Anestesio Sanar Flashcards
importancia da monitorização
- diagnósticos mais precoces
- segurança e precisão
- intervenção do anestesista
monitorização mínima obrigatória
cardioscopia, pressão arterial e oximetria de pulso em todas
geral: capnógrafo
>2h : termômetro
cardioscopia
3 eletrodos - 1 derivação
5 eletrodos - 7 derivações
monitorização da PA
PA relação contínua com a perfusão tecidual,
P < 60mmHg é significativa
não invasivo: manguito com oscilometria
invasivo: Instabilidade hemodinâmica; Perdas sanguíneas significativas; comorbidades
monitorização de oxigenação arterial
mostra a proporção de oxi-hemoglobina sobre o montante total; através da passagem de 2 feixes de luz pelo tecido
capnografia
registro gráfico CO2 do ciclo respiratório
importância: confirmação de intubação OT; desconexões; perfusão
bloqueadores neuromusculares
medicações que agem na placa motora; impedem sinal elétrico do neurônio ao músculo
utilidades dos bloqueadores neuromusculares
- facilita IOT
- promove melhores condições para cirurgia (paciente não reage)
- não promove analgesia nem hipnose
fisiologia da junção neuromuscular
entrada de cálcio no nervo, que libera acetilcolina
receptores colinérgicos mudam de conformação
entrada de sódio e saída de potássio no músculo
tipos de bloqueadores neuromusculares
adespolarizantes: inertes
despolarizantes: parece ACh, mas não é degradado pela acetilcolinesterase; succinilcolina
succinilcolina
ínicio de ação muito rápido (30s), tempo de ação 10min
pacientes sem jejum
IOT
efeitos colaterais succinilcolina
- crianças: bradicardia e hipotensão
- mialgia
- hipercalemia - potássio elevado no sangue
contraindicações succinilcolina
receptores peri-juncionais: AVC, politrauma, acamados, queimaduras
hipertensão intraocular e intracraniana
bloqueadores neuromusculares adespolarizantes
atracúrio, cisatracúrio, rocurônio, pancurônio
atracúrio e cisatracúrio
início de ação 3-5 min, dura 20-25 min
não adequado para IOT s. rápida
excreção renal forma metabolizada
atracúrio pode causar hipotensão
rocurônio
início de ação rápida 1-2 min
pode substituir succinilcolina
revertido com sugamadex
30% excreção não metabolizada
pancurônio
ação longa 60-90 min, início ação 3-5
não adequado para IOT s. rápida
80% não metabolizado
causa aumento FC e PA
monitorização de bloqueadores neuromusculares
2 eletrodos no nervo ulnar; estímulo no adutor do polegar
- estímulo simples: compara grau de força com pré-bloqueio
- train of four ratio: 4 estímulos, compara 1 e 4
reversão do bloqueio neuromuscular
pode esperar ou uso de drogas anticolinesterásicas
deve-se usar tmb anticolinérgicos contra efeitos colaterais (bradicardia no coração)
ou uso de sugamadex (reverte boqueio profundo)
bloqueio ao neuroeixo
anestesia localizada em algum segmento da medula
tipos
- raquianestesia: diretamente ao LCR, previsível e tempo limitado
- anestesia peridural: antes da dura-máter, possibilita a reinjeção da anestesia
local de injeção anestésica na coluna
ligamentos interespinais
alterações fisiológicas anestesia de neuroeixo
bloqueio sensitivo, motor e simpático (exceto bexiga)
- cardiovascular: diminui retorno venoso
- respiratório: musculatura acessória
- gastro: aumento peristalse
contraindicações relativas na anestesia de neuroeixo
- infecção do sítio de punção
- hipovolemia
- sepse
- hipertensão craniana
- coagulopatias/ uso de anticoagulantes
raquianestesia
membros inferiores e pélvica, usada na cesariana vantagens - evita via aérea - analgesia pós operatória - rápida recuperação baricidade é um fator determinante
técnica raquianestesia
posicionamento sentado ou decúbito lateral
indentificar L4 através da linha entre cristas ilíacas
anestesia peridural
lombar e torácica, analgésico de parto normal
vantagens
- andar superior do abdomen e c. torácica
- possibilita catéter por muitos dias
- analgesia sem bloqueio motor
agulha de baixa resistencia (nao pode furar a dura-máter porque há cefaleia pós-punção, resolvida com blood patch)
bloqueio de nervos periféricos
anestesia local em nervos periféricos, bloqueio em regiões específicas inervadas
mais comum em membros superiores e inferiores
vantagens bloqueio de nervos periféricos
- diminui uso de opioides
- analgesia intra e pós-operatória (24h)
- via aérea difícil
- substitui anestesia geral ou do neuroeixo
- pacientes com doenças pulmonares, cardiovasculares e coagulopatias
contraindicações bloqueio de nervos periféricos
- infecção do sítio de punção
- coagulopatias
- défcits neurológicos prévio no trajeto do nervo
identificação de nervo periférico - técnicas
- parestesia (parâmetros anatômicos)
- estimulador de nervo periférico
- ultrassonografia
complicações do bloqueio de nervos periféricos
- lesão nervosa
- hematoma
- infecção por uso de cateter
- intoxicação do AL por falta de cálculo
bloqueio de nervos periféricos de membro superior
- interescaleno (ombro e clavícula)
- supracavicular (úmero, cotovelo, antebraço e mão)
- axilar (cotovelo, antebraço e mão)
bloqueio de nervos periféricos de membro inferior
femoral, safeno, ciático posterior poplíteo
anestésicos locais - mecanismo
inativação dos canais de sódio da membrana neuronal
inibe potencial de ação
quanto menor o pH, menos eficiente
H+ no corpo
concentração baixa comparada com Na e K
pequenas variações podem causar alterações fisiológicas
tampão bicarbonato
H2O + CO2 H2CO3 H+ + HCO3-
compensação de variação de pH
respiratória: quanto mais CO2, mais H+
renal: excreção de HCO3- ou reabsorção
valor normal pH
7,35 - 7,45
valor normal pCO2
35 a 45mmHg
valor normal HCO3
22 a 26
acidose metabólica
- aumento de ácidos endógenos (lactato)
- ingestão de ácidos exógenos
- aumento da excreção de bicarbonato
acidose respiratória
agudo ou crônico (pH consertado)
diminuição da excreção de co2 : doenças pulmonares; opioides ou ventilação mecânica
aumento da produção: raro
alcalose metabólica
vômitos, hipovolemia ou perdas renais
alcalose respiratória
ansiedade, iatrogênio, hipóxia
fisiologia da dor
transdução
transmissão
percepção
modulação
modulação na fisiologia da dor
vias acessórias que alteram a transmissão dos impulsos na medula
anti-inflamatórios não esteroidais
inibição da ciclo-oxigenase, que aumenta a intensidade da sensação dolorosa
cox-1
constitucional
proteção da muscosa gástrica, filtração glomerular, agregação plaquetária
cox-2
pró-inflamatória
causa dor e febra
ela que deveria ser inibida pelos AINEs, mas eles inibem cox 1 e 2
contraindicações antiinflamatórios não esteroidais
doenças críticas e idosos insuficiências renais gravidez cirurgias com alto risco de sangramento asma dispesia
paracetamol e dipirona
inibição da cox, pouco poder antiinflamatório e poder analgésico
efeitos aditivos a AINEs
opioides
analgésico mais potente
dor pós-operatória
pode causar dependencia
opioides fracos
tramadol
codeína: biotransformação em morfina no fígado
opioides fortes
morfina: não funciona muito via oral
metadona
analgesia multimodal
combinações de doses baixas de várias medicações diferentes p/ menor reação
cetamina e lidocaína
choque
estado de hipoperfusão tecidual
desbalanço entre a oferta e a demanda de oxigenio
relações do choque
pressão arterial
débito cardíaco
hemo-globina
bom funcionamento da extração de O2
avaliação de choque
hipotensão taquicardia enchimento capilar lento alteração na consciência lactato sérico aumentado - devido a resp anaeróbica
tipos de choque
hipovolêmico
distributivo
cardiogênico
obstrutivo
choque hipovolêmico
perdas agudas de sangue em alta quantidade
PVC e retorno venoso diminuidos
choque distributivo
vasodilatação decorrente de uma anafilaxia ou sepse
diminuição da Resistencia Vascular Sistêmica
choque cardiogênico
vem da diminuição do débito cardíaco por causa de IAM, insuficiência cardíaca ou arritmia
choque obstrutivo
diminuição do débito cardíaco em função de um bloqueio mecânico
anatomia SNA simpático
toracolombar (t1-l2)
ganglios pré-vertebrais
troncos celíacos, mesentéricos, hipogástrico, aorticorenal
anatomia SNA parassimpático
craniossacral
cranial: pares III, VII, IX , X (75% funções)
sacral: cólon, reto, bexiga, genitália
sinapse perto do órgão efetor
fibras SNA simpático
o——< ACh, receptor nicotínico o——————–< noraepinefrina, receptores a1/a2/b1/b2/b3
fibras SNA parassimpático
o——————< ACh, receptor nicotínico o—–< ACh, receptor muscarínico
síntese acetilcolina
colina + acetilCoA –colinaacetiltranferase–>
sínteses noraepinefrina
circuito das catecolaminas
dopamina -> noradrenalina -> adrenalina
anestésicos venosos
proporfol, etomidato, cetamnia (alta lipossolubilidade e inicio de ação); lidocaína e midazolam
objetivos dos anestésicos venosos
atingir estágio 3 da anestesia (cirirgica)
- inconsciencia
- amnesia
- imobilidade
- ausencia de resposta a dor
propofol - vantagens
hipnotico mais usado pelo rapido inicio de ação
antipruriginoso, propriedades broncodilatadoras, anticonvulsionante, indicado para insuficientes renais e hepaticos
propofol - efeitos adversos
hipnotico com maior potencial de hipotensao
depressao respiratória dose dependente (Michael Jackson)
risco de contaminação
dor a injeção
propofol - mecanismo de ação
ativação do GABA( inibidor SN) + bloqueio receptor NMDA
etomidato - vantagens
mais útil na instabilidade hemodinamica tempo de ação inicio rapido, curta duração propriedades anticonvulsionantes (pacientes AVC)
etomidato - efeitos adversos
aumenta nausea e vomitos dor a injeção induz mioclonias nao atenua resposta simpática insuficiencia renal aguda transitoria
etomidato - mecanismo de ação
ativação do GABA - inibidor SNC
cetamina - vantagens
instaveis hemodinamicos, trauma, sepse broncodilatação preserva reflexo VAS analgesia profunda reduz opioides
anestésicos inalatórios
unicos capazes de promover os 4 pilares da anestesia: hipnose, amnesia, analgesia, acinesia
CAM
concentração alveolar minima
oxido nitroso tem maior CAM
diminui conforme a idade
interações CAM
efeitos aditivos de diferentes anestesicos inalatorios
Cam diminui com associacao com anestesicos venosos
uso de alcool: agudo - diminui
cronico - aumenta
efeitos adversos anestesicos inalatorios
relaxamento muscular (gravidas, bexiga) irritação das vias aeras causam muitas nauseas e vomitos efeitos teratogenicos hipertermia maligna bases fortes reagem (composto A)
halotano
liquido muito volatil semelhante ao eter
- cheiro adocicado e custo baixo
- mas demora muito, causa bradicardia e hepatite !
anestesia local
a primeira foi a cocaina
em meio acido nao funciona - sao bases fracas
aminoamida e aminoester
mecanismo de ação anestesia local
injetado ionizado - pH do corpo reverte para nao ionizado - quando atravessa a membrana neuronal se torna ionizado novamente
ou bloqueio dos canais de sodio, impossibilitando a despolarização
metabolismo anestesicos locais
esteres: hidrolisado no plasma, menor toxicidade
amidas: no figado, maior toxicidade
potencia de anestesico local
diretamente ligado a lipossolubilidade
local de injeção anestesico local
subcutaneo é mais rápido
lento em bloqueio feito as cegas
alcalinização anestesicos locais
mistura com bicarbonato de sodio
diminui a latencia e a dor
dose maxima lidocaina
4,5 mg/kg com epinefrina
7 mg/kg sem epinefrina
bloqueio diferencial anestesia local
1- bloqueio autonomo
2- dor, temperatura e pressão
3- bloqueio motor
vasodilatação é um sinal de sucesso
intoxicação por anestesico local
quando entra em vaso sanguineo
CV: hipotensao, bradicardia, …
SNC: zumbido, gosto metálico, …
tratar imediatamente/ emulsao lipidica
nocicepção
estímulo nóxico, resposta normal ao estímulo lesivo
hiperalgesia
quantidade aumentada de dor - estímulo nóxico brando
alodinia
dor evocada por um estímulo não nóxico
dor aguda
estímulo nóxico excessivo com sensação intensa e desagradável
dor crônica
dor associada com aberrações da via fisiológica normal - hiperalgesia/ alodinia
dor cutanea
pele e tecido subcutaneo
bem localizada
dor somática
somatovisceral (profunda/superficial) e somatoemocional - localizada parcialmente
dor neuropática
dor nos nervos; distinta da dor clássica - bem localizada e relacionada a neurótomos
dor visceral
órgãos internos - mal localizada
- irradiada (se espalha); bem localizada
- referida (outro local); mal localizada
- fantasma (pé amputado); bem localizada
transmissão da dor
estímulo -> ganglios da raiz dorsal -> corno dorsal da meldula (trato espinotalamico) -> tálamo -> córtex -> vias inibitórias descendentes
neuronios na transmissão da dor
primeira ordem: impulso até o corno dorsal da medula
segunda ordem: medula para o cortex
fibras de transmissão da dor
- fibras C: nao mielinizadas, condução lenta (dor difusa, esfoliação)
- fibras Adelta: finas mielinizadas, condução rápida (dor bem localizada e nítida)
neuromediadores
bradicinina, serotonina, prostanglandinas
neurotransmissores da dor
substancia P e peptideos da calcitonina
teoria das comportas da dor (Mellzack e Wall)
modulação da dor através das fibras nervosas
influencia da estimulação cutanea tatil no alívio da dor