Valvulopatias Flashcards
Uma mulher de 45 anos apresenta dispneia progressiva aos esforços e episódios de hemoptise. Relata história prévia de febre reumática na infância. No exame físico, identifica-se um sopro diastólico em ruflar no foco mitral, precedido de estalido de abertura. O eletrocardiograma revela fibrilação atrial e sobrecarga atrial esquerda. Qual exame é mais indicado para avaliar a gravidade da estenose mitral?
A) Cateterismo cardíaco
B) Ecocardiograma transtorácico com Doppler
C) Radiografia de tórax
D) Ressonância magnética cardíaca
Resposta correta: B) Ecocardiograma transtorácico com Doppler.
O ecocardiograma transtorácico com Doppler é o exame mais indicado para avaliar a gravidade da estenose mitral, pois permite medir a área valvar mitral, os gradientes pressóricos transvalvares e a pressão sistólica da artéria pulmonar, além de avaliar a morfologia da válvula. Esses dados são fundamentais para o diagnóstico e a classificação da gravidade da estenose.
A paciente apresenta um quadro clínico e histórico compatíveis com estenose mitral de origem reumática. A dispneia progressiva e os episódios de hemoptise refletem aumento da pressão em átrio esquerdo e hipertensão pulmonar secundária. O sopro diastólico em ruflar, precedido por estalido de abertura, é característico da estenose mitral. O ECG evidencia fibrilação atrial (comum em pacientes com sobrecarga atrial esquerda). A história prévia de febre reumática fortalece ainda mais esse diagnóstico.
Um paciente de 70 anos, assintomático, apresenta estenose aórtica severa (área valvar de 0,8 cm²) detectada em ecocardiograma de rotina. Ele possui fração de ejeção preservada (60%) e teste de esforço normal. Qual é a conduta mais apropriada?
A) Observação com reavaliações anuais
B) Indicação de troca valvar aórtica cirúrgica imediata
C) Indicação de implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI)
D) Início de terapia com beta-bloqueadores
Resposta correta: A) Observação com reavaliações anuais.
Em pacientes assintomáticos com estenose aórtica severa, fração de ejeção preservada e teste de esforço normal, a conduta mais apropriada é o acompanhamento clínico regular com reavaliações anuais. A intervenção, como troca valvar cirúrgica ou TAVI, é reservada para casos sintomáticos, piora da função ventricular ou evidências de disfunção durante o seguimento.
Por que é uma estenose aórtica severa?
A área valvar de 0,8 cm² é característica de estenose aórtica severa (normalmente < 1,0 cm²). A fração de ejeção preservada indica que o ventrículo esquerdo ainda não sofreu comprometimento funcional significativo. A ausência de sintomas e o teste de esforço normal sugerem que o paciente está em uma fase assintomática, na qual o risco de morte súbita ou descompensação é baixo, justificando o acompanhamento clínico.
Um homem de 60 anos, hipertenso e diabético, apresenta insuficiência mitral funcional secundária à cardiomiopatia dilatada. No ecocardiograma, há regurgitação mitral moderada com fração de ejeção de 35%. Qual é o principal mecanismo fisiopatológico da insuficiência mitral funcional?
A) Prolapso da válvula mitral
B) Dilatação do anel mitral
C) Endocardite infecciosa
D) Ruptura de cordas tendíneas
Resposta correta: B) Dilatação do anel mitral.
O principal mecanismo fisiopatológico da insuficiência mitral funcional é a dilatação do anel mitral, causada pelo remodelamento ventricular esquerdo em pacientes com cardiomiopatia dilatada. Essa dilatação impede o adequado coaptação dos folhetos valvares, resultando em regurgitação mitral. A insuficiência mitral funcional não é primária, mas secundária a alterações estruturais e funcionais do ventrículo esquerdo.
A insuficiência mitral funcional ocorre devido à sobrecarga do ventrículo esquerdo em doenças como cardiomiopatia dilatada. Neste caso, a fração de ejeção reduzida (35%) e a regurgitação mitral moderada refletem o comprometimento do ventrículo esquerdo. Não há alterações estruturais primárias na válvula, como prolapso, endocardite ou ruptura de cordas tendíneas, características de insuficiência mitral orgânica.
Um homem de 50 anos, com história de febre reumática na juventude, é avaliado devido a fadiga e dispneia leve aos esforços. Na ausculta cardíaca, detecta-se um sopro diastólico em decrescendo no foco aórtico. Qual achado adicional é mais característico da insuficiência aórtica crônica severa?
A) Pulso parvus et tardus
B) Fenômeno de Austin Flint
C) Desdobramento fixo da segunda bulha
D) Sopro de regurgitação tricúspide
Resposta correta: B) Fenômeno de Austin Flint.
O fenômeno de Austin Flint é um sopro mesodiastólico de baixa frequência, ouvido no foco mitral, causado pelo jato regurgitante da insuficiência aórtica severa, que interfere no fechamento da válvula mitral. Este achado é típico da insuficiência aórtica crônica grave e reflete o impacto hemodinâmico do retorno de sangue da aorta para o ventrículo esquerdo.
Pulso parvus et tardus é característico de estenose aórtica severa, não de insuficiência aórtica.
Desdobramento fixo da segunda bulha é associado a comunicação interatrial.
Sopro de regurgitação tricúspide é relacionado à insuficiência tricúspide, geralmente por hipertensão pulmonar ou sobrecarga ventricular direita.
Uma paciente de 37 anos, com estenose mitral moderada, apresenta piora súbita de dispneia, dor torácica e hemoptise. No exame físico, observa-se ritmo cardíaco irregular e taquicardia. Qual é a complicação mais provável?
A) Tromboembolismo pulmonar
B) Fibrilação atrial descompensada
C) Endocardite infecciosa
D) Insuficiência cardíaca direita
Resposta correta: A) Tromboembolismo pulmonar.
A paciente com estenose mitral moderada e novos sintomas de dispneia súbita, dor torácica e hemoptise sugere tromboembolismo pulmonar (TEP). A presença de ritmo cardíaco irregular e taquicardia indica fibrilação atrial, que é comum em pacientes com estenose mitral e aumenta o risco de formação de trombos no átrio esquerdo, predispondo ao TEP.
A estenose mitral causa estase de sangue no átrio esquerdo, especialmente em pacientes com fibrilação atrial. Isso favorece a formação de trombos intracardíacos, que podem embolizar para os pulmões, resultando em TEP. A hemoptise pode ocorrer devido a infartos pulmonares secundários ao tromboembolismo.
Embora a fibrilação atrial esteja presente, os sintomas não se devem exclusivamente à arritmia.
Endocardite é rara em estenose mitral pura e não explica hemoptise ou dor torácica súbita.
A Insuficiência cardíaca direita pode ocorrer em estenose mitral avançada, mas os sintomas agudos descritos não são típicos de insuficiência direita isolada.
Um paciente de 75 anos com estenose aórtica severa apresenta síncope recorrente. O ecocardiograma demonstra gradiente médio transaórtico de 50 mmHg. Qual exame adicional pode ajudar a determinar a conduta?
A) Tomografia computadorizada de tórax
B) Teste de esforço
C) Ecocardiograma de estresse com dobutamina
D) Holter de 24 horas
Resposta correta: C) Ecocardiograma de estresse com dobutamina.
O ecocardiograma de estresse com dobutamina é indicado para avaliar a reserva contrátil e confirmar a gravidade da estenose aórtica em pacientes com sintomas e gradientes elevados. Em casos de estenose aórtica severa, especialmente quando há discrepância clínica ou diagnóstico incerto, esse exame ajuda a confirmar se a estenose é verdadeiramente grave e, consequentemente, a necessidade de intervenção valvar.
Um gradiente transaórtico de 50 mmHg em um paciente com estenose aórtica severa indica que há uma grande diferença de pressão entre o ventrículo esquerdo e a aorta durante a sístole. Esse valor é um reflexo da obstrução significativa do fluxo sanguíneo através da válvula aórtica devido ao estreitamento da abertura valvar, o que exige um aumento considerável na pressão do ventrículo esquerdo para forçar o sangue através da válvula estreitada.
Leve: <20mmHg
Moderada: entre 20 a 40 mmHg
Grave: >40 mmHg
A Tomografia computadorizada de tórax não é o exame de escolha para avaliar estenose aórtica. Serve para avaliar estruturas torácicas e calcificações em casos específicos.
O Teste de esforço é contraindicado na estenose aórtica severa devido ao risco de colapso ou arritmias graves.
O Holter de 24 horas é útil para investigação de arritmias, mas síncope em estenose aórtica é mais relacionada à hemodinâmica do fluxo obstruído.
Uma mulher de 65 anos, com insuficiência mitral grave secundária a prolapso valvar, apresenta regurgitação severa, fração de ejeção de 55% e volume sistólico final do ventrículo esquerdo aumentado. Qual é a indicação terapêutica?
A) Acompanhamento clínico com ecocardiograma anual
B) Reparo valvar mitral cirúrgico
C) Implante de válvula mitral percutânea
D) Terapia medicamentosa com vasodilatadoreso
Resposta correta: B) Reparo valvar mitral cirúrgico.
A paciente com insuficiência mitral grave secundária a prolapso valvar, regurgitação severa, fração de ejeção preservada (55%) e aumento do volume sistólico final do ventrículo esquerdo, apresenta sinais de insuficiência mitral significativa que está afetando a hemodinâmica cardíaca. O tratamento de escolha em casos assim é o reparo valvar mitral cirúrgico, já que a insuficiência mitral grave pode levar à dilatação do ventrículo esquerdo e insuficiência cardíaca se não tratada adequadamente. O reparo da válvula é preferido, pois preserva a função valvar e tem melhores resultados a longo prazo comparado à troca valvar.
O acompanhamento clínico com ecocardiograma anual *não é adequado** em casos de insuficiência mitral grave, pois pode levar à deterioração da função ventricular e complicações como arritmias e insuficiência cardíaca.
Embora esteja em investigação, o implante percutâneo não é a primeira opção terapêutica para insuficiência mitral grave secundária ao prolapso valvar, especialmente em casos com fração de ejeção preservada.
Vasodilatadores podem ser úteis em alguns contextos, mas o tratamento da insuficiência mitral grave com prolapso valvar é principalmente cirúrgico, sendo o reparo valvar a opção mais eficaz para evitar a progressão da doença.
No ecocardiograma de uma paciente com estenose mitral, o gradiente médio transvalvar é de 12 mmHg e a área valvar é de 1,2 cm². Qual é a classificação correta da gravidade da estenose mitral?
A) Leve
B) Moderada
C) Severa
D) Muito grave
Resposta correta: B) Moderada.
A classificação da estenose mitral é feita levando-se em consideração a área da válvula mitral e o gradiente transvalvar.
De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a classificação da estenose mitral é:
Leve: Área valvar > 1,5 cm² e gradiente transvalvar < 5 mmHg.
Moderada: Área valvar entre 1,0 e 1,5 cm² e gradiente transvalvar entre 5 e 10 mmHg.
Severa: Área valvar < 1,0 cm² e gradiente transvalvar > 10 mmHg.
Um homem de 55 anos, com insuficiência mitral crônica grave, apresenta dispneia aos mínimos esforços. No eletrocardiograma, é esperado encontrar:
A) Sobrecarga ventricular direita
B) Fibrilação atrial e sinais de sobrecarga atrial esquerda
C) Bloqueio atrioventricular completo
D) Sobrecarga ventricular esquerda com padrão de strain
Resposta correta: B) Fibrilação atrial e sinais de sobrecarga atrial esquerda
**Insuficiência mitral crônica grave* leva à dilatação do átrio esquerdo, pois o sangue regurgita para trás a cada contração ventricular. Essa dilatação crônica sobrecarrega o átrio esquerdo, o que pode levar à fibrilação atrial. A Fibrilação atrial é uma arritmia muito comum em pacientes com insuficiência mitral crônica, especialmente em estágios avançados. Ela se caracteriza por uma atividade elétrica caótica nos átrios, levando a uma perda da contração atrial eficaz e podendo piorar os sintomas de dispneia. A dilatação do átrio esquerdo, além de predispor à fibrilação atrial, também causa alterações características no eletrocardiograma, como ondas P amplas e bifásicas em DII, DIII e aVF.
A sobrecarga ventricular direita é mais comum em doenças pulmonares crônicas e hipertensão pulmonar. Na insuficiência mitral grave, a sobrecarga inicial é do ventrículo esquerdo.
Embora arritmias sejam comuns na insuficiência mitral, o bloqueio atrioventricular completo não é uma característica específica dessa condição.
A sobrecarga ventricular esquerda é esperada, mas o padrão de strain (alterações do segmento ST-T: onda T negativa e segmento ST curvo) não é um achado constante e pode estar presente ou ausente.
Uma mulher de 30 anos com estenose mitral severa (área valvar de 0,9 cm²) e fibrilação atrial controlada com anticoagulação apresenta sintomas de dispneia aos esforços moderados. O ecocardiograma mostra ausência de trombo em átrio esquerdo e não há calcificação significativa das cúspides. Qual é o tratamento mais indicado?
A) Cirurgia de troca valvar mitral
B) Comissurotomia mitral percutânea com balão
C) Implantação de valva mitral percutânea
D) Terapia medicamentosa otimizada
Resposta correta: B) Comissurotomia mitral percutânea com balão
A paciente apresenta um perfil ideal para este procedimento: idade relativamente jovem, ausência de calcificações significativas e fibrilação atrial controlada. A comissurotomia com balão é um procedimento menos invasivo, com menor tempo de recuperação e menor risco de complicações em comparação com a cirurgia.
A Cirurgia de troca valvar mitral é uma opção eficaz para o tratamento da estenose mitral grave. No entanto, é um procedimento invasivo com maior risco de complicações em comparação com outras técnicas. Considerando a idade da paciente e a ausência de contraindicações para procedimentos menos invasivos, a cirurgia pode ser considerada, mas não é a primeira escolha neste momento.
A Implantação de valva mitral percutânea: é indicado em casos de estenose mitral grave em pacientes de alto risco cirúrgico ou com anatomia valvar inadequada para a comissurotomia com balão. Não é a primeira opção para esta paciente.
A terapia medicamentosa é importante para controlar os sintomas e complicações da estenose mitral, mas não corrige a obstrução valvar. A otimização da terapia medicamentosa pode ser utilizada como tratamento adjuvante, mas não é suficiente para resolver o problema principal.
Um paciente de 65 anos apresenta dispneia progressiva e síncope aos esforços. O exame físico revela sopro sistólico em crescendo-decrescendo, mais audível no segundo espaço intercostal direito, com irradiação para as carótidas. Qual sintoma, se presente, seria o mais sugestivo de estenose aórtica avançada?
A) Edema de membros inferiores
B) Angina aos esforços
C) Claudicação intermitente
D) Fadiga leve
Resposta correta: B) Angina aos esforços
A tríade clássica da estenose aórtica grave é composta por:
Síncope: Desmaios, geralmente induzidos por esforço.
Angina: Dor no peito, também desencadeada por esforço.
Dispneia: Falta de ar, inicialmente aos grandes esforços e, em estágios mais avançados, em repouso.
Edema de membros inferiores é mais comum em casos de insuficiência cardíaca congestiva, que pode ocorrer como complicação da estenose aórtica grave, mas não é o sintoma inicial.
Claudicação intermitente está relacionada à doença arterial periférica, que causa dor nas pernas ao caminhar devido à obstrução das artérias.
Fadiga leve é um sintoma muito inespecífico, podendo estar presente em diversas condições.
Na ausculta cardíaca de um paciente com insuficiência mitral severa crônica, qual característica do sopro seria mais indicativa da gravidade da regurgitação?
A) Sopro holossistólico em foco mitral que aumenta com manobra de Valsalva
B) Sopro holossistólico em foco mitral que irradia para a axila
C) Sopro sistólico de alta frequência que diminui em posição ortostática
D) Sopro sistólico mesotelesistólico em foco aórtico
A resposta correta é a letra B) Sopro holossistólico em foco mitral que irradia para a axila.
Sopro holossistólico em foco mitral é característico da insuficiência mitral, ocorrendo durante toda a sístole. A irradiação do sopro para a axila indica um jato de regurgitação volumoso e de alta energia, que se projeta para o átrio esquerdo e para a região axilar. Essa característica é um forte indicador da gravidade da insuficiência mitral.
Um homem de 48 anos com insuficiência aórtica crônica severa apresenta sinais periféricos clássicos. Qual dos sinais descritos abaixo está associado à insuficiência aórtica severa?
A) Sinal de Kussmaul
B) Pulso bisferiens
C) Pulso em martelo d’água
D) pulso parvus ed tardus
A resposta correta é a letra C) Pulso em martelo d’água.
Pulso em martelo d’água é caracterizado por uma ascensão rápida e abrupta da pressão arterial, seguida por um rápido declínio. É decorrente da insuficiência aórtica, no qual há grande volume de sangue regurgitado para o ventrículo esquerdo durante a diástole, que aumenta a pressão arterial sistólica e diminui a diastólica, resultando nesse pulso característico.
Sinal de Kussmaul é caracterizado pelo aumento da pressão venosa jugular durante a inspiração, e está mais associado a restrições ao enchimento ventricular direito, como na pericardite constrictiva.
Pulso bisferiens apresenta duas ondas sistólicas distintas e é mais comum na estenose aórtica grave.
O pulso parvus ed tardus é caracterizado por amplitude diminuída e ascensão lenta, e está associado à diminuição do débito cardíaco, como na insuficiência cardíaca congestiva avançada e estenose aórtica
Uma paciente de 40 anos com estenose mitral moderada apresenta quadro de piora da dispneia durante a gravidez (2º trimestre). Qual é o principal mecanismo que explica a descompensação neste caso?
A) Aumento da pressão arterial sistêmica
B) Redução do volume sistólico do ventrículo direito
C) Aumento do débito cardíaco associado à gravidez
D) Compressão direta da veia cava inferior pelo útero gravídico
Resposta correta: C) Aumento do débito cardíaco associado à gravidez.
Durante a gravidez, há um aumento significativo no débito cardíaco devido ao aumento do volume sanguíneo e da perfusão uterina. Esse aumento do débito cardíaco pode piorar os sintomas em pacientes com estenose mitral, pois a válvula mitral já está comprometida, dificultando o fluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Esse aumento do débito cardíaco leva a um aumento do fluxo sanguíneo e da pressão no átrio esquerdo, o que pode agravar a congestão pulmonar e a dispneia.
Em um paciente com estenose aórtica severa, qual é a principal adaptação do ventrículo esquerdo para compensar o aumento da pós-carga?
A) Hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo
B) Hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo
C) Dilatação do ventrículo direito
D) Redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo
Resposta correta: B) Hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo.
Na estenose aórtica severa, o ventrículo esquerdo enfrenta um aumento significativo na pós-carga devido à obstrução da válvula aórtica. Para compensar essa sobrecarga, o ventrículo esquerdo se adapta hipertrofiando de forma concêntrica, ou seja, aumentando a espessura da parede ventricular para gerar mais força e superar a resistência aumentada à ejeção do sangue. Essa hipertrofia é uma resposta adaptativa inicial, mas, com o tempo, pode levar a uma disfunção diastólica e diminuição da complacência ventricular.
Um paciente de 60 anos apresenta insuficiência mitral aguda após infarto agudo do miocárdio. Qual é o mecanismo fisiopatológico mais provável para a insuficiência mitral nesse caso?
A) Ruptura de músculo papilar
B) Endocardite infecciosa
C) Prolapso valvar mitral
D) Dilatação do anel valvar
Um homem de 55 anos com insuficiência aórtica severa é encaminhado para avaliação pré-operatória. Qual exame é mais indicado para avaliar o tamanho da raiz da aorta e descartar dissecção aórtica?
A) Ecocardiograma transtorácico
B) Angiotomografia de aorta
C) Radiografia de tórax
D) Cateterismo cardíaco
Qual dos fatores abaixo está mais associado ao pior prognóstico em uma paciente com estenose mitral severa?
A) Sobrecarga atrial esquerda no eletrocardiograma
B) Trombo em átrio esquerdo visualizado no ecocardiograma transesofágico
C) Estalido de abertura presente na ausculta
D) Gradiente médio transvalvar de 7 mmHg
Uma mulher de 58 anos com insuficiência mitral aguda secundária a endocardite infecciosa apresenta choque cardiogênico. Qual é a intervenção inicial mais apropriada antes da correção cirúrgica?
A) Diuréticos intravenosos e nitroprussiato
B) Inotrópicos e balão intra-aórtico
C) Terapia anticoagulante plena
D) Antibioticoterapia prolongada
Uma mulher de 52 anos, com história de febre reumática na infância, é admitida com queixa de dispneia aos esforços há 2 anos, que piorou nas últimas semanas. Relata episódios de palpitações irregulares e um episódio recente de parestesia e fraqueza súbita do braço direito, que se resolveu espontaneamente em 30 minutos. No exame físico, observa-se ritmo cardíaco irregular, sopro diastólico em foco mitral com ruflar e estalido de abertura. ECG demonstra fibrilação atrial com sobrecarga atrial esquerda. O ecocardiograma mostra estenose mitral com área valvar de 1,0 cm², gradiente médio de 14 mmHg, e trombo no átrio esquerdo.
Qual é a conduta inicial mais apropriada?
A) Realização imediata de valvoplastia mitral percutânea
B) Anticoagulação plena com varfarina antes de intervenção valvar
C) Controle de frequência com digoxina e liberação para alta
D) Cirurgia de troca valvar emergencial