatismos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Que sinais clínicos estão associados a alterações da laringe?

A

Intolerância ao exercício, disfonia, tosse forte associada à tentativa de vómito e engasgo, estridor e cianos (em casos de edema/espasmo).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Descreve a fisiopatologia da paralisia da laringe.

A

Fisiologicamente, o músculo cricoaritenóideo é inervado pelo músculo laríngeo recorrente, existindo abdução da cartilagem aritenóide durante a inspiração.
Na paralisia, há uma desnervação do nervo laríngeo, provocando atrofia do músculo cricoaritenóideo dorsal. Esta atrofia não permite a abdução da cartilagem aritenóide, levando a um estreitamento do lúmen glótico e subsequente obstrução das vias aéreas superiores.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quais são as causas da paralisia da laringe?

A

Hereditárias, idiopáticas no cão, traumáticas e como consequência de neuropatia generalizada no gato.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Como é a evolução da paralisia da laringe e como podem ser exacerbados os seu sinais?

A

A evolução é insidiosa e prolongada.
Os sinais podem ser exacerbados com o exercício, ambientes quentes e stress.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Que exames complementares de diagnóstico se podem realizar para a paralisia da laringe?

A

Exames de imagiologia como RX cervical e laringoscopia.
Exames aos gases arteriais como gasometria arterial e oximetria de pulso.
Recolha de amostras através de citologia em caso de tumores e, cultura e TSA em caso de inflamações.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Que doenças podem ocorrer na traqueia e em que segmentos.

A

As doenças traqueais ocorrem tanto nos segmentos intratorácicos como nos extratorácicos.
As doenças podem ser de causa infeciosa e não infeciosa, sendo mais frequentes as inflamações.

17
Q

Dá exemplos de doenças traqueais não infeciosas.

A

Flacidez da membrana dorsal traqueal, colapso traqueal, lesão/laceração traqueal, estenose pós-traumática, corpo estranho, tumor intra-traqueal, inalação de fumo, ladrar prolongado (cães) e avulsão traqueal (gatos).

18
Q

Que doenças extratraqueais podem provocar doenças traqueais?

A

Aumento extremo cardíaco, aumento do mediastino (tumor ou megaesófago), massas parenquimatosas e doença alérgica das vias aéreas inferiores.
Estas doenças vão ter efeitos na forma ou no tamanho do lúmen traqueal, podendo provocar também obstrução e/ou inflamação subsequente.

19
Q

Quais são os sinais clínicos das doenças da traqueia?

A

Dispneia mista, estertor, estridor, tosse seca, “gagging” para expulsão de muco e ocasionalmente cianose.

20
Q

Que tipos de colapso da traqueia existem?

A

Dois tipos:
- Dorsoventral, associado com a membrana dorsal pendente
- Lateral, muito raro, ocorre espontaneamente

21
Q

No colapso da traqueia existe obstrução desta? Porquê?

A

Existe obstrução da traqueia, porque há enfraquecimento intrínseco e progressivo das cartilagens da traqueia, e laxidão da membrana dorsal traqueal.

22
Q

Que alterações primárias e fatores secundários levam ao colapso da traqueia?

A

Alterações primárias da cartilagem, resultando em fraqueza intrínseca dos anéis traqueais:
- Redução do teor de glicosaminoglicanos e de sulfato de condroitina
- Diminuição da capacidade de manter a rigidez funcional (achatamento dos anéis)
Fatores secundários capazes de iniciar a progressão para o estado sintomático:
- Obesidade
- Cardiomegalia
- Inalação de substâncias irritantes/alérgenos
- Doença periodontal
- Infeções respiratórias
- Intubação endotraqueal recente

23
Q

Que tipo de colapso traqueal existem?

A

Cervical, torácico e na junção cervico-torácica (mais frequente).

24
Q

O que ocorre durante a inspiração e a expiração havendo colapso traqueal?

A

Inspiração: a pressão luminal da traqueia torna-se negativa, havendo colapso da traqueia cervical.
Expiração: pressão intrapleural positiva que excede a pressão das vias aéreas superiores, levando ao colapso da traqueia torácica.

25
Q

Caracteriza a fisiopatologia do colapso traqueal.

A

A tosse leva a uma respiração forçada que aumenta a pressão intratorácica. Há lesão da mucosa epitelial, aparecendo inflamação, com descamação epitelial subsequente e interrupção da remoção mucociliar. Dá-se hiperplasia das glândulas mucosas, havendo acumulação de mais secreções. Todos estes fenómenos culminam numa progressão da doença.

26
Q

A que exames complementares de diagnóstico podemos recorrer no colapso traqueal?

A

Exames de imagiologia como RX cervical e torácico, traqueoscopia e broncoscopia, e fluoroscopia.
Podemos recorrer também a culturas, TSA e citologias, através de lavagens broncoalveolares e aspiração transtraqueal.

27
Q

Quais são as alterações da síndrome dos braquicéfalos?

A

Alterações primárias:
- Estenose das narinas
- Palato mole alongado
- Pregas das mucosas
- Hipoplasia da traqueia
Alterações secundárias:
- Eversão dos sáculos laríngeos
- Colapso da laringe

28
Q

Quais são os sinais observados na síndrome dos braquicéfalos?

A

Estertor inspiratório/expiratório, estridor e vários sinais respiratórios.

29
Q

Classifica as doenças brônquicas.

A

Primárias:
- Bronquite crónica (cão)
- Bronco-pneumopatia eosinofílica
- Disquinésia ciliar primária
- Fistula bronco-esofágica
Secundárias:
- Bronquiectasia
- Broncomalacia
Por compressão extraluminal:
- Aumento do átrio esquerdo
- Linfoadenopatias
- Neoplasias

30
Q

Enuncia os principais sinais clínicos das doenças brônquicas.

A

Intolerância ao exercício, dispneia, taquipneia, tosse forte associada à tentativa de vómito e engasgo, sibilo e fervores.

31
Q

Quais são as causas de bronquite crónica em cães?

A

Infeciosas, colapso da traqueia, ladrar contínuo, parasitismo, fumo/gases tóxicos, corpos estranhos, doença cardíaca, etc.

32
Q

Descreve a fisiopatologia da bronquite crónica.

A

Consiste numa inflamação crónica das vias aéreas, onde existe infiltração neutrofílica da mucosa, hipertrofia e hiperplasia das células caliciformes produtoras de muco, destruição dos cílios, hipertrofia da camada de músculo liso e fibrose da lâmina própria.

33
Q

Dá exemplos de sinais clínicos respiratórios e sinais clínicos sistémicos causados por bronquite infeciosa.

A

Sinais clínicos respiratórios - corrimento nasal, tosse crónica (produtiva ou não produtiva), dispneia, taquipneia, cianose, fervores crepitantes e subcrepitantes, e sibilo no fim da inspiração e durante a expiração (enchimento de muco e colapso respiratório).
Sinais sistémicos - aspeto de condição corporal mais elevada, intolerância ao exercício, cianose, sincope, anorexia, depressão, engasgo ou vómito e sensibilidade traqueal.

34
Q

Caracteriza a asma felina.

A

Ocorre em gatos jovens e de meia-idade, sobretudo em siameses.
As suas causas incluem exposição a alérgenos, substâncias irritantes, ar frio ou exercício.
É caracterizada por uma hipersensibilidade do tipo I, mediada por IgE.

35
Q

Em que consiste a hipersensibilidade I observada na asma felina?

A

Há libertação de mediadores inflamatórios por células epiteliais, macrófagos alveolares e linfócitos T. Estes mediadores vão provocar broncoconstrição e, ativação de eosinófilos e neutrófilos que migram para as vias aéreas.
O processo culmina em lesões epiteliais, edema das vias aéreas, hipersecreção de muco e hiper-resposta da musculatura lisa.

36
Q

Divide os sinais clínicos observados na asma felina.

A

Sinais clínicos respiratórios - tosse (grave e paroxística), dispneia/taquipneia, respiração com a boca aberta, intolerância ao exercício, espirros ocasionais, sibilo e cianose.
Sinais clínicos não respiratórios - vómito, hipertermia e aerofagia.

37
Q

Descreve a posição característica adotada pelos gatos durante um ataque de asma.

A

Inclinação do corpo para perto do chão, estendendo o pescoço para a frente.

38
Q

Quais os exames complementares de diagnóstico a realizar nas doenças brônquicas?

A

Análises hematológicas e bioquímicas; ECG; Imagiologia: pesquisa por radiologia do padrão brônquico e/ou intersticial, de espessamento das paredes brônquicas e de colapso do pulmão/alterações enfisematosas, broncoscopia ou ecografia; Análises específicas; Colheitas de lavado brônquico, tecido brônquico-pulmonar; Análise citológica/bacteriológica.