Valvulopatias Flashcards

1
Q

Estenose mitral
Cite 2 causas

A

Febre reumática (95%), degenerativa (idosos).

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2
Q

Estenose mitral
Cite os principais sinais e sintomas

A
  1. Decorrente do turbilhonamento de sangue: Sopro diastólico ruflar
  2. Decorrentes da dilatação do átrio esquerdo: fibrilação atrial, rouquidão e disfagia.
  3. Decorrentes da congestão pulmonar: Dispnéia que piora com diminuição da frequência cardíaca.
  4. Decorrentes da insuficiência ventricular direita.
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3
Q

Estenose mitral
Fisiopatologia e relação com a clínica clínica

A

Condição em que a valva mitral não se abre adequadamente, o que gera:
(A) Turbilhonamento de sangue ao passar do AE -> VE -> sopro diastólico ruflar.
(B) Acúmulo de sangue retrogradamente -> gera:
1) Dilatação do átrio esquerdo: predispõe a fibrilação atrial, rouquidão (compressão do n. Laringeo recorrente) e disfagia (compressão do esôfago).
2) Congestão pulmonar: Dispnéia (pela congestão venocapilar) que piora com diminuição da frequência cardíaca (pela diminuição da diástole, o que dificulta ainda mais o esvaziamento atrial).
3) Sinais de Insuficiência ventricular direita: o lado arteriocapilar da circulação pulmonar reage com vasoconstrição e, depois, com remodelamento (degeneração fibrótica: hipertrofia do músculo liso da parede arteriolar) -> estreitamento luminal -> aumento da resistência vascular pulmonar -> HAP -> aumento da pré-carga de VD -> sobrecarga de pressão no ventrículo direito -> disfunção de VD.

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4
Q

Estenose mitral
Exames complementares

A
  1. ECO (principal)
  2. ECG
  3. Fonocardiograma
  4. Radiografia de tórax (não fecha diagnóstico, mas tem alguns achados interessantes).
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5
Q

Ecocardiograma: importância nas doenças Valvares

A

É o exame que possibilita a observação e estudo da valva de maneira individual e classificação da gravidade.

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6
Q

Estenose mitral
ECO: achados importantes

A

• Área valvar < 1,5 cm2 = grave.
• Score de Block > 8: indicação de cirurgia.

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7
Q

Estenose mitral
ECG: achados importantes

A
  1. Onda P 100ms ou 2,5 quadradinhos (e bífida)
  2. Índice de Morris.
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8
Q

Onda P bífida no ECG
Em que consiste e o que indica

A

• P > 100ms ou 2,5 quadradinhos (e bífida).
• Indica aumento de AE

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9
Q

Índice de Morris
Em que consiste e o que indica

A

• Onda P com parte negativa aumentada em V1.
• Indica aumento de AE

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10
Q

Contornos do coração em radiografia de tórax normal.

A

Átrio direito, botão aórtico e ventrículo esquerdo. O átrio esquerdo em situações normais não aparece pois é uma estrutura posterior.

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11
Q

Achados na radiografia de tórax de aumento de átrio esquerdo.

A
  1. Duplo contorno;
  2. 4º arco;
  3. Bailarina;
  4. Compressão esofágica.
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12
Q

Radiografia de tórax: Presença de 4º arco e duplo contorno
Em que consistem e o que indicam

A

• 4º arco: Sinal que indica crescimento de átrio esquerdo pra esquerda.
• Duplo contorno: crescimento para direita e faz um sombreado com o átrio direito.

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13
Q

Radiografia de tórax: sinal da bailarina
Em que consiste e o que indica

A

Sinal evidenciado no raio x que consiste na visualização do deslocamento do brônquio fonte esquerdo para cima devido ao crescimento (para cima) do AE.

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14
Q

Radiografia de tórax: compressão esofágica
Em que consiste e o que indica

A

O átrio esquerdo tem relação direta com o esôfago, de modo que seu aumento gera compressão dessa estrutura, o que pode ser observado em uma radiografia de tórax em perfil.

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15
Q

Estenose mitral
Achados no fonocardiograma

A

B1 com componente maior que B2, B2, estalido de abertura, sopro diastólico qie aumenta (reforço pré-siltólico).

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16
Q

Estenose mitral
Ausculta cardíaca

A

Estalido de abertura, ruflar diastólico (sopro diastólico mais audível no foco mitral, durante toda diástole que aumenta com o reforço pré-sistólico), B1 hiperfonética.

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17
Q

Estenose mitral
Tratamento

A

• Casos leves: Controle da FC com beta-bloqueador
• Casos mais graves: tratamento intervencionista com valvuloplastia ou cirurgia (se escorre de Block > 8).

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18
Q

Estenose mitral
Valvuloplastia em que consiste e quando é indicada

A

• Valvoplastia mitral por cateter balão: é passado um cateter por dentro do coração (por meio de um cateter venoso chega no coração pelo AD e é feita uma punção no septo interatrial para chegar ao AE) e insuflado um balão para “alargar” valava mitral.

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19
Q

Estenose mitral
Cirurgia: em que consiste e quando é indicada

A

• Troca da valva nativa por uma prótese valvar.
• Indicada se escorre de Block > 8.

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20
Q

Estenose aórtica
Cite 3 causas

A
  1. Degenerativa (idosos),
  2. Valva bicúspide: malformação genética que pode gerar estenose aórtica por si só (geralmente em crianças e jovens), ou ser substrato para calcificação mais precoce (gerando estenose aórtica por degeneração em adulto jovem)
  3. Febre reumática
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21
Q

Estenose aórtica
Cite os principais sintomas

A
  • Tríade de sintomas clássica que parece ao esforço físico:
    1. Angina
    2. Síncope
    3. Dispnéia
  • Sinais:
    1. Pulso parvus e tardus.
    2. Sopro mesosistólico / sistólico em diamante / sistólico crescente e decrescente que irradia para as carótidas
    3. B4 -> B3
    4. Fenômeno de Gallavardan
22
Q

Estenose aórtica
Realacione a fisiopatologia com a clínica

A

Dificuldade de abrir a válvula gera:
A) Turbilhonamento de sangue: sopro de EA e IM funcional
B) Sobrecarga de pressão sobre o VE:
(1) Hipertrofia concêntrica -> aumento da massa cardíaca e do tempo de contração o que + aumento da frequência cardíaca gera aumento da demanda com diminuição da oferta -> angina em vigência de esforço físico.
(2) A hipertrofia concêntrica inicialmente mantém o DC, mas ao longo do tempo evolui com alteração estrutural (hipertrofia excêntrica) e morfológica com risco de arritmia e disfunção sistólica -> queda do débito principalmente em vigência de aumento da frequência (mesmo antes de evoluir com hipertrofia excêntrica) -> síncope.
(3) Disfunção sistólica agravada pro aumento da FC -> dispneia.

23
Q

Em que consiste o Fenômeno de Gallavardan

A

Presença de sopro sistólico em foco mitral por reverberação da vibração da valva aórtica (na vigência de estenose aórtica) na valva mitral, devido a íntima relação anatômica entre essas duas válvulas.

24
Q

Estenose aórtica
Achados importantes no ECG

A

Hipertrofia ventricular esquerda com padrão “Strain”. QRS em V5 e V6 de grande amplitude e padrão “Strain”, o qual denota que tem partes do coração que estão tendo alteração de repolarização, o que ocorre pois um coração muito musculoso esmaga as artérias perfurantes e as regiões que recebem sangue por último sofrem um pouco e mudam seu aspecto repolarização -> onda T inverte de forma assimétrica (descenso lento e subida rápida).

25
Estenose aórtica Achados na radiografia de tórax
Dilatação cardíaca em fases avançadas / calcificações na topografia da valva aórtica (nem sempre terá estenose, mas junto com a clínica indica estenose).
26
Estenose aórfica grave Ecocardiograma
Área valvar < 1,0 cm2 = grave.
27
Estenose aórtica Fonocardiograma:
28
Estenose aórtica Tratamento
1. Evitar beta bloqueador, pois reduz força de contração 2. Cirurgia: é muito invasiva nem todo paciente tolera. 3. Implante (TAVI): procedimento realizado por meio de um cateter em que se posiciona uma valva protética por via endovascular. Indicado para pacientes que não tem reserva cardiopulmonar.
29
(V) ou (F) O uso de beta bloqueador é contraindicado em estenose aórtica.
Falso. Deve-se evitar o uso beta bloqueador, pois reduz força de contração, mas não é uma contraindicação.
30
Estenose aórtica Cirurgia: em que consiste e quando é indicada
• Troca da valva nativa por uma prótese valvar. • É uma cirurgia muito invasiva, que nem todo paciente tolera, sendo indicada pra pacientes que tem reserva cardiopulmonar.
31
Estenose aórtica Implante (TAVI): em que consiste e quando é indicada
• Procedimento endovascular: por meio de um cateter posicionar uma valva protética por via endovascular. • Indicada para pacientes que não tem reserva cardiopulmonar.
32
Insuficiência mitral Cite as principais causas
- Crônicas: 1. Prolapso da valva mitral: nem sempre gera insuficiencia) e é mais comum em mulher. - Aguda: 2. Endocardite 3. Infarto: necrose de músculo papilar, rompimento de cordoalhas. 4. Reumática: lesão aguda mais comum é a insuficiência mitral (folheto inflamado não fecha direito).
33
Insuficiência mitral Cite os principais sinais e sintomas
1. Decorrentes do aumento do átrio esquerdo: predisposição à FA, rouquidão e disfagia. 2. Decorrentes da sobrecarga de volume que o AE e o VE sofrem -> IC esquerda: congestão pulmonar, ictus desviado, disfunção sistólica. 3. Consequentes ao turbilhonamento: sopro holossistólico que irradia para a axila, B3.
34
Insuficiência mitral Realacione a fisiopatologia com a clínica
Dificuldade de fechar a válvula. (1) Sangue reflui para o AE -> sopro sistólico regurgitativo (B1 hipofonética e B3). (2) Sangue reflui para o AE -> sobrecarga de volume no AE -> aumento de átrio esquerdo -> predisposição à FA, rouquidão e disfagia. (2) Atrio acumula mais sangue em seu interior, mais sangue e direcionado ao VE na diástole -> sobrecarga de volume -> VE dilata -> disfunção sistólica (+ acúmulo de sangue no AE) -> congestão pulmonar.
35
Insuficiência mitral Ecocardiograma
Fração regurgitante >/= 50% = grave.
36
Insuficiência mitral ECG
1. P > 100ms ou 2,5 quadradinhos (e bífida) 2. Índice de Morris 3. HVE.
37
Insuficiência mitral Radiografia de tórax
1. Aumento de AE (duplo contorno, quarto arco, bailarina, compressão esofágica) 2. Ventrículo grande
38
Insuficiência mitral Fonocardiograma
Sopro holossistólico, B3.
39
Insuficiência mitral Tratamento
- Tratar IC - Intervenção: Reparo: Mitraclip ou Troca valvar
40
Em que consiste Mitraclip?
• Procedimento intervencionista endovascular usado como tratamento da insuficiência mitral. • É passado um cateter por dentro do coração (por meio de um cateter venososo, chega no coração pelo AD e é feita uma punção no septo interatrial para chegar ao AE) coloca um "grampo" aproximando as cúspides mitrais, deixando a valva semi fechada. Ou seja, gera uma alteração na valva nativa, é uma cirúrgica mais conservadora que a estenose mitral responde bem.
41
Insuficiência aórtica: Cite as principais causas
1. Reumática 2. Aterosclerose (aterosclerose na aorta dilata a valva); 3. Síndrome de Marfan: doença do colágeno, pode dilatar a aorta e consequentemente a valva. 4. Dissecção (se caminhar mais proximalmente).
42
Insuficiência aórtica Cite os principais sinais e sintomas
• Sintomas: - Clínica de IVE (sobrecarga de volume) - Isquemia (não perfunde coronária) em brandicardia (aumenta a diástole, diminui a pressão diastólica) (noturna) diferenciando da angina da estenose aórtica. • Sinais: - Pulso em martelo d'água (parece e desaparece muito rápido) - Tudo pulsa: sinal de Quincke (pulsação do leito ungueal), Müller (da úvula), Musset (cabeça) - Ausculta cardíaca: sopro protodiastólico, B3, sopro de Austin-flint.
43
Insuficiência aórtica Realacione a fisiopatologia com a clínica
- Insuficiência aórtica -> sangue volta para o VE durante a diástole -> sobrecarga de volume -> inicialmente se adapta aumentando a complacência para acomodar o volume maior de sangue + otimização da pré-carga (estira mais as fibras ajudando até certo momento na contração) -> IC. - Como volta sangue da aorta para o VE na diástole, a pressão diastólica cai. - Periferia enche na sístole (e pulsa) e quase colapsa na diástole.
44
Sopro de Austin-flint
Sopro de estenose funcional mitral por jato regurgitante da insuficiência aórtica que bate no aparelho mitral e fecha -> sopro diastólico ruflar sem estalido de abertura e B1 hiperfonética, pois não tem doença orgânica na valva.
45
Insuficiência aórtica Exames complementares
ECO (principal), fonocardiograma, ECG, radiografia de tórax (não fecha diagnóstico, mas tem alguns achados interessantes).
46
Insuficiência aórtica Ecocardiograma
Fração de ejeção regurgitante >/= 50 % = grave
47
Insuficiência aórtica ECG
Hipertrofia ventricular esquerda
48
Insuficiência aórtica Radiografia de tórax:
Coração grande
49
Insuficiência aórtica Fonocardiograma
Sopro protodiastólico, B3, sopro de Austin-flint (sopro de estonose funcional mitral por jato regurgitante da insuficiência aórtica que bate no aparelho mitral e fecha -> sopro diastólico ruflar sem estalido de abertura e B1 hiperfonética, pois não tem doença orgânica na valva).
50
Insuficiência aórtica Tratamento
- Vasodilatador se sintomático - Intervenção: trocar valva
51
Doença reumática (sem ser FR) que pode cursar com estenose aortica?
Espondilite anquilosante.