Vol. 2 - Oncoginecologia Flashcards

1
Q

Quais os tipos de tumores ovarianos benignos mais comuns nas seguintes fases de vida da mulher:
1- Infância e adolescência
2- Menacme
3- Pós-menopausa

A

1- Infância e adolescência: tumores originados das células germinativas (teratoma benigno), cistos funcionais
2- Menacme: cistos funcionais do ovário, endometriomas e os tumores epiteliais do ovário (cistoadenoma mucinoso e seroso)
3- Pós-menopausa: mais comuns tumores malignos

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2
Q

Explique as principais características dos tumores de ovário não neoplásicos: foliculares, leteinicos, tecaluteinicos.

A

Cistos Foliculares: funcional + comum, cisto simples > 3cm, folículo estimulado pelas gonadotrofinas hipofisários que não rompeu durante o ciclo menstrual. mais frequentes na menacme, geralmente achados incidentais, mas podem romper/torcer e provocar abdome agudo, conduta expectante para cistos menores q 8 cm.

Cistos Luteínicos: resulta do corpo amarelo que se tornou cisto devido hemorragia na cavidade folicular ou acúmulo excessivo de líquido cístico (muito LH). Regressão espontânea ou rotura. Rotura = hipersensibilidade bilateral ao exame pélvico, +comum direito, 20°-26° dia do ciclo, diferencial com gravidez ectópica. SE hemoperitônio = cirurgia.

Cistos Tecaluteínicos: menos comuns, bilaterais, gravidez (+molares), multicísticos, podem ser grandes. outras associações: gemelaridade, diabetes, coriocarcinoma, sensibilização RH, uso de clomifeno.

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3
Q

Explique as principais características da torção anexial.

A

causa de abdome agudo cirúrgico, pode ser causada no ovário, tuba uterina ou de um cisto. isquemia e dor pélvica aguda. após esforço físico/relação sexual. grande massa pélvica ao exame físico.
conduta: se necrose = ooferectomia
sem necrose = cistectomia

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4
Q

Explique as principais características dos tumores ovarianos foliculares:
os tumores epiteliais

A

Tumores epiteliais: 20-40a

  • Cistoadenoma seroso: originam-se do epitélio superficial do ovário, multiloculares, firmes, bases largas, pálidos, 5-15cm, assintomáticos, tto= cirúrgico, preservando ovários de acordo com status reprodutivo, 20% malignidade.
  • Cistoadenoma mucinoso: grandes (até 50cm), 30-40a, multilobulado, conteúdo acastanhado, pode provocar ascite por excesso de mucina (pseudomixoma peritoneal). tto cirúrgico dependendo do desejo reprodutivo.
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5
Q

Explique as principais características dos tumores ovarianos foliculares:
os tumores de células germinativas

A

Teratoma cístico benigno ou teratoma cístico maduro ou cisto dermoide: unilateral, raramente maligno, células de 3 folhetos germinativos, podem ser encontrados tecido ósseo, dentário, tireoidiano. menacme, tratamento cirúrgico (cistectomia ou ooferectomia), pode sofrer torção.

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6
Q

Explique as principais características dos tumores ovarianos foliculares:
tumores sólidos benignos

A
  • Fibroma= tumores do cordão sexual + comu, sem atividade hormonal, firme, espiralado, branco, associação com sd. de meigs (ascite + tumor de ovário+derrame pleural)
  • Tumor de Brenner: ilhotas de células cuboides claras (ninhos de células de Walthard). pode ocasionar sd. de meigs tbm.
  • Luteoma da gravidez: raro, sólido, bilateral, até 12cm, virilização a partir do segundo trimestre, produção de testosterona (androluteoma) - pode provocar masculinização de um feto feminino.
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7
Q

Explique as principais características dos tumores ovarianosfuncionantes (de estroma gonádico)

A

1- feminilizantes:
-tecomas: origem do estroma cortical dos ovários, raramente maligno, unilaterais, pós-menopausa, produzem estrógeno - sangramento genital, hiperplasia endometrial. tto: ooferectomia e + histerectomia em idosas.

2-Virilizantes
-gonadoblastomas: misto, podem produzir estrógenos e andrógenos. tto: ooferectomia. obs: pacientes com disgenesia gonadal e cromossomo y tem alto risco: gonadectomia.

3-Struma ovari: variante do teratoma benigno, +de 50% de tecido tireoidiano. podem desenvolver tireotoxicose, raramente maligno.

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8
Q

Explique as principais características de um tumor ovariano limítrofe/bordeline.

A

representa cerca de 10% dos tumores epiteliais, cujo comportamento biológico o coloca entre os tumores malignos e benignos limitadas aos ovários por ongos períodos de tempo. 30-50 anos, até 25% podem se disseminar, acompanhamento/cirurgia dependendo do status reprodutor.

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9
Q

Diferencie os tumores ovarianos benignos e malignos usando as características encontradas na USG.

A
BENIGNOS:
1-Volume: menor q 8 cm
2-Parede interna: regular
3-Conteúdo: unilocular, cístico
4-Septações: finas ou ausentes
MALIGNOS:
1-Volume: maior q 8 cm
2-Parede interna: irregular
3-Conteúdo: multilocular, misto, multilobulares
4-Septações: espessas e grosseiras
5-Bilateralidade à USG
6-Ascite
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10
Q

Quais os achados levantas a suspeita de malignidade à dopplerfluxometria de tumores ovarianos? Quais situações esses achados podem se referir a quadros de falso-positivos?

A

Baixo índice de pulsatilidade (IP<1) e baixo índice de resistência (IR<0,4)

Exceção: cistos de corpo lúteo e massas inflamatórias.

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11
Q

Qual o principal marcador tumoral utilizado na conduta dos tumores ovarianos e qual o seu papélw

A

CA-125: principal marcados, pode estar normal em estágio inicial, inespecífico: aumenta em DIP, mioma, gravidez… importante para complementar a avaliação tumoral e no seguimento pós tratamento.
+específuco p tumores serosos.
obs: CA-19-9 + específicos para tumores mucinosos.

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12
Q

Qual a abordagem terapêutica dos tumores ovarianos na pré-menarca?

A

Usg:

  • se sólido suspeito ou maior q 8cm = cirurgia
  • uniloculado/cisto de prede fina = observação 2-3 m + considerar ACO se pós menarca: seguimento se diminuir, marcadores e cirurgia se persistir ou aumentar.
  • multiloculado = se pré-menarca: cariótipo, marcadores e cirurgia; se pós-menarca: o mesmo do uniloculado.
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13
Q

Qual a abordagem terapêutica dos tumores ovarianos na pré-menopausa?

A

sempre iniciar com teste de gravidez.
se negativo:
-usg: achados de malignidade ou maior q 8 cm: encaminhar para cirurgião gineco/oncogineco; sem achados malignos: afastar abscesso tubo-ovariano + considerar aine + repetir usg mensalmente por 3 meses. após isso considerar cirurgia.

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14
Q

Qual a abordagem terapêutica dos tumores ovarianos na pós-menopausa?

A
  • cirurgia se maior q 8cm ou usg suseita.
  • se usg inocente: ca-125: se >35 operar.
  • ca-125 menor q 35: repetir a usg mensalmente por 2 meses. operar se não sumir em até 3 meses.
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15
Q

Quais as indicações cirúrgicas em tumores ovarianos na pré e na pós-menopausa?

A

PRÉ-MENOPAUSA:
tumores císticos em pacientes pré-púberes, tumores sólidos em qualquer faixa etária, tumores císticos maiores q 5cm e persistentes por mais q 6 meses, tumores mistos e persistentes por mais que 3 meses, tumores maiores que 10cm, achados suspeitos de malignidade, história familiar de ca de mama ou ovário.
PÓS-MENOPAUSA:
cistos maiores que 5cm, cisto sintomático, CA-125>35, ascite ou outros sinais clínicos de malignidade.

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16
Q

Quais os achados fazem parte do anagrama SUSPEITA na investigação de tumores ovárianos?

A
Sólido
Usg doppler com baixo IR (<0,4)
Septada
Papilas projetadas
Espessamento
Irregularidade
Tamanho>8cm
Antes/após menopausa
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17
Q

Quais os fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de ovário? E quais os de proteção?

A

HIATÓRIA FAMILIAR, fatores genéticos( câncer ovariano isolado, Sd. câncer mama-ovário hereditário, Sd. câncer ovário-cólon hereditário-Sd. Lynch II), >60a, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, raça branca, indutores de ovulação, dieta rica em gordura, endometriose, obesidade, tabagismo, mutação BRCA 1 e 2.

PROTEÇÃO: amamentação, uso de anovulatório, multiparidade, laqueadura tubária.

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18
Q

Existe alguma medida de prevenção de tumores ovarianos que pode ser empregada em mulheres com mutações de BRCA 1 ou 2? Elas diminuem apenas o risco de CA de ovário?

A

Quimioprofilaxia: ACOs
Cirurgia profilática: salpingo-ooferectomia.
Ovário, tuba uterina, peritônio, mama.

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19
Q

Qual as possibilidades de rastreamento de câncer de ovários?

A

Após menopausa: exame pélvico anual e usg transvaginal anual. se alteração: ca-125 e doppler.

população de alto risco: não realizar rastreio adicional.

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20
Q

Quais as manifestações clínicas e achados de exame físico de câncer de ovários?

A

início: sintomas de andar superior do abdome como plenitude, dispepsia, distensão abdominal, constipação.
podem evoluir com dor pélvica, massa ovariana palpável.
casos avançados: ascite, caquexia e dispneia.
investigar no exame físico: nódulo umbilical (irmã Maria José) e toque anal (prateleira de Douglas)

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21
Q
Quais os tumores ovarianos específicos dos marcadores abaixo:
1- Alfafeto prot.
2- Bhcg
3- DHL (desidrogenase)
4- CA-125
5- CA-19-9
6- CEA
7- Testosterona
8- Estradiol
A

1- Alfafeto prot. = teratoma maligno, tumor de cel. Leydig-Sertoli, tumor de saco vitelínico.
2- Bhcg = disgerminoma, coriocarcinoma.
3- DHL = dirgerminoma, teratoma imaturo
4- CA-125 = tumores epiteliais
5- CA-19-9 = t. epiteliais mucinosos
6- CEA = tumores epiteliais
7- Testosterona = tumor de cel. Leydig-Sertoli
8- Estradiol = tumor de cél. da granulosa

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22
Q

Explique as principais características dos CA de ovário de origem epitelial.

A

epiteliais = +80% dos ca maignos
1-seroso: +comum, cistoadenocarcinoma, bem diferenciados ou indiferenciados, microcalcificações, ca-125+.
2-mucinosos: císticos revestidos por epitélio produtor de mucina, é o que atinge maiores valores, pseudomixoma peritoneal, CEA elevado.
3-endometrioides: associação com endometriose, adenomatoso, associado a ca de endométrio.
4-Cel. Claras: vários padrões histológicos, cel. claras e cel cabeça de prego. exposição ao Dietilestilbestrol, EPITELIAL DE PIOR PROGNÓSTICO.

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23
Q

Explique as principais características dos CA de ovário de origem germinativa:

A

Germinativos: crianças e mulheres jovens, AFP, DHL, Bhcg.
1- Disgerminoma: +comum, mulheres jovens, gestação, crescimento rápido, unilateral, sintomas compressivos, disgenesia gonadal, cel gigantes multinucleadas, disseminação linfática, sensível a RT.
2-Teratoma imaturo: 10-20a, unilateral, pouco diferenciado, crescimento acelerado, pseudopuberdade precoce, Grau 1,2,3 crescente de imaturidade e pior prognóstico, tto: ooforectomia unilateral + QT se grau 2 ou 3 .
3-Carcinoma do saco vitelínico: 16-18a, unilateral, AFP, cirurgia unilateral + QT, Corpúsculo Schiller-Duval.
4-Carcinoma embrionário: puberdade precoce, hemorragia, tumores grandes, AFP, Bhcg, ooferectomia + QT.
5-Coriocarcinoma não gestacional: agressivo, prognóstico ruim.
6-Gonodoblastoma: misto (germinativo+cordão sexual)

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24
Q

Explique as principais características dos CA de ovário de origem das células de cordão sexual/gonadal.

A

1-Tecagranulosa: pós-menopausa, pequenos (até 20cm), corpúsculo de Carl-Exner, secreção de estrogênios (psudopuberdade precoce, hiperplasia endometriais, doença cística da mama e endométrio).
2-Tecomas/fibromas: raramente malignos, perimenopausa, tecomas produzam estrógenos, fibromas são os tumores mais comuns do cordão sexual, Sd. Meigs.
3-Tumores de Leydig-Sertoli:
-Androblastoma/arrenoblastoma: unilaterais, 20-40a, produz androgênios (virilização),

25
Q

Explique as principais características do principal tumor metastático de ovário.

A

Krukenberg: bilateral, cél, anel de sinete, tumor primário: estômago, cólon, mama, vias biliares…

26
Q

Qual o sítio mais comum de metástases de CA de ovário e quais as vias usadas para disseminação?

A

fígado, pulmão, cérebro.

transcelômica, continuidade e linfática.

27
Q

Explique de maneira simplificada o estadiamento anatomopatológico do câncer de ovário.

A
IA - unilateral
IB - bilateral
IC - capsula rota  ou citologia +
II - extensão regional e intraperitoneal
III - linfonodos e região extraperitoneal
IV - metástase a distância
28
Q

Explique os graus histológicos do ca de ovário.

A

G1 - bem diferenciado
G2 - moderadamente diferenciado
G3 - indiferenciado

29
Q

Para quem indicar cirurgia conservadora ou fundamental no tratamento de ca de ovário? quando é necessário retirar outros órgãos?

A

CONSERVADORA: IDADE FÉRTIL + tumores epiteliais (IA-1/2G), tumores limítrofes (I-III) e tumores germinativos.
FUNDAMENTAL: resto
tumor mucinoso: apendicectomia

30
Q

Quais as indicações de QT adjuvante e neoadjuvante para o tratamento de ca de ovário?

A

ADJUVANTE: IA/B-G3 ou >=IC
NEOADJUVANTE: Quando não for possível realizar cirurgia primária completa.

31
Q

Quais os subtipos virais mais responsáveis pala oncogenicidade do HPV?

A

16 e 18

32
Q

Quais os fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de colo uterino?

A

HPV, ISTs, múltiplos parceiros, tabagismo, menor imunidade…

33
Q

Qual a clínica de um paciente com câncer de colo uterino?

A

sintomas apenas em estágios avançados: dor, corrimento, sangramento…

34
Q

Explique o início, a periodicidade e o método de rastreio de câncer do colo uterino.

A

INICIAR: entre 25 e 64 anos após sexarca, não coletar de virgens; rastrear gestantes e histerectomizadas.
FREQUÊNCIA: anual e após 2 resultados negativos > trienal
+HIV: semestral no primeiro ano, e anual posteriormente. semestral de CD4>200.
MÉTODO: coleta ectocervival + coleta endocervical

35
Q

Explique a classificação bethesda para os resultados da colpocitologia e as possíveis condutas a serem tomada.

A

LIE-BG (LSIL): repetir em 6m (>25a) ou 3a (<25a)
ASC-US: repetir em 6m (>30a); 1a(25-29a); 3a(<25a)
ASC-H: }
AGC-AG (AGUS): } COLPOSCOPIA
LIE-AG (HSIL) }

  • 2 LIE-BG ou ASC-US > COLPOSCOPIA
  • ATIPIA ORIGEM INDETERMINADA > COLPOSCOPIA
  • HIV+: LIE-BG ou ASC-US > COLPOSCOPIA
  • SUSPEITA CLÍNICA > COLPOSCOPIA
36
Q

Como interpretar os testes de Ac. Acético e Schiller (Lugol)?

A

Ac. Acético: aumento da atividade proteica fica acetobranco.

Teste de Schiller: menos glicogênio = iodo negativo (Schiller positivo)

37
Q

Quais as limitações do rastreio de câncer de colo uterino em uma gestante?

A

Biopsia apenas em suspeita de invasão (vasos atípicos é o achado mais suspeito)

38
Q

Qual a conduta na colposcopia insatisfatória?

A

abrir + especulo, especulo endocervical, aplicação de estrogênio (pós menopausa).

39
Q

Como deve ser feita a avaliação do canal cervical e em qual resultado da colpocitologia ela está indicada?

A
escovado; curetagem; histeroscopia.
se AGC (AGUS).
40
Q

Quais os possíveis resultados da biopsia no rastreio de CA de colo uterino? Qual o conduta geral deles?

A

Lesões intraepiteliais (NIC) ou Câncer cervical.

NIC1 > acompanhar por dois anos + crioterapia ou cauterização (destruição)
NIC2> cone ou ezt (exérese). cone obrigatório se suspeita de invasão, limites não visualizados, JEC não visível.

Câncer Cervical: estadiar e tratar

  • escamoso/epidermoide/espinocelular: + comum
  • Adenocarcinoma: 2° mais comum.
41
Q

Explique o estadiamento do CA de colo uterino.

A
ESTADIO 0: carcinoma in situ
ESTÁDIO1: restrito ao colo
- IA1: <3MM
- IA2: >3-5MM
- IB1: 5MM-2CM
- IB2: 2-4CM
- IB3: >4CM
ESTÁDIO 2:
- IIA: PARTE SUPERIOR DA VAGINA 
- IIB: INVADE PARAMÉTRIO
ESTÁDIO 3:
-  1/3 INFERIOR DA VAGINA
- PAREDE PÉLVICA/HIDRONEFROSE
- LINFONODO PÉLVICO OU PARA AÓRTICO
ESTÁDIO 4 :
- BEXIGA E RETO
- METÁSTASE Á DISTÂNCIA
42
Q

Qual deve ser o tratamento do CA de colo uterino de acordo com o estadiamento?

A

E0: CONE DIAG E TTO
E IA1: HISTERECTOMIA T1 OU CONE (DESEJA PARIR)
E IA2: HISTERECTOMIA T 2 + LINFADENEC. PÉLVICA
E IB1/2: HISTERECTOMIA 3 (WHERTHEIM-MEIGS)
E IB3: HISTERECTOMIA 3 OU QT
E IIA1: HISTERECTOMIA 3 OU QT
IIA2OU+: QT

43
Q

Quais os procedimentos realizados na Histerectomia de Wertheim-Meigs?

A

histerectomia total + retirada de paramétrios + terço superior da vagina+ linfadenectomia pélvica + anexectomia (decisão médica).

44
Q

Quais a os fatores de risco para câncer de vulva?

A

Hpv, tabagismo e linfogranulomas venéros.

45
Q

Quais as principais manifestações clínicas do câncer de vulva?

A

prurido que evolui para úlcera indolor.

lesão nodular, sangramento, dor, disúria.

46
Q

Explique os procedimentos diagnósticos para o câncer de vulva.

A

exame físico
vulvoscopia - após ac. acético 5% - localização apenas
teste de Collins - após azul de toluidina - determina locais pata biopsia
biópsia - em toda lesão. diagnóstico final

47
Q

Qual a principal lesão esbranquiçada de vulva e quais suas principais características?

A
líquen escleroso
\+ comum em pós menopausa
prurido, dispareunia, queimação
diagnóstico: biopsia
tratamento: corticoide tópico de alta potência
(propionato de clobetasol 0,05%)
48
Q

Qual o tipo histológico de câncer de vulva mais comum? Quais suas principais características?

A

Carcinoma de células escamosas
50% nos pequenos lábios
metástases linfonodos inguinais
se divide em associados ao HPV ou ao liquen escleroso

49
Q

Explique as principais características das seguintes lesões vulvares;
1-Melanoma
2-Sarcoma
3-Doença de Paget

A

1- melanoma:
2°+comum, lesão pigmentada, elevada; grandes lábios e clitóris;
2-Sarcoma:
raro, tipo epidermoide, rápida recidiva pós cirúrgica.
3-Doença de Paget:
células neoplásicas glandulares ; placa aveludada, erodida, crescimento lento; dolorosa e menos pruriginosa. pode estar associada ao adenocarcinoma.

50
Q

Qual é a conduta terapêutica de maneira geral do câncer de vulva?

A

lesão menor q 2 cm = ressecção com margem
lesão maior q 2cm = vulvectomia
associar QT e RT para estágios avançados.

51
Q

Quais as principais complicações pós cirúrgicas do tratamento de câncer de vulva?

A

hemorragia, infecção, necrose, deiscência de ferida operatória
crônicas: linfedema crônico, tromboses venosas, incontinência urinária, cicatrizes retráteis.

52
Q

Qual o principal fator prognóstico para o câncer de vulva?

A

invasão linfonodal

53
Q

Quais os principais fatores de risco e proteção do câncer de endométrio?

A

risco: obesidade, >60a, nuliparidade, anovulação crônica, menacme longo, diabetes, hiperplasia…
proteção: multiparidade, tabagismo, contracepção com prpgesterona

54
Q

Quando suspeitar de câncer de endométrio?

A

Clínica: metrorragia, corrimento vaginal, desconforto pélvico
USG: menopausadas com endométrio > 4mm (sem TH) ou >8mm (com TH) + coleções, masssas, hiperecogênico
Colpocitologia: presença de células endometriais

55
Q

Quais os métodos diagnósticos de câncer de endométrio e como ele deve ser realizado?

A

Biopsia:
guiada por histeroscopia, cureta de novak, curetagem fracionada,
padrão ouro: visualização direta

56
Q

Quais as maneiras de classificar as hiperplasias endometriais?

A
1-DMS
-simples s/ atipia: 1%
-complexa s/ atipia: 3%
-simples c/ atipia: 9%
-complexa c/ atipia: 29%
2-International Endometrial Group
Benigna (s/atipia)
Neoplasia intraepitelial endometrial - NIE (c/ atipia)
57
Q

Qual o tratamento das hiperplasias endometriais?

A

Benigna: progesterona + histeroscopia de controle: se falha > histerectomia
NIE: Histerectomia ou progesterona se desejo reprodutivo.

58
Q

Qual o tipo histológico de câncer de endométrio mais comum e qual o de pior prognóstico?

A

comum: endometrioide

Pior prognóstico: carcinoma seroso

59
Q

Quais as modalidades de tratamento para câncer de endométrio?

A

Laparotomia (estadiamento e tratamento): histerectomia + anexectomia + linfadenectomia
RT: se invasão miometrial > 50% (>IB)
QT: se metástase