4. Síndrome Álgica - Abdominal Flashcards

1
Q

Características das dores:

1) Somática (parietal)
2) Visceral
3) Referida

A

1) Dor bem localizada: fibras mielinizadas tipo A, de resposta rápida
2) Dor mal localizada ± sintomas vagais (↓FC, ↓ PA; sudorese): fibras não mielinizadas tipo C, de resposta lenta,
3) Dor percebida longe do estímulo de origem: estímulo é captado por outros segmentos medulares.

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2
Q

Causa mais comum de abdome agudo?

A

Apendicite aguda

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3
Q

(V ou F)

Em causas de abdome cirúrgico, em geral, a dor precede os vômitos.

A

Verdadeiro

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4
Q

Dois parâmetros clínicos mais importantes sugestivos de peritonite.

A
  • Irritação peritoneal: descompressão e/ou percussão dolorosas
  • Defesa abdominal involuntária.
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5
Q

Diferenças entre fleimão, abscesso e plastrão.

A
  • Inflamação em si
  • Coleção organizada de material purulento
  • Massa inflamada palpável.
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6
Q

Exames de imagem da rotina de abdome agudo.

A
  • Radiografia de Tórax em PA

- Radiografia de Abdome total (panorâmica) em ortostase e decúbito dorsal.

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7
Q

2 principais hipóteses diagnósticas, para cada:

1) Dor abdominal difusa + distensão + hiperperistaltismo
2) Dor abdominal difusa + hipoperistaltismo.

A

1) Obstrução intestinal aguda e Porfiria Intermitente Aguda

2) Obstrução intestinal crônica e Íleo Paralítico

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8
Q

3 principais indicações cirúrgicas “imediatas” para abdome agudo..

A
  • Peritonite
  • Obstrução aguda
  • Isquemia aguda
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9
Q

Quando usar laparotomia em detrimento da laparoscopia na abordagem de abdome agudo?

A
  • Cirurgias abdominais prévias
  • Instabilidade hemodinâmica
  • Grande distensão abdominal
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10
Q

Causas principais de Pancreatite Aguda

A
  • Litíase biliar (1º lugar): quanto ↓cálculo, ↑ risco
  • Álcool (2º lugar)
  • CPRE
  • Trauma (1º em crianças)
  • Drogas: ácido valproico, estrogênio, azatioprina.
  • HiperCa (↑ativação de enzimas pancreáticas) ↑ Triglicérides
  • Picada de escorpião: Tytius trinitatis
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11
Q

Características da dor abdominal da Pancreatite Aguda

A

Início súbito, no epigastro ou em barra, irradiando para dorso e melhora na posição maometana.

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12
Q

Quadro clínico da pancreatite aguda.

A
  • Dor abdominal
  • Febre
  • Icterícia: alguns pacientes
  • ↓ Nível de consciência
  • Sinal de Cullen: equimose periumbilical
  • Sinal de Gray-Turner: equimose em flanco
  • Sinal de Fox: equimose na base do pênis
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13
Q

O que é Retinopatia de Purtscher?

A
  • Complicação rara de pancreatite, tem exsudato algodonoso e hemorragia entre o disco óptico e a mácula.
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14
Q

Qual papel da USG na avaliação de um quadro de pancreatite aguda?

A
  • Identificação de colelitíase
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15
Q

Qual exame padrão ouro para diagnóstico e avaliação de pancreatite aguda e quando solicitá-lo?

A
  • TC abdome contrastada

- 48 a 72h após início dos sintomas

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16
Q

Critérios de Atlanta para diagnóstico de Pancreatite Aguda.

A

2 ou +

  • Clínica típica
  • ↑amilase ou lipase séricas >3x LSN
  • TC ou RNM abdome (+ USG)
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17
Q

Critérios de gravidade na Pancreatite Aguda.

A
  • Ranson ≥3
  • Apache II ≥8
  • PCR ≥150
  • BISAP ≥3 (padrão ouro para avaliar prognóstico)
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18
Q

Segundo Critérios de Atlanta Modificados, o que seria pancreatite leve, moderadamente grave e grave?

A
  • Leve: sem falência orgânica e sem complicações.
  • Moderada: Ou falência transitória (<48h) ou complicação
  • Grave: Com falência persistente (geralmente com complicação)
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19
Q

Segundo Critérios e Atlanta para diagnóstico de Pancreatite Grave, o que é:

1) Disfunção Orgânica
2) Complicação Local
3) Complicação Sistêmica

A

1) Choque (PAS<90), insuficiência pulmonar (PAO2 <60), IRA (Cr>2 após hidratação) e sangramento gastrointestinal (>500ml/24h)
2) Necrose, pseudocisto ou abscesso
3) CIVD (plq <100.000, fibrinogênio <100, produtos de degradação do fibrinogênio >80ug/ml), cálcio <7,5

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20
Q

Característica do líquido pleural secundário à pancreatite.

A
  • Exsudato rico em Amilase
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21
Q

Tratamento da Pancreatite Aguda.

A
  • Leve: dieta zero, repouso, analgesia (opioide), infusão de cristalóides (correção de distúrbios hidroeletrolítico e ácido-base)
  • Grave: Leve + UTI + reposição volêmica potente (diurese ≥0,5ml/kg/h) + suporte nutricional + CPRE?
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22
Q

Quando e como reiniciar a dieta na Pancreatite Aguda?

A
  • Leve: após melhora clínica, ↓dor e vômitos e ↓PCR – Via Oral
  • Grave: o mais precocemente possível. – Via enteral, mas se não tolerar faz NPT (deve substituir, não associar!)
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23
Q

Quando e qual antibioticoterapia fazer no tratamento da pancreatite aguda?

A
  • Necrose infectada e abscesso pancreático.

- Carbapenêmicos (imipinem) ou cipro+metronidazol

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24
Q

Quando fazer CPRE com papilotomia na pancreatite aguda?

A
  • Suspeita de colangite ou obstrução biliar evidenciadas por imagem.
  • Nas primeiras 48-72h
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25
Principais complicações da pancreatite aguda e como abordar.
- Coleção fluida: conservador - Pseudocisto: conservador - Necrose pancreática: conservador - --> Suspeita de infecção= punção percutânea guiada por TC, se (+) faz atb ± cirurgia
26
Quando e como fazer necrosectomia na pancreatite aguda?
- Se necrose infectada (ar pela TC) - Faz o mais tardiamente possível (espera esfriar o processo e deixa a necrose se organizar) - Necrosectomia por via laparotômica
27
Melhor momento para fazer colecistectomia na pancreatite aguda?
- Pancreatite Leve: antes da alta | - Pancreatite Grave: após 6 semanas
28
Localização anatômica do apêndice.
- Região posteromedial do ceco, na confluência das tênias colônicas.
29
Qual variedade de posição anatômica mais comum do apêndice.
Apêndice retrocecal
30
Paciente típico de apendicite?
- Homem de 10-40 anos
31
Principal causa de apendicite.
- Obstrução: fecalito o apendicolito
32
(V ou F) | Quanto mais grave é a apendicite, mais provável de ter sido desencadeada por fecalito/apendicolito.
Verdadeiro
33
História clássica de apendicite aguda?
- Dor periumbilical (dor visceral) que evoluiu para dor em FID (dor parietal)
34
Bactérias mais comuns na inflamação do apêndice?
- Bactericides - E. coli - Peptostreptococcus - Pseudomonas
35
Quando colher culturas do líquido peritoneal na vigência de apendicite?
- Imunodeprimidos - Uso recente de atb - Internação recente ou provenientes de cuidados de saúde
36
(V ou F) | Além de dor abdominal, apendicite aguda costuma cursar com febre alta, náuseas, vômitos, anorexia.
Falso, a febre costuma ser baixa (±38ºC)
37
Descreva os sinais: - Blumberg - Rovsing - Lenander - Obturador - Iliopsoas - Lapinsky
- Dor à descompressão brusca no ponto de McBurney - Dor na FID após compressão na FIE - Temp retal > 1ºC e relação à Temp axilar - Dor hipogástrica à flexão e rotação interna da coxa direita. - Dor provocada pela extensão e abdução da coxa direita com paciente em decúbito lateral esquerdo. - Dor à compressão da FID quando se eleva o MID do paciente.
38
Principais diagnósticos diferenciais de Apendicite Aguda.
- Doença inflamatória intestinal - Afecções ginecológicas: torção de ovário, ectópica rota - Diverticulite à direita
39
Quando pedir e quais exames de imagem solicitar na suspeita de apendicite aguda?
– <48h com apresentação atípica ou em mulher, criança e idoso: USG (grávida e criança) ou TC (idoso ou mulher não grávida) - Gestante com US duvidosa pode fazer RNM – >48h sem peritonite difusa: TC
40
Alterações imagenológicas sugestivas de apendicite aguda.
- Diâmetro AP ≥6mm - Sinal do Alvo - Espessamento da parede do apêndice - Presença de apendicolito - Ausência de gás no interior do apêndice - Borramento da gordura periapendicular
41
A que serve a Escala de Alvarado?
- Avaliação da probabilidade diagnóstica de apendicite.
42
Quando preferir laparoscopia em detrimento da cirurgia aberta no tratamento da apendicite?
- Dúvida diagnóstica - Mulheres em idade fértil - Obesos - Perfurações
43
Tipos de incisões na cirurgia aberta de apendicectomia.
- McBurney: oblíqua no QID | - Davis-Rockey: transversa no QID
44
Complicações mais comuns e da apendicectomia e como abordar.
- Abscesso de parede (infecção de sítio cirúrgico): deve explorar ferida e se tiver pus tem que fazer imagem pra ver cavidade abdominal. Faz atb + dreno e tchau. - Obstrução intestinal: conservador até cirurgia
45
Complicação mais grave da apendicite aguda e o que fazer
- Pileflebite: trombose séptica da veia porta | - Antibiótico + anticoagulante
46
Tratamento apendicite tardia (>48h), de acordo com exame de imagem: 1) Exame normal 2) Peritonite difusa 3) Abscesso 4) Fleimão
1) Exame normal: apendicite simples (antibioticoprofilaxia + apendicectomia) 2) Peritonite difusa: estabilização + atb + cirurgia de urgência 3) Abscesso: drenagem guiada + ATB + colono após 4-6sem ± apendicectomia tardia 4) Fleimão: ATB + colono após 4-6sem + apendicectomia
47
O que fazer se na hora da cirurgia de apendicectomia o apêndice estiver aparentemente normal?
Tira mesmo assim e Avalia abdome em busca de alguma outra alteração.
48
Fases da apendicite aguda e conduta em cada uma.
- Fase I (edematosa/catarral): apendicectomia + antibioticoprofilaxia - Fase II (flegmatosa): apêndice muito edemaciado. Igual fase I - Fase III (gangrenosa): necrose transmural. Apendicectomia + antibioticoterapia + dreno - Fase IV (perfurativa): Fase III + lavagem da cavidade
49
Principal local de acometimento da doença diverticular do cólon.
- Sigmoide: inserção das artérias retas (vasa recta)
50
Paciente típico de diverticulose.
- Idoso (sem preferência por sexo) | - Países industrializados ocidentais
51
Quadro clínico da doença diverticular do cólon.
- Assintomático | - Pode ser dolorosa se associada à Sd. Intestino Irritável.
52
Principal divertículo de intestino delgado.
Divertículo de Meckel: anomalia congênita mais comum do aparelho digestivo.
53
3 principais complicações do Divertículo de Meckel.
- Sangramento: mais comum, sobretudo em crianças - Diverticulite: a mucosa gástrica do divertículo irrita os adjacentes - Obstrução: intussuscepção ou volvo
54
O que é a diverticulite?
- Inflamação pericolônica causada pela perfuração de um ou mais divertículos.
55
Clínica da Diverticulite
- Apendicite do lado esquerdo
56
Como diferenciar a dor da Diverticulite de outras causas de abdome agudo?
- Dor já está presente há alguns dias antes do atendimento médico - Paciente já teve outros episódios semelhantes
57
Classificação de Hinchey.
- Estágio I: abscesso pericólico ou mesentérico - Estágio II: abscesso pélvico - Estágio III: peritonite purulenta generalizada - Estágio IV: peritonite fecal generalizada.
58
Principais exames de imagem para diagnóstico de Diverticulite e quais não devem ser feitos.
- TC (principal), USG e RNM | - Não fazer: colonoscopia e enema opaco.
59
Principal diagnóstico diferencial de Diverticulite e como deve ser feita tal diferenciação.
- Câncer de retossigmoide | - Colonoscopia após 4-6sem de resolução do quadro.
60
Principais complicações da diverticulite.
- Abscesso - Peritonite - Fístula - Obstrução
61
Tratamento diverticulite não complicada: 1) Sintomas Mínimos 2) Sintomas Exuberantes
1) Sintomas mínimos: dieta líquida sem resíduos + atb oral | 2) Sintomas exuberantes: dieta zero + atb EV + HV + colono
62
Tratamento diverticulite complicada: 1) Hinchey I e II 2) Hinchey III e IV 3) Fístulas
1) Drenagem guiada por TC (se ≥4cm) + atb EV + colono + cirurgia eletiva 2) Cirurgia de urgência (Hartmann) 3) Atb EV + colono + cirurgia eletiva → Hinchey III pode fazer lavagem laparoscópica, deixa dreno, esfriar o processo para só depois operar.
63
Quando operar diverticulite não complicada?
- Imuncomprometidos - Após 3º episódio (ou 2º?) - Incapacidade de excluir câncer
64
Qual local mais comum de fístula e de obstrução como complicação de diverticulite?
- Colovesical | - Delgado: aderência ao fleimão ou abscesso.
65
Em qual situação de diverticulite pode ser tentada a Lavagem laparoscópica em detrimento da cirurgia de urgência?
Hinchey III: faz lavagem + drenos + atb
66
O que é porfiria?
- Doença causada pelo acúmulo de porfirinas, em decorrência da falta de alguma enzima
67
Principais fatores desencadeantes para Porfirina Intermitente Aguda.
- Álcool - Fumo - Drogas: barbitúricos, atb com sulfa, metoclopramida - Infecções, cirurgias e dieta hipocalórica: ↓carboidratos - Estrogênio
68
Quadro clínico da Porfiria Intermitente Aguda
- Dor abdominal - Hiperatividade simpática: ↑FC e PA, sudorese - Neuropatia periférica: fraqueza muscular assimétrica e hiporreflexia - Sintomas psiquiátricos - Convulsão
69
Principal diagnóstico diferencial de obstrução intestinal devido o quadro dor abdominal + hiperperistaltismo.
Porfirina Intermitente Aguda
70
Diagnóstico de Porfiria Intermitente Aguda.
- Dosagem urinária de PBG (>50): fica roxo quando expõe à luz.
71
Tratamento de Porfiria Intermitente Aguda
- Administração exógena de Heme (mais eficaz): hematina | - Administração de carboidratosm(mais usado): desvio da Succinil-CoA para outras reações
72
(V ou F) Estado hiperosmolar não cetótico pode simular abdome agudo, assim como a Cetoacidose diabética, uma vez que em ambas as situações há hiperglicemia.
Falso. Dor abdominal, náuseas, vômitos e ritmo de Kussmaul só ocorrem na CAD.
73
Fonte de intoxicação pelo chumbo.
- Baterias - Automobilística - Tipas - Projéteis de arma de fogo (dentro do corpo)
74
Manifestações clínicas do saturnismo.
- Abdominal: dor em cólica (principal), náuseas, vômitos, anorexia... - Anemia: microcítica e hipocrômica com pontilhados basofílicos - Amnésia: encefalopatia, dificuldade de concentração (chumbado)
75
Diagnóstico e Tratamento do Saturnismo.
- Dosagem de chumbo sérico (>25) | - Quelante: EDTA, Dimercaprol
76
Agente etiológico e forma de transmissão da Febre Tifoide.
- Salmonella entérica sorotipo typhi | - Via fecal-oral
77
Fatores intrínsecos de proteção à infecção pelo agente etiológico da febre tifoide.
- Acidez gástrica | - Barreira intestinal íntegra
78
Quadro clínico da febre tifoide.
- Dor abdominal - Febre - Sinal de Faget - Exantema maculopapular
79
Principais complicações da febre tifoide.
- Hemorragia digestiva (mais comum) | - Perfuração ileal (mais grave)
80
Grupos mais suscetíveis a se tornarem carreadores crônicos da Salmonella typhi.
- Mulheres idosas - Doenças biliares (litíase ou anormalidades) - Crianças
81
Diagnóstico de Febre tifoide.
- 1ª a 2ª semana: hemocultura - 3ª a 4ª semana: coprocultura - Mielocultura (mais sensível de todos)
82
Conduta na febre tifoide.
- Notificar - Ceftriaxone/Ciprofloxacino - Cloranfenicol (1ª escolha apenas pelo MS) - Dexametasona se choque ou coma
83
Profilaxia de Febre tifoide.
- Medidas sanitárias - Vacina: ↓ imunogenicidade, útil apenas para os de grande risco (trabalhadores do esgoto, viajantes para áreas superendêmicas etc)
84
Quais artérias que formam o sistema de irrigação intestinal é quem irrigam?
- Tronco celíaco: composto pelas aa. hepática comum, esplênica (lienal) e gástrica esquerda --> irrigam esôfago, estômago, fígado, pâncreas e porção proximal do duodeno. - Mesentérica Superior: irriga resto do intestino delgado, ceco, cólon ascendente e metade do transverso. - Mesentérica Inferior: resto do intestino grosso, até região proximal do reto.
85
Quais são as áreas mais propensas à isquemia colônica?
- Flexura esplênica (área de Griffiths): principal | - Junção retossigmoide (área de Sudeck)
86
(V ou F) | Dentre as síndromes isquêmicas intestinais, as mesentéricas (aguda e crônica) representam a maioria.
Falso, a maioria é composta pela colônica (70-75%)
87
Grupo populacional mais suscetível ao desenvolvimento de colite isquêmica.
- Idosos (principal) | - Doença ateromatosa, DM, vasculites, cirurgias de aorta!
88
Manifestações clínicas e diagnóstico da Colite Isquêmica
- Dor abdominal + hematoquezia + febre + hipotensão | - Enema opaco (thumbprintings sign) ou colonoscopia (mucosa hemorrágica)
89
Qual papel da arteriografia e da revascularização no diagnóstico/tratamento da Colite Isquêmica?
Nenhum! A doença é da microvasculatura, logo o exame/procedimento não têm efeito.
90
Tratamento da Colite Isquêmica.
- Suporte: dieta zero, hidratação, atb | - Colectomia se: refratariedade, peritonite, hemorragia profusa, colite fulminante, estenose/obstrução
91
Principal artéria obstruída na isquemia mesentérica aguda?
Mesentérica superior
92
Como diferenciar isquemia mesentérica da colônica?
- IMA de delgado: população heterogênea, dor mais intensa, pior estado geral, fator predisponente e ausência de sangramento retal. - Colite isquêmica: idosos, clínica mais sutil, sangramento retal
93
Exames diagnósticos principais e o que revelam na isquemia mesentérica?
- Radiografia: pneumatose intestinal, sinal das impressões digitais - Doppler: fluxo sanguíneo variável (rastreio) - TC/AngioTC:dilatação do cólon, espessamento de parede, falha de enchimento, gás intramural (melhor exame inicial) - Angiografia mesentérica seletiva (padrão ouro): falha de enchimento
94
Principais causas da Isquemia Mesentérica e como diferenciá-las.
- Embolia da artéria mesentérica (50%): cardiopatia emboligênica (FA, IAM - Vasoconstricção (20-30%): sepse/choque, drogas vasoativas, cocaína - Trombose arterial (15-25%): aterosclerose - Trombose venosa (5%): coagulopatias tipo fator V de Leiden, SAF .
95
Clínica da Isquemia Mesentérica Aguda.
- Dor abdominal desproporcional ao exame físico - ↑ peristalse que evolui para aperistalse - Lenander reverso (T retal < T axilar) - ↑ FR (acidose metabólica)
96
Tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda.
- -> Medidas Gerais: dieta zero, analgesia, hidratação, correção de distúrbios eletrolíticos, antibiótico e monitorização - Êmbolo/Trombo: Heparinização + Laparotomia (êmbolo/trombectomia + avaliação da alça) + papaverina ± second look - Vasoconstricção não oclusiva: papaverina. laparotomia se refratário ou peritonite.
97
Principal causa de isquemia mesentérica crônica.
- Doença aterosclerótica
98
Paciente típico + quadro clínico da isquemia mesentérica crônica
- Mulher, meia idade/idosa, tabagista - Dor abdominal com alimentação, emagrecimento (medo de comer) sinais de isquemia no corpo (claudicação, angina estável etc)
99
Diagnóstico e tratamento da Isquemia Mesentérica Crônica.
- Angiografia (padrão ouro) | - Revascularização cirúrgica se jovem ou angioplastia (stent) se comorbidades.
100
(V ou F) A pancreatite crônica é resultado de inflamação contínua do órgão, resultando em lesão parenquimatosa passível de reversão parcial com interrupção do processo lesivo.
Falso, uma vez estabelecida doença, esta é irreversível, as condutas visam evitar progressão.
101
Causas principais de Pancreatite Crônica
- Álcool: mais comum - Fibrose cística: principal em crianças - Autoimune: imunoglobulina IgG4 - Tropical (Ásia e África): crianças e jovens - Hereditária
102
Quadro clínico da Pancreatite Crônica.
- Dor abdominal: principal sintoma, associada à alimentação - Emagrecimento: medo de comer - Esteatorreia: déficit nutricional - Diabetes Mellitus - Icterícia
103
Diagnóstico de Pancreatite Crônica.
- Histopatológico: padrão ouro - USG endoscópica: exame que mostra alterações mais precoces - TC/RNM: calcificações, pseudocistos, trombose de veia porta - CPRE: sempre fazer antes da cirurgia - Teste da Secretina, elastase e gordura fecal: avaliação direta e indireta da função pancreática
104
Tratamento clínico da Pancreatite Crônica.
- -> Cessar etilismo e tabagismo - Esteatorreia: lipase + IBP + recomendações dietéticas (↓consumo de gordura e fracionar refeições) - Diabetes: hipoglicemiantes orais ± insulinoterapia - Dor: escala analgésica da OMS. Pode associar antidepressivos.
105
Indicações de tratamento cirúrgico da Pancreatite Crônica.
- Dor intratável - Complicações: pseudocisto, obstrução biliar - Incapacidade de fazer diferencial de câncer de pâncreas - -> SEMPRE fazer CPRE antes do procedimento
106
Tratamento cirúrgico da Pancreatite Crônica
- Doença de Grande Ducto (com dilatação >7mm): pancreatojejunostomia látero-lateral em Y de roux (Puestow-Parrington-Rochelle) - Doença de Pequenos Ductos (sem dilatação): Whipple modificada (calcificações na cabeça) ou Child (calcificação em corpo/cauda)
107
Complicação mais frequente da cirurgia de CHILD (pancreatectomia distal).
Deiscência de ducto pancreático
108
Principal complicação da Pancreatite Crônica e quando suspeitar e o que fazer?
- Trombose de Veia Esplênica - Hipertensão portal com varizes em fundo gástrico isoladas. - Esplenectomia
109
Classificação da Pancreatite Crônica.
- Doença de grandes ductos (dilatada): homem, ↑esteatorreia, DM e calcificações. CPRE e Secretina alterados - Doença de pequenos ductos (s/ dilatação): mulher, ↓esteatorreia, DM e calcificações. CPRE normal e Secretina levemente alterado.
110
Como diferenciar massas intra-abdominais palpáveis de massas da parede pela semiologia?
- Parede abdominal: não ultrapassa linha média e permanece palpável após contração da musculatura abdominal (Sinal de Fothergill) - Intra-abdominal: o contrário