3.2 Síndromes Urinárias Flashcards

1
Q

Agentes etiológicos mais comuns da ITU e suas principais características.

A
  • E. coli: principal em todas as faixas etárias
  • Proteus: principalmente em meninos, relacionado à cálculo de estruvita
  • Klebsiella
  • Pseudomonas: imunossuprimidos e manipulação do TGU
  • Gram (+): Staphylococcus saprophyticus –> adolescentes e mulheres jovens com vida sexual ativa
  • Adenovírus: cistite hemorrágica
  • Fungos: após antibiótico de largo espectro por bastante tempo
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2
Q

(V ou F) As meninas sempre têm mais ITU que os meninos.

A

Falso, no 1º ano de vida os meninos têm mais infecção

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3
Q

Mecanismo de desenvolvimento de pielonefrite.

A
  • Ascensão bacteriana

- Disseminação hematogênica: período neonatal

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4
Q

Qual principal mecanismo de defesa contra as ITUs?

A
  • Micção e o esvaziamento vesical regular
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5
Q

Fatores de Risco para desenvolvimento de ITU

A
  • Sexo feminino: ou masculino <1 ano
  • Ausência de circuncisão
  • Estase urinária: VUP, Estenose de JUP, mielomeningocele (bexiga neurogênica)
  • Disfunção miccional/constipação: sinais de incontinência urinária, dor perineal
  • Refluxo Vesicoureteral (RVU)
  • Atividade Sexula/Gravidez
  • Roupa Apertada
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6
Q

(V ou F) A Válvula de Uretra Posterior é a causa mais comum de uropatia obstrutiva em meninos.

A

Verdadeiro

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7
Q

Como suspeitar de VUP na gestação e no período neonatal e como diagnosticar.

A
  • Gestação: Hidronefrose + Oligodramnia + Distensão vesical
  • Neonatal: Globo vesical palpável + jato fraco
  • Diagnóstico: UCM
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8
Q

Tratamento de VUP.

A

Ablação uretral por via endoscópica

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9
Q

Mecanismo de formação de cálculo pelo Proteus

A
  1. Infecção pelo Proteus
  2. Alcalinização da urina (forma muita amônia)
  3. Precipitação de sais (fosfato, carbonato e magnésio)
  4. Formação de cristais e pedra de estruvita
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10
Q

(V ou F) Para ser considerada cistite, a afecção deve ser afebril.

A

Verdadeiro

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11
Q

Principais causas de cistite hemorrágica

A
  • Infecção pela E. coli
  • Infecção pelo Adenovírus
  • Ciclofosfamida
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12
Q

Quando pensar em:

  • Cistite Eosinofílica
  • Cistite Intersticial
A
  • Cistite Eosinofílica: sinais clássicos + massa intravesical (infiltrado inflamatório de eosinófilos)
  • Cistite Intersticial: sinais clássicos + ulcerações de mucosa vesical
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13
Q

(V ou F)

Na vigência de febre (grave) sem sinais localizatórios, a principal suspeita deve recair sobre a pielonefrite.

A

Verdadeiro, pois ela é a principal causa.

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14
Q

Objetivo do EAS na avalição de ITU.

A
  • Sinais de Inflamação: muito sensíveis

- Marcadores da presença de bactéria: muito específicos

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15
Q

Situações que cursam com piúria estéril.

A
  • Tuberculose renal
  • Infecção viral
  • Abscesso renal
  • Nefrite intersticial (eosinofílica)
  • Inflamações perivesicais: apendicite, diverticulite
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16
Q

Quais bactérias geralmente convertem Nitrato em Nitrito na urina.

A
  • Gram (-)
17
Q

O que é piúria e a sua presença é condição obrigatória para diagnóstico de ITU?

A
  • ≥5 leuco/campo ou 10.000 leuco/ml
  • Pode haver ITU sem piúria (maioria dos autores)
    • AAP diz que para diagnóstico de ITU febril (pielonefrite) é necessária a piúria
18
Q

Quais pacientes com suspeita de ITU não precisam de urocultura para confirmação diagnóstica?

A
  • Nenhum, todos devem fazer.
19
Q

Quando considerar Bacteriúria Significativa de acordo com os seguintes métodos de coleta de urina:

  • Jato Médio
  • Cateterismo
  • Punção Suprapúbica
A
  • Jato Médio: ≥100.000 UFC
  • Cateterismo: ≥50.000
  • Punção Suprapúbica: qualquer crescimento ( ≥50.000)
20
Q

Qual utilidade do Saco Coletor na abordagem da ITU?

A
  • Útil quando vier negativo
  • Pode dar diagnóstico se (Nelson):
    • ≥100.000 UFC + EAS alterado + criança sintomática
21
Q

Situações onde a punção suprapúbica deve ser feita em detrimento do cateterismo vesical

A
  • Fimose que impossibilite a visualização do óstio da uretra

- Vulvovaginite e balanopostite intensas

22
Q

(V ou F)

A pesquisa direta de bactérias pelo Gram em gota de urina centrifugada é de grande utilidade na abordagem da ITU.

A

Falso, o método de escolha é a pesquisa na gota de urina NÃO centrifugada.

23
Q

Tratamento da Cistite

A
  • Ambulatorial
  • 3-5 dias
  • SMT-TMP ou Nitrofurantoína ou Amoxi ou Cefalexina ou Ác. Nalidíxico
24
Q

Tratamento Pielonefrite

A
  • Ambulatorial x Internação
  • 7-14 dias
  • Tto hospitalar: Cefa 3ª geração ou Ampi+Genta EV
  • Tto ambulatorial: cefiximina, ceftriaxone IM ou Cipro (pseudomonas)
25
Q

Indicações de Internação Hospitalar para Tratamento de Pielonefrite

A
  • <1 mes (<3 meses segundo alguns autores)
  • Sinais Gerais de Perigo (convulsão, não ingere líquidos, vomita tudo que ingere, letargia ou inconsciente)
  • Sepse
26
Q

(V ou F) Geralmente é necessária urocultura de controle.

A

Falso

27
Q

Segundo SBP, quando indicar antibioticoprofilaxia para ITU e qual droga usar?

A
  • Durante investigação do trato urinário (após primeiro episódio)
  • Do diagnóstico até correção cirúrgica de anomalia do trato urinário
  • Refluxo Vesicoureteral graus III a V
  • ITU de repetição + sem alteração do TGU
  • —-> Nitrofurantoína ou SMT-TMP
28
Q

Características dos seguintes exames de imagem na avaliação da criança com ITU:

  • USG renal e vias urinárias
  • Cintilografia DMSA
  • Uretrocistografia Miccional
A
  • USG: baixo custo, operador dependente, serve para avaliar alterações grosseiras (hidronefrose, alteração na relação córtico-medular
  • Cintilografia DMSA: durante fase aguda é o padrão ouro para dx de pielonefrite e na fase crônica é útil para diagnóstico de cicatriz renal
  • UCM: diagnóstico e classificação do RVU
29
Q

Quando investigar crianças com ITU quanto à alterações do TGU?

A

1) AAP (2011): para crianças com doença febril de 2m a 2 anos
- Após 1º episódio: USG e se alterada fazer UCM
- Após 2º episódio: UCM sempre
2) SBP: <2 anos com ITU confirmada –> USG + UCM
- Cintilografia se exames alterados

30
Q

Como a Cintilografia DMSA consegue localizar e avaliar extensão do processo infeccioso renal (fase aguda)?

A

O DMSA se liga às células tubulares renais e aquelas lesadas não irão captar adequadamente esse marcador.
Essas regiões no futuro serão os possíveis locais de cicatriz

31
Q

Principais causas de hidronefrose antenatal.

A
  • Hidronefrose transitória: idiopática
  • Estenose/Obstrução da JUP e JUV
  • RVU
  • Rins multicísticos
  • VUP
  • Ureterocele
32
Q

Qual a causa mais comum de lesão obstrutiva do TGU na infância, quando pensar nessa condição e como tratar?

A
  • Estenose de JUP
  • Hidronefrose sem dilatação do ureter
  • Pieloplastia.
33
Q

Diferença fisiopatológica do Refluxo Vesicoureteral primário do secundário.

A
  • Primário: inserção anômala (mais perpendicular) do ureter na bexiga, proporcionando refluxo ao mínimo aumento da pressão intravesical
  • Secundário: ocorre devido obstrução infravesical e que durante a micção, a pressão intravesical se aumenta muito levando ao refluxo.
34
Q

Principais causas de RVU primário e secundário.

A
  • Primário: inserção VU anômala, duplicação ureteral, ureterocele
  • Secundário: bexiga neurogênica, cálculo vesical, VUP, cistite bacteriana grave
35
Q

Classificação do RVU.

A

1) Baixo Risco
- Grau I: refluxo até ureter sem dilatação do mesmo
- Grau II: refluxo até sistema coletor sem dilatação
2) Alto Risco
- Grau III: grau II com dilatação e retificação dos cálices
- Grau IV: refluxo com dilatação importante e convexidade dos cálices
- Grau V: dilatação e tortuosidade