Hipertensão Arterial Flashcards
Paciente de 58 anos, com hipertensão resistente, em uso de enalapril, hidroclorotiazida e amlodipina, mantém pressão arterial de 160/100 mmHg. Qual seria a próxima etapa no manejo desse paciente?
A) Aumentar a dose de amlodipina
B) Adicionar um antagonista dos receptores de mineralocorticoides
C) Trocar hidroclorotiazida por furosemida
D) Suspender o enalapril
Resposta correta: B
O paciente apresenta hipertensão resistente, que é definida pela persistência de pressão arterial elevada apesar do uso de pelo menos três medicamentos antihipertensivos de classes diferentes, incluindo um diurético. Uma das causas comuns de hipertensão resistente é o hiperaldosteronismo primário, que pode ser tratado eficazmente com antagonistas dos receptores de mineralocorticoides, como a espironolactona, que ajuda a reduzir a retenção de sódio e água e, consequentemente, a pressão arterial.
Aumentar a dose de amlodipina, que provavelmente não será eficaz em controlar a hipertensão resistente, já que a amlodipina é um bloqueador dos canais de cálcio e, ao ser combinada com outros medicamentos, pode não ser suficiente para tratar o problema subjacente.
Trocar hidroclorotiazida por furosemida também não é indicado, pois a furosemida é um diurético de alça, mais comumente utilizado em situações como insuficiência renal ou edema grave, não sendo a opção mais adequada para hipertensão resistente sem essas comorbidades.
Suspender o enalapril não é uma escolha recomendada, visto que o enalapril é um inibidor da ECA e faz parte do tratamento de hipertensão, sendo útil especialmente em pacientes com comorbidades como insuficiência renal ou diabetes, e sua suspensão sem justificativa adequada não resolveria a hipertensão resistente.
Paciente de 65 anos com hipertensão e histórico de insuficiência renal crônica apresenta proteinúria persistente. Qual o medicamento antihipertensivo ideal?
A) Amlodipina
B) Losartana
C) Hidroclorotiazida
D) Carvedilol
Resposta correta: B
A Losartana é um antagonista dos receptores da angiotensina II (BRA) e oferece benefícios específicos em pacientes com insuficiência renal crônica e hipertensão, principalmente ao reduzir a proteinúria e proteger a função renal. A losartana atua bloqueando os efeitos da angiotensina II, um vasoconstritor potente, o que resulta em redução da pressão arterial e melhora na função renal, retardando a progressão da insuficiência renal. Além disso, é particularmente eficaz em reduzir a proteinúria, um fator importante no manejo de pacientes com doença renal crônica.
Amlodipina, que é um bloqueador dos canais de cálcio eficaz na redução da pressão arterial, mas não possui efeitos protetores específicos sobre os rins ou na diminuição da proteinúria;
Hidroclorotiazida, que é um diurético tiazídico utilizado no controle da hipertensão, mas não tem um efeito direto na proteção renal ou na redução da proteinúria em insuficiência renal crônica, além de ser menos eficaz em estágios mais avançados da doença renal;
Carvedilol, um beta-bloqueador com efeitos vasodilatadores úteis para controlar a pressão arterial e insuficiência cardíaca, mas não tem o mesmo efeito específico na redução da proteinúria e proteção renal oferecido pelos BRA, como a losartana, tornando-o menos indicado para esse quadro clínico.
Paciente com hipertensão e diabetes tipo 2 apresenta edema de membros inferiores após início de amlodipina. Qual a alternativa para evitar o efeito colateral?
A) Substituir por losartana
B) Associar com um diurético tiazídico
C) Suspender amlodipina e iniciar captopril
D) Aumentar a dose de amlodipina
Resposta correta: B
A amlodipina, um bloqueador dos canais de cálcio, pode causar edema de membros inferiores devido à sua ação vasodilatadora, que aumenta a permeabilidade capilar e permite o acúmulo de líquidos nos tecidos periféricos. Para evitar esse efeito colateral, a associação com um diurético tiazídico, como a hidroclorotiazida, pode ser eficaz, pois ele promove a eliminação de sódio e água, ajudando a controlar o edema sem prejudicar o efeito antihipertensivo da amlodipina.
Substituir por losartana, que é um antagonista dos receptores de angiotensina II e pode ser útil para controlar a hipertensão em pacientes com diabetes tipo 2, mas não é a solução para o edema causado pela amlodipina, já que a losartana não tem efeito sobre a retenção de líquidos causada por bloqueadores dos canais de cálcio;
Suspender amlodipina e iniciar captopril, que é um inibidor da ECA e pode ser útil em pacientes diabéticos com hipertensão, mas não resolve diretamente o problema do edema causado pela amlodipina, além de não ser a primeira escolha para tratar o efeito colateral específico da amlodipina;
Aumentar a dose de amlodipina, que pode agravar o edema, já que a amlodipina, quando aumentada, tende a intensificar o efeito vasodilatador e o acúmulo de líquidos nos membros inferiores, exacerbando o problema.
Paciente de 70 anos, com hipertensão arterial e histórico de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico há 3 anos, apresenta PA de 150/90 mmHg. Qual é a meta de pressão arterial recomendada para esse paciente?
A) <140/90 mmHg
B) <130/80 mmHg
C) <120/70 mmHg
D) <150/90 mmHg
Resposta correta: B
Para pacientes com hipertensão e histórico de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, a meta de pressão arterial recomendada é menos de 140/90 mmHg. Isso é baseado em diretrizes como as da American College of Cardiology (ACC), que sugerem que a redução da pressão arterial para valores abaixo de 140/90 mmHg é eficaz na prevenção de eventos cerebrovasculares, sem aumentar o risco de efeitos adversos. Em pacientes mais velhos, como no caso de um paciente de 70 anos, o foco é na redução da pressão arterial sem causar hipotensão excessiva, que pode aumentar o risco de quedas ou complicações.
Homem de 52 anos com hipertensão em uso de captopril e hidroclorotiazida, apresenta tosse persistente. Qual a melhor abordagem?
A) Aumentar a dose de hidroclorotiazida
B) Trocar captopril por losartana
C) Adicionar um bloqueador de canal de cálcio
D) Substituir hidroclorotiazida por furosemida
A alternativa correta é B) Trocar captopril por losartana.
A tosse persistente é um efeito colateral comum dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), como o captopril, devido ao acúmulo de bradicinina nos pulmões, que pode causar irritação nas vias respiratórias. A melhor abordagem é substituir o captopril por um antagonista dos receptores de angiotensina II (BRA II), como losartana, que possui um mecanismo de ação semelhante ao do captopril (bloqueando a angiotensina II), mas sem os efeitos colaterais associados à tosse, já que não interferem com a bradicinina.
Aumentar a dose de hidroclorotiazida não resolveria o problema da tosse persistente causada pelo captopril. Além disso, o aumento da dose de diurético pode causar desequilíbrios eletrolíticos e hipotensão.
Embora os bloqueadores dos canais de cálcio possam ser úteis no controle da hipertensão, eles não resolvem a tosse causada pelos IECAs. Além disso, adicionar um bloqueador de canal de cálcio sem retirar a causa da tosse (captopril) não seria a abordagem mais eficaz.
A furosemida é um diurético de alça, mais potente que a hidroclorotiazida, mas a troca de um diurético por outro não ajudaria a resolver a tosse persistente, que é causada pelo captopril. A causa da tosse é o captopril, e não a hidroclorotiazida.
Paciente de 62 anos com hipertensão e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Qual a melhor combinação de medicamentos?
A) Enalapril e hidroclorotiazida
B) Losartana e carvedilol
C) Amlodipina e hidroclorotiazida
D) Atenolol e espironolactona
A alternativa correta é B) Losartana e carvedilol.
A combinação de Losartana (um antagonista dos receptores de angiotensina II, BRA II) e Carvedilol (um beta-bloqueador) é altamente recomendada no tratamento da hipertensão associada à insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER). Ambos os medicamentos são de primeira linha para pacientes com insuficiência cardíaca. A Losartana ajuda a reduzir a pressão arterial e melhora a função cardíaca, ao bloquear os efeitos da angiotensina II, além de proporcionar benefícios renais. O Carvedilol é um beta-bloqueador que reduz a carga sobre o coração, melhora a função ventricular, diminui a frequência cardíaca e previne a progressão da insuficiência cardíaca.
O enalapril é um IECA (Inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina), que é uma boa opção no tratamento da insuficiência cardíaca, mas a hidroclorotiazida (diurético tiazídico) pode ser útil para controlar a pressão arterial, mas não é a combinação ideal para insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.
A Amlodipina (bloqueador dos canais de cálcio) pode ser útil para controlar a hipertensão, mas não é a melhor escolha para insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, já que não tem efeitos favoráveis sobre a função ventricular. A hidroclorotiazida também não é a melhor escolha para insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, sendo menos eficaz em comparação com espironolactona ou beta-bloqueadores.
Embora o atenolol (beta-bloqueador) e a espironolactona (antagonista da aldosterona) sejam bons medicamentos para insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, a combinação atenolol e espironolactona não é ideal para controle da hipertensão, pois atenolol tem menos impacto no controle da pressão arterial em comparação com losartana ou enalapril.
Mulher de 68 anos com hipertensão resistente e hipocalemia. Qual o próximo exame a ser solicitado?
A) Hemograma completo
B) Dosagem de aldosterona e atividade de renina plasmática
C) Ressonância magnética do cérebro
D) Eletrocardiograma
A alternativa correta é B) Dosagem de aldosterona e atividade de renina plasmática.
A hipocalemia associada à hipertensão resistente pode ser um sinal de hiperaldosteronismo primário, que é uma das causas tratáveis de hipertensão secundária. Esse distúrbio ocorre quando as glândulas suprarrenais produzem aldosterona em excesso, levando à retenção de sódio e água e à excreção excessiva de potássio, resultando em hipocalemia e hipertensão.
Para investigar a possibilidade de hiperaldosteronismo primário, a dosagem de aldosterona e a atividade de renina plasmática devem ser solicitadas. A razão para essa investigação é que, em casos de hiperaldosteronismo, a razão aldosterona/renina tende a ser elevada, indicando uma produção excessiva de aldosterona em relação à renina.
Embora o hemograma seja útil para investigar anemias ou infecções, não é o exame de escolha para investigar a causa de hipocalemia e hipertensão resistente. Exames focados em distúrbios endócrinos ou renais são mais apropriados nesse caso.
A ressonância magnética do cérebro seria indicada se houvesse suspeita de alguma condição neurológica, como um tumor hipofisário ou lesão cerebral, mas não é relevante para a investigação de hipertensão resistente com hipocalemia.
Embora o eletrocardiograma (ECG) possa mostrar alterações relacionadas à hipocalemia (como ondas T achatadas ou inversas), ele não é o exame diagnóstico principal para investigar a causa da hipertensão resistente e da hipocalemia. O ECG seria mais útil para avaliar o impacto da hipocalemia, mas a investigação da causa (como hiperaldosteronismo) requer exames laboratoriais.
Paciente com hipertensão e doença arterial coronariana em uso de atenolol e hidroclorotiazida. A pressão arterial continua elevada. Qual o próximo passo?
A) Aumentar a dose de atenolol
B) Adicionar enalapril
C) Trocar hidroclorotiazida por furosemida
D) Suspender o atenolol
A alternativa correta é B) Adicionar enalapril.
Em pacientes com hipertensão e doença arterial coronariana (DAC), a abordagem ideal inclui medicamentos que protejam o coração e ajudem a controlar a pressão arterial de maneira eficaz. O atenolol (um beta-bloqueador) e a hidroclorotiazida (um diurético tiazídico) são boas opções iniciais, mas, se a pressão arterial continuar elevada, outras medidas podem ser necessárias. O enalapril (iECA) ajuda a reduzir a pressão arterial e tem um efeito cardioprotetor, o que é especialmente importante em pacientes com doença arterial coronariana.
O atenolol já está sendo utilizado e, embora ele tenha efeitos benéficos sobre a pressão arterial e a frequência cardíaca, não é o medicamento mais eficaz para controlar a pressão arterial em pacientes com doença arterial coronariana se a pressão ainda estiver elevada. IECAs, como o enalapril, são mais indicados para esse contexto.
A furosemida é um diurético de alça, mais potente do que a hidroclorotiazida. No entanto, não é a melhor estratégia inicial em hipertensão resistente a menos que haja sobrecarga de volume significativa. A troca de diurético não é a melhor opção se o objetivo é controlar a pressão arterial, pois IECAs têm um impacto mais favorável no controle da pressão e na proteção cardiovascular.
O atenolol é um medicamento fundamental para pacientes com doença arterial coronariana, pois reduz a frequência cardíaca e demanda de oxigênio do miocárdio, ajudando a prevenir eventos isquêmicos. Suspender o atenolol não seria adequado, pois ele desempenha um papel protetor.
Mulher de 74 anos com hipertensão e osteoporose, em uso de hidroclorotiazida e amlodipina, apresenta PA descontrolada. Qual a melhor opção para ajuste de tratamento?
A) Adicionar losartana
B) Trocar hidroclorotiazida por enalapril
C) Suspender amlodipina e iniciar captopril
D) Adicionar um beta-bloqueador
A alternativa correta é A) Adicionar losartana.
Em uma paciente com hipertensão e osteoporose, o losartana (um BRA) é uma excelente opção, pois ele ajuda a controlar a pressão arterial e, ao mesmo tempo, não tem efeito negativo sobre a densidade óssea. Além disso, os BRA têm efeito semelhante aos IECAs na proteção cardiovascular e renal, sendo bem tolerados e sem o risco de tosse, comum com IECAs.
Embora o enalapril (um IECA) seja eficaz no controle da hipertensão, ele não seria a melhor escolha para uma paciente com osteoporose, pois IECAs podem aumentar o risco de hipercalemia e têm um efeito indireto sobre a mineralização óssea, o que pode ser problemático em pacientes com osteoporose.
A amlodipina (um bloqueador de canal de cálcio) é uma boa escolha para hipertensão, especialmente em idosos, e não deve ser suspendida sem uma razão clara.
Beta-bloqueadores não são a primeira escolha para controle da hipertensão em pacientes idosos, especialmente quando não há indicação para proteção do coração, como em casos de doença arterial coronariana. Além disso, eles podem ter efeitos negativos sobre a função vascular e o metabolismo ósseo.
Paciente de 56 anos com hipertensão e doença renal crônica em uso de losartana e hidroclorotiazida. A pressão arterial permanece elevada. Qual a melhor opção terapêutica adicional?
A) Adicionar amlodipina
B) Trocar losartana por enalapril
C) Suspender hidroclorotiazida e adicionar espironolactona
D) Iniciar captopril
A alternativa correta é A) Adicionar amlodipina.
Em pacientes com hipertensão e doença renal crônica com pressão arterial descontrolada, a adição de amlodipina (um bloqueador de canal de cálcio) é uma estratégia eficaz. Os bloqueadores de canal de cálcio são frequentemente recomendados como terapia adicional para melhorar o controle pressórico, especialmente quando já se está utilizando um BRA como a losartana, que oferece proteção renal.
A losartana (um BRA) já exerce função protetora sobre os rins. Trocar por um IECA como o enalapril não traria um benefício adicional significativo e poderia aumentar o risco de hipercalemia em pacientes com doença renal crônica.
A espironolactona é usada com cautela em pacientes com doença renal crônica, pois pode elevar o risco de hipercalemia. Além disso, a hidroclorotiazida pode ter efeitos benéficos no controle de pressão e é útil em pacientes hipertensos com doença renal.
Introduzir o captopril (um IECA) em um paciente que já usa losartana não é recomendado, pois o uso combinado de IECA e BRA não traz benefícios adicionais e pode aumentar o risco de efeitos adversos renais.
Homem de 59 anos, diabético tipo 2 e hipertenso, faz uso de hidroclorotiazida, mas mantém PA de 150/90 mmHg. Qual o próximo passo no tratamento?
A) Substituir hidroclorotiazida por losartana
B) Associar um IECA, como enalapril
C) Adicionar atenolol
D) Iniciar nifedipina
A alternativa correta é B) Associar um IECA, como enalapril.
Em pacientes com diabetes tipo 2 e hipertensão, um IECA como o enalapril é uma excelente escolha devido aos seus efeitos nefroprotetores e cardioprotetores. Os IECAs ajudam a reduzir a pressão arterial e a proteger os rins, o que é particularmente importante em pacientes diabéticos, que estão em maior risco de nefropatia diabética.
A losartana (um BRA) seria uma boa adição, mas não é necessário substituir a hidroclorotiazida, pois essa combinação é frequentemente recomendada para controle da pressão em pacientes com diabetes e hipertensão.
Beta-bloqueadores, como o atenolol, não são de primeira linha para pacientes com diabetes e hipertensão, pois podem mascarar sintomas de hipoglicemia e têm menos benefícios renais e cardiovasculares em comparação com IECAs.
Embora os bloqueadores de canal de cálcio como a nifedipina sejam eficazes para reduzir a pressão arterial, um IECA é mais adequado aqui devido aos seus efeitos protetores específicos para diabéticos.
Paciente de 47 anos com hipertensão arterial estágio 1 sem comorbidades, não fez mudanças de estilo de vida. Qual a primeira recomendação terapêutica?
A) Iniciar com diurético tiazídico
B) Orientar modificação de estilo de vida e reavaliar em 3 a 6 meses
C) Iniciar IECA e diurético
D) Adicionar um bloqueador de canal de cálcio
A alternativa correta é B) Orientar modificação de estilo de vida e reavaliar em 3 a 6 meses.
Para pacientes com hipertensão arterial estágio 1 sem comorbidades, a primeira abordagem recomendada é a mudança de estilo de vida, incluindo uma dieta saudável, redução do consumo de sal, exercícios físicos regulares, perda de peso (se necessário) e cessação do tabagismo. Essas mudanças podem ser suficientes para reduzir a pressão arterial sem necessidade imediata de medicamentos. Após esse período, o paciente deve ser reavaliado para verificar se a pressão arterial atingiu níveis adequados.
Medicamentos são geralmente indicados em estágio 1 apenas se houver falha nas mudanças de estilo de vida ou presença de comorbidades.
A combinação de medicamentos é mais indicada para hipertensão em estágios mais avançados ou para pacientes com fatores de risco adicionais.
Assim como as outras medicações, bloqueadores de canal de cálcio não são recomendados como primeira linha sem tentativa de mudança no estilo de vida em estágio 1.
Paciente de 50 anos com hipertensão arterial em uso de losartana e hidroclorotiazida apresenta elevação de creatinina sérica após introdução de enalapril. Qual é a causa provável?
A) Efeito colateral da losartana
B) Nefropatia hipertensiva
C) Estenose de artéria renal
D) Uso do diurético
A alternativa correta é C) Estenose de artéria renal.
A elevação da creatinina sérica após a introdução de um IECA (como o enalapril) ou um BRA (como a losartana) pode indicar estenose de artéria renal. Esses medicamentos atuam bloqueando o sistema renina-angiotensina-aldosterona, o que pode reduzir a perfusão renal em pacientes com estenose de artéria renal significativa, levando a uma queda na taxa de filtração glomerular e aumento da creatinina.
A losartana é um BRA e geralmente não causa aumento de creatinina a menos que haja comprometimento hemodinâmico renal, como na estenose da artéria renal.
Embora nefropatia hipertensiva possa causar elevação crônica da creatinina, o aumento imediato após a introdução de um IECA sugere outra causa, como estenose da artéria renal.
Diuréticos geralmente não aumentam a creatinina de maneira significativa; eles podem reduzir o volume intravascular, mas esse efeito é menos pronunciado que a alteração causada pelo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona em pacientes com estenose de artéria renal.
Mulher de 75 anos com hipertensão, insuficiência renal crônica (clearance de creatinina <30 mL/min) e edema, usa furosemida. Qual classe de medicamento é contraindicada?
A) Beta-bloqueador
B) Bloqueador do receptor de angiotensina
C) Diurético tiazídico
D) Antagonista do receptor mineralocorticoide
A alternativa correta é C) Diurético tiazídico.
Diuréticos tiazídicos são contraindicados em pacientes com insuficiência renal crônica grave (clearance de creatinina <30 mL/min), pois eles perdem eficácia nesses níveis de função renal. Além disso, os tiazídicos podem piorar o balanço de eletrólitos e não são eficazes para o controle de edema em pacientes com insuficiência renal avançada. Nesse caso, os diuréticos de alça como a furosemida são mais apropriados, pois mantêm a eficácia em clearance de creatinina abaixo de 30 mL/min.
Beta-bloqueadores não têm contraindicação absoluta em função da taxa de filtração glomerular.
Embora os BRAs precisem ser usados com cautela e acompanhamento da função renal e potássio, eles não são absolutamente contraindicados e podem até ter efeitos benéficos em certos pacientes com insuficiência renal.
Antagonistas do receptor de mineralocorticoides (como a espironolactona) devem ser usados com muita cautela devido ao risco de hipercalemia em insuficiência renal, mas não têm contraindicação absoluta como os tiazídicos.
Paciente de 60 anos, hipertenso e com histórico de infarto do miocárdio, está em tratamento com losartana e hidroclorotiazida. A pressão arterial ainda está elevada. Qual o melhor ajuste?
A) Adicionar carvedilol
B) Substituir losartana por enalapril
C) Iniciar amlodipina
D) Suspender hidroclorotiazida
A alternativa correta é A) Adicionar carvedilol.
Para um paciente hipertenso com histórico de infarto do miocárdio, o carvedilol (um beta-bloqueador) é uma boa opção adicional, pois, além de reduzir a pressão arterial, ele oferece proteção cardíaca e ajuda a prevenir novos eventos isquêmicos. Beta-bloqueadores são recomendados em pacientes com doença cardiovascular, especialmente após infarto, pois diminuem a frequência cardíaca, a demanda de oxigênio do miocárdio e o risco de arritmias.
A troca de losartana (um BRA) por enalapril (um IECA) não proporcionaria um benefício significativo no controle da pressão arterial, pois ambos têm efeitos semelhantes no sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Embora a amlodipina (um bloqueador de canal de cálcio) seja eficaz para reduzir a pressão arterial, ela não oferece os mesmos benefícios cardioprotetores que um beta-bloqueador em um paciente com histórico de infarto.
Hidroclorotiazida é útil para controle de pressão arterial e a suspensão dela poderia piorar o quadro hipertensivo.