Fibrilacão Atrial Flashcards

1
Q

Um paciente de 70 anos com histórico de hipertensão e diabetes chega ao pronto-socorro com queixas de palpitações, tontura e desconforto torácico leve. Ao exame, o ECG mostra ausência de onda P e irregularidade do intervalo R-R, com frequência cardíaca de 140 bpm. Qual é o diagnóstico mais provável para esse paciente?

A) Flutter atrial
B) Fibrilação atrial
C) Taquicardia ventricular
D) Bradicardia sinusal

A

Resposta correta: B) Fibrilação atrial.

Esse paciente apresenta um ECG com ausência de ondas P e irregularidade do intervalo R-R, acompanhado de uma frequência cardíaca elevada (140 bpm). Esses achados são característicos de fibrilação atrial (FA), especialmente em alguém com fatores de risco como idade avançada, hipertensão e diabetes.

Flutter atrial geralmente apresenta ondas “em dente de serra” e um ritmo mais regular, diferente do ritmo irregular visto aqui;

Taquicardia ventricular costuma ter QRS largos e um ritmo regular, enquanto este (FA) paciente apresenta QRS estreito e ritmo irregular;

Bradicardia sinusal envolve uma frequência cardíaca abaixo de 60 bpm, o que contrasta com a taquicardia observada. Portanto, fibrilação atrial é o diagnóstico mais consistente.

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2
Q

Um homem de 68 anos, ex-tabagista, com histórico de hipertensão e insuficiência cardíaca congestiva, chega ao hospital com palpitações e dispneia. O ECG mostra um ritmo cardíaco irregularmente irregular e complexos QRS estreitos. Qual seria a melhor opção inicial para o controle da frequência cardíaca?

A) Amiodarona
B) Digoxina
C) Propafenona
D) Verapamil

A

Resposta correta: B) Digoxina.

Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e fibrilação atrial (sugerido pelo ritmo irregularmente irregular e complexos QRS estreitos), a digoxina é uma escolha apropriada para controlar a frequência, pois é eficaz e não possui os efeitos depressivos sobre a função cardíaca que bloqueadores de canal de cálcio ou betabloqueadores podem ter.

Amiodarona é útil em controle do ritmo, mas é menos preferida para controle da frequência e reservada para casos refratários;

Propafenona é um antiarrítmico classe IC que pode piorar a insuficiência cardíaca e não é indicado para controle da frequência;

Verapamil, um bloqueador do canal de cálcio, pode deprimir ainda mais a função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca, tornando-se inadequado neste contexto.

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3
Q

Uma paciente de 75 anos, com histórico de insuficiência mitral e hipertensão, foi diagnosticada com fibrilação atrial permanente. Qual dos seguintes fatores mais aumenta o risco de tromboembolismo nesse caso?

A) Idade avançada
B) Hipertensão arterial
C) Estenose mitral associada
D) Uso prévio de anticoagulante

A

Resposta correta: C) Estenose mitral associada.

Entre os fatores de risco para tromboembolismo em pacientes com fibrilação atrial, a presença de estenose mitral (mesmo associada à insuficiência mitral) é o mais significativo, pois aumenta muito o risco de formação de trombos atriais devido ao fluxo sanguíneo reduzido. A idade avançada e hipertensão arterial também contribuem para o risco tromboembólico, mas em menor grau. O uso prévio de anticoagulante não aumenta o risco; pelo contrário, ele o reduz.

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4
Q

Um paciente com fibrilação atrial é atendido no pronto-socorro após um episódio de palpitações. Ele relata que os sintomas costumam resolver-se espontaneamente em menos de 24 horas. Qual seria a melhor classificação para o tipo de fibrilação atrial que ele apresenta?

A) Fibrilação atrial permanente
B) Fibrilação atrial persistente
C) Fibrilação atrial paroxística
D) Fibrilação atrial isolada

A

Resposta correta: C) Fibrilação atrial paroxística.

A fibrilação atrial paroxística é caracterizada por episódios que começam e terminam espontaneamente, geralmente durando menos de 24 horas, como relatado pelo paciente.

Fibrilação atrial permanente ocorre quando a arritmia é aceita como definitiva, sem intenção de restaurar o ritmo sinusal.

Fibrilação atrial persistente requer intervenção para conversão ao ritmo sinusal.

Fibrilação atrial isolada é usada para descrever casos em pacientes jovens sem doença cardíaca estrutural ou fatores de risco adicionais.

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5
Q

Uma paciente de 64 anos apresenta fibrilação atrial e hipertireoidismo. Qual seria o tratamento inicial mais indicado para o controle da frequência cardíaca?

A

Resposta correta: Metoprolol.

Para uma paciente com fibrilação atrial e hipertireoidismo, o tratamento inicial mais indicado para controle da frequência cardíaca é um betabloqueador (como propranolol ou metoprolol). Betabloqueadores são eficazes para reduzir a frequência cardíaca, especialmente em casos de hipertireoidismo, pois ajudam a controlar os efeitos da alta atividade adrenérgica associada à condição. Outras opções, como bloqueadores de canal de cálcio, podem ser usadas, mas os betabloqueadores são preferidos devido à sua eficácia em controlar os sintomas adrenérgicos do hipertireoidismo.

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6
Q

Um paciente jovem, sem histórico de doenças cardíacas estruturais, apresenta episódios de fibrilação atrial relacionados à ingestão alcoólica em festas. Qual é o termo usado para descrever essa condição?

A) Síndrome do coração de atleta
B) Fibrilação atrial vagotônica
C) Síndrome do coração de feriado (Holiday Heart Syndrome)
D) Fibrilação atrial bradi-taqui

A

Resposta correta: C) Síndrome do coração de feriado (Holiday Heart Syndrome).

Síndrome do coração de feriado (Holiday Heart Syndrome) descreve episódios de fibrilação atrial em indivíduos sem doenças cardíacas estruturais, frequentemente desencadeados pela ingestão excessiva de álcool, como em festas ou feriados.

Síndrome do coração de atleta refere-se a alterações cardíacas observadas em atletas, como bradicardia e alterações no ECG, mas não está associada à fibrilação atrial desencadeada por álcool;

Fibrilação atrial vagotônica ocorre em indivíduos com um tônus vagal elevado, geralmente em repouso, e não está ligada diretamente ao consumo de álcool;

Fibrilação atrial bradi-taqui é uma forma rara de fibrilação atrial que envolve episódios alternados de bradicardia e taquicardia, o que não se aplica ao caso descrito.

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7
Q

Um paciente idoso é diagnosticado com fibrilação atrial e apresenta alto risco cardioembólico (CHA2DS2-VASc ≥ 2). Qual é a recomendação mais adequada para manejo a longo prazo?

A) Antiarrítmico oral para controle de ritmo
B) Anticoagulação permanente
C) Betabloqueador isolado
D) Cardioversão sem anticoagulação

A

Resposta correta: B) Anticoagulação permanente.

Pacientes com alto risco de tromboembolismo devem receber anticoagulação a longo prazo para prevenir acidente vascular cerebral (AVC) e outros eventos tromboembólicos. A anticoagulação é essencial, independentemente de o paciente estar em controle de ritmo ou não.

Antiarrítmico oral para controle de ritmo pode ser considerado, mas o foco no controle de ritmo não substitui a necessidade de anticoagulação;

Betabloqueador isolado é útil para controle da frequência cardíaca, mas não previne o risco tromboembólico;

Cardioversão sem anticoagulação não é recomendada devido ao alto risco de tromboembolismo antes de garantir anticoagulação adequada.

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8
Q

Uma mulher de 60 anos, assintomática, apresenta-se com fibrilação atrial detectada incidentalmente em um exame físico. Ela não possui fatores de risco significativos. Qual seria a conduta inicial mais indicada?

A) Cardioversão elétrica imediata
B) Anticoagulação indefinida
C) Controle da frequência cardíaca
D) Implante de marca-passo

A

Resposta correta: C) Controle da frequência cardíaca.

Como a paciente não apresenta sintomas e não tem fatores de risco significativos para tromboembolismo, o controle da frequência cardíaca é a primeira medida a ser tomada. Isso pode ser feito com betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio ou digoxina.

Cardioversão elétrica imediata não é necessária em pacientes assintomáticos e sem complicações;

Anticoagulação indefinida não é indicada sem fatores de risco para tromboembolismo (como CHA2DS2-VASc ≥ 2);

Implante de marca-passo não é indicado para fibrilação atrial, a menos que haja bradicardia significativa associada.

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9
Q

Um paciente com fibrilação atrial e história de hipertensão arterial sistêmica chega ao hospital com sinais de congestão pulmonar. Ele é considerado instável. Qual é a conduta inicial recomendada?

A) Iniciar anticoagulação oral e observar
B) Cardioversão elétrica imediata
C) Administrar verapamil intravenoso
D) Aguardar reversão espontânea

A

Resposta correta: B) Cardioversão elétrica imediata.

Pacientes instáveis com fibrilação atrial, que apresentam sintomas como congestão pulmonar e sinais de baixo débito, necessitam de uma intervenção urgente para restaurar o ritmo sinusal e melhorar a hemodinâmica.

Iniciar anticoagulação oral e observar não é adequado para um paciente instável, pois a prioridade é a estabilização hemodinâmica.

Administrar verapamil intravenoso pode ser usado para controle da frequência, mas não é indicado em casos de instabilidade hemodinâmica;

Aguardar reversão espontânea também não é uma abordagem apropriada para pacientes instáveis.

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10
Q

Durante a consulta, uma paciente de 78 anos com fibrilação atrial é avaliada para anticoagulação. O escore CHA2DS2-VASc dela é 4. Qual a melhor recomendação de tratamento?

A) Betabloqueador para controle da frequência cardíaca
B) Anticoagulação oral
C) Cardioversão elétrica sem anticoagulação
D) Observação e ECG trimestral

A

Resposta correta: B) Anticoagulação oral.

Com um escore CHA2DS2-VASc de 4, a paciente apresenta alto risco de tromboembolismo, e a anticoagulação oral é fundamental para prevenir eventos tromboembólicos, como acidente vascular cerebral (AVC).

Betabloqueador para controle da frequência cardíaca pode ser necessário, mas não substitui a necessidade de anticoagulação em pacientes com alto risco de tromboembolismo.

Cardioversão elétrica sem anticoagulação não é recomendada, pois a paciente tem um risco elevado de formação de trombos, o que pode resultar em complicações graves durante a cardioversão.

Observação e ECG trimestral não são suficientes, dado o alto risco de tromboembolismo dessa paciente.

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11
Q

Um homem de 52 anos, com hipertensão arterial controlada, apresenta episódios recorrentes de fibrilação atrial. Ele tem sido tratado com betabloqueador, mas continua sintomático. Qual das seguintes opções pode ser considerada para melhorar o controle do ritmo?

A) Cardioversão elétrica e amiodarona profilática
B) Mudança para digoxina e controle de frequência
C) Suspender todos os medicamentos e observar
D) Implante imediato de marca-passo

A

Resposta correta: A) Cardioversão elétrica e amiodarona profilática.

Em pacientes com fibrilação atrial sintomática recorrente, apesar do controle de frequência com betabloqueador, a cardioversão elétrica pode restaurar o ritmo sinusal. A amiodarona é uma opção para prevenção de recorrências após a cardioversão, especialmente em pacientes que não responderam a outras medidas de controle da frequência.

Mudança para digoxina e controle de frequência não seria ideal, pois digoxina é menos eficaz em pacientes ativos e não controla o ritmo.

Suspender todos os medicamentos e observar não é indicado devido aos sintomas persistentes.

Implante imediato de marca-passo não é uma abordagem apropriada, pois marca-passo não trata diretamente a fibrilação atrial, mas é indicado em bradicardias ou bloqueios específicos.

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12
Q

Um paciente diagnosticado com fibrilação atrial faz uso de amiodarona e varfarina. Qual exame deve ser monitorado com maior frequência devido ao uso desses medicamentos?

A) Função renal
B) Nível sérico de sódio
C) Tempo de protrombina (INR)
D) Hemograma completo

A

Resposta correta: C) Tempo de protrombina (INR).

A amiodarona pode potencializar o efeito da varfarina, aumentando o risco de sangramentos. Portanto, é essencial monitorar o INR regularmente para ajustar a dose de varfarina e manter o tempo de protrombina dentro da faixa terapêutica segura.

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13
Q

Uma paciente de 67 anos apresenta fibrilação atrial e faz uso de anticoagulantes orais. Ela sofreu uma queda com trauma leve, sem sangramentos visíveis. Qual deve ser o próximo passo?

A) Realizar tomografia de crânio para descartar hemorragia
B) Suspender o anticoagulante imediatamente
C) Iniciar betabloqueador
D) Observar e monitorar em casa

A

Resposta correta: A) Realizar tomografia de crânio para descartar hemorragia.

Pacientes em uso de anticoagulantes têm um risco elevado de hemorragias, incluindo intracranianas, mesmo após traumas leves.
Por isso, uma tomografia de crânio é essencial para identificar qualquer sangramento oculto, especialmente em idosos.

Suspender o anticoagulante imediatamente não é recomendado sem confirmação de hemorragia, pois a anticoagulação é importante para prevenir eventos tromboembólicos.

Iniciar betabloqueador não se aplica ao manejo de trauma; esse medicamento é usado para controle da frequência cardíaca na fibrilação atrial.

Observar e monitorar em casa é arriscado sem primeiro descartar hemorragia intracraniana.

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14
Q

Um paciente de 60 anos com insuficiência cardíaca apresenta-se com fibrilação atrial e taquicardia sustentada. Ele não apresenta contraindicações a betabloqueadores. Qual é o tratamento mais adequado para controlar a frequência cardíaca?

A) Amiodarona intravenosa
B) Digoxina isolada
C) Metoprolol intravenoso
D) Verapamil oral

A

Resposta correta: C) Metoprolol intravenoso

Betabloqueadores como o metoprolol são eficazes para o controle da frequência cardíaca em pacientes com fibrilação atrial, especialmente quando há taquicardia sustentada, e são seguros para uso em pacientes com insuficiência cardíaca.

Amiodarona intravenosa pode ser usada para controle de ritmo, mas não é a primeira escolha para controle de frequência em insuficiência cardíaca com taquicardia sustentada;

Digoxina isolada controla a frequência em repouso, mas é menos eficaz em situações de alta demanda adrenérgica, como na taquicardia sustentada;

Verapamil oral não é indicado em insuficiência cardíaca, pois bloqueadores de canal de cálcio não di-hidropiridínicos podem agravar a disfunção cardíaca.

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15
Q

Uma paciente jovem, com diagnóstico de fibrilação atrial isolada e sem comorbidades, deseja evitar o uso crônico de medicamentos. Qual intervenção pode ser indicada para casos como o dela?

A) Controle da frequência cardíaca com betabloqueadores
B) Anticoagulação contínua
C) Ablação por radiofrequência
D) Cardioversão elétrica mensal

A

Resposta correta: C) Ablação por radiofrequência.

A ablação por radiofrequência é um procedimento que visa eliminar focos de arritmia no coração e pode oferecer uma solução duradoura para pacientes com fibrilação atrial que desejam reduzir ou evitar o uso de medicação contínua.

Controle da frequência cardíaca com betabloqueadores é uma abordagem para reduzir os sintomas, mas implica o uso contínuo de medicamentos;

Anticoagulação contínua geralmente não é indicada para fibrilação atrial isolada em pacientes jovens e sem fatores de risco tromboembólicos;

Cardioversão elétrica mensal não é uma prática comum, pois a repetição frequente pode não ser prática ou confortável e não resolve a arritmia de maneira definitiva.

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16
Q

Um homem de 55 anos com fibrilação atrial persistente passa por cardioversão elétrica, mas recidiva para o ritmo de fibrilação atrial. Qual dos antiarrítmicos abaixo poderia ser usado para ajudar na manutenção do ritmo sinusal após a cardioversão?

A) Digoxina
B) Diltiazem
C) Amiodarona
D) Verapamil

A

Resposta correta: C) Amiodarona.

A amiodarona é eficaz para prevenir a recidiva da fibrilação atrial, especialmente após a cardioversão, pois age prolongando o potencial de ação e o período refratário das células cardíacas.

Digoxina e Diltiazem são usados principalmente para controle da frequência cardíaca, não para manutenção do ritmo;

Verapamil também é utilizado para controle de frequência, mas não tem efeito significativo na manutenção do ritmo sinusal.

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17
Q

Um paciente de 70 anos com fibrilação atrial é hospitalizado com insuficiência cardíaca descompensada. Sua frequência cardíaca está elevada. Qual das seguintes drogas seria contraindicada para controle da frequência nesse caso?

A) Metoprolol
B) Verapamil
C) Digoxina
D) Amiodarona

A

Resposta correta: B) Verapamil.

Verapamil é um bloqueador de canal de cálcio não di-hidropiridínico que pode agravar a insuficiência cardíaca, pois tem efeitos inotrópicos negativos, o que pode piorar a função do coração comprometido.

Metoprolol pode ser usado com cautela, pois betabloqueadores são indicados para controle de frequência, especialmente se o paciente já os utilizava antes;

Digoxina é frequentemente usada em insuficiência cardíaca para controle de frequência em fibrilação atrial;

Amiodarona também é uma opção, pois tem um efeito relativamente neutro sobre a contratilidade e é segura para pacientes com insuficiência cardíaca.

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18
Q

Um homem de 60 anos com FA e insuficiência cardíaca faz uso de anticoagulante. Em um check-up, seu INR está descontrolado e ele apresenta múltiplos efeitos adversos. Qual seria uma alternativa recomendada?

A) Trocar para dabigatrana sem ajuste adicional
B) Introduzir rivaroxabana após o INR estar abaixo de 2
C) Suspender a anticoagulação e monitorar a frequência
D) Iniciar betabloqueador sem alterar anticoagulante

A

Resposta correta: B) Introduzir rivaroxabana após o INR estar abaixo de 2.

Rivaroxabana é um anticoagulante oral direto que não requer monitoramento frequente de INR, o que pode ajudar a reduzir os efeitos adversos e melhorar a segurança e conveniência da anticoagulação em comparação com a varfarina.

Trocar para dabigatrana sem ajuste adicional poderia ser arriscado, pois é importante garantir que o INR esteja em uma faixa segura antes de iniciar um novo anticoagulante oral direto;

Suspender a anticoagulação e monitorar a frequência aumentaria o risco de eventos tromboembólicos em um paciente com FA;

Iniciar betabloqueador sem alterar o anticoagulante não aborda o problema da anticoagulação descontrolada.

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19
Q

Uma mulher de 80 anos, com diagnóstico de FA e hipertireoidismo, está em anticoagulação profilática e mantém um controle irregular de frequência com sintomas de palpitação. Após tentativas frustradas de controle com betabloqueadores e verapamil, qual seria a próxima etapa terapêutica?

A) Ablação do nódulo AV com implante de marca-passo
B) Cardioversão elétrica sem ablação
C) Dobrar a dose de betabloqueadores
D) Suspender anticoagulante e monitorar o ritmo

A

Resposta correta: A) Ablação do nódulo AV com implante de marca-passo.

A ablação do nódulo AV é uma abordagem eficaz para controlar a frequência cardíaca em pacientes com FA sintomática e controle inadequado da frequência com medicamentos. Esse procedimento elimina a condução atrioventricular, resultando em bloqueio completo do nódulo AV, e o paciente passa a depender de um marca-passo para garantir uma frequência cardíaca adequada.

Cardioversão elétrica sem ablação pode ser usada para restaurar o ritmo sinusal, mas não resolveria o problema de controle da frequência de maneira definitiva e poderia ser repetida, o que não é ideal a longo prazo;

Dobrar a dose de betabloqueadores pode agravar os efeitos adversos e não resolver o problema de controle de frequência de forma eficaz em um paciente idoso;

Suspender anticoagulante e monitorar o ritmo não é adequado, pois a paciente tem risco aumentado de eventos tromboembólicos, dado o diagnóstico de fibrilação atrial.

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20
Q

Um paciente de 65 anos, diagnosticado com FA persistente, foi anticoagulado por 3 semanas antes da cardioversão planejada. Porém, um ecocardiograma transesofágico revela trombo no átrio esquerdo. Qual deve ser a conduta?

A) Realizar a cardioversão imediatamente
B) Manter anticoagulação por mais 4 semanas e repetir o exame
C) Iniciar apenas terapia antiarrítmica profilática
D) Substituir anticoagulação por antiagregação plaquetária

A

Resposta correta: B) Manter anticoagulação por mais 4 semanas e repetir o exame.

Pacientes com fibrilação atrial (FA) e trombo no átrio esquerdo têm alto risco de eventos tromboembólicos caso sejam submetidos à cardioversão, pois o procedimento pode deslocar o trombo, resultando em complicações graves, como acidente vascular cerebral. A presença de trombo, identificada no ecocardiograma transesofágico (ETE), indica que o paciente ainda não está seguro para a cardioversão, mesmo após as 3 semanas iniciais de anticoagulação. A conduta mais indicada é prolongar a anticoagulação por pelo menos 4 semanas e repetir o ETE para confirmar a resolução do trombo antes de considerar a cardioversão.

Realizar a cardioversão imediatamente é incorreta, pois a cardioversão com trombo presente apresenta alto risco de deslocamento e embolia, aumentando o risco de AVC.

Iniciar apenas terapia antiarrítmica profilática não é adequado, pois o foco deve ser a prevenção de eventos tromboembólicos devido ao trombo, e não apenas o controle da arritmia.

Substituir anticoagulação por antiagregação plaquetária é inadequada, pois a antiagregação não é tão eficaz quanto a anticoagulação para prevenir tromboembolismo na FA.

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21
Q

Uma mulher de 75 anos apresenta FA com baixa resposta ventricular e disfunção do nódulo sinusal. Ela exibe períodos de bradicardia intensa entre os episódios de FA. Qual é a estratégia de tratamento ideal para essa condição?

A) Manter apenas anticoagulação crônica
B) Implante de marca-passo DDDR antes de iniciar antiarrítmicos
C) Ajuste de betabloqueadores e diltiazem
D) Ablação por radiofrequência no átrio direito

A

Resposta correta: B) Implante de marca-passo DDDR antes de iniciar antiarrítmicos.

Essa paciente apresenta síndrome bradi-taqui, caracterizada pela combinação de fibrilação atrial (FA) com baixa resposta ventricular e disfunção do nódulo sinusal, resultando em episódios de bradicardia intensa. O tratamento ideal para essa condição é o implante de um marca-passo DDDR, pois ele estabiliza a frequência cardíaca, prevenindo bradicardias graves e permitindo a administração segura de medicamentos antiarrítmicos, se necessário, para controlar a FA.

Manter apenas anticoagulação não resolve a bradicardia.

Ajuste de betabloqueadores e diltiazem pode agravar a bradicardia.

Ablação por radiofrequência não é indicada como primeira linha nesse contexto.

22
Q

Um homem de 73 anos, com FA crônica e insuficiência cardíaca, faz uso de betabloqueadores, mas mantém-se sintomático. Qual outra droga poderia ser adicionada para controlar a resposta ventricular com maior eficácia?

A) Verapamil
B) Diltiazem
C) Digoxina
D) Propafenona

A

Resposta correta: C) Digoxina.

Em pacientes com fibrilação atrial (FA) crônica e insuficiência cardíaca, a digoxina é uma opção eficaz para controle da resposta ventricular. Ela atua diminuindo a frequência cardíaca e tem um efeito inotrópico positivo, o que pode ser benéfico na insuficiência cardíaca. Além disso, a digoxina pode ser combinada com betabloqueadores para melhorar o controle da frequência ventricular em repouso.

Verapamil e Diltiazem são bloqueadores de canal de cálcio, mas não são recomendados para pacientes com insuficiência cardíaca sistólica, pois podem piorar a função cardíaca.

Propafenona é um antiarrítmico que não controla a resposta ventricular e, em pacientes com insuficiência cardíaca, pode aumentar o risco de arritmias, sendo contraindicado.

23
Q

Um paciente com FA persistente é tratado com controle da frequência cardíaca e anticoagulação. No entanto, ele apresenta sinais de taquicardiomiopatia. Qual seria a melhor intervenção para aliviar esse quadro?

A) Aumentar a dose de betabloqueadores
B) Realizar cardioversão elétrica para restaurar o ritmo sinusal
C) Adicionar amiodarona ao tratamento
D) Implementar controle rigoroso de frequência cardíaca

A

Resposta correta: B) Realizar cardioversão elétrica para restaurar o ritmo sinusal.

A taquicardiomiopatia ocorre quando a frequência cardíaca elevada e sustentada causa disfunção ventricular, levando à insuficiência cardíaca. Em pacientes com fibrilação atrial (FA) persistente e taquicardiomiopatia, a cardioversão elétrica é indicada para restaurar o ritmo sinusal e aliviar os sintomas, oferecendo uma chance de melhora significativa da função cardíaca.

Aumentar a dose de betabloqueadores e implementar controle rigoroso de frequência cardíaca podem ajudar a reduzir a frequência, mas não garantem o alívio completo dos sintomas e a reversão da taquicardiomiopatia.

Adicionar amiodarona ao tratamento pode ser útil para manter o ritmo sinusal após a cardioversão, mas isoladamente não trata a taquicardiomiopatia de forma tão eficaz quanto restaurar o ritmo sinusal diretamente com a cardioversão elétrica.

24
Q

Uma mulher de 65 anos com FA persistente é hospitalizada para cardioversão eletiva. Ela não apresenta sinais de instabilidade, mas está em alto risco de acidente vascular cerebral (AVC). Qual estratégia de anticoagulação deve ser adotada antes da cardioversão?

A) Anticoagular por 4 semanas antes e após o procedimento
B) Realizar a cardioversão imediatamente sem anticoagulação
C) Administrar apenas aspirina antes e depois do procedimento
D) Anticoagular apenas após a cardioversão

A

Resposta correta: A) Anticoagular por 4 semanas antes e após o procedimento.

25
Q

Um paciente com FA apresenta pontuação CHA2DS2-VASc de 3 e pontuação HAS-BLED de 4. Ele tem alto risco de tromboembolismo, mas também de sangramento. Qual seria a melhor abordagem inicial?

A) Suspender a anticoagulação e observar
B) Usar anticoagulantes com ajuste cuidadoso e controle frequente
C) Administrar antiagregantes plaquetários em vez de anticoagulantes
D) Evitar o tratamento anticoagulante e controlar apenas o ritmo

A

Resposta correta: B) Usar anticoagulantes com ajuste cuidadoso e controle frequente.

A pontuação CHA₂DS₂-VASc de 3 indica um risco significativo de tromboembolismo, especialmente acidente vascular cerebral (AVC), o que justifica o uso de anticoagulantes para prevenir complicações tromboembólicas. Por outro lado, a pontuação HAS-BLED de 4 sugere um risco elevado de sangramentos, exigindo uma abordagem cautelosa no uso de anticoagulação. Nesse cenário, o mais apropriado é iniciar o tratamento anticoagulante, mas com ajustes cuidadosos e controle frequente, a fim de equilibrar o risco de trombose e o risco de sangramento. O controle rigoroso envolve monitoramento constante da função renal, pressão arterial e exames laboratoriais para garantir que o paciente não desenvolva complicações hemorrágicas.

Não é indicado suspender a anticoagulação em um paciente com alta pontuação CHA₂DS₂-VASc (3), pois o risco de tromboembolismo é elevado, e a anticoagulação é necessária para prevenir eventos tromboembólicos, como AVC.

O uso de antiagregantes plaquetários não é suficiente para prevenir o tromboembolismo em pacientes com fibrilação atrial. A anticoagulação é mais eficaz para a prevenção de AVC em FA, enquanto antiagregantes plaquetários têm uma eficácia inferior nesse contexto.

Controlar apenas o ritmo não resolve o problema do alto risco de tromboembolismo, que é o principal problema em pacientes com FA e risco elevado, como evidenciado pela pontuação CHA₂DS₂-VASc de 3. A anticoagulação é necessária independentemente da estratégia de controle de ritmo.

26
Q

Uma mulher de 62 anos, com IMC de 33 e hipertensão arterial, é diagnosticada com FA e apresenta episódios recorrentes. Qual medida não farmacológica pode reduzir a recorrência de FA nesse caso?

A) Perda ponderal e controle do peso
B) Início de uma dieta hipercalórica
C) Cardioversão elétrica frequente
D) Uso crônico de antiarrítmicos

A

A resposta correta é A) Perda ponderal e controle do peso.

A perda de peso e o controle do peso são medidas não farmacológicas importantes que podem reduzir a recorrência de fibrilação atrial (FA). Em pacientes com sobrepeso ou obesidade, como neste caso (IMC de 33), o excesso de peso está associado a um risco maior de FA devido a fatores como inflamação, alterações na estrutura cardíaca e aumento da pressão arterial.

Uma dieta hipercalórica aumentaria o peso e o IMC, o que poderia piorar o quadro da paciente e aumentar a recorrência de FA.

A cardioversão elétrica é uma medida para restaurar o ritmo sinusal, mas não previne a recorrência da FA a longo prazo. É mais uma intervenção aguda do que uma medida preventiva.

O uso crônico de antiarrítmicos pode ajudar no controle do ritmo, mas não é considerado uma medida não farmacológica e não atua diretamente nos fatores de risco como o peso elevado.

27
Q

Um homem de 45 anos sem histórico de doença cardíaca apresenta FA após ingerir álcool em grande quantidade. Qual é o diagnóstico provável?

A) Fibrilação atrial associada a hipertensão
B) Síndrome do Coração de Feriado (Holiday Heart Syndrome)
C) Fibrilação atrial vagotônica
D) FA associada à apneia obstrutiva do sono

A

A resposta correta é B) Síndrome do Coração de Feriado (Holiday Heart Syndrome).

A Síndrome do Coração de Feriado (Holiday Heart Syndrome) descreve a ocorrência de arritmias, especialmente fibrilação atrial (FA), em indivíduos sem histórico de doença cardíaca que ingerem grandes quantidades de álcool, geralmente em situações sociais ou períodos de festas. Esse fenômeno pode ocorrer mesmo em pessoas jovens e saudáveis, e o álcool em excesso atua como um gatilho para a FA devido ao seu efeito sobre o sistema nervoso autônomo e sobre a condução elétrica do coração.

28
Q

Em pacientes com FA submetidos à cirurgia cardíaca, qual é a taxa estimada de incidência de FA no pós-operatório?

A) 5-10%
B) 10-20%
C) 40-60%
D) 80-90%

A

Resposta correta: C) 40-60%.

A incidência de fibrilação atrial (FA) no pós-operatório de cirurgia cardíaca é estimada entre 40% e 60%, sendo um dos eventos adversos mais comuns após esse tipo de procedimento. A FA pós-operatória ocorre devido a fatores como inflamação, estresse cirúrgico, distúrbios eletrolíticos e lesão tecidual, que alteram a condução elétrica do coração.

29
Q

Uma mulher de 70 anos com diagnóstico de FA crônica deseja evitar medicações antiarrítmicas. Qual procedimento seria uma alternativa para prevenir a recorrência da FA?

A) Implante de marca-passo
B) Ablação por radiofrequência
C) Cardioversão química
D) Uso de verapamil intravenoso

A

A resposta correta é B) Ablação por radiofrequência.

A ablação por radiofrequência é um procedimento indicado para pacientes com fibrilação atrial (FA) que desejam evitar o uso crônico de medicações antiarrítmicas. Esse procedimento envolve a aplicação de energia de radiofrequência para destruir áreas do tecido cardíaco que estão gerando ou conduzindo os sinais elétricos anormais responsáveis pela FA. Em muitos casos, a ablação pode reduzir significativamente a recorrência da arritmia e, em alguns pacientes, levar à manutenção do ritmo sinusal a longo prazo.

Implante de marca-passo não é indicado para prevenir a recorrência da FA, sendo utilizado mais para bradicardia e outras arritmias que cursam com baixa frequência cardíaca.

Cardioversão química, utilizada para reverter a FA ao ritmo sinusal, mas não previne a recorrência.

Uso de verapamil intravenoso, pode ajudar a controlar a frequência cardíaca na FA, mas não previne novos episódios de arritmia.

30
Q

Um paciente apresenta FA e queixa-se de dispneia e desconforto torácico. A cardioversão é indicada, mas ele tem alto risco de AVC e está em uso de warfarina. O INR está dentro da faixa terapêutica. Qual procedimento adicional pode melhorar a segurança antes da cardioversão?

A) Exame de ecocardiograma transtorácico
B) Suspender anticoagulação e realizar o procedimento
C) Realizar ecocardiograma transesofágico
D) Iniciar terapia com antiagregantes plaquetários

A

A resposta correta é C) Realizar ecocardiograma transesofágico.

Em pacientes com fibrilação atrial (FA) que apresentam sintomas significativos e precisam de cardioversão, especialmente com alto risco de AVC, o ecocardiograma transesofágico (ETE) é indicado para verificar a presença de trombos no átrio esquerdo, especificamente no apêndice atrial esquerdo. Mesmo com o INR na faixa terapêutica pelo uso de warfarina, pode haver risco de trombos em pacientes com FA de longa duração ou de alto risco. A realização do ETE permite verificar se há trombo, e, caso o exame seja negativo, a cardioversão pode ser realizada com mais segurança.

Exame de ecocardiograma transtorácico não é tão eficaz quanto o ETE para identificar trombos no apêndice atrial esquerdo, onde eles são mais comuns na FA.

A suspensão da anticoagulação aumentaria o risco de tromboembolismo e AVC.

Antiagregantes plaquetários não são eficazes na prevenção de tromboembolismo em pacientes com FA, sendo a anticoagulação o tratamento adequado.

31
Q

Um paciente de 65 anos apresenta FA e está com a frequência cardíaca de 160 bpm, além de sinais de insuficiência cardíaca descompensada. Qual das opções é mais indicada para o controle inicial da frequência?

A

A resposta correta é A) Digoxina intravenosa.

Para pacientes com fibrilação atrial (FA) e frequência cardíaca elevada que apresentam sinais de insuficiência cardíaca descompensada, a digoxina intravenosa é uma boa escolha para o controle inicial da frequência. A digoxina tem efeito inotrópico positivo (melhora a contratilidade cardíaca) e age principalmente no sistema parassimpático, reduzindo a frequência ventricular sem os efeitos negativos que bloqueadores de canal de cálcio e beta-bloqueadores podem ter sobre a função cardíaca nesses casos.

O verapamil é um bloqueador de canal de cálcio que poderia ajudar no controle da frequência, mas não é indicado em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, pois pode diminuir ainda mais a contratilidade do coração.

Propafenona intravenosa e Flecainida intravenosa: Ambos são antiarrítmicos que podem ser utilizados para controle de ritmo em alguns casos de FA, mas não são recomendados para controle de frequência, especialmente em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada devido ao risco de piora da função ventricular.

32
Q

Um homem de 55 anos, com hipertensão e FA, apresenta-se com sintomas de palpitação frequente. Ele foi orientado a perder peso para reduzir a recorrência da FA. Qual outro benefício relacionado ao manejo de FA está associado à perda de peso?

A) Redução da necessidade de anticoagulantes
B) Melhor controle da frequência cardíaca
C) Diminuição da resistência à ablação por radiofrequência
D) Redução da incidência de taquicardiomiopatia

A

A resposta correta é C) Diminuição da resistência à ablação por radiofrequência.

A obesidade é um fator de risco para a FA e contribui para alterações estruturais e elétricas no átrio, que tornam a FA mais resistente ao tratamento com ablação.

A perda de peso não elimina a necessidade de anticoagulação, que é determinada pelo risco tromboembólico, geralmente calculado pelo escore CHA₂DS₂-VASc.

Embora a perda de peso possa contribuir para uma melhora geral na saúde cardíaca, o controle específico da frequência cardíaca na FA é mais diretamente alcançado por medicamentos.

A perda de peso não afeta diretamente a ocorrência de taquicardiomiopatia, que é mais associada à resposta ventricular rápida persistente na FA.

33
Q

Uma paciente de 60 anos com FA isolada e risco baixo de AVC é admitida no pronto-socorro com episódio agudo de FA. Qual é o melhor plano inicial para manejo?

A) Iniciar anticoagulação e monitorar
B) Cardioversão elétrica imediata
C) Administrar betabloqueador para controle da frequência
D) Realizar ablação do nódulo AV

A

A resposta correta é C) Administrar betabloqueador para controle da frequência.

Em uma paciente com fibrilação atrial (FA) isolada e baixo risco de AVC, o manejo inicial geralmente envolve o controle da frequência cardíaca, especialmente se a paciente está estável e *sem sinais de comprometimento hemodinâmico.** O uso de um beta-bloqueador pode ajudar a reduzir a frequência cardíaca e melhorar os sintomas, como palpitações.

Em pacientes com baixo risco tromboembólico (CHA₂DS₂-VASc baixo), anticoagulação imediata pode não ser necessária, embora seja importante avaliar o risco tromboembólico no manejo de longo prazo.
• B) Cardioversão elétrica imediata: A cardioversão elétrica é indicada em casos de instabilidade hemodinâmica ou em pacientes com sintomas graves que não respondem ao controle da frequência. Em pacientes estáveis e com FA de início recente, o controle da frequência é uma abordagem inicial apropriada.
• D) Realizar ablação do nódulo AV: A ablação do nódulo AV é um tratamento invasivo e é reservado para casos de FA refratária aos tratamentos convencionais, não sendo uma medida inicial para um primeiro episódio de FA.

34
Q

Uma mulher de 72 anos está em anticoagulação para FA. Ela desenvolveu sangramento gastrintestinal. Qual das seguintes abordagens é a mais apropriada?

A) Suspender anticoagulação indefinidamente
B) Substituir por antiagregante plaquetário
C) Usar anticoagulante com menor risco de sangramento gástrico
D) Aumentar dose do anticoagulante atual

A

Resposta correta: C) Usar anticoagulante com menor risco de sangramento gástrico.

A fibrilação atrial (FA) aumenta o risco de eventos tromboembólicos, como acidente vascular cerebral (AVC), especialmente em pacientes idosos. Suspender a anticoagulação indefinidamente colocaria a paciente em alto risco de trombose, principalmente se ela tiver um escore CHA₂DS₂-VASc elevado. A anticoagulação deve ser retomada assim que possível, após manejo do sangramento.

Os anticoagulantes orais diretos (DOACs), como o apixabana e o dabigatrana, geralmente têm menor risco de sangramento gastrintestinal comparados a antagonistas da vitamina K (varfarina), dependendo do contexto clínico. Escolher um anticoagulante com menor perfil de sangramento é uma abordagem prudente após estabilizar o sangramento.

Antiagregantes como o ácido acetilsalicílico não têm eficácia comparável à anticoagulação na prevenção de AVC em pacientes com FA. Substituí-los pelo anticoagulante aumentaria o risco tromboembólico sem prevenir de forma eficaz o AVC.

Aumentar dose do anticoagulante atual aumentaria ainda mais o risco de sangramento, especialmente em uma paciente idosa, e não é justificada.

35
Q

Um paciente com FA e histórico de broncoespasmo frequente não consegue tolerar betabloqueadores. Qual é o melhor medicamento alternativo para controle de frequência?

A) Digoxina
B) Verapamil
C) Propafenona
D) Amiodarona

A

Resposta correta: B) Verapamil.

O objetivo é reduzir a frequência cardíaca, aliviando sintomas e prevenindo complicações. Betabloqueadores são a primeira escolha, mas, em pacientes com histórico de broncoespasmo ou doenças pulmonares, como asma, seu uso pode ser contraindicado.

O verapamil é um bloqueador dos canais de cálcio não di-hidropiridínico, eficaz no controle da frequência ventricular em FA. Ele reduz a condução pelo nó AV, desacelerando a frequência cardíaca e é seguro para pacientes com contraindicação ao uso de betabloqueadores devido a broncoespasmo.

36
Q

Um paciente com FA e hipertensão controlada é internado para tratamento. Qual das seguintes complicações mais comumente está associada à hipertensão como causa de FA?

A) Estenose aórtica
B) Cardiomiopatia hipertrófica
C) Hipertrofia do ventrículo esquerdo
D) Bloqueio atrioventricular

A

Resposta correta: C) Hipertrofia do ventrículo esquerdo.

A hipertensão arterial é uma das principais causas de fibrilação atrial (FA). A pressão arterial elevada cronicamente leva a alterações estruturais e funcionais no coração, que predispõem à FA. A hipertensão crônica aumenta a pós-carga ventricular, forçando o ventrículo esquerdo a se adaptar com hipertrofia miocárdica.A HVE resulta em aumento da rigidez ventricular e pressão de enchimento elevada, que são transmitidas para o átrio esquerdo. Isso leva à dilatação atrial esquerda e favorece a ocorrência de FA, devido a alterações elétricas e estruturais (fibrose atrial).

A estenose aórtica também pode causar hipertrofia ventricular e dilatação atrial, mas ela não é uma complicação diretamente associada à hipertensão arterial.

A cardiomiopatia hipertrófica é causada por mutações genéticas que levam a hipertrofia miocárdica e não é consequência da hipertensão arterial.

O bloqueio atrioventricular está relacionado a alterações no sistema de condução e não é uma complicação frequente da hipertensão ou da FA.

37
Q

Uma paciente de 68 anos, com FA e hipertireoidismo, está em controle de frequência cardíaca, mas mantém sintomas. Qual das seguintes é a opção mais recomendada?

A) Aumentar a dose do antiarrítmico atual
B) Cardioversão elétrica e amiodarona profilática
C) Iniciar anticoagulação sem controle de frequência
D) Suspender todos os antiarrítmicos

A

Resposta correta: B) Cardioversão elétrica e amiodarona

A paciente apresenta fibrilação atrial (FA) associada a hipertireoidismo, uma condição em que o excesso de hormônios tireoidianos aumenta a estimulação simpática e promove arritmias. Apesar do controle da frequência cardíaca, a persistência dos sintomas indica necessidade de restauração do ritmo sinusal.

A cardioversão elétrica é eficaz para restaurar o ritmo sinusal em pacientes com FA sintomática, especialmente quando há uma causa reversível subjacente, como hipertireoidismo. O tratamento do hipertireoidismo deve ser simultâneo para reduzir a chance de recorrência da FA.

Após a cardioversão, a amiodarona pode ser utilizada para prevenir a recorrência da arritmia. É um antiarrítmico que também ajuda no controle de frequência e possui eficácia em pacientes com hipertireoidismo.

38
Q

Um homem de 45 anos é admitido com FA após uso de cocaína. Qual é o risco associado ao uso de cocaína para desencadear FA?

A) Aumento da pressão diastólica
B) Disfunção do nódulo sinusal
C) Sobrecarga adrenérgica no miocárdio
D) Bloqueio do nó AV

A

Resposta correta: C) Sobrecarga adrenérgica no miocárdio.

A cocaína é uma substância que aumenta significativamente a atividade simpática no organismo ao inibir a recaptação de neurotransmissores como noradrenalina e dopamina. Isso leva a uma sobrecarga adrenérgica no miocárdio, que é o principal mecanismo pelo qual a cocaína pode desencadear fibrilação atrial (FA).

O aumento da estimulação simpática causa taquicardia, aumento da contratilidade e vasoconstrição, elevando a pressão arterial e a pós-carga.Essa sobrecarga promove isquemia miocárdica, alterações no potencial de ação cardíaco e aumento da excitabilidade atrial, predispondo à FA.

A cocaína também pode causar espasmos coronarianos, que agravam a instabilidade elétrica no miocárdio.

39
Q

Um paciente com FA paroxística e sintomas graves foi tratado com betabloqueadores, mas sem sucesso. Qual dos seguintes procedimentos seria o próximo passo?

A) Ablação por radiofrequência
B) Implante de marca-passo
C) Suspender anticoagulação
D) Cardioversão farmacológica

A

Resposta correta: A) Ablação por radiofrequência.

O paciente apresenta fibrilação atrial (FA) paroxística com sintomas graves que não responderam ao tratamento inicial com betabloqueadores, indicando refratariedade ao controle farmacológico. Nesses casos, a ablação por radiofrequência é considerada o próximo passo.

Esse procedimento é altamente eficaz para tratar FA paroxística sintomática e envolve o isolamento elétrico das veias pulmonares, onde se originam a maioria dos focos que desencadeiam a arritmia. A ablação é particularmente indicada quando os sintomas comprometem significativamente a qualidade de vida e os medicamentos falharam em controlar a arritmia.

As outras opções não são adequadas para este cenário. O implante de marca-passo não é indicado para tratamento da FA, pois ele é utilizado apenas em casos de bradiarritmias ou quando há necessidade de controlar a frequência após bloqueio atrioventricular completo induzido por ablação. A suspensão da anticoagulação é contraindicada em pacientes com risco de eventos tromboembólicos, avaliado pelo escore CHA₂DS₂-VASc, independentemente da abordagem terapêutica. Por fim, embora a cardioversão farmacológica seja uma opção para restaurar o ritmo sinusal, em casos refratários como este, a ablação é mais eficaz, especialmente para prevenir recorrências e melhorar os sintomas.

40
Q

Uma mulher de 67 anos com FA e insuficiência cardíaca congestiva faz uso de anticoagulação com varfarina. Seu INR está consistentemente fora do alcance terapêutico. Qual opção pode ser recomendada para anticoagulação?

A) Substituir por apixabana
B) Suspender anticoagulação
C) Trocar por dose reduzida de varfarina
D) Administrar vitamina K oral

A

Resposta correta: A) Substituir por apixabana.

A substituição da varfarina por um anticoagulante oral direto (DOAC), como a apixabana, é recomendada nesse cenário. DOACs têm vantagens em relação à varfarina, incluindo menor necessidade de monitoramento laboratorial, menos interações medicamentosas e alimentares, e eficácia semelhante ou superior na prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes com FA. Além disso, apresentam menor risco de sangramento grave, particularmente hemorragia intracraniana.

As outras opções não são apropriadas. Suspender a anticoagulação aumentaria significativamente o risco de eventos tromboembólicos, especialmente em uma paciente com CHA₂DS₂-VASc elevado. Trocar por uma dose reduzida de varfarina não resolveria o problema de controle inadequado do INR, que é multifatorial. Administrar vitamina K oral não é indicado para manejo crônico e poderia agravar o risco de hipocoagulação ao antagonizar os efeitos da varfarina.

41
Q

Um homem de 50 anos com FA apresenta aumento atrial esquerdo significativo no ecocardiograma. Qual condição mais frequentemente está associada a esse achado em pacientes com FA?

A) Estenose mitral
B) Hipotireoidismo
C) Bloqueio de ramo direito
D) Cardiomiopatia dilatada

A

Resposta correta: A) Estenose mitral.

O aumento do átrio esquerdo em pacientes com fibrilação atrial (FA) é mais frequentemente associado à estenose mitral, uma condição que eleva a pressão no átrio esquerdo devido à obstrução do fluxo sanguíneo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.

Essa sobrecarga de pressão leva à dilatação progressiva do átrio esquerdo, que é um fator predisponente para o desenvolvimento e manutenção da FA. A estenose mitral é frequentemente causada por febre reumática, especialmente em populações de regiões onde a doença ainda é prevalente.

As outras opções não explicam o aumento significativo do átrio esquerdo. O hipotireoidismo está mais associado a bradicardias do que a FA e não provoca sobrecarga hemodinâmica suficiente para dilatar o átrio esquerdo. O bloqueio de ramo direito é uma alteração de condução que afeta o ventrículo direito e não está diretamente ligado ao tamanho do átrio esquerdo. Por fim, a cardiomiopatia dilatada geralmente causa dilatação atrial bilateral devido ao aumento das pressões de enchimento em ambas as câmaras atriais, mas não é a causa mais comum de dilatação isolada do átrio esquerdo em pacientes com FA.

42
Q

Um paciente de 80 anos com FA crônica desenvolve um AVE isquêmico. Qual é o local mais comum para formação de trombos em pacientes com FA?

A) Átrio direito
B) Apêndice atrial esquerdo
C) Ventrículo esquerdo
D) Seio coronariano

A

A alternativa correta é B) Apêndice atrial esquerdo.

Em pacientes com fibrilação atrial (FA), o local mais comum para a formação de trombos é o apêndice atrial esquerdo. Na FA, a perda da contração eficaz dos átrios leva a um fluxo sanguíneo estagnado, especialmente no apêndice atrial esquerdo, o que aumenta o risco de formação de trombos. Esses trombos podem, então, embolizar e causar eventos isquêmicos, como acidente vascular encefálico (AVE).

Trombos no átrio direito são menos comuns e não estão diretamente associados ao risco de AVE isquêmico, já que trombos nessa região causariam embolia pulmonar.

Trombos no ventrículo esquerdo são possíveis após infarto do miocárdio com disfunção ventricular, mas não são comuns em pacientes com FA isolada.

O seio coronariano é uma estrutura venosa que drena o sangue do miocárdio para o átrio direito, não sendo um local comum para formação de trombos em pacientes com FA.

43
Q

Uma paciente de 78 anos em uso de anticoagulante para FA desenvolveu sangramento menor. Qual das seguintes abordagens é recomendada?

A) Continuar anticoagulação e monitorar
B) Suspender anticoagulação permanentemente
C) Aumentar a dose de anticoagulante
D) Iniciar heparina intravenosa

A

A alternativa correta é A) Continuar anticoagulação e monitorar.

Em casos de sangramento menor em pacientes que fazem uso de anticoagulantes para fibrilação atrial (FA), a recomendação inicial é geralmente manter a anticoagulação e monitorar o paciente. A anticoagulação não deve ser interrompida imediatamente em casos de sangramentos menores, pois o risco de tromboembolismo associado à suspensão pode ser mais perigoso do que o sangramento leve. Medidas para controle do sangramento e ajuste da dosagem, se necessário, podem ser consideradas.

A suspensão permanente da anticoagulação não é recomendada em casos de sangramentos menores, já que a anticoagulação é essencial para prevenir eventos tromboembólicos em pacientes com FA.

Aumentar a dose agravaria o risco de sangramento e não é indicado.

A heparina intravenosa não é indicada neste caso e pode piorar o quadro de sangramento. Além disso, heparina é usada em situações específicas e geralmente em contexto hospitalar para anticoagulação temporária ou transição.

44
Q

Uma mulher de 75 anos com FA e insuficiência cardíaca foi tratada com ablação por radiofrequência. Qual é a complicação mais comum associada a esse procedimento?

A) Bloqueio de ramo esquerdo
B) Taquicardiomiopatia
C) Estenose das veias pulmonares
D) Infarto do miocárdio

A

Resposta correta: C) Estenose das veias pulmonares.

A ablação por radiofrequência para tratamento de fibrilação atrial (FA) envolve o isolamento elétrico das veias pulmonares, onde frequentemente se originam os focos arritmogênicos. Embora seja um procedimento eficaz, uma das complicações mais comuns associadas a essa técnica é a estenose das veias pulmonares, que ocorre devido à formação de cicatrizes excessivas ou à destruição do tecido durante a cauterização. Essa condição pode levar a sintomas como dispneia, hemoptise ou hipertensão pulmonar, especialmente se a estenose for grave.

As outras opções são menos frequentes ou não estão diretamente relacionadas ao procedimento. O bloqueio de ramo esquerdo é raro em ablação por FA, pois o procedimento não costuma envolver estruturas responsáveis pela condução ventricular. A taquicardiomiopatia está associada à FA não controlada e não é uma complicação direta da ablação. Já o infarto do miocárdio é uma complicação extremamente incomum, pois o procedimento não envolve diretamente as artérias coronárias, embora a coagulação excessiva ou embolias possam, em teoria, contribuir para eventos isquêmicos.

45
Q

Um homem de 58 anos com FA crônica precisa de anticoagulação. Ele tem disfunção renal grave. Qual das opções de anticoagulação oral é mais segura para ele?

A) Dabigatrana
B) Rivaroxabana
C) Apixabana
D) Varfarina

A

Resposta correta: D) Varfarina.

A varfarina é a opção mais segura para pacientes com disfunção renal grave, pois sua metabolização não depende diretamente da função renal.

Diferentemente dos anticoagulantes orais diretos (DOACs), a varfarina é metabolizada pelo fígado e não apresenta risco aumentado de acúmulo em casos de insuficiência renal grave ou em pacientes em diálise. Além disso, seu efeito anticoagulante pode ser monitorado e ajustado por meio do INR, proporcionando maior controle em pacientes com clearance de creatinina muito baixo.

46
Q

Uma paciente de 68 anos com FA e disfunção do nódulo sinusal apresenta-se com síncope após episódio de FA. Qual seria o próximo passo?

A) Iniciar anticoagulação e observar
B) Implante de marca-passo
C) Cardioversão elétrica
D) Aumentar a dose de antiarrítmico

A

A alternativa correta é B) Implante de marca-passo.

A paciente apresenta fibrilação atrial (FA) associada à disfunção do nó sinusal, evidenciada pela síncope após um episódio de FA.

Essa condição, conhecida como síndrome bradi-taqui, é caracterizada por períodos de taquiarritmia (como FA) intercalados com bradicardia ou pausas sinusais prolongadas. Essas pausas podem resultar em baixa perfusão cerebral, levando a episódios de síncope.

O implante de marca-passo é indicado para prevenir episódios de bradicardia sintomática, especialmente em pacientes com disfunção do nó sinusal e pausas prolongadas pós-arritmia. Após o implante, o tratamento pode ser complementado com medicações para controle da frequência ou ritmo da FA, sem o risco de agravamento da bradicardia.

47
Q

Um paciente de 70 anos com FA apresenta escore CHA2DS2-VASc de 5. Qual é a recomendação para anticoagulação?

A) Apenas monitoramento do ritmo
B) Antiagregante plaquetário isolado
C) Anticoagulação oral permanente
D) Cardioversão sem anticoagulação

A

Resposta correta: C) Anticoagulação oral permanente.

O escore CHA₂DS₂-VASc é usado para estimar o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação atrial (FA). Um escore de 5 indica um risco elevado de AVC, o que justifica a recomendação de anticoagulação oral permanente.

C: Insuficiência Cardíaca congestiva ou disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (1 ponto)
H: Hipertensão (1 ponto)
A₂: Idade ≥ 75 anos (2 pontos)
D: Diabetes mellitus (1 ponto)
S₂: História prévia de AVC, acidente isquêmico transitório (AIT) ou tromboembolia (2 pontos)
V: Doença vascular (infarto do miocárdio, angina, cirurgia de revascularização, doença arterial periférica) (1 ponto)
A: Idade entre 65 e 74 anos (1 ponto)
Sc: Sexo feminino (1 ponto)

Pontuação total
0 pontos: Considera-se risco baixo (sem necessidade de anticoagulação)
1 ponto: Risco intermediário (considera-se anticoagulação, mas é individualizado)
2 ou mais pontos: Risco elevado (indicação forte para anticoagulação oral)

48
Q

Um homem com FA apresenta queixas de palpitação, e o ECG mostra uma frequência cardíaca de 130 bpm. Qual é a meta de frequência cardíaca em repouso recomendada para pacientes com FA?

A) Menor que 120 bpm
B) Menor que 130 bpm
C) Menor que 90 bpm
D) Menor que 110 bpm

A

A alternativa correta é D) Menor que 110 bpm.

Para pacientes com fibrilação atrial (FA), o controle da frequência cardíaca é uma parte importante do manejo. A meta de frequência cardíaca em repouso geralmente é de menos de 110 bpm, especialmente em pacientes sintomáticos ou com insuficiência cardíaca.

Esse controle pode ser alcançado com o uso de betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio ou, em alguns casos, digoxina. Manter a frequência cardíaca abaixo de 110 bpm em repouso pode melhorar os sintomas e a função ventricular.

Embora algumas diretrizes permitam uma meta de controle mais rígida (como menos de 90 bpm) em casos de insuficiência cardíaca grave, a meta de menos de 110 bpm é amplamente aceita como um objetivo razoável para a maioria dos pacientes com FA.

49
Q

Um paciente de 72 anos, com histórico de insuficiência cardíaca congestiva classe III, apresenta fibrilação atrial persistente. Após 3 meses de manejo com controle de frequência utilizando betabloqueadores e anticoagulação com rivaroxabana, o paciente começa a desenvolver novos episódios de insuficiência cardíaca, com piora da dispneia e edema bilateral. O ecocardiograma revela função ventricular esquerda preservada, mas aumento atrial esquerdo significativo e dilatação das veias pulmonares. Qual das seguintes condutas é mais indicada para a reversão do quadro clínico desse paciente?

A) Ajuste da dose de anticoagulante para rivaroxabana 15 mg/dia
B) Considerar ablação por radiofrequência do átrio esquerdo
C) Iniciar cardioversão elétrica e manutenção com amiodarona
D) Trocar o anticoagulante atual por varfarina e monitorar o INR mensalmente

A

A resposta correta: B) Considerar ablação por radiofrequência do átrio esquerdo.

A ablação por radiofrequência do átrio esquerdo é indicada em pacientes com fibrilação atrial persistente, especialmente quando o controle da frequência cardíaca e o uso de anticoagulantes não são eficazes ou quando há uma condição clínica associada, como insuficiência cardíaca.

O aumento atrial esquerdo é um fator importante para o desenvolvimento e manutenção da fibrilação atrial, e a ablação pode melhorar o controle do ritmo, reduzindo os episódios de FA e, consequentemente, melhorando os sintomas da insuficiência cardíaca. Além disso, pacientes com aumento atrial e dilatação das veias pulmonares são mais propensos a manter a arritmia, o que justifica a busca por um tratamento que remova ou modifique as estruturas responsáveis pela manutenção da FA.

A cardioversão elétrica (alternativa C) poderia ser considerada em alguns casos, mas o paciente já apresenta FA persistente, e a estratégia mais adequada seria um tratamento a longo prazo, como a ablação, em vez de uma intervenção pontual.

50
Q

Um paciente com FA apresenta-se com INR consistentemente elevado durante uso de varfarina. Qual é a primeira medida a ser tomada?

A) Reduzir a dose de varfarina
B) Administrar vitamina K profilática
C) Trocar por dabigatrana
D) Iniciar antagonistas de cálcio

A

A resposta correta: A) Reduzir a dose de varfarina.

Quando um paciente em uso de varfarina apresenta um INR consistentemente elevado, o primeiro passo é ajustar a dose do anticoagulante para reduzir o risco de sangramentos. O INR elevado indica que a varfarina está aumentando o tempo de coagulação, o que pode levar a complicações hemorrágicas. Reduzir a dose da varfarina de forma gradual é a maneira mais segura de restaurar o INR ao nível terapêutico adequado, sem causar efeitos adversos relacionados ao sangramento.

A administração de vitamina K pode ser necessária em casos de INR muito elevado ou quando o paciente apresenta sangramentos, mas, em situações de INR elevado sem complicações hemorrágicas, a redução da dose é a conduta inicial mais apropriada. A troca por dabigatrana pode ser considerada em certos casos, mas não é a primeira medida a ser tomada em um paciente com INR elevado, já que o ajuste da dose de varfarina é geralmente a abordagem inicial. Iniciar antagonistas de cálcio não tem relação com o manejo do INR elevado e não é uma conduta relevante nesse contexto.