4. Síndrome Álgica - Abdominal Flashcards

1
Q

Características das dores:

1) Somática (parietal)
2) Visceral
3) Referida

A

1) Dor bem localizada: fibras mielinizadas tipo A, de resposta rápida
2) Dor mal localizada ± sintomas vagais (↓FC, ↓ PA; sudorese): fibras não mielinizadas tipo C, de resposta lenta,
3) Dor percebida longe do estímulo de origem: estímulo é captado por outros segmentos medulares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Causa mais comum de abdome agudo?

A

Apendicite aguda

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

(V ou F)

Em causas de abdome cirúrgico, em geral, a dor precede os vômitos.

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Dois parâmetros clínicos mais importantes sugestivos de peritonite.

A
  • Irritação peritoneal: descompressão e/ou percussão dolorosas
  • Defesa abdominal involuntária.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Diferenças entre fleimão, abscesso e plastrão.

A
  • Inflamação em si
  • Coleção organizada de material purulento
  • Massa inflamada palpável.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Exames de imagem da rotina de abdome agudo.

A
  • Radiografia de Tórax em PA

- Radiografia de Abdome total (panorâmica) em ortostase e decúbito dorsal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

2 principais hipóteses diagnósticas, para cada:

1) Dor abdominal difusa + distensão + hiperperistaltismo
2) Dor abdominal difusa + hipoperistaltismo.

A

1) Obstrução intestinal aguda e Porfiria Intermitente Aguda

2) Obstrução intestinal crônica e Íleo Paralítico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

3 principais indicações cirúrgicas “imediatas” para abdome agudo..

A
  • Peritonite
  • Obstrução aguda
  • Isquemia aguda
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quando usar laparotomia em detrimento da laparoscopia na abordagem de abdome agudo?

A
  • Cirurgias abdominais prévias
  • Instabilidade hemodinâmica
  • Grande distensão abdominal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Causas principais de Pancreatite Aguda

A
  • Litíase biliar (1º lugar): quanto ↓cálculo, ↑ risco
  • Álcool (2º lugar)
  • CPRE
  • Trauma (1º em crianças)
  • Drogas: ácido valproico, estrogênio, azatioprina.
  • HiperCa (↑ativação de enzimas pancreáticas) ↑ Triglicérides
  • Picada de escorpião: Tytius trinitatis
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Características da dor abdominal da Pancreatite Aguda

A

Início súbito, no epigastro ou em barra, irradiando para dorso e melhora na posição maometana.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quadro clínico da pancreatite aguda.

A
  • Dor abdominal
  • Febre
  • Icterícia: alguns pacientes
  • ↓ Nível de consciência
  • Sinal de Cullen: equimose periumbilical
  • Sinal de Gray-Turner: equimose em flanco
  • Sinal de Fox: equimose na base do pênis
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

O que é Retinopatia de Purtscher?

A
  • Complicação rara de pancreatite, tem exsudato algodonoso e hemorragia entre o disco óptico e a mácula.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual papel da USG na avaliação de um quadro de pancreatite aguda?

A
  • Identificação de colelitíase
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual exame padrão ouro para diagnóstico e avaliação de pancreatite aguda e quando solicitá-lo?

A
  • TC abdome contrastada

- 48 a 72h após início dos sintomas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Critérios de Atlanta para diagnóstico de Pancreatite Aguda.

A

2 ou +

  • Clínica típica
  • ↑amilase ou lipase séricas >3x LSN
  • TC ou RNM abdome (+ USG)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Critérios de gravidade na Pancreatite Aguda.

A
  • Ranson ≥3
  • Apache II ≥8
  • PCR ≥150
  • BISAP ≥3 (padrão ouro para avaliar prognóstico)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Segundo Critérios de Atlanta Modificados, o que seria pancreatite leve, moderadamente grave e grave?

A
  • Leve: sem falência orgânica e sem complicações.
  • Moderada: Ou falência transitória (<48h) ou complicação
  • Grave: Com falência persistente (geralmente com complicação)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Segundo Critérios e Atlanta para diagnóstico de Pancreatite Grave, o que é:

1) Disfunção Orgânica
2) Complicação Local
3) Complicação Sistêmica

A

1) Choque (PAS<90), insuficiência pulmonar (PAO2 <60), IRA (Cr>2 após hidratação) e sangramento gastrointestinal (>500ml/24h)
2) Necrose, pseudocisto ou abscesso
3) CIVD (plq <100.000, fibrinogênio <100, produtos de degradação do fibrinogênio >80ug/ml), cálcio <7,5

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Característica do líquido pleural secundário à pancreatite.

A
  • Exsudato rico em Amilase
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Tratamento da Pancreatite Aguda.

A
  • Leve: dieta zero, repouso, analgesia (opioide), infusão de cristalóides (correção de distúrbios hidroeletrolítico e ácido-base)
  • Grave: Leve + UTI + reposição volêmica potente (diurese ≥0,5ml/kg/h) + suporte nutricional + CPRE?
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quando e como reiniciar a dieta na Pancreatite Aguda?

A
  • Leve: após melhora clínica, ↓dor e vômitos e ↓PCR – Via Oral
  • Grave: o mais precocemente possível. – Via enteral, mas se não tolerar faz NPT (deve substituir, não associar!)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quando e qual antibioticoterapia fazer no tratamento da pancreatite aguda?

A
  • Necrose infectada e abscesso pancreático.

- Carbapenêmicos (imipinem) ou cipro+metronidazol

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Quando fazer CPRE com papilotomia na pancreatite aguda?

A
  • Suspeita de colangite ou obstrução biliar evidenciadas por imagem.
  • Nas primeiras 48-72h
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Principais complicações da pancreatite aguda e como abordar.

A
  • Coleção fluida: conservador
  • Pseudocisto: conservador
  • Necrose pancreática: conservador
  • –> Suspeita de infecção= punção percutânea guiada por TC, se (+) faz atb ± cirurgia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Quando e como fazer necrosectomia na pancreatite aguda?

A
  • Se necrose infectada (ar pela TC)
  • Faz o mais tardiamente possível (espera esfriar o processo e deixa a necrose se organizar)
  • Necrosectomia por via laparotômica
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Melhor momento para fazer colecistectomia na pancreatite aguda?

A
  • Pancreatite Leve: antes da alta

- Pancreatite Grave: após 6 semanas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Localização anatômica do apêndice.

A
  • Região posteromedial do ceco, na confluência das tênias colônicas.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Qual variedade de posição anatômica mais comum do apêndice.

A

Apêndice retrocecal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Paciente típico de apendicite?

A
  • Homem de 10-40 anos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Principal causa de apendicite.

A
  • Obstrução: fecalito o apendicolito
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

(V ou F)

Quanto mais grave é a apendicite, mais provável de ter sido desencadeada por fecalito/apendicolito.

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

História clássica de apendicite aguda?

A
  • Dor periumbilical (dor visceral) que evoluiu para dor em FID (dor parietal)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Bactérias mais comuns na inflamação do apêndice?

A
  • Bactericides
  • E. coli
  • Peptostreptococcus
  • Pseudomonas
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Quando colher culturas do líquido peritoneal na vigência de apendicite?

A
  • Imunodeprimidos
  • Uso recente de atb
  • Internação recente ou provenientes de cuidados de saúde
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

(V ou F)

Além de dor abdominal, apendicite aguda costuma cursar com febre alta, náuseas, vômitos, anorexia.

A

Falso, a febre costuma ser baixa (±38ºC)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Descreva os sinais:

  • Blumberg
  • Rovsing
  • Lenander
  • Obturador
  • Iliopsoas
  • Lapinsky
A
  • Dor à descompressão brusca no ponto de McBurney
  • Dor na FID após compressão na FIE
  • Temp retal > 1ºC e relação à Temp axilar
  • Dor hipogástrica à flexão e rotação interna da coxa direita.
  • Dor provocada pela extensão e abdução da coxa direita com paciente em decúbito lateral esquerdo.
  • Dor à compressão da FID quando se eleva o MID do paciente.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Principais diagnósticos diferenciais de Apendicite Aguda.

A
  • Doença inflamatória intestinal
  • Afecções ginecológicas: torção de ovário, ectópica rota
  • Diverticulite à direita
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Quando pedir e quais exames de imagem solicitar na suspeita de apendicite aguda?

A

– <48h com apresentação atípica ou em mulher, criança e idoso: USG (grávida e criança) ou TC (idoso ou mulher não grávida)
- Gestante com US duvidosa pode fazer RNM
– >48h sem peritonite difusa: TC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Alterações imagenológicas sugestivas de apendicite aguda.

A
  • Diâmetro AP ≥6mm
  • Sinal do Alvo
  • Espessamento da parede do apêndice
  • Presença de apendicolito
  • Ausência de gás no interior do apêndice
  • Borramento da gordura periapendicular
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

A que serve a Escala de Alvarado?

A
  • Avaliação da probabilidade diagnóstica de apendicite.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Quando preferir laparoscopia em detrimento da cirurgia aberta no tratamento da apendicite?

A
  • Dúvida diagnóstica
  • Mulheres em idade fértil
  • Obesos
  • Perfurações
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Tipos de incisões na cirurgia aberta de apendicectomia.

A
  • McBurney: oblíqua no QID

- Davis-Rockey: transversa no QID

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

Complicações mais comuns e da apendicectomia e como abordar.

A
  • Abscesso de parede (infecção de sítio cirúrgico): deve explorar ferida e se tiver pus tem que fazer imagem pra ver cavidade abdominal. Faz atb + dreno e tchau.
  • Obstrução intestinal: conservador até cirurgia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Complicação mais grave da apendicite aguda e o que fazer

A
  • Pileflebite: trombose séptica da veia porta

- Antibiótico + anticoagulante

46
Q

Tratamento apendicite tardia (>48h), de acordo com exame de imagem:

1) Exame normal
2) Peritonite difusa
3) Abscesso
4) Fleimão

A

1) Exame normal: apendicite simples (antibioticoprofilaxia + apendicectomia)
2) Peritonite difusa: estabilização + atb + cirurgia de urgência
3) Abscesso: drenagem guiada + ATB + colono após 4-6sem ± apendicectomia tardia
4) Fleimão: ATB + colono após 4-6sem + apendicectomia

47
Q

O que fazer se na hora da cirurgia de apendicectomia o apêndice estiver aparentemente normal?

A

Tira mesmo assim e Avalia abdome em busca de alguma outra alteração.

48
Q

Fases da apendicite aguda e conduta em cada uma.

A
  • Fase I (edematosa/catarral): apendicectomia + antibioticoprofilaxia
  • Fase II (flegmatosa): apêndice muito edemaciado. Igual fase I
  • Fase III (gangrenosa): necrose transmural. Apendicectomia + antibioticoterapia + dreno
  • Fase IV (perfurativa): Fase III + lavagem da cavidade
49
Q

Principal local de acometimento da doença diverticular do cólon.

A
  • Sigmoide: inserção das artérias retas (vasa recta)
50
Q

Paciente típico de diverticulose.

A
  • Idoso (sem preferência por sexo)

- Países industrializados ocidentais

51
Q

Quadro clínico da doença diverticular do cólon.

A
  • Assintomático

- Pode ser dolorosa se associada à Sd. Intestino Irritável.

52
Q

Principal divertículo de intestino delgado.

A

Divertículo de Meckel: anomalia congênita mais comum do aparelho digestivo.

53
Q

3 principais complicações do Divertículo de Meckel.

A
  • Sangramento: mais comum, sobretudo em crianças
  • Diverticulite: a mucosa gástrica do divertículo irrita os adjacentes
  • Obstrução: intussuscepção ou volvo
54
Q

O que é a diverticulite?

A
  • Inflamação pericolônica causada pela perfuração de um ou mais divertículos.
55
Q

Clínica da Diverticulite

A
  • Apendicite do lado esquerdo
56
Q

Como diferenciar a dor da Diverticulite de outras causas de abdome agudo?

A
  • Dor já está presente há alguns dias antes do atendimento médico
  • Paciente já teve outros episódios semelhantes
57
Q

Classificação de Hinchey.

A
  • Estágio I: abscesso pericólico ou mesentérico
  • Estágio II: abscesso pélvico
  • Estágio III: peritonite purulenta generalizada
  • Estágio IV: peritonite fecal generalizada.
58
Q

Principais exames de imagem para diagnóstico de Diverticulite e quais não devem ser feitos.

A
  • TC (principal), USG e RNM

- Não fazer: colonoscopia e enema opaco.

59
Q

Principal diagnóstico diferencial de Diverticulite e como deve ser feita tal diferenciação.

A
  • Câncer de retossigmoide

- Colonoscopia após 4-6sem de resolução do quadro.

60
Q

Principais complicações da diverticulite.

A
  • Abscesso
  • Peritonite
  • Fístula
  • Obstrução
61
Q

Tratamento diverticulite não complicada:

1) Sintomas Mínimos
2) Sintomas Exuberantes

A

1) Sintomas mínimos: dieta líquida sem resíduos + atb oral

2) Sintomas exuberantes: dieta zero + atb EV + HV + colono

62
Q

Tratamento diverticulite complicada:

1) Hinchey I e II
2) Hinchey III e IV
3) Fístulas

A

1) Drenagem guiada por TC (se ≥4cm) + atb EV + colono + cirurgia eletiva
2) Cirurgia de urgência (Hartmann)
3) Atb EV + colono + cirurgia eletiva
→ Hinchey III pode fazer lavagem laparoscópica, deixa dreno, esfriar o processo para só depois operar.

63
Q

Quando operar diverticulite não complicada?

A
  • Imuncomprometidos
  • Após 3º episódio (ou 2º?)
  • Incapacidade de excluir câncer
64
Q

Qual local mais comum de fístula e de obstrução como complicação de diverticulite?

A
  • Colovesical

- Delgado: aderência ao fleimão ou abscesso.

65
Q

Em qual situação de diverticulite pode ser tentada a Lavagem laparoscópica em detrimento da cirurgia de urgência?

A

Hinchey III: faz lavagem + drenos + atb

66
Q

O que é porfiria?

A
  • Doença causada pelo acúmulo de porfirinas, em decorrência da falta de alguma enzima
67
Q

Principais fatores desencadeantes para Porfirina Intermitente Aguda.

A
  • Álcool
  • Fumo
  • Drogas: barbitúricos, atb com sulfa, metoclopramida
  • Infecções, cirurgias e dieta hipocalórica: ↓carboidratos
  • Estrogênio
68
Q

Quadro clínico da Porfiria Intermitente Aguda

A
  • Dor abdominal
  • Hiperatividade simpática: ↑FC e PA, sudorese
  • Neuropatia periférica: fraqueza muscular assimétrica e hiporreflexia
  • Sintomas psiquiátricos
  • Convulsão
69
Q

Principal diagnóstico diferencial de obstrução intestinal devido o quadro dor abdominal + hiperperistaltismo.

A

Porfirina Intermitente Aguda

70
Q

Diagnóstico de Porfiria Intermitente Aguda.

A
  • Dosagem urinária de PBG (>50): fica roxo quando expõe à luz.
71
Q

Tratamento de Porfiria Intermitente Aguda

A
  • Administração exógena de Heme (mais eficaz): hematina

- Administração de carboidratosm(mais usado): desvio da Succinil-CoA para outras reações

72
Q

(V ou F)
Estado hiperosmolar não cetótico pode simular abdome agudo, assim como a Cetoacidose diabética, uma vez que em ambas as situações há hiperglicemia.

A

Falso. Dor abdominal, náuseas, vômitos e ritmo de Kussmaul só ocorrem na CAD.

73
Q

Fonte de intoxicação pelo chumbo.

A
  • Baterias
  • Automobilística
  • Tipas
  • Projéteis de arma de fogo (dentro do corpo)
74
Q

Manifestações clínicas do saturnismo.

A
  • Abdominal: dor em cólica (principal), náuseas, vômitos, anorexia…
  • Anemia: microcítica e hipocrômica com pontilhados basofílicos
  • Amnésia: encefalopatia, dificuldade de concentração (chumbado)
75
Q

Diagnóstico e Tratamento do Saturnismo.

A
  • Dosagem de chumbo sérico (>25)

- Quelante: EDTA, Dimercaprol

76
Q

Agente etiológico e forma de transmissão da Febre Tifoide.

A
  • Salmonella entérica sorotipo typhi

- Via fecal-oral

77
Q

Fatores intrínsecos de proteção à infecção pelo agente etiológico da febre tifoide.

A
  • Acidez gástrica

- Barreira intestinal íntegra

78
Q

Quadro clínico da febre tifoide.

A
  • Dor abdominal
  • Febre
  • Sinal de Faget
  • Exantema maculopapular
79
Q

Principais complicações da febre tifoide.

A
  • Hemorragia digestiva (mais comum)

- Perfuração ileal (mais grave)

80
Q

Grupos mais suscetíveis a se tornarem carreadores crônicos da Salmonella typhi.

A
  • Mulheres idosas
  • Doenças biliares (litíase ou anormalidades)
  • Crianças
81
Q

Diagnóstico de Febre tifoide.

A
  • 1ª a 2ª semana: hemocultura
  • 3ª a 4ª semana: coprocultura
  • Mielocultura (mais sensível de todos)
82
Q

Conduta na febre tifoide.

A
  • Notificar
  • Ceftriaxone/Ciprofloxacino
  • Cloranfenicol (1ª escolha apenas pelo
    MS)
  • Dexametasona se choque ou coma
83
Q

Profilaxia de Febre tifoide.

A
  • Medidas sanitárias
  • Vacina: ↓ imunogenicidade, útil apenas para os de grande risco (trabalhadores do esgoto, viajantes para áreas superendêmicas etc)
84
Q

Quais artérias que formam o sistema de irrigação intestinal é quem irrigam?

A
  • Tronco celíaco: composto pelas aa. hepática comum, esplênica (lienal) e gástrica esquerda –> irrigam esôfago, estômago, fígado, pâncreas e porção proximal do duodeno.
  • Mesentérica Superior: irriga resto do intestino delgado, ceco, cólon ascendente e metade do transverso.
  • Mesentérica Inferior: resto do intestino grosso, até região proximal do reto.
85
Q

Quais são as áreas mais propensas à isquemia colônica?

A
  • Flexura esplênica (área de Griffiths): principal

- Junção retossigmoide (área de Sudeck)

86
Q

(V ou F)

Dentre as síndromes isquêmicas intestinais, as mesentéricas (aguda e crônica) representam a maioria.

A

Falso, a maioria é composta pela colônica (70-75%)

87
Q

Grupo populacional mais suscetível ao desenvolvimento de colite isquêmica.

A
  • Idosos (principal)

- Doença ateromatosa, DM, vasculites, cirurgias de aorta!

88
Q

Manifestações clínicas e diagnóstico da Colite Isquêmica

A
  • Dor abdominal + hematoquezia + febre + hipotensão

- Enema opaco (thumbprintings sign) ou colonoscopia (mucosa hemorrágica)

89
Q

Qual papel da arteriografia e da revascularização no diagnóstico/tratamento da Colite Isquêmica?

A

Nenhum! A doença é da microvasculatura, logo o exame/procedimento não têm efeito.

90
Q

Tratamento da Colite Isquêmica.

A
  • Suporte: dieta zero, hidratação, atb

- Colectomia se: refratariedade, peritonite, hemorragia profusa, colite fulminante, estenose/obstrução

91
Q

Principal artéria obstruída na isquemia mesentérica aguda?

A

Mesentérica superior

92
Q

Como diferenciar isquemia mesentérica da colônica?

A
  • IMA de delgado: população heterogênea, dor mais intensa, pior estado geral, fator predisponente e ausência de sangramento retal.
  • Colite isquêmica: idosos, clínica mais sutil, sangramento retal
93
Q

Exames diagnósticos principais e o que revelam na isquemia mesentérica?

A
  • Radiografia: pneumatose intestinal, sinal das impressões digitais
  • Doppler: fluxo sanguíneo variável (rastreio)
  • TC/AngioTC:dilatação do cólon, espessamento de parede, falha de enchimento, gás intramural (melhor exame inicial)
  • Angiografia mesentérica seletiva (padrão ouro): falha de enchimento
94
Q

Principais causas da Isquemia Mesentérica e como diferenciá-las.

A
  • Embolia da artéria mesentérica (50%): cardiopatia emboligênica (FA, IAM
  • Vasoconstricção (20-30%): sepse/choque, drogas vasoativas, cocaína
  • Trombose arterial (15-25%): aterosclerose
  • Trombose venosa (5%): coagulopatias tipo fator V de Leiden, SAF
    .
95
Q

Clínica da Isquemia Mesentérica Aguda.

A
  • Dor abdominal desproporcional ao exame físico
  • ↑ peristalse que evolui para aperistalse
  • Lenander reverso (T retal < T axilar)
  • ↑ FR (acidose metabólica)
96
Q

Tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda.

A
  • -> Medidas Gerais: dieta zero, analgesia, hidratação, correção de distúrbios eletrolíticos, antibiótico e monitorização
  • Êmbolo/Trombo: Heparinização + Laparotomia (êmbolo/trombectomia + avaliação da alça) + papaverina ± second look
  • Vasoconstricção não oclusiva: papaverina. laparotomia se refratário ou peritonite.
97
Q

Principal causa de isquemia mesentérica crônica.

A
  • Doença aterosclerótica
98
Q

Paciente típico + quadro clínico da isquemia mesentérica crônica

A
  • Mulher, meia idade/idosa, tabagista
  • Dor abdominal com alimentação, emagrecimento (medo de comer) sinais de isquemia no corpo (claudicação, angina estável etc)
99
Q

Diagnóstico e tratamento da Isquemia Mesentérica Crônica.

A
  • Angiografia (padrão ouro)

- Revascularização cirúrgica se jovem ou angioplastia (stent) se comorbidades.

100
Q

(V ou F)
A pancreatite crônica é resultado de inflamação contínua do órgão, resultando em lesão parenquimatosa passível de reversão parcial com interrupção do processo lesivo.

A

Falso, uma vez estabelecida doença, esta é irreversível, as condutas visam evitar progressão.

101
Q

Causas principais de Pancreatite Crônica

A
  • Álcool: mais comum
  • Fibrose cística: principal em crianças
  • Autoimune: imunoglobulina IgG4
  • Tropical (Ásia e África): crianças e jovens
  • Hereditária
102
Q

Quadro clínico da Pancreatite Crônica.

A
  • Dor abdominal: principal sintoma, associada à alimentação
  • Emagrecimento: medo de comer
  • Esteatorreia: déficit nutricional
  • Diabetes Mellitus
  • Icterícia
103
Q

Diagnóstico de Pancreatite Crônica.

A
  • Histopatológico: padrão ouro
  • USG endoscópica: exame que mostra alterações mais precoces
  • TC/RNM: calcificações, pseudocistos, trombose de veia porta
  • CPRE: sempre fazer antes da cirurgia
  • Teste da Secretina, elastase e gordura fecal: avaliação direta e indireta da função pancreática
104
Q

Tratamento clínico da Pancreatite Crônica.

A
  • -> Cessar etilismo e tabagismo
  • Esteatorreia: lipase + IBP + recomendações dietéticas (↓consumo de gordura e fracionar refeições)
  • Diabetes: hipoglicemiantes orais ± insulinoterapia
  • Dor: escala analgésica da OMS. Pode associar antidepressivos.
105
Q

Indicações de tratamento cirúrgico da Pancreatite Crônica.

A
  • Dor intratável
  • Complicações: pseudocisto, obstrução biliar
  • Incapacidade de fazer diferencial de câncer de pâncreas
  • -> SEMPRE fazer CPRE antes do procedimento
106
Q

Tratamento cirúrgico da Pancreatite Crônica

A
  • Doença de Grande Ducto (com dilatação >7mm): pancreatojejunostomia látero-lateral em Y de
    roux (Puestow-Parrington-Rochelle)
  • Doença de Pequenos Ductos (sem dilatação): Whipple modificada (calcificações na cabeça) ou Child (calcificação em corpo/cauda)
107
Q

Complicação mais frequente da cirurgia de CHILD (pancreatectomia distal).

A

Deiscência de ducto pancreático

108
Q

Principal complicação da Pancreatite Crônica e quando suspeitar e o que fazer?

A
  • Trombose de Veia Esplênica
  • Hipertensão portal com varizes em fundo gástrico isoladas.
  • Esplenectomia
109
Q

Classificação da Pancreatite Crônica.

A
  • Doença de grandes ductos (dilatada): homem, ↑esteatorreia,
    DM e calcificações. CPRE e Secretina alterados
  • Doença de pequenos ductos (s/ dilatação): mulher, ↓esteatorreia, DM e calcificações. CPRE normal e Secretina levemente alterado.
110
Q

Como diferenciar massas intra-abdominais palpáveis de massas da parede pela semiologia?

A
  • Parede abdominal: não ultrapassa linha média e permanece palpável após contração da musculatura abdominal (Sinal de Fothergill)
  • Intra-abdominal: o contrário