3. Hemorragia Digestiva Flashcards
(V ou F)
O hematócrito dosado em até 24h após sangramento digestivo é um bom parâmetro para avaliação da perda sanguínea.
Falso, apenas 1-2 dias após o sangramento é que ele se altera
Volume inicial a se repor no paciente em casos de sangramento digestivo.
- Adulto: 1500 a 2000
- Criança: 20ml/kg
O que pode ser definido como hemorragia digestiva maciça?
Perda de 2000 a 3000ml de sangue
Quais as medidas iniciais para estabilização clínica do paciente com Hemorragia Digestiva?
- 2 acessos venosos periféricos calibrosos: para reposição volêmica com RL
- Coletar sangue para provas laboratoriais
- Monitorização: monitor cardíaco, PA, oxímetro e cateter vesical
- Dieta zero
- Drogas: a depender do tipo de hemorragia (IBP, terlipressina, drogas vasoativas…)
Quando considerar que paciente com hemorragia digestiva está estável?
- PAS>100mmHg
- FC <100bpm
- Diurese: 0,5ml/kg/h no adulto e 1ml/kg/h na criança
Classificação da Hemorragia Digestiva quanto à localização.
- Alta: proximal ao ângulo de Treitz (MAIS COMUM)
- Baixa: distal ao ângulo de Treitz (maioria no cólon)
- -> Ângulo de Treitz é a flexura duodenojejunal
Utilidade do Cateter Nasogástrico na distinção entre HDA e HDB.
- -> Coloca o CNG, faz lavagem gástrica e aspira, se:
- Sangue ou borra de café = HDA
- Com bile, sem sangue = HDB provável
- Sem sangue, sem bile = HDA provável
Causas mais frequentes de HDA.
- DUP
- Varizes
- Lacerações de Mallory-Weiss
- Erosões gastroduodenais
Quem são os pacientes de Alto Risco na vigência de Hemorragia Digestiva Alta?
- Idosos (>60 anos)
- Choque, instabilidade hemodinâmica, hipotensão postural
- Hematêmese volumosa
- Melena persistente
- Uso de AINES/Anticoagulantes
- Ressangramento em quem já foi tratado
Quando realizar EDA em pacientes com HDA?
SEMPRE.
- Alto risco: primeiras 6h
- Baixo Risco: 6 a 24h
Classificação de Forrest
- Forrest I: risco ALTO de ressangramento (90%)
- Ia: sangramento arterial em jato
- Ib: sangramento lento, “babando”
- Forrest II
- IIa: vaso visível não-sangrante = risco ALTO (50%)
- IIb: coágulo aderido = risco intermediário (30%)
- IIc: hematina na base da úlcera (black spot) = risco BAIXO (10%)
- Forrest III: úlcera com base clara, sem sangramento (<5%)
Tratamento clínico e endoscópico da DUP sangrante
- Clínico: Dieta zero, HV, IBP, suspensão de drogas preciptantes e erradicação de H. pylori
- Endoscópico: para Forrest I, IIa e IIb. Fazer terapia combinada (injeção de epinefrina + termocoagulação). Considerar hemoclipes para Forrest Ia.
- Forrest IIb: deve retirar o coágulo, avaliar e abordar a úlcera.
Quando indicar cirurgia para DUP sangrante?
- Falha terapêutica endoscópica: após 2 tentativas
- Instabilidade hemodinâmica após ressuscitação vigorosa (>6U de hemácias)
- Sangramento pequeno e contínuo com necessidade de trasfusão (>3U de hemácia/dia)
- Choque associado à hemorragia recorrente
Qual procedimento cirúrgico para controle do sangramento de DUP duodenal?
- Pilorotomia + ulcerorrafia + vagotomia troncular + piloroplastia
Tratamento cirúrgico para sangramento da DUP gástrica.
- Tipo I: Antrectomia + Recontrução em BI/BII
- Tipos II e III: Antrectomia + Vagotomia troncular + Reconstrução em BI/BII
- Tipo IV: Gastrectomia subtotal + Reconstrução em Y de Roux
Quando pensar em HDA por Lacerações de Mallory-Weiss?
- Alcoolista + vômitos de repetição após libação alcoólica + HDA.
- Hiperêmese gravídica
Qual localização do sangramento na Sd de Mallory-Weiss?
- Junção esofagogástrica (mucosa e submucosa)