Fibrilacão Atrial Flashcards
Um paciente de 70 anos com histórico de hipertensão e diabetes chega ao pronto-socorro com queixas de palpitações, tontura e desconforto torácico leve. Ao exame, o ECG mostra ausência de onda P e irregularidade do intervalo R-R, com frequência cardíaca de 140 bpm. Qual é o diagnóstico mais provável para esse paciente?
A) Flutter atrial
B) Fibrilação atrial
C) Taquicardia ventricular
D) Bradicardia sinusal
Resposta correta: B) Fibrilação atrial.
Esse paciente apresenta um ECG com ausência de ondas P e irregularidade do intervalo R-R, acompanhado de uma frequência cardíaca elevada (140 bpm). Esses achados são característicos de fibrilação atrial (FA), especialmente em alguém com fatores de risco como idade avançada, hipertensão e diabetes.
Flutter atrial geralmente apresenta ondas “em dente de serra” e um ritmo mais regular, diferente do ritmo irregular visto aqui;
Taquicardia ventricular costuma ter QRS largos e um ritmo regular, enquanto este (FA) paciente apresenta QRS estreito e ritmo irregular;
Bradicardia sinusal envolve uma frequência cardíaca abaixo de 60 bpm, o que contrasta com a taquicardia observada. Portanto, fibrilação atrial é o diagnóstico mais consistente.
Um homem de 68 anos, ex-tabagista, com histórico de hipertensão e insuficiência cardíaca congestiva, chega ao hospital com palpitações e dispneia. O ECG mostra um ritmo cardíaco irregularmente irregular e complexos QRS estreitos. Qual seria a melhor opção inicial para o controle da frequência cardíaca?
A) Amiodarona
B) Digoxina
C) Propafenona
D) Verapamil
Resposta correta: B) Digoxina.
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e fibrilação atrial (sugerido pelo ritmo irregularmente irregular e complexos QRS estreitos), a digoxina é uma escolha apropriada para controlar a frequência, pois é eficaz e não possui os efeitos depressivos sobre a função cardíaca que bloqueadores de canal de cálcio ou betabloqueadores podem ter.
Amiodarona é útil em controle do ritmo, mas é menos preferida para controle da frequência e reservada para casos refratários;
Propafenona é um antiarrítmico classe IC que pode piorar a insuficiência cardíaca e não é indicado para controle da frequência;
Verapamil, um bloqueador do canal de cálcio, pode deprimir ainda mais a função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca, tornando-se inadequado neste contexto.
Uma paciente de 75 anos, com histórico de insuficiência mitral e hipertensão, foi diagnosticada com fibrilação atrial permanente. Qual dos seguintes fatores mais aumenta o risco de tromboembolismo nesse caso?
A) Idade avançada
B) Hipertensão arterial
C) Estenose mitral associada
D) Uso prévio de anticoagulante
Resposta correta: C) Estenose mitral associada.
Entre os fatores de risco para tromboembolismo em pacientes com fibrilação atrial, a presença de estenose mitral (mesmo associada à insuficiência mitral) é o mais significativo, pois aumenta muito o risco de formação de trombos atriais devido ao fluxo sanguíneo reduzido. A idade avançada e hipertensão arterial também contribuem para o risco tromboembólico, mas em menor grau. O uso prévio de anticoagulante não aumenta o risco; pelo contrário, ele o reduz.
Um paciente com fibrilação atrial é atendido no pronto-socorro após um episódio de palpitações. Ele relata que os sintomas costumam resolver-se espontaneamente em menos de 24 horas. Qual seria a melhor classificação para o tipo de fibrilação atrial que ele apresenta?
A) Fibrilação atrial permanente
B) Fibrilação atrial persistente
C) Fibrilação atrial paroxística
D) Fibrilação atrial isolada
Resposta correta: C) Fibrilação atrial paroxística.
A fibrilação atrial paroxística é caracterizada por episódios que começam e terminam espontaneamente, geralmente durando menos de 24 horas, como relatado pelo paciente.
Fibrilação atrial permanente ocorre quando a arritmia é aceita como definitiva, sem intenção de restaurar o ritmo sinusal.
Fibrilação atrial persistente requer intervenção para conversão ao ritmo sinusal.
Fibrilação atrial isolada é usada para descrever casos em pacientes jovens sem doença cardíaca estrutural ou fatores de risco adicionais.
Uma paciente de 64 anos apresenta fibrilação atrial e hipertireoidismo. Qual seria o tratamento inicial mais indicado para o controle da frequência cardíaca?
Resposta correta: Metoprolol.
Para uma paciente com fibrilação atrial e hipertireoidismo, o tratamento inicial mais indicado para controle da frequência cardíaca é um betabloqueador (como propranolol ou metoprolol). Betabloqueadores são eficazes para reduzir a frequência cardíaca, especialmente em casos de hipertireoidismo, pois ajudam a controlar os efeitos da alta atividade adrenérgica associada à condição. Outras opções, como bloqueadores de canal de cálcio, podem ser usadas, mas os betabloqueadores são preferidos devido à sua eficácia em controlar os sintomas adrenérgicos do hipertireoidismo.
Um paciente jovem, sem histórico de doenças cardíacas estruturais, apresenta episódios de fibrilação atrial relacionados à ingestão alcoólica em festas. Qual é o termo usado para descrever essa condição?
A) Síndrome do coração de atleta
B) Fibrilação atrial vagotônica
C) Síndrome do coração de feriado (Holiday Heart Syndrome)
D) Fibrilação atrial bradi-taqui
Resposta correta: C) Síndrome do coração de feriado (Holiday Heart Syndrome).
Síndrome do coração de feriado (Holiday Heart Syndrome) descreve episódios de fibrilação atrial em indivíduos sem doenças cardíacas estruturais, frequentemente desencadeados pela ingestão excessiva de álcool, como em festas ou feriados.
Síndrome do coração de atleta refere-se a alterações cardíacas observadas em atletas, como bradicardia e alterações no ECG, mas não está associada à fibrilação atrial desencadeada por álcool;
Fibrilação atrial vagotônica ocorre em indivíduos com um tônus vagal elevado, geralmente em repouso, e não está ligada diretamente ao consumo de álcool;
Fibrilação atrial bradi-taqui é uma forma rara de fibrilação atrial que envolve episódios alternados de bradicardia e taquicardia, o que não se aplica ao caso descrito.
Um paciente idoso é diagnosticado com fibrilação atrial e apresenta alto risco cardioembólico (CHA2DS2-VASc ≥ 2). Qual é a recomendação mais adequada para manejo a longo prazo?
A) Antiarrítmico oral para controle de ritmo
B) Anticoagulação permanente
C) Betabloqueador isolado
D) Cardioversão sem anticoagulação
Resposta correta: B) Anticoagulação permanente.
Pacientes com alto risco de tromboembolismo devem receber anticoagulação a longo prazo para prevenir acidente vascular cerebral (AVC) e outros eventos tromboembólicos. A anticoagulação é essencial, independentemente de o paciente estar em controle de ritmo ou não.
Antiarrítmico oral para controle de ritmo pode ser considerado, mas o foco no controle de ritmo não substitui a necessidade de anticoagulação;
Betabloqueador isolado é útil para controle da frequência cardíaca, mas não previne o risco tromboembólico;
Cardioversão sem anticoagulação não é recomendada devido ao alto risco de tromboembolismo antes de garantir anticoagulação adequada.
Uma mulher de 60 anos, assintomática, apresenta-se com fibrilação atrial detectada incidentalmente em um exame físico. Ela não possui fatores de risco significativos. Qual seria a conduta inicial mais indicada?
A) Cardioversão elétrica imediata
B) Anticoagulação indefinida
C) Controle da frequência cardíaca
D) Implante de marca-passo
Resposta correta: C) Controle da frequência cardíaca.
Como a paciente não apresenta sintomas e não tem fatores de risco significativos para tromboembolismo, o controle da frequência cardíaca é a primeira medida a ser tomada. Isso pode ser feito com betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio ou digoxina.
Cardioversão elétrica imediata não é necessária em pacientes assintomáticos e sem complicações;
Anticoagulação indefinida não é indicada sem fatores de risco para tromboembolismo (como CHA2DS2-VASc ≥ 2);
Implante de marca-passo não é indicado para fibrilação atrial, a menos que haja bradicardia significativa associada.
Um paciente com fibrilação atrial e história de hipertensão arterial sistêmica chega ao hospital com sinais de congestão pulmonar. Ele é considerado instável. Qual é a conduta inicial recomendada?
A) Iniciar anticoagulação oral e observar
B) Cardioversão elétrica imediata
C) Administrar verapamil intravenoso
D) Aguardar reversão espontânea
Resposta correta: B) Cardioversão elétrica imediata.
Pacientes instáveis com fibrilação atrial, que apresentam sintomas como congestão pulmonar e sinais de baixo débito, necessitam de uma intervenção urgente para restaurar o ritmo sinusal e melhorar a hemodinâmica.
Iniciar anticoagulação oral e observar não é adequado para um paciente instável, pois a prioridade é a estabilização hemodinâmica.
Administrar verapamil intravenoso pode ser usado para controle da frequência, mas não é indicado em casos de instabilidade hemodinâmica;
Aguardar reversão espontânea também não é uma abordagem apropriada para pacientes instáveis.
Durante a consulta, uma paciente de 78 anos com fibrilação atrial é avaliada para anticoagulação. O escore CHA2DS2-VASc dela é 4. Qual a melhor recomendação de tratamento?
A) Betabloqueador para controle da frequência cardíaca
B) Anticoagulação oral
C) Cardioversão elétrica sem anticoagulação
D) Observação e ECG trimestral
Resposta correta: B) Anticoagulação oral.
Com um escore CHA2DS2-VASc de 4, a paciente apresenta alto risco de tromboembolismo, e a anticoagulação oral é fundamental para prevenir eventos tromboembólicos, como acidente vascular cerebral (AVC).
Betabloqueador para controle da frequência cardíaca pode ser necessário, mas não substitui a necessidade de anticoagulação em pacientes com alto risco de tromboembolismo.
Cardioversão elétrica sem anticoagulação não é recomendada, pois a paciente tem um risco elevado de formação de trombos, o que pode resultar em complicações graves durante a cardioversão.
Observação e ECG trimestral não são suficientes, dado o alto risco de tromboembolismo dessa paciente.
Um homem de 52 anos, com hipertensão arterial controlada, apresenta episódios recorrentes de fibrilação atrial. Ele tem sido tratado com betabloqueador, mas continua sintomático. Qual das seguintes opções pode ser considerada para melhorar o controle do ritmo?
A) Cardioversão elétrica e amiodarona profilática
B) Mudança para digoxina e controle de frequência
C) Suspender todos os medicamentos e observar
D) Implante imediato de marca-passo
Resposta correta: A) Cardioversão elétrica e amiodarona profilática.
Em pacientes com fibrilação atrial sintomática recorrente, apesar do controle de frequência com betabloqueador, a cardioversão elétrica pode restaurar o ritmo sinusal. A amiodarona é uma opção para prevenção de recorrências após a cardioversão, especialmente em pacientes que não responderam a outras medidas de controle da frequência.
Mudança para digoxina e controle de frequência não seria ideal, pois digoxina é menos eficaz em pacientes ativos e não controla o ritmo.
Suspender todos os medicamentos e observar não é indicado devido aos sintomas persistentes.
Implante imediato de marca-passo não é uma abordagem apropriada, pois marca-passo não trata diretamente a fibrilação atrial, mas é indicado em bradicardias ou bloqueios específicos.
Um paciente diagnosticado com fibrilação atrial faz uso de amiodarona e varfarina. Qual exame deve ser monitorado com maior frequência devido ao uso desses medicamentos?
A) Função renal
B) Nível sérico de sódio
C) Tempo de protrombina (INR)
D) Hemograma completo
Resposta correta: C) Tempo de protrombina (INR).
A amiodarona pode potencializar o efeito da varfarina, aumentando o risco de sangramentos. Portanto, é essencial monitorar o INR regularmente para ajustar a dose de varfarina e manter o tempo de protrombina dentro da faixa terapêutica segura.
Uma paciente de 67 anos apresenta fibrilação atrial e faz uso de anticoagulantes orais. Ela sofreu uma queda com trauma leve, sem sangramentos visíveis. Qual deve ser o próximo passo?
A) Realizar tomografia de crânio para descartar hemorragia
B) Suspender o anticoagulante imediatamente
C) Iniciar betabloqueador
D) Observar e monitorar em casa
Resposta correta: A) Realizar tomografia de crânio para descartar hemorragia.
Pacientes em uso de anticoagulantes têm um risco elevado de hemorragias, incluindo intracranianas, mesmo após traumas leves.
Por isso, uma tomografia de crânio é essencial para identificar qualquer sangramento oculto, especialmente em idosos.
Suspender o anticoagulante imediatamente não é recomendado sem confirmação de hemorragia, pois a anticoagulação é importante para prevenir eventos tromboembólicos.
Iniciar betabloqueador não se aplica ao manejo de trauma; esse medicamento é usado para controle da frequência cardíaca na fibrilação atrial.
Observar e monitorar em casa é arriscado sem primeiro descartar hemorragia intracraniana.
Um paciente de 60 anos com insuficiência cardíaca apresenta-se com fibrilação atrial e taquicardia sustentada. Ele não apresenta contraindicações a betabloqueadores. Qual é o tratamento mais adequado para controlar a frequência cardíaca?
A) Amiodarona intravenosa
B) Digoxina isolada
C) Metoprolol intravenoso
D) Verapamil oral
Resposta correta: C) Metoprolol intravenoso
Betabloqueadores como o metoprolol são eficazes para o controle da frequência cardíaca em pacientes com fibrilação atrial, especialmente quando há taquicardia sustentada, e são seguros para uso em pacientes com insuficiência cardíaca.
Amiodarona intravenosa pode ser usada para controle de ritmo, mas não é a primeira escolha para controle de frequência em insuficiência cardíaca com taquicardia sustentada;
Digoxina isolada controla a frequência em repouso, mas é menos eficaz em situações de alta demanda adrenérgica, como na taquicardia sustentada;
Verapamil oral não é indicado em insuficiência cardíaca, pois bloqueadores de canal de cálcio não di-hidropiridínicos podem agravar a disfunção cardíaca.
Uma paciente jovem, com diagnóstico de fibrilação atrial isolada e sem comorbidades, deseja evitar o uso crônico de medicamentos. Qual intervenção pode ser indicada para casos como o dela?
A) Controle da frequência cardíaca com betabloqueadores
B) Anticoagulação contínua
C) Ablação por radiofrequência
D) Cardioversão elétrica mensal
Resposta correta: C) Ablação por radiofrequência.
A ablação por radiofrequência é um procedimento que visa eliminar focos de arritmia no coração e pode oferecer uma solução duradoura para pacientes com fibrilação atrial que desejam reduzir ou evitar o uso de medicação contínua.
Controle da frequência cardíaca com betabloqueadores é uma abordagem para reduzir os sintomas, mas implica o uso contínuo de medicamentos;
Anticoagulação contínua geralmente não é indicada para fibrilação atrial isolada em pacientes jovens e sem fatores de risco tromboembólicos;
Cardioversão elétrica mensal não é uma prática comum, pois a repetição frequente pode não ser prática ou confortável e não resolve a arritmia de maneira definitiva.
Um homem de 55 anos com fibrilação atrial persistente passa por cardioversão elétrica, mas recidiva para o ritmo de fibrilação atrial. Qual dos antiarrítmicos abaixo poderia ser usado para ajudar na manutenção do ritmo sinusal após a cardioversão?
A) Digoxina
B) Diltiazem
C) Amiodarona
D) Verapamil
Resposta correta: C) Amiodarona.
A amiodarona é eficaz para prevenir a recidiva da fibrilação atrial, especialmente após a cardioversão, pois age prolongando o potencial de ação e o período refratário das células cardíacas.
Digoxina e Diltiazem são usados principalmente para controle da frequência cardíaca, não para manutenção do ritmo;
Verapamil também é utilizado para controle de frequência, mas não tem efeito significativo na manutenção do ritmo sinusal.
Um paciente de 70 anos com fibrilação atrial é hospitalizado com insuficiência cardíaca descompensada. Sua frequência cardíaca está elevada. Qual das seguintes drogas seria contraindicada para controle da frequência nesse caso?
A) Metoprolol
B) Verapamil
C) Digoxina
D) Amiodarona
Resposta correta: B) Verapamil.
Verapamil é um bloqueador de canal de cálcio não di-hidropiridínico que pode agravar a insuficiência cardíaca, pois tem efeitos inotrópicos negativos, o que pode piorar a função do coração comprometido.
Metoprolol pode ser usado com cautela, pois betabloqueadores são indicados para controle de frequência, especialmente se o paciente já os utilizava antes;
Digoxina é frequentemente usada em insuficiência cardíaca para controle de frequência em fibrilação atrial;
Amiodarona também é uma opção, pois tem um efeito relativamente neutro sobre a contratilidade e é segura para pacientes com insuficiência cardíaca.
Um homem de 60 anos com FA e insuficiência cardíaca faz uso de anticoagulante. Em um check-up, seu INR está descontrolado e ele apresenta múltiplos efeitos adversos. Qual seria uma alternativa recomendada?
A) Trocar para dabigatrana sem ajuste adicional
B) Introduzir rivaroxabana após o INR estar abaixo de 2
C) Suspender a anticoagulação e monitorar a frequência
D) Iniciar betabloqueador sem alterar anticoagulante
Resposta correta: B) Introduzir rivaroxabana após o INR estar abaixo de 2.
Rivaroxabana é um anticoagulante oral direto que não requer monitoramento frequente de INR, o que pode ajudar a reduzir os efeitos adversos e melhorar a segurança e conveniência da anticoagulação em comparação com a varfarina.
Trocar para dabigatrana sem ajuste adicional poderia ser arriscado, pois é importante garantir que o INR esteja em uma faixa segura antes de iniciar um novo anticoagulante oral direto;
Suspender a anticoagulação e monitorar a frequência aumentaria o risco de eventos tromboembólicos em um paciente com FA;
Iniciar betabloqueador sem alterar o anticoagulante não aborda o problema da anticoagulação descontrolada.
Uma mulher de 80 anos, com diagnóstico de FA e hipertireoidismo, está em anticoagulação profilática e mantém um controle irregular de frequência com sintomas de palpitação. Após tentativas frustradas de controle com betabloqueadores e verapamil, qual seria a próxima etapa terapêutica?
A) Ablação do nódulo AV com implante de marca-passo
B) Cardioversão elétrica sem ablação
C) Dobrar a dose de betabloqueadores
D) Suspender anticoagulante e monitorar o ritmo
Resposta correta: A) Ablação do nódulo AV com implante de marca-passo.
A ablação do nódulo AV é uma abordagem eficaz para controlar a frequência cardíaca em pacientes com FA sintomática e controle inadequado da frequência com medicamentos. Esse procedimento elimina a condução atrioventricular, resultando em bloqueio completo do nódulo AV, e o paciente passa a depender de um marca-passo para garantir uma frequência cardíaca adequada.
Cardioversão elétrica sem ablação pode ser usada para restaurar o ritmo sinusal, mas não resolveria o problema de controle da frequência de maneira definitiva e poderia ser repetida, o que não é ideal a longo prazo;
Dobrar a dose de betabloqueadores pode agravar os efeitos adversos e não resolver o problema de controle de frequência de forma eficaz em um paciente idoso;
Suspender anticoagulante e monitorar o ritmo não é adequado, pois a paciente tem risco aumentado de eventos tromboembólicos, dado o diagnóstico de fibrilação atrial.
Um paciente de 65 anos, diagnosticado com FA persistente, foi anticoagulado por 3 semanas antes da cardioversão planejada. Porém, um ecocardiograma transesofágico revela trombo no átrio esquerdo. Qual deve ser a conduta?
A) Realizar a cardioversão imediatamente
B) Manter anticoagulação por mais 4 semanas e repetir o exame
C) Iniciar apenas terapia antiarrítmica profilática
D) Substituir anticoagulação por antiagregação plaquetária
Resposta correta: B) Manter anticoagulação por mais 4 semanas e repetir o exame.
Pacientes com fibrilação atrial (FA) e trombo no átrio esquerdo têm alto risco de eventos tromboembólicos caso sejam submetidos à cardioversão, pois o procedimento pode deslocar o trombo, resultando em complicações graves, como acidente vascular cerebral. A presença de trombo, identificada no ecocardiograma transesofágico (ETE), indica que o paciente ainda não está seguro para a cardioversão, mesmo após as 3 semanas iniciais de anticoagulação. A conduta mais indicada é prolongar a anticoagulação por pelo menos 4 semanas e repetir o ETE para confirmar a resolução do trombo antes de considerar a cardioversão.
Realizar a cardioversão imediatamente é incorreta, pois a cardioversão com trombo presente apresenta alto risco de deslocamento e embolia, aumentando o risco de AVC.
Iniciar apenas terapia antiarrítmica profilática não é adequado, pois o foco deve ser a prevenção de eventos tromboembólicos devido ao trombo, e não apenas o controle da arritmia.
Substituir anticoagulação por antiagregação plaquetária é inadequada, pois a antiagregação não é tão eficaz quanto a anticoagulação para prevenir tromboembolismo na FA.