Administrativo Flashcards

1
Q

Ebéjico e Ebegilda ingressaram com uma ação de usucapião extraordinária contra a CAESB, alegando posse contínua, pública e ininterrupta de um imóvel abandonado por mais de 15 anos, buscando o reconhecimento da propriedade, por ser a CAESB sociedade de economia mista, sujeita ao regime jurídico de direito privado.

Pergunta 1: O que são estatais?

Pergunta 2: Quais são as implicações jurídicas da autarquização das estatais?

Pergunta 3: Qual foi a decisão do STJ sobre a usucapião de imóveis de estatais autarquizadas?

A

Resposta 1: Estatais são pessoas jurídicas da administração pública indireta com personalidade jurídica de direito privado, como sociedades de economia mista e empresas públicas. Elas permitem que o Estado participe do mercado.

Resposta 2: As estatais autarquizadas têm seus bens considerados impenhoráveis e não sujeitos a usucapião, devido à indisponibilidade dos bens públicos.

Resposta 3: O STJ decidiu que imóveis de estatais autarquizadas, mesmo que abandonados, não podem ser usucapidos, reforçando a indisponibilidade dos bens públicos.

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2
Q

Tema 309 do STF

Pergunta 1: O que a Parte A do Tema 309 estabelece?

Pergunta 2: Quais são os critérios para a contratação direta de serviços advocatícios pela administração pública segundo a Parte B do Tema 309?

Pergunta 3: Como a Lei 14.133 altera os requisitos para inexigibilidade de licitação?

A

Resposta 1: A Parte A exige dolo para a configuração de qualquer ato de improbidade administrativa, considerando inconstitucional a modalidade culposa.

Resposta 2:
a) Procedimento Administrativo Formal: Deve haver um processo administrativo formal que justifique a contratação.
b) Notória Especialização: O advogado ou escritório deve ter notória especialização.
c) Natureza Singular do Serviço: O serviço deve ser de natureza singular, ou seja, algo que só aquele advogado pode fazer.
d) Inadequação da Prestação pelo Poder Público: A procuradoria do ente público não deve ter condições de prestar aquele serviço específico.
e) Preço Compatível: O preço cobrado deve ser compatível com o mercado.

Resposta 3: A Lei 14.133 substitui a exigência de natureza singular do serviço pela natureza predominantemente intelectual.

  • Isso facilita a comprovação da inexigibilidade para a contratação de advogados, pois é mais fácil provar que um serviço é intelectual do que singular.

https://www.youtube.com/watch?v=IKC3co5hRYs

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3
Q

Tema 1347 STF

Um candidato, morador de São Paulo, viajou ao Paraná para realizar a prova do concurso da Polícia Militar do Paraná.

Na véspera da prova, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), organizadora do concurso, adiou a prova devido ao risco de contaminação pelo COVID-19.

O candidato entrou com uma ação contra a UFPR, alegando que o adiamento não se justificava, pois ele já havia se exposto ao risco de contaminação ao viajar. Pediu indenização por danos morais devido à remarcação da prova.

A

A Turma Nacional de Uniformização (TNU): Inicialmente, a TNU decidiu que a UFPR poderia ser responsabilizada se fosse comprovada a exposição grave do candidato à contaminação em locais públicos como aeroportos.

Essa conclusão foi uniformizada pela TNU e essa uniformização chegou ao STF

O STF reformou a decisão da TNU, argumentando que a imprevisibilidade da pandemia de COVID-19 afasta a responsabilidade civil do Estado.

Fundamentos do STF:

  • Teoria do Risco Administrativo: A responsabilidade civil objetiva do Estado se baseia na Teoria do Risco Administrativo, que permite excludentes de responsabilidade como caso fortuito ou força maior.
  • Imprevisibilidade da Pandemia: O STF destacou a imprevisibilidade da emergência sanitária do COVID-19 como um fator que afasta a responsabilidade do Estado.

Coerência com Decisões Anteriores: O STF manteve a coerência com decisões anteriores que também consideraram a imprevisibilidade da pandemia para afastar responsabilidades.

Tema 1347 STF (2024)

https://www.youtube.com/watch?v=xiaYgYIg2Pg&t=329s

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4
Q

Tema 1344 do STF.

Ebéjico é um médico contratado temporariamente pelo Estado. Ele trabalha na mesma localidade e sob as mesmas condições de risco que os médicos servidores públicos estatutários.

Ebéjico solicitou judicialmente que o Estado lhe pagasse a gratificação de risco de vida, argumentando que, apesar de ser temporário, ele enfrentava os mesmos riscos que os servidores estatutários.

O Tribunal de Justiça do Amazonas decidiu que, embora o trabalhador temporário não seja servidor estatutário, ele tem direito à gratificação se estiver exposto às mesmas condições de risco.

Esse caso chegou até STF.

A

O STF decidiu que os regimes jurídicos de servidores estatutários e trabalhadores temporários são distintos e não podem ser equiparados por decisão judicial, a menos que haja previsão legal específica.

Assim, a gratificação de risco de vida prevista para servidores estatutários não se estende automaticamente aos trabalhadores temporários, a menos que haja previsão legal específica.

A autonomia dos entes federativos permite que cada ente legisle sobre a contratação temporária conforme suas necessidades específicas, conforme estabelecido pelo STF.

Exemplos de julgados que fora utilizados para corroborar a decisão do STF :

  • O tema 551 do STF estabelece que trabalhadores temporários não têm direito a 13º salário nem a férias remuneradas, salvo previsão legal ou contratual específica.
  • A súmula vinculante 37 do STF estabelece que não cabe ao poder judiciário aumentar vencimentos de servidores públicos com base na isonomia.
  • O STF decidiu no Tema 916 que a contratação temporária em desconformidade com a Constituição não gera efeitos jurídicos válidos, exceto o pagamento de salários e o levantamento do FGTS.

Tema 1344 do STF (2024)

https://www.youtube.com/watch?v=8niiBtgoPK4

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5
Q

Tema 1344 do STF.

Ebéjico é um médico contratado temporariamente pelo Estado. Ele trabalha na mesma localidade e sob as mesmas condições de risco que os médicos servidores públicos estatutários.

Ebéjico solicitou judicialmente que o Estado lhe pagasse a gratificação de risco de vida, argumentando que, apesar de ser temporário, ele enfrentava os mesmos riscos que os servidores estatutários.

O Tribunal de Justiça do Amazonas decidiu que, embora o trabalhador temporário não seja servidor estatutário, ele tem direito à gratificação se estiver exposto às mesmas condições de risco.

Esse caso chegou até STF.

A

O STF decidiu que os regimes jurídicos de servidores estatutários e trabalhadores temporários são distintos e não podem ser equiparados por decisão judicial, a menos que haja previsão legal específica.

Assim, a gratificação de risco de vida prevista para servidores estatutários não se estende automaticamente aos trabalhadores temporários, a menos que haja previsão legal específica.

A autonomia dos entes federativos permite que cada ente legisle sobre a contratação temporária conforme suas necessidades específicas, conforme estabelecido pelo STF.

Exemplos de julgados que fora utilizados para corroborar a decisão do STF :

  • O tema 551 do STF estabelece que trabalhadores temporários não têm direito a 13º salário nem a férias remuneradas, salvo previsão legal ou contratual específica. Salvo:

a) expressa a previsão legal ou contratual em sentido contrário;
b) comprovação do desvirtuamento da contratação temporária pela administração pública, em razão de sucessivas e reiteradas prorrogações e/ou renovações.

  • A súmula vinculante 37 do STF estabelece que não cabe ao poder judiciário aumentar vencimentos de servidores públicos com base na isonomia.
  • O STF decidiu no Tema 916 que a contratação temporária em desconformidade com a Constituição não gera efeitos jurídicos válidos, exceto o pagamento de salários e o levantamento do FGTS.

Tema 1344 do STF (2024)

https://www.youtube.com/watch?v=8niiBtgoPK4

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6
Q

O filho de Ebéjico estudava em uma escola estadual e sofreu um acidente devido à queda de um muro, o que resultou na amputação de quatro dedos do pé esquerdo do filho.

Ebéjico, buscou danos morais e estéticos para seu filho e em ricochete (indiretos) para si próprio,
Decisão Judicial

O juiz julgou a ação procedente em relação aos danos morais e estéticos para o filho, mas improcedente quanto aos danos morais indiretos para o pai.

Motivo da Improcedência: A decisão foi baseada no fato de que não houve morte da vítima, o que, segundo o juiz, não configuraria o dano moral indireto.

Questão Principal: A questão central é se o pai tem direito ao dano moral em ricochete mesmo sem a ocorrência da morte do filho.

Pergunta 1: O que é dano em ricochete? Cite exemplos?

Pergunta 2: Quem tem legitimidade para reivindicar dano em ricochete?

Pergunta 3: O dano em ricochete depende exclusivamente do evento morte?

A

Resposta 1: Dano em ricochete é o prejuízo sofrido por um terceiro (vítima indireta) em consequência de um dano inicial sofrido por outra pessoa (vítima direta). É um dano reflexo ou indireto.

Ex.
Morte em acidente de trânsito: familiares sofrem danos morais reflexos.
Erro médico grave: familiares que cuidam do paciente sofrem danos morais reflexos.

Resposta 2: Normalmente, membros do núcleo familiar direto da vítima (ascendentes, descendentes e cônjuge) têm legitimidade para reivindicar danos morais reflexos.

Resposta 3: Não. O STJ reconhece que o dano moral reflexo pode ocorrer em outras situações onde o sofrimento emocional é significativo, não apenas em casos de morte.

O dano moral reflexo como uma indenização autônoma, devida independentemente do falecimento da vítima direta.

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7
Q

ADI 7341

Uma lei estadual estabelece honorários advocatícios de sucumbência para procuradores do estado em casos de parcelamento de ICMS.

Essa lei é inconstitucional?

A
  1. Dúplice Natureza Jurídica da lei:
  • Direito Tributário: Relacionado ao parcelamento de ICMS.
  • Direito Processual Civil: Relacionado aos honorários advocatícios em processos judiciais.
  1. Competência Legislativa:
  • Competência Concorrente: Estados podem legislar sobre direito tributário.
  • Competência Privativa da União: Apenas a União pode legislar sobre direito processual civil.
  1. Decisão do STF:

Inconstitucionalidade Formal: O STF declarou inconstitucional uma lei estadual que modifica critérios de honorários advocatícios previstos no Código de Processo Civil (CPC).

  1. Distinção Crucial:
  • Judicialização: Honorários devem seguir o CPC.
  • Acordos Administrativos: Estados podem legislar sobre honorários.
  1. Exemplos de Decisões do STF
  • ADI 6170 (Ceará): Constitucionalidade de norma estadual que estipula honorários em encargos legais da dívida ativa.
  • ADI 5910 (Rondônia): Constitucionalidade de norma estadual que prevê honorários em acordos extrajudiciais.
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