Amostragem de Auditoria Flashcards
A amostragem deve ser necessariamente estatística?
Resposta: Não. A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem estatística quanto não estatística. Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pela
amostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.
O que é estratificação?
Resposta: É o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).
O que o auditor deve considerar ao definir uma amostra de auditoria?
Resposta: Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra.
O tamanho da amostra deve ser levado em consideração ao se decidir entre a abordagem estatística ou não estatística?
Resposta: Não. A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística é uma questão de julgamento do auditor, entretanto, o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas.
O tamanho da amostra é afetado pelo risco de amostragem?
Resposta: Sim. O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.
Quais os principais métodos para seleção de itens para a amostra? Em que consiste cada um?
(a) Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios).
(b) Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada.
Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que a amostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um gerador computadorizado de números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que as unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em particular da população.
(c) Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos
os itens da população têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem estatística.
Quais fatores têm relação direta com o tamanho da amostra?
Para os testes de controle:
A extensão na qual a avaliação de risco leva em consideração os controles relevantes;
A taxa esperada de desvio;
O nível de segurança desejado de que a taxa tolerável não seja excedida pela taxa real.
Para os testes de detalhes:
Avaliação do risco de distorção relevante;
A distorção que o auditor espera encontrar na população;
Nível de segurança desejado de que a distorção tolerável não é excedida pela distorção real.
Quais fatores têm relação inversa com o tamanho da amostra?
Para os testes de controle:
Taxa tolerável de desvio
Para os testes de detalhes:
Distorção tolerável;
Uso de outros procedimentos substantivos direcionados à mesma afirmação;
Estratificação da população, quando apropriado
A quantidade de unidades de amostragem afeta o tamanho da amostra?
Resposta: Não. Tanto para os testes de controle quanto para os testes de detalhes, a quantidade de unidades de amostragem na população tem efeito negligenciável, ou seja, não afetam o tamanho da amostra. Unidade de amostragem, nos termos da norma, é cada um dos itens individuais que constituem uma população. Apesar do nome “unidade DE AMOSTRAGEM”, o conceito está diretamente relacionado à população da qual se deseja extrair a amostra, e não à amostra propriamente dita.
Então, pela afirmação “a quantidade de unidades de amostragem possui efeito negligenciável sobre o tamanho da amostra” podemos entender que o “tamanho da população”
possui efeito negligenciável sobre o tamanho da amostra. É que para populações grandes, o tamanho real da população (e, por consequência, da quantidade de unidades de amostragem) tem pouco efeito, se houver, no tamanho da amostra. Já para pequenas populações, a amostragem de auditoria pode nem ser o meio mais eficiente para se obter evidência de auditoria.