2.2.1. Diabetes mellitus - Complicações agudas - CAD Flashcards
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Qual o perfil hormonal do paciente?
-
Presença de Hormônios contrainsulínicos
- (Cortisol, Glucagon, Epinefrina).
- Ausência de Insulina
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Qual a consequência fisiológica do excesso de Hormônios Contrainsulínicos e Ausência de de Insulina?
- Presença do Estado de Hipercatabolismo

Cetoacidose Diabética

Fisiopatologia - Em um estado de HIPERcatabolismo quais produtos metábolicos são formados?
- Formação Hepática dos Corpos cetônicos
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Quais os tipos de Corpos cetônicos?
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Quais Corpos Cetônicos são Ácidos?
- Ácido AcetoacétICO
- Ácido Beta-HidroxibutirICO
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Quais substratos o fígado utiliza para a Cetogênese (Formação dos Corpos Cetônicos)?
- Ácidos Graxos

Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Por que a Cetogênese é importante?
- Porque formam substratos alternativos para produção Energática (Ex.: Neurônios).

Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Qual o Corpo Cetônico é inócuo para o organismo?
- Acetona (Manifesta-se pelo Hálito Cetônico)
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Quais são as consequências deletérias da CAD?
- 1 - Aumento da Osmolaridade (HIPERglicemia > 400 mg/dl)
- 2 - Espoliação Hidroeletrolítica (Glicemia > 200 mg/dl).
- 3 - Acidose Metabólica (Ph < 7,3)
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Quais são as consequências deletérias do aumento da Osmolaridade Sérica?
- Desidratação Tecidual (Ex.: Neurônios = Coma).
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - A partir de qual valor de glicemia surge glicosúria (“Diurese Osmótica”) Poliuria, Depleção Volêmica e Eletrolítica?
- > 200 mg/dl

Cetoacidose Diabética

Fisiopatologia - Quais são produtos liberados pelo HIPERcatabolismo?
-
CETOGÊNESE HEPÁTICA
- Ácidos Graxos
-
GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA
- Glicerol
- Aminoácidos
- Lactato dos tecidos
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - Quem é o paciente?
- Complicação Clássica do DM1
- Bem menos comum no DM2
- (Insulinopenia + Estresse).
Cetoacidose Diabética
Fisiopatologia - O que pode desencadear CAD no DM2?
- Insulinopenia + Estresse (Infecção, IAM, AVE, Cirurgia).
Cetoacidose Diabética
Quais são os Fatores preciptantes?
- Estresse Metabólico Agudo
- Suspenção Inadvertida da Insulinoterapia
- Outros Fatores Incluidos
Cetoacidose Diabética
O que é caracterizado “Estresse Metabólico Agudo”?
- Infecção
- Cirurgia
- IAM
- AVE
- Aumento dos Níveis de Catecolaminas (Adrenalina) e Cortisol que provocam Lipólise e provocam CAD.
Cetoacidose Diabética
São “Outros Fatores Incluidos” que causam CAD?
- Distúrbios Alimentares
- Drogas (Corticoides, Tiazídicos, Simpatomiméticos, Pentamidina, Antipsicóticos Típicos e Atípicos).
Cetoacidose Diabética
Sinais e Sintomas Gastrointestinais?
- Dor abdominal
- Náuseas
- Vômitos
Cetoacidose Diabética
Sinais e Sintomas Respiratórios?
-
Dispnéia
- Compensar a Acidose (Respiração de Kussmaul)

Cetoacidose Diabética
Respiração característica?
“Respiração de Kussmaul”

Cetoacidose Diabética
Sinais e Sintomas Centrais?
Rebaixamento do Nível de Consciência
- Desorientação
- Confusão
- Letargia
- Coma

Cetoacidose Diabética

Rebaixamento do Nível de Consciência por que ocorre?
- HIPEROSmolaridade –> Desidratação Neural
-
Acidemia (PH < 7)
- *** Nem sempre ocorre ***
Cetoacidose Diabética
Sinais e Sintomas Urinários?
- Poliúria
- Polidipsia
- Emagrecimento
- Desidratação
- Oligúria pode ocorrer já que perde muito Líquido.
Cetoacidose Diabética
Sinais e Sintomas “Hálito de Acetona” é confiavél?
- Não!
Cetoacidose Diabética
Sinais e Sintomas - Resumo geral?
- Dor abdominal, Náuseas, Vômitos
- Respiração de Kussmaul
- Rebaixamento do Nível de Consciência (Nem sempre).
- Hálito Cetônico (Nem sempre presente)
- Poliúria, Polidipsia, Emagrecimento e Desidratação (dias anteriores)
- Sinais de HIPOvolemia (Oligúria no Hospital).
Cetoacidose Diabética
O que é “Primeiro Paradoxo Eletrolítico”?
“Potássio e Fosfato sérico NÃO refletem as perdas Corporais”,
-
HIPERcalemia, HIPERfosfatemia com perda abundante pela “Diurese Osmótica”.
- ***Normal ou Elevados.
Cetoacidose Diabética
V/F? Na “Cetoacidose Diabética” devido a intensa “Diurese Osmótica” (Perda de Água, Sódio, Potássio, Fosfato) - Paciente terá HIPO(eletrólitros).
FALSO!
“Primeiro Paradoxo Hidroeletrolítico”
Cetoacidose Diabética
São Estímulos que promovem a saída de Potássio, Fosfato da célula?
- Ausência de Insulina
- HIPERosmolaridade
- Acidemia ( < PH 7,3)
Cetoacidose Diabética
O que é o “Segundo Paradoxo Hidroeletrolítico”
“HIPOnatremia com HIPERosmolaridade”
- HIPERglicemia puxa a água e dilui o Sódio ao mesmo tempo que AUMENTA a Osmolaridade.
Cetoacidose Diabética
O que é Sódio Corrigido?
- Somar 1,6 na Natremia para cada 100 mg/dl de Glicose acima de 100 mg/dl.
- Ex.: Sódio = 130 + 2x1,6 = Sódio Corrigido 133,2
Cetoacidose Diabética
Qual a consequência de um “Sódio Corrigido” Elevado antes do controle Glicêmico?
- Quando controlar a Glicemia poderá ocorrer HIPERnatremia.
Cetoacidose Diabética
Qual a causa da “ Pseudo-HIPOnatremia “
HIPERlipidemia .
- Sódio Cai 2 mEq/L para cada AUMENTO de 1 g/dl de Triglicerídeo.

Cetoacidose Diabética
Quais são as possíveis causas para AUMENTO das Escórias Nitrogenadas (Ureia e Creatinina)?
-
Insuficiência Pré-Renal (HIPOvolemia)
- Aumenta a Ureia e Creatinina
-
Acetoacetato é lido na Espectofotometria como Creatinina.
- Ureia pode Estar Normal (Sem IPR).
Cetoacidose Diabética
São OUTRAS alterações Laboratoriais que podem estar presentes?
-
Leucocitose Neutrofílica (até 25.000/mm3).
- Mesmo sem Infecção.
- HIPERtrigliceridemia
- Aumento da Amilase Sérica
- Cuidado não confundir com Pancreatite
- Aumento da Lipase
-
EAS
- Piúria e Proteinúria
- HIPOmagnesemia
Cetoacidose Diabética
O que desencadeia a Irritação Peritoneal?
- Atritos dos Folhetos Peritoneais Ressecados.

CAD: Diagnóstico
Qual o Tripe para o Diagnóstico?
CAD: Diagnóstico
Qual valor da Glicemia na Prática?
400 - 800 mg/dl
CAD: Diagnóstico
V/F? na prática a Acidose Geralmente é Grave?
Verdadeiro
- PH < 7.2
- HCO3 < 10 mEq/L
- BE < - 10 mEq/L
CAD: Diagnóstico
O Corpo Cetônico predominante no Sangue e na úrina é (…)?
Beta hidroxibutirato
- Derivado do Ácido Beta-Hidroxibutírico
CAD: Diagnóstico
Quais são os Corpos Cetônicos mais detectados no Sangue e na Urina?
- Acetoatoacetado (do Ácido acetoacético)
- Acetona
CAD: Diagnóstico
Como fazer o Beta-hidroxibutirato detectável na urina?
- Adicionar Água Oxigenda (Peroxido de hidrogênio) na Urina.
- Beta-hidroxibutirato –> Acetoacetato
- Sefortesuspeitanãoconfiarnoexamenegativo

CAD: Diagnóstico
Como é a Acidemia da CAD?
Anion Gap (AG) Aumentado
Normoclorêmica
CAD: Diagnóstico
Como é calculado o Ânion Gap (AG)?
AG = Na - Cl - HCO3
- AG = (130 mEq/L) - (95mEq/L) - (25 mEq/L)
- AG = 10 mEq/L (Se o HCO3 cair?)
CAD: Diagnóstico
Ânion Gap a partir de qual valor é considerado elevado?
> 12 mEq/L
CAD: Diagnóstico
Quais são diagnósticos diferencias para aumento de Ânion Gap?
- Ácidose Lática
- Síndrome Urêmica
- Intoxicações Exógenas por salicilato
- Metanol
- Etilenoglicol
CAD: Diagnóstico
Por que o Ânion Gap estará Aumentado?
- Ácido acetoacético
- Ácido Beta-Hidroxibutiríco
“Ácidos consomem o bicarbonato”
CAD: Diagnóstico
Paciente com CAD sem Acidose Metabólica na Gasometria - Quando ocorre?
“Se múltiplos Epsódios de Vômitos”
- Ácidos saem do Sangue para subrir o Estômago por isso Vômito causa Alcalose.

CAD: Diagnóstico
CAD sem Acidose como dar o Diagnóstico?
- História Clínica
- Níveis Glicêmicos
- Cetonúria (+)
- Anion Gap Elevado***
CAD: Diagnóstico
Existe CAD com Ácido Metabólico HIPER clorêmica e Ânion GAP Normal - Quando ocorre?
- Logo apos o Início da Insulinoterapia.
- Eliminação Rápida dos Cetoânions
- Demora na saída dos H +
- Cl - Aumenta para compensar o HCO3 -
CAD: Classificação

Como é uma CAD Grave?
“Somente Grave - Vale o maior”
- pH Arterial (<7,00)
- Bicarbonato Sérico (mEq / L) (<10)
- Ânion Gap (> 12)
- Nível de Consciência (Estupor / Coma)
#Igual para Leve, moderado, grave #
- Glicemia (> 250 mg / dl)
- Cetonúria (positiva)
- Cetonemia (positiva)
- Osmolaridade Sérica Efetiva (Variável)
CAD: Classificação

Como é um CAD Moderada?
“Só Moderada - Vale o maior”
- pH Arterial (7,00-7,24)
- Bicarbonato Sérico (mEq / L) (10-14)
- Ânion Gap (> 12)
- Nível de Consciência (Alerta / Sonolento)
#Igual para Leve, moderado, grave #
- Glicemia (> 250 mg / dl)
- Cetonúria (positiva)
- Cetonemia (positiva)
- Osmolaridade Sérica Efetiva (Variável)
CAD: Classificação

Como é a CAD Leve?
“Somente Leve - Vale o maior”
- pH Arterial (7,25-7,30)
- Bicarbonato Sérico (mEq/L) (15-18)
- Ânion Gap (> 10)
- Nível de Consciência (Alerta)
#Igual para Leve, moderado, grave#
- Glicemia (> 250 mg/dl)
- Cetonúria (positiva)
- Cetonemia (positiva)
- Osmolaridade Sérica Efetiva (Variável)
CAD: Tratamento
Qual O tripé do tratamento da CAD?
VIP
- Reposição Volêmica
- Insulinoterapia
- Reposição de Potássio (e de Fosfato).
CAD: Tratamento
Qual a Primeira Medida?
-
Reposição Volêmica Rápida
- Evitar Depleção de Água do vasos.
- Glicose volta para Célula e “puxa” água.

CAD: Tratamento
Qual Soro e a Quantidade infundir na Primeira hora?
-
Soro Fisiológico 0,9% na Primeira Hora.
- 1 - 1,5 litro
- 15-20 ml/kg/h
CAD: Tratamento
Após a Reposição de Soro Inicial como deverá ser o esquema de Reposição volêmica?
“Dependerá do Sódio Corrido Paciente”
-
Sódio Normal ou Elevado (> 135 mEq/L)
-
Salina 0,45%
- (1/2 de SF 0,9% + 1/2 Água destilada)
-
Salina 0,45%
-
Sódio Baixo (<135 mEq/L)
- NaCl 0,9%
- Repor déficit de água livre
- 250-500 ml/h (4-14 ml/kg/h)
- Criança usar SF 0,9%
CAD: Tratamento
Quando é iniciado a Insulinoterapia?
- Após o 1L de SF 0,9%
CAD: Tratamento
Com qual Insulina Começar a Insulinoterapia?
-
Insulina Regular 0,1 U/Kg/h
- Infusão Venosa
- Bomba Infusora Contínua

CAD: Tratamento
Ausência de Bomba Infusora de Insulina - Qual insulina utilizar?
-
Insulina de Ação Ultrarrápida (Lispro / Aspart) 1-2 horas.
- Subcutâneo
CAD: Tratamento
Com qual frequência verificar a Glicemia Capilar?
- A Glicemia Capilar deve ser aferida a cada 1-2 Horas no Primeiro dia
CAD: Tratamento
Qual Valor ideal para Redução da Glicemia?
50-75 mg/dl/h
CAD: tratamento
Conduta: Glicemia Baixou menos que <50 mg / dl / h?
Dobrar Infusão de Insulina
CAD: Tratamento
Conduta: Glicemia Baixou Mais que 75 mg/dl/h?
- Reduzir a Dose pela Metade*
- Diminuir o Risco de Edema Cerebral.
CAD: Tratamento
V/F? Durante a insulinoterapia, a Hidratação Venosa deve continuar, até que todo o défict volêmico e Hídrico sejam restaurados (Cerca de 3-5L).
Verdadeiro.
CAD: Tratamento
Glicemia Baixou < 200 mg/dl, o que fazer com a Insulinoterapia (suspender/reduzir)?
Reduzir de 0,1 u/Kg/h para 0,05 u/kg/h.
Trocar o Soro de Reposição para:
- Soro Glicosado 5% em Salina 0,45%
- Manter 200 ml/h
CAD: Tratamento
Quem compensa primeiro Glicemia ou Acidose?
Glicemia
CAD: Tratamento
Por que é repor o Potássio ou Fosfato, se os níveis deles estão Normais / Aumentados na CAD?
- A Insulinoterapia faz o Potássio e Fosfato saírem do sangue e voltar para os tecidos isso pode causar Hipofosfatemia e Hipocalemia.
CAD: Tratamento
Quando Iniciar a Reposição de Fosfato?
< 1 mg/dl OU Comprometimento
- Cardiorespiratório
- Hipóxia
- Anemia Hemolítica
CAD: Tratamento
Quais são os tipos de Potássio utilizados?
- 2/3 KCl
- 1/3 Fosfato de Potássio (2:1)
CAD: Tratamento
Qual a periodicidade reavaliar a reposição de Potássio?
A cada 2 horas nas primeiras 12 horas.
CAD: Tratamento
Potássio K > 5,2 mEq/L - Conduta?
Aguardar a próxima dosagem
CAD: tratamento
Conduta: Potássio < 3,3 mEq/L?
- Repor 20-30 mEq/L da solução de Reposição intravenosa.
- Suspender Provisoriamente a Insulina.
CAD: tratamento
Conduta: Potássio 3,3 - 5,2 mEq / L?
Repor 20-30 mEq / L da solução de Reposição intravenosa.
CAD: Tratamento
HIPOcalemia Refratária o que pode ser?
- HIPOmagnesemia.
CAD: Tratamento
Risco na reposição de Fosfato é (…)?
- HIPOcalcemia.
CAD: Tratamento
Quando está indicado “Bicarbonato de Sódio” para tratar CAD?
Ph < 6,9
- Risco de Acidemia Grave.
- Dose: 100 mEq.
CAD: Tratamento
V/F? A insulinoterapia deverá ser retirada após a compensação do paciente.
FALSO!
- Dieta Oral Zero = Insulina Venosa.
- Dieta Oral = Insulina Subcutânea
CAD: Tratamento
Cetonúria deverá ser usada como parâmetro de melhora.
Falso!
CAD: Complicações
Quais são as principais?
- Eletrolíticas Iatrogênicas
- Hipoglicemia Iatrogênica
- Edema Cerebral Iatrogênico
- Mucormicose (Zigomicose)
- Trombose Venosa Profunda
CAD: Complicações
Mucormicose (Zigomicose):
- Principal fator de risco?
- Agente causador?
- Forma mais comum de acomentimento?
- Primeiro Sinal?
- Conduta?
- Principal fator de risco? CAD
- Agente causador? Rhizopus sp. e Mucor sp.
- Forma mais comum de acomentimento? Rinocerebral.
- Primeiro Sinal? Secreção Negra pelo Nariz
- Conduta? Anfotericina B + Debridamento.
CAD: Complicações
Mucormicose (Zigomicose) - Tomografia?
CAD: Complicações
Zigomicose Rinocerebral - Lâmina?

CAD: Tratamento
Qual a única Insulina que pode ser administrada por Via Subcutânea, Muscular e Intravenosa?
Insulina Regular
*** Insulina Ultrarrápida Subcutânea pode ser usada para tratar CAD.
CAD: Tratamento
Como é a formula para calcular:
- Osmolaridade Plasmática
- Osmolaridade Efetiva
- Osmolaridade Plasmática:
Osm P = 2x Na+ + Gli/18 + Ur/6
- Osmolaridade Efetiva:
Osm EF. = 2X Na+ + Gli/18
CAD: Tratamento
Após a reposição de 1L de Soro Fisiológico a 0,9% antes de Iniciar a Insulinoterapia deve ser avaliado o (…)?
Potássio
- Só fazer a Insulinoterapia se o potássio estiver > 3,3 mEq/L.
CAD: Tratamento
V/C? Toda Cetonúria é causada pela Diabétes.
FALSO!
- Cetonúria Diabética
-
Cetonúria Não Diabética:
- Exercício Extenuante.
- Jejum Prolongado.