Síndrome Coranariana Flashcards
Um homem de 63 anos apresenta dor torácica constritiva iniciada há 2 horas, irradiada para o braço esquerdo, associada a sudorese. No ECG, observa-se elevação de ST em derivações V1-V4. Qual é o diagnóstico mais provável?
A) Angina instável
B) IAMSST
C) IAMCST
D) Pericardite aguda
O diagnóstico mais provável é C) IAMCST.
A dor torácica constritiva, irradiada para o braço esquerdo e associada a sudorese, é altamente sugestiva de síndrome coronariana aguda. O achado de elevação do segmento ST em V1-V4 no ECG confirma o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, localizado na região anterior, geralmente causado por oclusão da artéria descendente anterior.
Alternativas como angina instável e IAMSST são descartadas porque não apresentam supradesnivelamento de ST, sendo a angina instável caracterizada por isquemia sem necrose e o IAMSST por elevação de troponinas sem supradesnivelamento.
Já a pericardite aguda costuma causar elevação difusa do segmento ST, com PR desviado para baixo, e a dor geralmente é pleurítica e melhora ao se inclinar para frente.
Qual exame laboratorial tem maior sensibilidade e especificidade para confirmar o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM)?
A) CK-MB
B) Troponina I ou T
C) PCR (Proteína C Reativa)
D) Mioglobina
Resposta correta: B) Troponina I ou T.
As troponinas são proteínas específicas do músculo cardíaco, liberadas na circulação quando ocorre lesão miocárdica. Elas apresentam alta sensibilidade e especificidade para identificar necrose do miocárdio e podem permanecer elevadas por até 10-14 dias, sendo ideais para confirmar o IAM.
Embora útil no passado, a CK-MB possui menor especificidade, pois também pode ser elevada em lesões de músculos esqueléticos.
A PCR (Proteína C Reativa) é um marcador inespecífico de inflamação e não é diagnóstico para IAM.
A Mioglobina tem alta sensibilidade, mas baixa especificidade, pois é liberada em qualquer lesão muscular.
No escore TIMI para angina instável e IAMSST, qual dos critérios abaixo está incluído?
A) Idade < 45 anos
B) História de hipertensão arterial sistêmica
C) Elevação de troponinas
D) Diabetes mellitus
A resposta correta é C) Elevação de troponinas.
O escore TIMI (Thrombolysis in Myocardial Infarction) é uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar o risco de eventos adversos em pacientes com angina instável ou IAM sem supradesnivelamento de ST (IAMSST). Ele auxilia na estratificação do risco e na tomada de decisão clínica, especialmente sobre a necessidade de abordagem invasiva.
Os critérios do escore TIMI incluem:
1. Idade ≥ 65 anos.
2. ≥ 3 fatores de risco coronariano (como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo, dislipidemia ou história familiar de doença arterial coronariana precoce).
3. História de doença arterial coronariana prévia (como infarto do miocárdio ou revascularização coronariana).
4. Elevação de biomarcadores cardíacos, como troponinas ou CK-MB, indicando lesão miocárdica.
5. Desvio do segmento ST ≥ 0,5 mm em pelo menos duas derivações contíguas no ECG.
6. Uso recente de ácido acetilsalicílico (AAS) nos últimos 7 dias.
7. Angina severa nos últimos 24 horas, com dois ou mais episódios.
Cada critério pontua 1, e a pontuação total (0 a 7) correlaciona-se com o risco de eventos como infarto, necessidade de revascularização ou morte em 14 dias:
Baixo risco: 0-2 pontos.
Risco intermediário: 3-4 pontos.
Alto risco: 5-7 pontos.
Um paciente de 58 anos apresenta dor torácica que melhora ao repouso e com uso de nitrato sublingual. O ECG é normal e os marcadores cardíacos estão negativos. Qual é o diagnóstico mais provável?
A) IAMCST
B) IAMSST
C) Angina instável
D) Miocardite
O diagnóstico mais provável é C) Angina instável.
Angina instável é caracterizada por dor torácica em repouso, recente ou agravada (crescendo em intensidade, duração ou frequência). Marcada por ausência de elevação de marcadores cardíacos e alterações no ECG.
O ECG normal e marcadores cardíacos negativos excluem infarto agudo do miocárdio (IAM), tanto com supradesnivelamento de ST (IAMCST) quanto sem supradesnivelamento (IAMSST), pois estes geralmente apresentam alterações no ECG ou elevação de marcadores cardíacos.
A miocardite normalmente apresenta sintomas como febre, mialgia e pode ter alterações específicas no ECG, como supra ou infra de ST difuso.
A classificação de Killip-Kimball é usada para:
A) Estratificar o risco de mortalidade no IAM.
B) Avaliar o risco de reestenose pós-angioplastia.
C) Estimar a necessidade de revascularização no IAMSST.
D) Definir a gravidade de angina estável crônica.
Resposta correta: A) Estratificar o risco de mortalidade no IAM.
A classificação de Killip-Kimball é amplamente utilizada para estratificar o risco de mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM), com base na presença de sinais clínicos de insuficiência cardíaca ou choque cardiogênico.
Ela divide os pacientes em quatro classes:
**Classe I **: Sem sinais de insuficiência cardíaca.
Classe II: Presença de congestão pulmonar leve/moderada ou estertores basais.
Classe III: Edema agudo de pulmão.
Classe IV: Choque cardiogênico.
Uma mulher de 68 anos apresenta dor torácica associada a dispneia e sudorese. ECG com supradesnivelamento do segmento ST em DII, DIII e aVF. Qual é a artéria mais provavelmente acometida?
A) Descendente anterior
B) Circunflexa
C) Coronária direita
D) Tronco da coronária esquerda
A resposta correta é C) Coronária direita.
O supradesnivelamento do segmento ST nas derivações DII, DIII e aVF indica um infarto agudo do miocárdio (IAM) inferior. A artéria mais frequentemente associada a esse padrão é a coronária direita (CD), responsável pela irrigação da parede inferior do ventrículo esquerdo, nodo sinoatrial (em 60% dos casos) e nodo atrioventricular (em 85% dos casos).
A descendente anterior está relacionada a infartos anteriores (V1-V4). A circunflexa pode causar infartos inferiores, mas é menos comum e geralmente se associa a supradesnível em V5, V6, DI e aVL. Já o tronco da coronária esquerda provoca infartos extensos, afetando múltiplas áreas (anterior e lateral), e não apenas inferior.
Em um paciente com dor torácica aguda e ECG normal, o diagnóstico de IAM pode ser excluído por:
A) Ausência de alterações na CK-MB.
B) Normalização das troponinas após 6 horas.
C) Teste ergométrico negativo.
D) Ausência de dor após nitrato sublingual.
Resposta correta: ** B) Normalização das troponinas após 6 horas.**
O diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) não pode ser excluído apenas pela ausência de alterações iniciais no ECG ou nos marcadores de necrose miocárdica como a CK-MB. A troponina, que é o marcador mais sensível e específico para IAM, deve ser avaliada seriada. A normalização das troponinas após 6 horas, em pacientes com dor torácica aguda e sem alterações no ECG, permite descartar o diagnóstico de IAM, considerando que o marcador atinge níveis detectáveis dentro de 3 a 6 horas após o início do evento isquêmico
Na angina estável crônica, qual exame tem maior acurácia para detectar isquemia miocárdica?
A) Teste ergométrico
B) Cintilografia miocárdica com dipiridamol
C) Ecocardiograma transtorácico
D) Angiotomografia de coronárias
Resposta correta: B) Cintilografia miocárdica com dipiridamol
A cintilografia miocárdica com estresse farmacológico (como dipiridamol) é o exame com maior acurácia para detectar isquemia miocárdica na angina estável crônica. Este método avalia tanto a perfusão miocárdica quanto a presença de áreas de isquemia ou cicatriz, sendo particularmente útil em pacientes incapazes de realizar exercícios físicos.
Qual das opções abaixo não é critério diagnóstico para SCA?
A) Dor torácica típica
B) Elevação de troponinas
C) Novo bloqueio de ramo esquerdo no ECG
D) Normalização de troponinas após 3 horas
Resposta correta: D) Normalização de troponinas após 3 horas
A normalização das troponinas após 3 horas não é um critério diagnóstico para síndrome coronariana aguda (SCA). Pelo contrário, a elevação das troponinas é um dos critérios essenciais para o diagnóstico de SCA com infarto, indicando lesão miocárdica.
A dor torácica típica é um critério clínico fundamental, e um novo bloqueio de ramo esquerdo no ECG é considerado uma alteração elétrica sugestiva de isquemia e pode ser usado como critério diagnóstico em contextos específicos. Já a normalização precoce das troponinas sugere ausência de necrose miocárdica e, portanto, não configura SC
Qual é o principal mecanismo fisiopatológico da SCA?
A) Vasoespasmo coronariano
B) Rotura de placa aterosclerótica com trombose subsequente
C) Aumento da demanda de oxigênio pelo miocárdio
D) Hipoperfusão por estenose fixa da artéria coronária
Resposta correta: B) Rotura de placa aterosclerótica com trombose subsequente
O principal mecanismo fisiopatológico da síndrome coronariana aguda (SCA) é a rotura de uma placa aterosclerótica instável, levando à trombose subsequente. Essa trombose pode obstruir parcial ou completamente o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias, resultando em isquemia miocárdica aguda e, dependendo da extensão e localização, um infarto do miocárdio.
Um homem de 62 anos, hipertenso, tabagista e diabético, apresenta dor torácica em aperto há 1 hora, irradiada para o braço esquerdo, acompanhada de sudorese profusa e náuseas. Na admissão, o ECG mostra supradesnivelamento de ST em V2-V4. Não há acesso a hemodinâmica no local. Qual é a conduta imediata?
A) Realizar trombólise com alteplase e transferir para centro com angioplastia.
B) Administrar oxigênio, morfina e nitratos, e manter observação.
C) Administrar apenas AAS e encaminhar para coronariografia eletiva.
D) Iniciar heparina de baixo peso molecular e aguardar 12 horas para trombólise.
Uma mulher de 68 anos, previamente hipertensa, relata dor torácica progressiva aos esforços nos últimos 4 meses, que alivia com repouso. Durante o atendimento, não há alterações no ECG nem elevação de troponinas. Um teste ergométrico evidencia infra de ST em esforço. Qual seria a próxima etapa diagnóstica?
A) Solicitar ecocardiograma transtorácico.
B) Indicar coronariografia.
C) Reavaliar com novos marcadores cardíacos em 6 horas.
D) Solicitar cintilografia miocárdica com estresse.
Um homem de 56 anos, com antecedente de infarto há 2 anos, apresenta angina instável há 3 dias. ECG com infra de ST em DII, DIII e aVF. Troponinas levemente elevadas. Ele é estratificado como alto risco pelo escore GRACE. Qual é a conduta?
A) Angioplastia emergencial nas primeiras 2 horas.
B) Angioplastia precoce em até 24 horas.
C) Manutenção de tratamento conservador com otimização medicamentosa.
D) Indicação de cirurgia de revascularização miocárdica.
Um homem de 60 anos com antecedente de fibrilação atrial permanente e uso de apixabana apresenta dor torácica há 6 horas. ECG com supradesnivelamento de ST em DII, DIII e aVF. Troponinas estão elevadas. O paciente é submetido à angioplastia primária com colocação de stent farmacológico na coronária direita. Qual anticoagulante deve ser utilizado no pós-procedimento?
A) Suspender apixabana e iniciar varfarina com INR alvo de 2-3.
B) Manter apixabana associada a clopidogrel.
C) Manter apixabana associada a AAS e clopidogrel por 1 ano.
D) Trocar apixabana por enoxaparina subcutânea.
Uma mulher de 72 anos, com antecedente de insuficiência renal crônica, é admitida com dor torácica atípica. ECG com bloqueio de ramo esquerdo (BRE) novo. Marcadores cardíacos elevados. Qual é o manejo mais adequado?
A) Angioplastia emergencial.
B) Teste de esforço farmacológico com ecocardiograma.
C) Tratamento clínico com monitoramento em UTI.
D) Indicação de ressonância cardíaca para avaliar viabilidade miocárdica.
Um homem de 55 anos, com antecedente de hipertensão, chega ao PS com dor torácica intensa há 30 minutos. ECG mostra supradesnivelamento de ST em V1-V6 e D1. Qual a localização mais provável do infarto?
A) Infarto inferior.
B) Infarto anterolateral extenso.
C) Infarto posterior.
D) Infarto de ventrículo direito.
Um homem de 75 anos com angina estável progressiva apresenta-se com dor torácica de início há 2 horas, irradiada para mandíbula e associada a dispneia. ECG com infra de ST em V4-V6. Troponinas positivas. Qual artéria é mais provavelmente acometida?
A) Descendente anterior.
B) Circunflexa.
C) Coronária direita.
D) Tronco da coronária esquerda.
Um paciente de 65 anos foi submetido a angioplastia primária há 3 dias por IAMCST inferior. No pós-operatório, ele apresenta dor torácica pleurítica, febre e atrito pericárdico. Qual é o diagnóstico mais provável?
A) Trombose do stent.
B) Pericardite pós-IAM (síndrome de Dressler).
C) Dissecção coronariana.
D) Reestenose intra-stent.
Uma mulher de 58 anos apresenta sintomas sugestivos de angina instável. ECG com ondas T invertidas em V2-V5, mas sem supra de ST. Troponinas estão negativas. O escore TIMI é baixo. Qual é a conduta inicial?
A) Realizar coronariografia imediata.
B) Iniciar heparina e reavaliar troponinas em 6 horas.
C) Iniciar tratamento conservador com otimização medicamentosa.
D) Agendar teste ergométrico para avaliação funcional.
Um homem de 68 anos com antecedente de diabetes e hipertensão é admitido com dor torácica típica há 5 horas. ECG mostra supradesnivelamento de ST em DII, DIII e aVF. A angiografia revela oclusão proximal da coronária direita. Qual complicação precoce está mais associada a essa localização?
A) Choque cardiogênico por disfunção de ventrículo direito.
B) Ruptura do septo interventricular.
C) Aneurisma de ventrículo esquerdo.
D) Insuficiência mitral aguda por isquemia do músculo papilar.