2 - Síndrome Disfágica Flashcards
Disfagia para iniciar deglutição, alimento preso na garganta, paciente engasga. Pode ter regurgitação nasal, aspiração traqueal e tosse.
Trata-se de disfagia de:
Transferência ou orofaríngea
Causas de disfagia de transferência:
- Neurológicas - Wallemberg, EM, ELA, Parkinson, demências
- Musculares - miastenia, miopatias inflamatórias e primárias.
- Mecânicas - obstruções intraluminais e extrínsecas.
Disfagia em que o paciente se sente entalado, com alimento preso no esôfago:
Disfagia de condução
Causas de disfagia de condução:
- obstrução mecânica (tumores, estenose péptica, anéis e membranas, divertículos obstrução extrínseca)
- motores (acalásia, EED, esôfago em quebra nozes, esclerodermia)
Distúrbio de motilidade do esôfago, com perda do plexo de Auerbach, que cursa com acentuada dismotilidade esofagiana:
Acalásia
Disfagia +
Regurgitação +
Perda de peso
*+ tosse crônica e noturna
Acalásia
Qual padrão ouro para dx de acalásia?
Esofagomanometria
Quais os principais achados na esofagomanometria da acalásia?
- déficit do relaxamento do EEI
- hipertonia do EEI
- aperistalse
Qual utilidade da EDA na acalásia?
Dx diferencial com neoplasia e avaliação de possível estenose secundária a esofagite
Qual a diferença de acalásia primária e por chagas?
A chagásica é complicação crônica da doença, com quadro clínico idêntico mas com destruição dos dois plexos (meissner e auerbach)
TTO da acalásia:
- nitratos, BCC
- toxina botulínica endoscópica
- dilatação por balão
- cirurgia
Quais as indicações cirúrgicas de acalásia?
Ásia refratários ou recidivante.
Cardiomiotomia de Heller modificada ou ressecção trans-hiatal.
Se dolicomegaesofago ou displasia de alto grau= esofagectomia.
Qual principal risco da acalásia?
Carcinoma escamoso (principal) ou adenocarcinoma de esôfago
Epidemiologia da acalásia:
25-60 anos, igualmente entre os sexos. Sabinston - mulheres jovens
Sem raça, sem HF.
Chagas - 90% dos casos de acalásia
Rx da acalásia evidencia:
- Ausência de câmara de ar gástrica
- Massa mediastinica ao lado da aorta
- nível no esôfago na posição ereta
Esofagografia baritada evidencia na acalásia:
- megaesofago
- retenção de contraste esofagiano (chama de vela, bico de pássaro)
- falha no enchimento
- ondas de peristalse terciária
Classificação de Mascarenhas e tto de acordo com a classificação:
Abordagem da acalásia: Dilatação: Grau 1 - até 4 cm - clínico Grau 2 - 4 a 7 cm - dilatação EDA Grau 3 - 7 a 10 cm - miotomia Heller modificada Grau 4 - maior que 10 cm - esofagectomia
Quando empregar tto endoscópico na acalásia e quais as complicações?
Frequentemente nos graus 1 e 2.
Perfuração, recidiva e refluxo devido dilatação exagerada
A ressecção trans-Hiatal na acalásia é mais utilizada em:
Megaesofago grau 4 (>10cm de dilatação)
Distúrbio neurogênico generalizado da motilidade esofágica, no qual o peristaltismo é substituído por formas intensas de contração não propulsivas:
Espasmo esofagiano difuso (EED)
Dor retroesternal + disfagia
* dx diferencial de doença coronariana
Espasmo esofagiano difuso
Diagnóstico de EED:
Esofagomanometria - intensas contrações simultâneas não propulsivas
Fluoroscopia baritada - esôfago em saca rolhas ou em contas de rosário.
* são usados testes provocativos
Tratamento do EED?
- nitratos, BCC, ADT
- cirurgia - esofagomiotomia longitudinal
Quem são os pacientes mais envolvidos em EED?
Seco feminino
Distúrbios psicossomáticos (ansiedade, depressão)