Aids e infecções oportunistas Flashcards

1
Q

CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DE CASOS DE AIDS EM INDIVÍDUOS COM 13 ANOS OU MAIS

A
  1. Critério CDC adaptado - Revisão 2013
    * Evidência de diagnóstico de infecção pelo HIV por teste sorológico (de triagem, confirmatório e teste rápido) ou virológico, normatizados pelo MS

+

  • Evidência de imunodeficiência: diagnóstico de pelo menos uma doença indicativa de aids e/ou Contagem de linfócitos T CD4 < 350 cél/mm³
    1. Critério Rio de Janeiro/Caracas
  • Evidência de diagnóstico de infecção pelo HIV por teste sorológico (de triagem, confirmatório, e teste rápido) ou virológico, normatizados pelo MS

+

  • Somatório de, pelo menos, 10 pontos, de acordo com a escala de sinais, sintomas ou doenças
    1. Critério excepcional óbito
  • Menção de Aids/Sida em algum campo da declaração de óbito ou Menção de infecção pelo HIV e de doença indicativa/presuntiva de aids em algum campo da declaração de óbito

+

  • Investigação epidemiológica inconclusiva
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2
Q

CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DE CASOS DE AIDS EM CRIANÇAS MENORES DE 13 ANOS

A
  1. Critério CDC adaptado - Revisão 2013
    * Evidência de diagnóstico de infecção pelo HIV por teste sorológico (de triagem, confirmatório e teste rápido) ou virológico, normatizados pelo MS de acordo com a idade da criança

+

  • Diagnóstico de pelo menos uma doença indicativa de imunodeficiência de caráter moderado ou grave e/ou Contagem de linfócitos T CD4 menor do que o esperado para a idade atual da criança
    1. Critério excepcional de óbito
  • Menção de aids/sida em algum campo da declaração de óbito ou menção de infecção pelo HIV e de doença indicativa/presuntiva de aids em algum campo da declaração de óbito

+

  • Investigação epidemiológica inconclusiva
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3
Q

Pneumocistose

Etiologia

A
  • Fungo
  • Pneumocystis jiroveci
  • A infecção ocorre na infância e as manifestações ocorrem por reativação
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4
Q

Pneumocistose

Quadro clínico

A
  • Acometimento pulmonar com evolução subaguda
  • Dispneia de início insidioso
  • Tosse seca
  • Desconforto torácico de piora progressiva; evolui para insuficiência respiratória aguda grave
  • Febre pode ou não estar presente
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5
Q

Pneumocistose

Exame físico

A
  • Taquidispneia
  • Ausculta pulmonar normal ou com estertores
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6
Q

Pneumocistose

Exames laboratoriais

A
  • Hipoxemia
  • Elevação da desidrogenase láctica
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7
Q

Pneumocistose

Exames de imagem

A
  • Infiltrado intersticial difuso, bilateral, simétrico (Raio X)
  • Infiltrado pulmonar vidro fosco difuso, bilateral à TC
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8
Q

Pneumocistose

Achados atípicos

A
  • Condensação lobar
  • Infiltrado micronodular ou nodular
  • Cavitação
  • Pneumatocele
  • Linfonodos mediastinais
  • Derrame pleural

PNEUMOTÓRAX É UMA COMPLICAÇÃO COMUM!

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9
Q

Pneumocistose

Diagnóstico

A
  • Pesquisa direta após indução com inalação de solução salina a 3% (sensibilidade 90%).
  • Broncoscopia com pesquisa em lavado broncoalveolar (LBA) (sensibilidade >90%)
  • Biópsia transbrônquica aliada à LBA (sensibilidade 100%)
  • PCR

TC SEM ACHADO DE VIDRO FOSCO AFASTA A HIPÓTESE DE PNEUMOCISTOSE PULMONAR

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10
Q

Pneumocistose

Tratamento

A
  • Medidas de suporte
  • Sulfametoxazol-trimetoprim por 21 dias (1º linha)
  • Clindamicina + Primaquina ou pentamidina isolada
  • Corticosteroides (pO2 <70mmHg ou P (A-a) O2 > 35mmHg)
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11
Q

Pneumocistose

Profilaxia

A
  • Indicada para pacientes com CD4 < 200 cél/mm³
  • Primeira opção: Sulfametoxazol/trimetoprim 800mg/160 mg VO 1x/dia ou 400mg/80 mg VO 1x/d ou 800mg/160 3x/semana
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12
Q

Neurotoxoplasmose

Características

A
  • MANIFESTA-SE GERALMENTE EM INDIVÍDUOS COM LINFÓCITOS T CD4 <200
  • SUBAGUDA
  • REATIVAÇÃO DE CISTOS TECIDUAIS NO SNC
  • INFECÇÃO PRIMÁRIA -> CARNE MALPASSADA, FEZES DE GATOS E ESPORULADOS NO AMBIENTE
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13
Q

Neurotoxoplasmose

Quadro clínico

A
  • Encefalite focal com cefaleia
  • Confusão mental
  • Sinais localizatórios
  1. Paresia ou plegia
  2. Alterações de pares cranianos
  3. Comprometimento da fala
  • Febre
  • Sintomas psiquiátricos
  • Convulsão
  • Rebaixamento do nível de consciência
  • Coma
  • Coriorretinite
  • Pneumonia
  • Envolvimento de outros órgãos
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14
Q

Neurotoxoplasmose

Diagnóstico

A
  • IgG presente; IgM ausente
  • Lesões anelares preferencialmente nos gânglios da base em TC ou RM com contraste. As lesões geralmente são múltiplas e frequentemente há edema perilesional
  • Em decorrência do edema, podem ocorrer apagamento dos ventrículos ou desvio de linha média
  • Também pode se apresentar como lesão única ou como encefalite difusa (mau prognóstico)
  • O líquor mostra pleocitose e hiperproteinorraquia discretas
  • PCR do líquor (sensibilidade 50%, especificidade 100%
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15
Q

Neurotoxoplasmose

Tratamento

A
  • Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico por pelo menos 6 semanas (Primeira opção)
  • Pirimetamina + Clindamicina + Ácido folínico (tratamento alternativo)
  • Estudos sugerem que sulfametoxazol-trimetoprim é eficaz no tratamento da encefalite por toxoplasma
  • Dexametasona se houver indicação clínica
  • Anticonvulsivantes se histórico de convulsões e mantidos no mínimo durante o tratamento de ataque
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16
Q

Neurotoxoplasmose

Profilaxia secundária (terapia de manutenção)

A
  • Mantido até que ocorra reconstituição imune através da TARV
  • Pirimetamina + Sulfadiazina + Ácido folínico (esquema de escolha)
  • Pirimetamina + Clindamicina + Ácido folínico
  • Suspensão da profilaxia quando CD4 > 200 células/mm³ > 6meses
  • A profilaxia deve ser reintroduzida se houver queda do CD4
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17
Q

Neurotoxoplasmose

Profilaxia primária

A
  • Pacientes com CD4 < 100 cél/mm³ e sorologia para toxoplasmose
  • Sulfametoxasol-trimetoprim 800/160 mg, 1 comp ao dia (3x por semana é uma alternativa)
  • Dapsona + pirimetamina + ácido folínico
  • Pode ser suspensa em pacientes em uso de TARV com CD4 > 200 cél/mm³ > 3 meses
  • Profilaxia deve ser reinstalada se ocorrer queda de CD4 a <100 a 200 cél/mm³
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18
Q

Tuberculose

Quadro clínico

A
  1. Astenia
  2. Febre
  3. Sudorese noturna
  4. Anorexia
  5. Perda ponderal
  • CD4 ≥ 350, a apresentação clínica é semelhante à indivíduos sem infecção pelo HIV:
  1. Tosse produtiva prolongada (≥ 3 semanas)
  2. Alteração radiológica com infiltrados apicais com ou sem cavitações
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19
Q

Tuberculose

Exames complementares no HIV avançado

A
  • Maior acometimento pulmonar de lobo médio/inferior
  • Infiltrados micronodulares ou de distribuição miliar
  • Acometimento linfonodal intratorácico
  • Menor frequência de lesões cavitadas
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20
Q

Tuberculose

Exames laboratoriais em pacientes com CD4 < 200

A
  • Aumenta-se o risco de manifestações extrapulmonares, inclusive TB disseminada.
  • Meningoencefalite, de evolução subaguda em até 10% dos casos
  • Acometimento ganglionar, hepático, esplênico e de medula óssea
  • Dor abdominal, icterícia obstrutiva, hepatoesplenomegalia e citopenias
  • Derrame pleural, pericárdico e ascite
  • Sepse
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21
Q

Tuberculose

Diagnóstico

A
  • Cultura + teste de sensibilidade
  • Pesquisa direta de bacilos resistentes
  • PCR
  • Histopatológico
  • Teste tuberculínico maior ou igual a 5 mm (identificar TB latente)
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22
Q

Tuberculose latente

Tratamento

A
  • Pacientes assintomáticos com radiografia de tórax normal e:
  1. PPD > ou igual 5mm
  2. Contatos intradomiciliares ou institucionais com pacientes bacilíferos, independente do PPD
  3. Com registro documental PPD > ou igual a 5mm anterior, não tendo sido submetido a tratamento ou quimioprofilaxia na ocasião
    1. Pacientes assintomáticos com radiografia de tórax com presença de cicatriz radiológica de TB, sem tratamento anterior, independentemente do resultado da PPD
  • Esquema: Isoniazida 5-10 mg/kg (máx: 300mg/dia) por 6 meses
  • Deve ser descartada TB ativa antes da instituição do tratamento
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23
Q

Tuberculose

Tratamento

A
  • Pacientes com baciloscopia positiva devem iniciar o tratamento para TB. Se posteriormente houver crescimento de outra micobactéria, o tratamento deverá ser ajustado.
  • Nos pacientes que nunca realizaram a TARV, utiliza-se Rifampicina (R), isoniazida (H), pirazinamida (Z) e etambutol (E).
  • RHZE por 2 meses + RH por 4 meses; A Rifampicina pode ser substituída por Rifabutina
  • TARV na 2ª semana de tratamento se CD4 <200 ou sinais de imunodeficiência avançada
  • TARV na 8ª semana se CD4 > 200 e ausência de sinais de imunodeficiência
  • Cuidado com a Síndrome inflamatória da reconstituição imune!
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24
Q

Complexo Mycobacterium Avium-Intracellulare (MAC)

Características

A
  • Segunda infecção por micobactéria mais comum
  • As principais vias de aquisição são por inalação, inoculação direta ou ingestão
  • A transmissão pessoa-pessoa parece ser extremamente rara.
  • A mycobacterium avium corresponde a >95% dos casos de doença disseminada em pacientes com HIV (CD4 < 50 cél/mm³)
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25
Q

MAC

Quadro clínico

A
  • Febre persistente
  • Sudorese noturna
  • Perda ponderal
  • Inapetência
  • Astenia
  • Diarreia acompanhada de dor abdominal
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26
Q

MAC

Exames complementares

A
  1. Anemia
  2. Leucopenia
  3. Plaquetopenia
  4. Alterações de enzimas hepáticas
  • O ACOMETIMENTO DO FÍGADO, BAÇO, LINFONODOS INTRA-ABDOMINAIS, MEDIASTINAIS OU CERVICAIS É COMUM
  • PERICARDITE, DERRAME PLEURAL, ÚLCERAS GENITAIS E LESÕES CUTÂNEAS JÁ FORAM DESCRITAS
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27
Q

MAC

Diagnóstico

A
  • Cultura
  • Hemocultura
  • Exames radiológicos e anatomopatológico podem auxiliar o diagnóstico, mas são inespecíficos.
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28
Q

MAC

Tratamento

A
  • Macrolídeo (claritromicina ou azitromicina) + etambutol
  • O tratamento por pelo menos 12 meses até a resolução dos sintomas e pelo menos 6 meses de recuperação imunológica com CD4 > 100
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29
Q

MAC

Profilaxia

A
  1. Pacientes com CD4 < 50
  2. Pacientes com doença prévia e CD4 < 100
  • AZITROMICINA 1200 MG 1X/SEMANA ou
  • CLARITROMICINA 500 MG 12/12H ou
  • AZITROMICINA 600 MG 2X/SEMANA
30
Q

Criptococose

Características

A
  • INFECÇÃO FÚNGICA CAUSADA POR CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS
  • ACOMETE, EM GERAL, PACIENTES COM CD4 < 100
  • PODE ATINGIR QUALQUER PARTE DO ORGANISMO, MAS O ACOMETIMENTO DO SNC É O MAIS COMUM E MAIS GRAVE
31
Q

Criptococose

Quadro clínico

A
  • É subagudo (podendo se tornar agudo ou crônico)
  • Febre
  • Cefaleia intermitente, cada vez mais frequente
  • Rigidez de nuca e fotofobia (30% dos casos)
  • Manifestações de encefalite podem acompanhar as queixas meningítica:
  1. Letargia
  2. Alterações cognitivas e comportamentais

PODE CURSAR COM COMPROMETIMENTO EXTRAMENÍNGEO, ASSOCIADO OU NÃO AO COMPROMETIMENTO DO SNC.

32
Q

Criptococose

Quadro clínico pulmonar

A
  • Tosse seca
  • Dispneia
  • Manifestações radiológicas são amplas, incluindo lesões micronodulares e padrão intersticial.

DOENÇA DISSEMINADA COM ACOMETIMENTO DE PELE, SUPRARRENAL, PRÓSTATA E/OU MEDULA ÓSSEA PODE SER OBSERVADA

33
Q

Criptococose

Diagnóstico

A
  • Punção liquórica revela:
  1. Elevação da pressão intracraniana
  2. Hiperproteinorraquia com celularidade pouco alterada ou normal
  3. Glicorraquia pouco diminuída ou normal
  • No esfregaço direto com tinta-da-china observa-se formas fúngicas em até 80% dos casos.
  • Se este mostrar negativo em pacientes com HIV com meningite ou meningoencefalite, deve-se realizar a pesquisa de antígeno criptocócico (prova de látex ou ensaio de fluxo lateral)
  • RNM (dilatação dos espaços perivasculares de Virchow-Robin ou pseudocistos mucinosos)
  • Hemocultura
34
Q

Criptococose

Fases do tratamento

A
  1. Indução
  2. Consolidação
  3. Manutenção
35
Q

Criptococose

Fases do tratamento

Fase de indução

A
  • Anfotericina B 0,7 a 1 mg/kg/dia + 5-flucitosina, 100mg/kg/dia durante pelo menos 2 semanas
  • Quando a 5-flucitosina não estiver disponível, substituir por fluconazol 800mg/dia
36
Q

Criptococose

Fases do tratamento

Fase de consolidação

A
  • Fluconazol, 400 a 800 mg/dia, durante 8 semanas
  • Em casos de elevação sintomática da pressão intracraniana, indica-se punções liquóricas de alívio, diariamente, até obter pressões normais durante pelo menos 3 dias consecutivos
37
Q

Criptococose

Fases do tratamento

Fase de manutenção

A
  • Fluconazol, 200mg/dia, durante pelo menos 1 ano
  • Interrupção cogitada caso CD4 > 100 por pelo menos 6 meses
38
Q

Criptococose

Conduta em pacientes CD4 <100, assintomáticos e em programação para início da TARV

A
  • Pesquisa de antígeno criptocócico em soro
  • Se positivo, após excluir doença neurológica, administrar fluconazol, visando evitar formas mais graves da doença
39
Q

Histoplasmose

Características

A
  • DOENÇA FÚNGICA CAUSADA POR HISTOPLASMA CAPSULATUM
  • INALAÇÃO DE MICRONÍDIOS E POSTERIOR REATIVAÇÃO
  • GERALMENTE SE MANIFESTA EM PACIENTES COM CD4 < 100
  • A FORMA DISSEMINADA É A MAIS COMUM, COMPROMETENDO BAÇO, PULMÕES, MEDULA ÓSSEA, FÍGADO, GÂNGLIOS, TGI, PELE E, RARAMENTE, SNC.
40
Q

Histoplasma

Quadro clínico

A
  • Subagudo
  • Febre
  • Astenia
  • Perda de peso
  • Adinamia
41
Q

Histoplasmose

Quadro clínico no comprometimento pulmonar

A
  • Tosse
  • Dispneia
  • Dor torácica
42
Q

Histoplasmose

Exame físico

A
  • Hepatoesplenomegalia
  • Alterações na ausculta pulmonar
  • Adenomegalias
  • Lesões papulocrostosas na pele.
43
Q

Histoplasmose

Exames complementares

A
  • Raio x e TC de tórax:
    1. Infiltrados micronodulares
  • Achados laboratoriais:
  1. Pancitopenia
  2. Elevação de desidrogenase lática
44
Q

Histoplasmose

Diagnóstico

A
  • Pesquisa direta
  • Cultura no:
  1. Sangue periférico
  2. Medula óssea
  3. Raspado da pele
  4. Secreção pulmonar
  5. Outros materiais do órgão acometido
  • Detecção de antígeno no sangue ou urina (formas disseminadas)
  • Testes sorológicos podem auxiliar
45
Q

Histoplasmose

Tratamento da fase aguda

A
  • Anfotericina B 0,7 a 1 mg/kg/dia (totalizando cerca de 35 mg/kg) no mínimo 2 semanas
  • Prolongar para 6 semanas em pacientes com lesão no SNC
46
Q

Histoplasmose

Tratamento da fase de consolidação

A
  • Dura pelo menos 12 meses
  • Itraconazol 200 mg VO 2x/dia.
  • Após 12 meses, deve-se considerar mudança para a fase de manutenção (profilaxia secundária) em pacientes com cura clínica e sem sinais radiológicos e sorológicos de doença ativa
47
Q

Histoplasmose

Tratamento da fase de manutenção

A
  • Itraconazol 200 mg VO 1x/dia
  • Considerar suspensão após período mínimo de um ano de tratamento de consolidação, ausência de sintomas e LT-CD4 > 150 cél/mm³ estável por mais de 6 meses
  • A profilaxia é feita em indivíduos com CD4 < 150 residentes em áreas endêmicas
48
Q

Citomegalovírus (CMV)

Características

A
  • REATIVAÇÃO DO VÍRUS EM PACIENTES COM CD4 < 50
  • PODE ACOMETER QUALQUER ÓRGÃO
  • CAUSA PRINCIPALMENTE LESÕES:
  1. OCULARES (RETINITE)
  2. EM TUBO DIGESTIVO (ÚLCERAS ESOFÁGICAS, GÁSTRICAS E COLITES)
  3. MEDULA ÓSSEA
  4. SNC
  5. PULMÕES
49
Q

CMV

Coriorretinite

A
  • Assintomática, quando acomete a periferia da retina
  • Sintomática:
  1. Borramento visual
  2. Escotomas
  3. Alteração do campo visual
  4. Descolamento de retina
  5. Cegueira
50
Q

CMV

Lesão esofágica

A
  • Disfagia
  • Perda de peso
  • Febre
  • Desconforto retroesternal
  • Lesões ulceradas rasas, grandes (>10 cm²), únicas ou múltiplas, nas porções média e distal (candida e herpes simples)
51
Q

CMV

Colite

A
  1. Febre
  2. Perda de peso
  3. Anorexia
  4. Diarreia
  5. Dor abdominal, podendo ser sanguinolenta
  6. Perfuração intestinal:
  • O diagnóstico é feito por meio de endoscopia ou colonoscopia com biópsia
52
Q

CMV

Acometimento hematológico

A
  1. Pancitopenia
  2. Febre
  3. Perda de peso
  4. Adinamia
  • Mielograma com pesquisa de PCR na medula óssea positiva em vigência de quadro clínico compatível
53
Q

CMV

Pneumonite

A
  • É incomum
  1. Tosse seca
  2. Dispneia progressiva
  3. Hipoxemia
  • Raio x de tórax: infiltrado intersticial difuso
  • O diagnóstico é feito com biópsia transbrônquica
54
Q

CMV

Comprometimento neurológico

A
  • Encefalite:
  1. Demência
  2. Alteração de raciocínio
  3. Letargia
  4. Confusão mental
  • Ventriculoencefalite
  • Mielite
  • Polirradiculopatia
  • A evolução geralmente é subaguda, mas pode ser aguda
55
Q

CMV

Comprometimento neurológico

Exames e evolução

A
  • Exame liquórico:
  1. Pleocitose linfocítica
  2. Glicorraquia normal ou pouco diminuída
  3. Proteinorraquia normal ou pouco aumentada
  • A evolução é rápida, com média de sobrevivência de 42 dias
  • TC e RNM são variáveis, evidenciando realce periventricular
  • A ventriculoencefalite apresenta evolução mais aguda, com déficits neurológicos focais, acometendo frequentemente pares cranianos. Exames de imagem evidenciam realce periventricular
  • Polirradiculopatia caracteriza-se por:
  1. Perda progressiva de força nos membros inferiores
  2. Hiporreflexia ou arreflexia
  3. Alteração do controle esfincteriano
  • Exame de liquor na polirradiculopatia revela:
  1. Pleocitose, com predomínio neutrofílico
  2. Hipoglicorraquia
  3. Elevação de proteína
  • Pedir Análise de PCR no liquor!
56
Q

CMV

Tratamento e Profilaxia

A
  • O tratamento é feito com Ganciclovir 5 mg/kg EV 12/12h por 14 a 21 dias
  • A terapia de manutenção é indicada para retinite por CMV, deve ser feita com ganciclovir ou foscarnet e mantida até CD4 > 100 por pelo menos 6 meses após avaliação oftalmológica excluindo lesões ativas
  • Profilaxia secundária para esofagite/colite não é indicado rotineiramente, sendo reservado para as recidivas.
57
Q

Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP)

Características

A
  • CAUSADA PELO VÍRUS JC
  • DESMIELINIZAÇÃO FOCAL
  • CD4 < 200
  • Início insidioso com progressão em semanas
58
Q

LEMP

Quadro clínico

A
  • Hemiparesia
  • Ataxia
  • Afasia
  • Alterações visuais
  • Perturbações cognitivas
  • Convulsões
59
Q

LEMP

Exames de imagem e diagnóstico

A
  • TC e RNM lesão em substância branca com aspecto de “dedo de luva”. O acometimento supratentorial é o mais frequente
  • A confirmação diagnóstica requer quadro clínico e imagens compatíveis, associados à presença do vírus JC no líquor (PCR, 70-90% sem TARV)
  • Também pode ser confirmado mediante biópsia cerebral
  • A única forma de controle é o uso da TARV de alta potência
60
Q

Reativação da doença de Chagas

Visão Geral

A
  • CAUSADA PELO PROTOZOÁRIO TRYPANOSOMA CRUZI
  • QUADRO CLÍNICO DIVIDIDO ENTRE AGUDO E CRÔNICO (ASSINTOMÁTICO OU COM CARDIOMIOPATIA/MEGAESÔFAGO/MEGACÓLON)
  • REATIVAÇÃO COM ACOMETIMENTO DO SNC (MENINGOENCEFALITE MULTIFOCAL) OU CARDÍACO [HIV]
61
Q

Reativação da doença de chagas

Quadro clínico no SNC

A
  1. Cefaleia
  2. Déficits focais
  3. Convulsão
  4. Rebaixamento do nível de consciência
  5. Coma
  • Evolução rápida!
62
Q

Reativação da doença de Chagas

Ao exame de imagem

A
  1. Lesões focais
  2. Edema perilesional
  • É um diagnóstico diferencial de neurotoxoplasmose
63
Q

Reativação da doença de Chagas

Diagnóstico

A
  • Identificação do T. cruzi no sangue e no líquor ou pela biópsia
64
Q

Reativação da doença de Chagas

Tratamento

A
  • Benzonidazol, 5 a 8 mg/kg/dia, 12/12h, 30 a 60 dias
65
Q

Sarcoma de Kaposi

Características

A
  • CAUSADO PELO HERPES-VÍRUS 8
  • ACOMETE PRINCIPALMENTE OS PULMÕES, TGI E TECIDO LINFÁTICO
  • TRANSMISSÃO INTER-HUMANA
  • AFETA QUASE EXCLUSIVAMENTE HSH (CD4 < 200)
  • COMPORTAMENTO AGRESSIVO
  • MAIS DE UMA LESÃO EM PELE OU MUCOSA, INDOLOR, MACULAR A NODULAR, COLORAÇÃO VIOLÁCEA
66
Q

Sarcoma de Kaposi

Nas vias aéreas

A
  • PODE MANIFESTAR-SE COM SINTOMAS RESPIRATÓRIOS E ESCARROS HEMOPTOICOS
  • PODE EVOLUIR PARA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
67
Q

Sarcoma de Kaposi

No TGI

A
  • PODEM PRODUZIR ULCERAÇÕES E SANGRAMENTOS
  • As imagens endoscópicas tem características de nodulações violáceas
68
Q

Sarcoma de Kaposi

Exames complementares

A
  • Raio x de tórax, infiltrado reticulonodular, aumento do mediastino e derrame pleural.
  • TC, lesão nodular
69
Q

Sarcoma de Kaposi

Diagnóstico

A

DIAGNÓSTICO CLÍNICO + BIÓPSIA

70
Q

Sarcoma de Kaposi

Tratamento

A

Recomposição do sistema imunológico + TARV + Quimioterapia + Radioterapia