5.1 Crescimento e Desenvolvimento (Desnutrição, Baixa Estatura, Vitaminas) Flashcards

1
Q

Qual principal eixo endócrino determinante do processo de crescimento de um indivíduo e qual papel principal de cada um nesse processo?

A

→ GH-IGF

  • GH: diferenciação celular (condrócitos)
  • IGF: hiperplasia e hipertrofia
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2
Q

Principais ações do GH

A
  • Estimulação da cartilagem de crescimento
  • Aumento de massa óssea
  • Resistência insulínica
  • Estimulação síntese proteica
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3
Q

Qual principal fator determinante para o crescimento nas diferentes faixas etárias e o padrão de crescimento correspondente?

1) Intrauterina
2) Lactente
3) Infantil
4) Puberal

A

1) Ambiente (nutrição do feto) / crescimento acelerado
2) Ambiente + nutrição / crescimento intenso e desacelerado
3) Potencial genético + hormonal / crescimento estável
4) Esteroides sexuais / aceleração - desaceleração

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4
Q

Como deve ser feita aferição do peso das crianças?

A

1) <2 anos: balanças pediátricas, criança despida, sentada ou deitada
2) ≥2 anos: balança tipo plataforma, criança com mínimo de roupa, descalça, em pé e de costas para o medidor.

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5
Q

Considerando a média populacional, como deve ser o peso/ganho de peso de uma criança:

1) Ao nascimento
2) 1º trimestre
3) 2º trimestre
4) 3ºtrimestre
5) 4º trimestre
6) Pré-escolar
7) Escolar

A

1) 3,4kg: podendo perder 10% nos primeiros dias
2) 700 g/mês (25-30 g/dia)
3) 600 g/mês (20 g/dia)
4) 500 g/mês (15 g/dia)
5) 400 g/mês (12 g/dia)
6) 2 kg/ano (6-8 g/dia)
7) 3 - 3,5 kg/ano

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6
Q

Com qual idade a criança costuma:

1) Dobrar peso de nascimento
2) Triplicar peso de nascimento
4) Quadruplicar peso de nascimento

A

1) aos 4 - 5 meses
2) aos 12 meses
3) aos 2 - 2,5 anos

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7
Q

Como deve ser feita a aferição da estatura de uma criança?

A

1) <2 anos: avaliar comprimento com régua antropométrica, criança deitada
2) ≥2 anos: avaliar altura com estadiômetro, criança em pé, com calcanhares, ombro e nádegas em contato com dispositivo

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8
Q

Considerando a média populacional, como deve ser a estatura/velocidade de crescimento de uma criança:

1) Ao nascimento
2) 1º ano
3) 2º ano
4) Pré-escolar (2 a 5 anos)
5) 6 anos - puberdade

A

1) 50 cm
2) 25 cm/ano (15cm no 1º sem e 10 cm no 2ºsem)
3) 12 cm/ano
4) 7-8 cm/ano
5) 6-7 cm/ano

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9
Q

Considerando a média populacional, como deve ser o Perímetro Cefálico de uma criança:

1) Ao nascimento
2) 1º trimestre
3) 2º trimestre
4) 2º semestre

A

1) 35cm
2) 2 cm/mês
3) 1 cm/mês
4) 0,5 cm/mês
→ Cresce 12 cm no ano.

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10
Q

O que se avalia na Classificação Nutricional de Gómez?

A

Avalia P/I

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11
Q

Classificação Nutricional de Gómez

1) Não desnutrido
2) Desnutrição de 1º grau
3) Desnutrição de 2º grau
4) Desnutrição de 3º grau

A

→ Peso da criança em relação ao p50

1) >90%
2) 76 a 89%
3) 61 a 75%
4) ≤60% ou edema de origem nutricional (independente do peso)

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12
Q

Quais as limitações da Classificação Nutricional de Gómez?

A
  • Necessita da idade
  • Não considera estatura
  • Não diferencia desnutrição aguda da crônica
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13
Q

O que se avalia na Classificação Nutricional de Waterlow-Batista?

A
  • Avalia P/E e E/I
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14
Q

Segundo Waterlow, quem é a criança:

1) Eutrófica
2) Desnutrida atual
3) Desnutrida crônica
4) Desnutrida pregressa

A

1) E/I >95% e P/E >90%
2) E/I>95% e P/E <90%
3) E/I <95% e P/E <90%
4) E/I <95% e P/E >90%

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15
Q

A partir de qual valor de circunferência braquial, crianças entre 6m e 59m são consideradas como desnutridas graves?

A

< 115mm

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16
Q

Definição pela curva de P/I e E/I

1) Z < -2
2) Z

A

1) Baixo peso

2) Muito baixo peso

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17
Q

Definição pela curva de IMC/I

1) Z < -2
2) Z

A

1) Magreza

2) Magreza acentuada

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18
Q

Até quantos anos toda dentição de leite de criança deve ter nascido?

A

Até 3 anos

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19
Q

No que consiste a transição nutricional que vem ocorrendo no Brasil?

A

Diminuição da desnutrição energeticoproteica e aumento do sobrepeso/obesidade

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20
Q

Classificação desnutrição energeticoproteica.

A
  • Primária: ausência de nutrientes
  • Secundária: oferta satisfatória de nutrientes mas ↑ gasto energético (hipertireoidismo) ou perda anormal de nutrientes (fibrose cística e doença celíaca)
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21
Q

Na vigência de desnutrição em uma criança, qual marcador sugere quadro agudo e crônico?

A
  • Agudo: perda de peso

- Crônico: parada do crescimento

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22
Q

Qual tipo de desnutrição grave é mais prevalente?

A

Marasmo

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23
Q

De acordo com as características, qual tipo de desnutrição mais provável, marasmo (M) ou kwashiorkor (K).

1) Alteração do crescimento
2) Apetite preservado
3) Dermatose
4) Alteração de cabelo
5) Fácies simiesca
6) Hepatomegalia
7) Gordura subcutânea ausente
8) Edema

A

1) M
2) M
3) K
4) K
5) M
6) K
7) M
8) K

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24
Q

Causa mais comum de marasmo.

A

Retirada precoce do aleitamento materno

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25
Q

Alteração dermatológica típica do Kwashiorkor

A
  • Dermatite Flaky paint: áreas hipercromia (regiões de atrito) ao lado de hipocromia, como se fosse uma pintura descascada
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26
Q

Alteração capilar típica do Kwashiorkor

A
  • Alteração difusa da cor: fica avermelhado ou castanho

- Sinal da bandeira: súbita mudança de cor, representando períodos alterados de pior e melhor nutrição

27
Q

(V ou F)
Apesar da desnutrição primária grave ter diversos componentes associados (situação familiar, condições socioeconômicas etc), a simples reintrodução adequada da alimentação é capaz de curá-la.

A

Verdadeiro.

28
Q

Principais alterações laboratoriais encontradas na desnutrição grave.

A
  • Hipoglicemia
  • HipoK, hipoMg, hipoP
  • Hiponatremia dilucional: bomba Na/K não funciona
  • Hipoalbuminemia
29
Q

Fases e tempo do tratamento da desnutrição grave

A
  • 1ª fase: estabilização (1ª semana)
  • 2ª fase: reabilitação (2 - 6 sem)
  • 3ª fase: acompanhamento (7 sem a 6 meses)
30
Q

Quais condições conferem risco iminente à vida de crianças gravemente desnutridas e são o foco da 1ª fase do tratamento?

A
  • Hipoglicemia (<54)
  • Hipotermia (TAX <35ºC ou retal <35,6ºC)
  • Infecção: sepse
  • Desidratação: distúrbios hidroeletrolíticos
31
Q

Na fase de estabilização da desnutrição grave, como deve ser feito o manejo da HIPOGLICEMIA?

A
  • Criança consciente: alimentação/solução de glicose por via oral
  • Inconsciente/convulsão: via intravenosa
32
Q

Na fase de estabilização da desnutrição grave, como deve ser feito o manejo da HIPOTERMIA?

A
  • Técnica canguru
  • Mantas térmicas e/ou focos de luz
    → NÃO usar bolsa de água ou frasco de soro aquecidos
33
Q

Na fase de estabilização da desnutrição grave, como deve ser feito o manejo da DESIDRATAÇÃO?

A
  • Preferência pela via oral: EV para quem está impossibilitada de engolir
  • Solução com pouco sódio e mais potássio (ReSoMal)
  • Evitar hiperidratação
34
Q

Na fase de estabilização da desnutrição grave, como deve ser feito o manejo da ANEMIA?

A

Transfusão sanguínea. (Hb <4 ou <6 + sintomas respiratórios)

- Não pode repor ferro nessa fase

35
Q

Na fase de estabilização da desnutrição grave, como deve ser feito o manejo da INFECÇÃO?

A
  • Paciente ambulatorial: amoxicilina

- Internado: ampicilina + gentamicina +/- metronidazol

36
Q

Na fase de estabilização da desnutrição grave, quais minerais, eletrólitos e vitaminas devem ser suplementados?

A
  • Zinco, Mg e Potássio

- Vitaminas A e ácido fólico

37
Q

Principal marcador da Síndrome de Realimentação.

A

Hipofosfatemia grave

- HipoK, hipoMg também são frequentes e secundárias ao pico de insulina

38
Q

Sinal clínico que indica que a criança gravemente desnutrida está apta para entrar na fase de reabilitação do tratamento?

A

Retorno do apetite normal

39
Q

Na fase de reabilitação da desnutrição grave, qual objetivo do tratamento e como alcançá-lo?

A
  • Objetivo: promover o rápido crescimento da criança (catch-up)
  • Como: dieta hipercalórica e hiperproteica, início da suplementação de ferro.
40
Q

Nome dado ao “evento” que ocorre algumas semanas após o tratamento correto e bem sucedido da desnutrição grave e como se manifesta.

A

Síndrome da Recuperação Nutricional

  • Distensão abdominal, ascite e hepatomegalia
  • Fácies em lua chega com telangiectasia
  • Alteração de pele e fâneros: hipertricose, sudorese intensa etc
41
Q

Segundo curvas da OMS, quando paciente apresenta baixa estatura?

A

Abaixo do p3 ou escore Z -2

42
Q

Qual dado de maior sensibilidade para reconhecimento dos desvios do crescimento normal de uma criança?

A

Velocidade de crescimento

43
Q

Cálculo do alvo genético de uma criança

A

1) Meninos: [(altura da mãe +13) + altura do pai]/2

2) Meninas: [altura da mãe + (altura do pai - 13)]/2

44
Q

Diagnóstico mais provável de uma criança com baixa estatura e:
1) IO=IE

A

1) Retardo Constitucional do Crescimento e da Puberdade

2) Baixa Estatura Familiar

45
Q

Endocrinopatia mais comum de baixa estatura

A

Hipotireoidismo adquirido

46
Q

Sinais clínicos típicos da forma congênita da Deficiência de Hormônio GH

A
  • Micropênis com testículos tópicos
  • Icterícia prolongada
  • Hipoglicemia
  • Comprimento ao nascimento é normal
47
Q

Principal patológica de baixa estatura na criança com relação entre Segmento Superior (SS) / Segmento Inferior (SI):

1) Aumentada
2) Diminuída

A

1) Acondroplasia: displasia esquelética

2) Mucopolissacaridose: encurtamento da coluna vertebral

48
Q

Alterações fenotípicas clássicas da Síndrome de Turner.

A
  • Pescoço alado
  • Baixa implantação do cabelo e orelhas
  • Cúbito valgo
  • Hipertelorismo: afastamento mamário
  • Linfedema congênito de mãos e pés
49
Q

Principais indicações clínicas para uso do GH no tratamento de baixa estatura.

A
  • Deficiência de GH
  • Síndrome de Turner
  • Síndrome de Prader-Willi
  • DRC
  • Baixa estatura idiopática: casos selecionados
50
Q

Até quantos anos de diferença entre idade óssea e idade cronológica pode ser considerado fisiológico?

A

2 anos

51
Q

(V ou F)
Se o rebote de obesidade que geralmente ocorre pouco antes da idade escolar ocorrer tardiamente, há maior chance de obesidade na vida adulta.

A

Falso, o rebote precoce é que se relaciona com obesidade do adulto

52
Q

Diagnóstico de Obesidade/Sobrepeso nas crianças segundo curvas da OMS.

A

1) 0 a 5 anos
* EZ > +3: obesidade
* EZ > +2: sobrepeso
* EZ > +1: risco de sobrepeso
2) 5 a 19 anos
* EZ > +3: obesidade grave
* EZ > +2: obesidade
* EZ > +1: sobrepeso

53
Q

Classificação de Pressão Arterial em crianças 1 a <13 anos

A
  • Normal: <p> p 95 + 12 mmHg ou ≥ 140x90</p>
54
Q

Qual diagnóstico de uma criança:

- Obesidade + hipoventilação crônica, apneia do sono, roncos e sonolência diurna

A

Síndrome de Pickwick

55
Q

Frequência de atividades físicas para crianças, no intuito de prevenção/tratamento obesidade

A

Mínimo de 60 min por dia

56
Q

Quais as metas de tratamento das crianças:

1) Sobrepeso sem comorbidade
2) Sobrepeso com comorbidade
3) Obesidade sem comorbidade
4) Obesidade com comorbidade

A

1) Manutenção do peso
2 e 3) Manutenção do peso se <7 anos ou reduzir peso se ≥7 anos
4) Reduzir peso

57
Q

Causa mais comum de alta estatura.

A

Obesidade

58
Q

Diagnóstico mais provável de criança com alta estatura:

1) IE> IO=IC
2) IE=IO >IC

A

1) Alta Estatura Familiar
2) Aceleração Constitucional do Crescimento (não considerar puberdade precoce porque não tem idade, dados de caracteres sexuais secundários, velocidade de crescimento)

59
Q

1) Manchas de Bitot e pele/olho secos
2) Criança em posição em rã
3) Anemia macrocítica com alterações neurológicas
4) Anemia hemolítica em prematuros e perda de reflexos profundos
5) Alargamento punhos e tornozelos, fratura em galho verde
6) Ataxia, nistagmo e confusão mental

A

1) Vitamina A
2) Vitamina C
3) Vitamina B12 (↑ ácido metil-malônico)
4) Vitamina E
5) Vitamina D
6) Vitamina B1 (Encefalopatia de Wernick)

60
Q

De acordo com a clínica, qual provável carência vitamínica:

1) Convulsão no RN, neuropatia periférica
2) Anemia perniciosa
3) Fadiga, sonolência, náusea, apatia (Beribéri seco)
4) Mielomeningocele
5) Demência, dermatite e diarreia
6) Hemorragia no RN

A

1) B6 (piridoxina)
2) B12 (cianocobalamina): ↓ Fator Intrínseco
3) B1 (tiamina)
4) B9 (ácido fólico)
5) B3 (niacina): pelagra
6) Vitamina K

61
Q

Qual provável deficiência mineral:

- Alopécia, dermatite periorificial e em áreas fotossensíveis

A

Zinco

62
Q

Complicação aguda da hipervitaminose A

A

Síndrome do pseudotumor cerebral: cefaleia, náuseas, vômitos, papiledema, diplopia e ↑ PIC

63
Q

Como e quando deve ser feita suplementação de vitamina D para crianças?

A
  • A partir da 1ª semana: 400 UI/dia até 12 meses

- >12 meses: 600 UI/dia