Valvopatias Flashcards

1
Q

Anatomia do Coração

A
  1. Veia Cava Inferior e Superior → Átrio direito → Valva Tricúspide → Valva Pulmonar → Artérias pulmonares → Veias pulmonares → Valva mitral → Valva Pulmonar → Aorta
  2. Valvas atrioventriculares: valva tricúspide e valva mitral
  3. Valvas semilunares: valva pulmonar e aorta
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2
Q

Fisiologia Cardíaca

A
  1. Sístole: Abrem valvas pulmonares e aórtica e fecham mitral e tricúspide → B1
    1. B1: fecham M e T
    1. Sístole: entre B1 e B2
  2. Diástole: Fecham valvas Aórtica e Pulmonares, abrem a Mitral e Tricúspide → B2
    1. B2: fecham Ao e P
    1. Diástole: entre B2 e B1
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3
Q

Semiologia Cardíaca

A
  1. Foco Mitral: ictus → no 5º EIC esquerdo na LHC
  2. Foco Tricúspide: borda esternal esquerda baixa
  3. Foco Aórtica: 2º EIC direita
  4. Foco Pulmonar: 2º EIC esquerdo
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4
Q

Focos de Ausculta

A
  1. B1: fecham M e T
  2. B3: sobrecarga de volume
  3. B4: sobrecarga de pressão (hipertrofia de ventrículo esquerdo)
  4. B2: fecham Ao e P
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5
Q

Estágios de Progressão Valvopatias

A

A. Fatores de RISCO para valvopatia, mas sem a doença
B. Valvopatia LEVE A MODERADA e ASSINTOMÁTICOS (dça progressiva)
C. Valvopatia GRAVE e ASSINTOMÁTICA
C1. Função de VE normal
C2. Função de VE reduzida
D. Valvopatia GRAVE e SINTOMÁTICA

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6
Q

INDICAÇÃO DE CIRURGIA “CLASSE I”

A
  1. Doença GRAVE desde que sintomática (D) ou com ↓ FE (alguns C)
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7
Q

Conceitos

A
  1. Estenose: restrição à abertura

2. Insuficiência: fechamento inadequado

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8
Q

Estenose Mitral

A
  1. Fç valva mitral: posiciona-se entre AE e VE (atrioventricular)
  2. Na diástole a valva se abre enchendo VE, sem oferecer nenhuma resistência à passagem de sangue entre AE e VE
  3. Na sístole a valva se fecha direcionando sangue p/ aorta impedindo refluxo para AE
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9
Q

Valva Mitral

A
  1. Anel ou ânulo mitral
  2. Dois folhetos ou cúspides valvares
  3. Cordoália tendínea
  4. Músculos papilares
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10
Q

Estenose Mitral

*Restrição a abertura

A
  1. Restrição à abertura dos folhetos valvares, há redução da área valvar mitral, formando um gradiente de pressão diastólica entre AE e VE
  2. Valva mitral não se abre adequadamente “restando sangue” no AE e ↑ pressão
  3. Valvopatia MENOS tolerada durante a GESTAÇÃO
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11
Q

Classificação de Gravidade de Estenose Mitral

A
  1. Leve: AVM (área valvar mitral) = 1,5-2,5 cm² e gradiente pressórico médio <5 ou pressão sistólica da art. pulmonar <30
  2. Moderada: AVM = 1,0-1,5 cm² e pressão 5-10
  3. Grave: AVM <1 e pressão >10
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12
Q

Fisiopatologia da Estenose Mitral

A
  1. Congestão pulmonar: obstrução do fluxo de sangue do AE p/ VE no enchimento ventricular (diástole) → dispneia aos esforços (principal sintomas) piora c/ exercício (↑ pressão transvalvar)
  2. Hipertensão arterial pulmonar: congestão pulmonar faz vasoconstrição reativa, sobrecarregando o VD (pode fazer falência sistólica)
  3. Baixo débito cardíaco
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13
Q

Etiologia da Estenose Mitral

A
  1. Febre Reumática (95%): Cardiopatia reumática crônica → dupla disfunção não balanceada (estenose e insuf. mitral)
    1. Aspecto avançado em “boca de peixe”
  2. Outras causas raras: enocardite infecciosa, Libman-Sacls
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14
Q

Estenose Mitral - QC:

  • Acúmulo de sangue no AE c/ ↑ pressão retrógrada
  • ↑ AE + Congestão pulmonar
A
  1. Comum em idades jovens (10-18 anos), em meninas (até em adultos joens)
  2. ↑ AE: FA, rouquidão (Sd de Ortner - comprime nervo laríngeo), disfagia
  3. Congestão: Dispneia ao esforço (pior com ↑ FC)
  4. Síndrome do baixo débito (dça avançada): fadiga, cansaç e lipotimia (tonteira)
  5. Tosse com hemoptise, emagrecimento (dxx PNM, TB)
  6. Dor torácica
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15
Q

Exame Físico - Ausculta

*Foco mitral: Ruflar diastólico, estalido de abertura e hiperfonese de B1

A
  1. Sopro DIASTÓLICO em RUFLAR (B2 → B1) com reforço pré-sistólica (por contração atrial)
    1. Ruflar diastólico não é patognomônico (diferenciado pela as outros duas características)
  2. B1 HIPERrfonêtica
  3. Estalido de abertura mitral
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16
Q

Outras causas de Ruflar Diastólico

A
  1. Febre Reumática (sopr de Carey Coombs)
  2. Insuficiência mitral grave (hiperfluxo pela valva mitral)
  3. Insuficiência aórtica grave (sopro de Austin Flint)
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17
Q

Complicações da Estenose Mitral

A
  1. FA: aumento do átrio esquerdo
  2. Embolia sistêmica (10-20%): associado c/ FA
  3. Endocardite infecciosa
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18
Q

Exames Complementares da Estenose Mitral - ECG

A
  1. Ocorre por ↑ AE:
  2. P larga >100ms (>2,5 quadradinhos) e bífida em D2
  3. Índice de Morris em V1 p(-) >1 mm² (P mitrale)
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19
Q

Exames Complementares da Estenose Mitral - Rx de Tórax

A
  1. Precoce: ↑ AE isolado e depois ocorre em PA:
    1. Sinal do Duplo contorno na silhueta direita do coração
    1. Sinal da bailarina (deslocamento superior do brônquio fonte esquerdo)
    1. Abaulamento do 3º arco cardíaco esquerdo (apêndice atrial Esquerdo)
  2. Perfil: Deslocamento posterior do esôfago
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20
Q

Exame Diagnóstico Estenose Mitral - Ecocardiograma-Doppler

A
  1. Área valvar <1,5 cm² = grave

2. Melhor exame para avaliar dilatação do AE

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21
Q

Tratamento da Estenose Mitral

A
  1. Controle e ↓ da FC: Betabloqueadores (se CI BCC) ± Diuréticos
  2. Controle da FA ± Anticoagulação (warfarin)
  3. ATB: profilaxia p/ evitar recorrência de Febre Reumática e contra Endocardite Infecciosa
  4. Intervenção: Valvotomia percutânea com balão (estenose moderada a grave c/ AVC<1,5 e sintomáticos)
    1. Se BLOCK>8: Trocar valva
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22
Q

Estenose Aórtica

A
  1. Valva aórtica se posiciona entre VE e Aorta ascendente
    1. Se abre na sístole (ejeção ventricular) e se fecha na diástole
  2. Possui 3 folhetos aórticos: coronariano esq, direito e posterior (tricúspide)
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23
Q

Estenose Aórtica

A
  1. Restrição à abertura dos folhetos valvares, com redução da área valvar aórtica, levando à formação de um gradiente de pressão sistólico entre VE e a Aorta
  2. 50% c/ EA moderada a grave, de etiologia calcífica, tem dça coronariana aterosclerótica associada
  3. Não há correlação direta entre os sinais no ECG e a gravidade hemodinâmica (pode ter sobrecarga ventricular)
  4. EA é a valvopatia MAIS FREQUENTE
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24
Q

Classificação da Estenose Aórtica

A
  1. Leve: área valvar aórtica 1,5 a 2 cm²
  2. Moderado: área de 1 a 1,5 cm²
  3. Grave: área <1cm²
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25
Q

Etiologia da Estenose Aórtica

A
  1. Degeneração Calcífica: causa mais comum em idosos (>65 anos), valva aórtica é tricúspide s/ alteração congênita (FR: aterosclerose)
  2. Valva bicúspide congênita (má formação c/ fusão dos folhetos não sendo tricúspide): jovens
    1. É a formação congênita cardíaca mais comum
  3. Outras: Febre reumática (rara)
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26
Q

Hx natural da Estenose Aórtica

A
  1. HVE (só dilata na fase avançada)
    1. ↑ demanda: Angina
    1. ↓ fluxo: Síncope
    1. Disfunção contrátil: ICC (dispneia tardia)
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27
Q

Clínica da Estenose Aórtica - Tríade clássica:

A
  1. Angina (35%): isquemia miocárdica ao esforço físico
  2. Síncope: baixa perfusão cerebral no esforço
  3. Dispneia: sinal inicial da ICC c/ congestão pulmonar
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28
Q

Estenose Aórtica Exame Físico

A
  1. Sorpo (MESO)SISTÓLICO ou crescente-decrescente em DIAMANTE de B1 → B2 (irradia p/ carótidas) em foco aórtico (mais intenso no meio da sístole)
  2. B4 (sobrecarga de pressão)
  3. Pulso Parvus (amplitude ↓ / ascensão lenta)
  4. Pulso Tardus (duração ↑)
  5. Pulso carotídeo anacrótico (ascensão irregular) e com “sobressaltos “
  6. Sopro ↑ c/ manobras que ↑ RV e/ou contratilidade do VE (cócoras,exercício) e ↓ c/ manobras que ↓ RV (valsava,ortostática) ou ↑RVP (handgrip)
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29
Q

Fenômeno de Gallavardin na Estenose Aórtica

A
  1. Sopro estenose aórtica que irradia p/ foco mitral para ápice do coração por continuidade anatômica entre os anéis aórtico e mitral, SIMULANDO uma Insuf Mitral que não existe
  2. Transmissão da vibração da válvula aortica calcificada até o aparelho mitral, mimetizando uma Insuf Mitral
  3. Não há um patologia mitral associada (diferenciar por ecocardiograma)
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30
Q

Complicações da Estenose Aórtica

A
  1. Embolia sistêmica
  2. Endocardite infecciosa
  3. HDB: angiodisplasia (EA calcífica) c/ enterorragia
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31
Q

Exames complementares

A
  1. ECG (sinais de HVE -85%): Complexo QRS aumentado em V5/V6 e Padrão Strain (infradesnível de ST c/ T- e assimétrica)
  2. Rx tórax (em fase avançada): PA c/ ↑ diâmetro transversso e deslocamento caudal da ponta
    1. Alterado quando dilata VE
  3. Ecocardiograma: avalia grau de calcificação, se área valvar <1cm² = grave
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32
Q

Tratamento Estenose Aórtica

A
  1. NÃO HÁ tto medicamentoso = insatisfatório (evitar B-bloq. por ↓ DC)
  2. Intervenção: Troca valvar (cx de escolha)
  3. Pcte c/ ↑ risco cx: implante de prótese por cateter (TAVI)
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33
Q

Estenose Tricúspide

A
  1. Valva tricúspide entre AD e VD
  2. Restrição à abertura dos folhetos valvares c/ redução da área valvar tricúspide
  3. Causa mais comum: cardiopatia reumática crônica
  4. a ET isolada está quase sempre associada à estenose mitral
  5. Mais comum no sexo feminino
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34
Q

Estenose Tricúspide

A
  1. Síndrome da congestão sistêmica (↑ pressão AD-VD e da PVC): turgência jugular, hepatomegalia,ascite, anasarca
  2. ET pode reduzir congestão pulmonar da estenose mitral por diminui fluxo sangue p/ pulmão
  3. Um pcte c/ EM grave pode não se queixar de dispneia ou ortopneia por ter uma ET associada***
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35
Q

Clínica Estenose Tricúspide

A
  1. Anasarca cardiogênita
  2. Fadiga, cansaço aos esforços: por baixo DC
  3. “Aumento do pescoço”, do volume abdomina e edema de mmii: Congestão sistêmica
  4. Turgência jugular c/ onda A no pulso venosos
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36
Q

Dx e TTO da Estenose Tricúspide

A
  1. Ecocardiograma é o que faz dx

2. TTO: Betabloqueadores (↓FC)

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37
Q

Insuficiência Mitral (ou regurgitação mitral)

A
  1. Valva mitral: tem obrigação de evitar refluxo sangue p/ AE, direcionando fluxo p/ aorta
  2. IM: fechamento inadequado c/ refluxo de sangue p/ AE durante a SÍSTOLE ventricular
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38
Q

Insuficiência Mitral

A
  1. Sobrecarga de volume no AE e VE

2. Parte do sangue volta p/ átrios que se junta ao sangue novo do pulmão (regurgitação)

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39
Q

Etiologia da Insuficiência Mitral

A
  1. Prolapso da valva mitral (degeneração mixomatosa): causa mais comum de IM crônica (idiopática)
  2. Doença Reumática
  3. Dça Isquêmica do Miocárdio
  4. Endocardite infecciosa
  5. Rotura espontânea da cordoália
  6. Calcificação anular senil
  7. Infarto: principal causa de IMA (45%)
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40
Q

Exame físico da Insuficiência Mitral

A
  1. IM crôncia tem CARDIOMEALIA (↑AE e VE) antes de evoluir p/ IC
  2. B1 → B2 (constante)
  3. Soprop (HOLO)SISTÓLICO no foco mitral e irradiando p/ axila
  4. B3: sobrecarga de volume
  5. Sopro de Carey-Coombs: típico da lesão aguda por Febre Reumática (edema dos folhetos na fase aguda da cardite reumática)
    1. Sopro que ocorre por hiperfluxo mimetizando estenose mitral (sem hiperfonese de B1 e sem estalido de abertura) que não existe
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41
Q

Exames Complementares na Insuficiência Mitral

A
  1. ECG: aumento AE, sobrecarga de volume de Cabrera (↑ amplitude das ondas R, onda T+ e apiculada) e FA*
  2. Rx: cardiomegalia por VE (ponta do coração p/ baixo)
  3. ECOCARDIOGRAMA: Fração de Regurgitante ≥ 50% = grave
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42
Q

Tratamento da Insuficiência Mitral

A
  1. Medicamentoso: se sintomas de IC c/ IECA,BB, DIU e digitais (também ↓ regurgitação por ↓ diâmetro ventricular/anel mitral) - não faz em assintomáticos
  2. Intervenção: Reparo (valvoplastia mitral) ou troca valvar
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43
Q

Insuficiência Aórtica

A
  1. Regurgitação aórtica, refluxo de sangue para VE durante a diástole ventricular, por incompetência do mecanismo de fechamento valvar
  2. Aumento de VE (sobrecarda de volume): desenvolve ICC
  3. Diminuição da PA diastólica: isquemia
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44
Q

Classificação da Fração de Regurgitante (FR) da Insuficiência Aórtica

A
  1. Mínima: FR <20%
  2. Leve: FR =20-40%
  3. Moderada: FR=40-60%
  4. Grave: FR>60%
  5. P/ levar repercussão hemodinÂmica a IA deve ser grave ou moderada
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45
Q

Etiologia da Insuficiência Aórtica

A
  1. Crônica Valva: Reumática
  2. Crônica Aorta: Aterosclerose (aorta ascendente* mais comum em adultos), Sd. Marfan
    3, Aguda Valva: Endocardite
  3. Aguda Aorta: Dissecção de aorta***
46
Q

Exame Físico da Insuficiência Aórtica

A
  1. PA divergente (↓PAD)
  2. Sinal de Hill: diferença >60 mmHg da PAS no mmii
  3. Pulso de CorrIgAn (pulso em martelo d’água): no pulso arterial na a. radial (alevação ampla e colapso abruto)
  4. Pulso bisferiens: dois picos sistólicos
47
Q

Exame Físico da Insuficiência Aórticas

  • Pressão de pulso (PAS - PAD): ELEVADA
  • TUDO PULSA NO PCTE C/ IA CRÔNICA GRAVE*
A
  1. Sinal de Musset: pulsação da cabeça
  2. Sinal de MÜller: pulsa úvula
  3. Sinal de Quicke: pulsa capilares subungueais
  4. Sinal de Traube: ruídos sistólicos e diastólicos audíveis na artéria femoral (pistol shot)
  5. Sinal de Duroziez: sopro sistólio na a. femoral quando comprime c/ esteto em região proximal; e sopro diastólico na compressão distal
  6. Sinal Becker: pulsa íris
  7. Sinal Rosenback: pulsa fígado
  8. Sinal de Gerhard: pulsa baço
  9. Sinal de Mayne: queda de 15 mmHg ou mais da PAD no mmss c/ elevação do membro
48
Q

Ausculta na Insuficiência Aórtica

A
  1. Sopro (PROTO)DIASTÓLICO> I> B2→B1 (aspirativo) no foco aórtico acessório
    1. Duração de acordo c/ gravidade
  2. Sopro mesossistólico ejetivo de hiperfluxo irradiando p/ carótidas em foco aórtico
  3. Sopro de Austin Flint no foco mitral: jato regurgitante pode fazer Estenose Mitral funcional (impede abertura desta) mas sem lesão orgânica nesta
49
Q

Ausculta na Insuficiência Aórtica

A
  1. Foco aórtico acessório: 3º EIC esquerdo (melhor local p/ avaliar sopro) - borda esternal direita alta
  2. B3 (sobrecarga de volume) e não significa IC
50
Q

Exames Complementares na Insuficiência Aórtica

A
  1. ECG: HVE c/ aumento amplitude dos R em V5/V6 e do S em V1/V2.
  2. Rx tórax: cardiomegalia de grande monta c/ alargamento silhueta aórtica
  3. Ecocardiograma: Fração Regurgitante ≥ 50% = Dça Grave (indicar cx)
51
Q

Tratamento da Insuficiência Aórtica

A
  1. Não está indicado uso de vasodilatadores em assintomáticos, apenas se SINTOMAS
  2. Balão intra-aórtico está contraindicado, pois aumenta FR
  3. Cx: troca valvar (cx de Bentall)
52
Q

Insuficiência Tricúspide

A
  1. Regurgitação tricúspide, refluxo do sangue do VD p/ AD durante sístole ventricular
  2. Causa secundária à disfunção sistólica do VD
  3. Causa primária por Sd. do prolapso de valva tricúspide (degeneração mixomatosa)
  4. Sobrecarga de AD e VD c/ congestão sistêmica e redução DC
  5. Pode ter exacerbação do sopro com a manobra de Ribeiro Carvalho (inspiração profunda que aumenta RV), presença de onda V gigante no pulso jugular e pulso hepático
53
Q

Clínica da Insuficiência Tricúspide

A
  1. Turgência jugular, hepatomegalia, anasarca,
  2. Sopro HOLOsistólico no foco tricúspide
  3. TTO: diuréticos e restrição de sódio
  4. Anuloplastia De Vega (moderado 2º) ou Anel de Carpentier (grave)
54
Q

Próteses biologia x mecânica

A
  1. Válvula metálica tem que anticoagular (warfarin): indicado se associado a FA, TVP, trombos, aumento cavidade esquerda (necessitam anticoagular independente da valva)
    1. Dura mais que a biológica
    1. Necessita de anticoagulação plena ad eternum
  2. Válvula biologia não precisa anticoagular : indicada em má adesão terapêutica, mulher que quer engravidar ou idoso (risco de sangrar)
55
Q

Hipertensão Arterial Pulmonar

A
  1. Pressão arterial média pulmonar >25 mmHg no repouso

2. Resistência vacular = “dificuldade” imposta ao fluxo sanguíneo = o pulmonar é o próprio DC (=5 L/min)

56
Q

Hipertensão Arterial PULMONAR

A
  1. Idiopática ou 1ª: hiperplasia e fibrose c/ vasoconstrição → Vasodilatadores (BCC, prostaciclina)
  2. Familiar
  3. Associada com: colagenoses, hipertensão portal, shunt congênitos sistêmicos-pulmonares, HIV, anorexígenos
  4. Associada a envolvimento significativo capilar ou venoso: dça venoclusiva pulmonar e hemangiomatose capilar pulmonar
  5. HAP persistente do RN
57
Q

Hipertensão pulmonar com Dça Cardíaca

A
  1. Dça ventricular, atrial ou valvar esquerda
58
Q

Hipertensão pulmonar associadaà dça pulmonar ou hipoxemia

A
  1. DPOC
  2. Dça pulmonar intersticial
  3. Desordens relacionadas à respiração durante o sono
  4. Hipoventilação alveolar crônica
59
Q

Hipertensão pulmonar devido à dça trombótica ou embólica crônica

A
  1. Obstrução tromboembólicas das artérias proximas/distais
  2. Embolismo pulmonar não trombótico (tumor, parasitaR)
  3. Outras miscelânea: Sarcoidose, histiocitose X, compressão extrínseca dos vasos pulmonares
60
Q

HAP Idiopática ou Primária

A
  1. Vasculopatia proliferativa c/ vasoconstrição associada à proliferação celular, fibrose e trombose
  2. Pode levar à falência ventricular direita
  3. Patogenia: ↑ tônus arterial (vasoconstrição -disfç endotelial), proliferação de miócitos, trombose in situ e remodelamento vascular
61
Q

HAP Idiopática ou Primária

A
  1. Dça rara c/ predomínio em mulheres
  2. Pico entre 4ª e 5ª década de vida
  3. Pode estar associada à hipertensão porta (cirrose hepática, esquistossomose, trombose de veia porta) com desvio de sangue do sistema porta p/ circulação pulmonar
  4. Outras: colagenoses*, HIV, drogas, anorexígenos,, herpesvírus 8
62
Q

HAP - Clínica

A
  1. Dispneia aos esforços (1º sintoma) por baixo débito do VD (incapaz de eleva o débito sistólico no esforço)
  2. Dor tipo anginosa (constritivo) ou não anginosa pode irradiar p/ membro e axila (dxx IAM)
  3. 30% pode ter fenômeno de Raynaud associado (vasoespasmo) indicativo de esclerodermia (Sd. CREST)
  4. HIPERfonese de P2
  5. Pré-síncope, fadiga, fraqueza
63
Q

HAP - Dx

A
  1. Rx tórax: abaulamento do 2º arco da silhueta cardíaca esquerda e dilatação >16 mm da a. pulmonar direita
  2. Ecocardiograma: sobrecarga e disfunção VD
  3. Cintilografia: afastar tromboembolismo
  4. Prova de fç pulmonar: padrão obstrutivo indica DPOC
  5. Cateterismo é obrigatório na suspeita (p/ excluir dça no coração esquerdo)
64
Q

HAP - Manejo

A
  1. Evitar atividade esportivas (risco de síncope) → Classificação de NYHA
  2. BCC: vasodilatador principal p/ reverter vasoconstrição pulmonar, reduzindo RVP
  3. Específicos: análogos de prostaciclina, inib. de fosfodiesterase (sintomáticos c/ resposta negativa a vasodilatadores)
  4. Warfarin: indicada em todos os casos por aumentar a sobrevida*
  5. Transplante de pulmão: último recurso terapêutico
65
Q

HAP 2ª - Causas

*Mais comum que a 1ª

A
  1. Sds pulmonares congestivas
  2. Pneumopatias intersticiais difusa
  3. Cardiopatias congênitas c/ shunt E-D
  4. DPOC
  5. Tromboembolismo pulmonar
66
Q

Cardiomiopatia (ou miocardiopatia) Dilatada

  • No BR a causa mais comum de 2ª é Chagas (nos EUA é a alcoólica)*
  • = IC sistólica*
A
  1. Dça primaria do miocárdio, evolução crônica, c/ disfunção SISTÓLICA e dilatação ventricular
  2. Inicialmente do VE e depois do VD
  3. Causa mais comum: idiopática ou 1ª
  4. Causas 2ªs: Dça Chagas, cardiomiopatia alcoólica, miocardite viral, periparto, diabética, HIV, colagenoses, disfç endócrina, carências nutricionais (Kwashiorkor, Beribéri,selênio) e eletrólitos (HipoK/P), doxorrubicina, cocaína, metais pesados
67
Q

Cardiomiopatia (ou miocardiopatia) Dilatada - Fisiopatologia

A
  1. Degeneração e inibição da atividade contrátil dos miócitos, c/ perda progressiva
  2. Redução da contratilidade miocárdica
  3. A redução do inotropismo leva à disfunção sistólica
  4. Resumo residual maior que habitual devido FE não correta
68
Q

Cardiomiopatia (ou miocardiopatia) Dilatada - Clínica

= IC sistólica

A
  1. Insidioda
  2. Ictus VE desviado p/ esquerda
  3. HIPOfonese B1
  4. B4 presente: sopro Sistólico em foco mitral irradiando p/ axila
  5. Sinasi de IVD congestiva: turgência jugular, hepatomegalia, ascite
  6. Complicações: arritmias (FA, flutter, Extrassístoles ventriculares, TV e FV), tromboembolismo, bloqueio de ramos e bradiarritmias
69
Q

Cardiomiopatia (ou miocardiopatia) Dilatada - Exames

A
  1. RX: Aumento de VE

2. Ecocardiograma: diâmetro diastólico e sistólico aumentados

70
Q

Cardiomiopatia (ou miocardiopatia) Dilatada - Manejo

A
  1. Controle da IC sistólica: IECA, DIU, BB
  2. Anticoagulação c/ warfarin (INR 2-3) se : FA crônica, trombo e ICFE<30%
  3. Transplante: se dça sistêmica intratável (amiloidose)
71
Q

Miocardite Aguda

A
  1. Infiltrado inflamatório adjacente a áreas de necrose e degeneração de miócitos
  2. Mais comum em jovens do sexo masculino
  3. Principais causadores: Adenovírus, Parvovírus B19 e Herpes-simplex (nos EUA é enterovírus)
  4. O HIV pode causar aguda ou crônica, e predispõe a oportunistas.
  5. Nas virais tto: interferon-beta ou Imunoglobulina humana IV
  6. Dx: imuno-histoquímica (biópsia) e ecocardiograma
72
Q

Miocardite Aguda - Suspeitar se:

*Maioria assintomático

A
  1. Alterações inespecíficas do ST-T no ECG (transitório)
  2. Taquicardia sinusal acentuada, desproporcional ao quadro febril
  3. Arritmias cardíacas ou de codunção
  4. 3º bulha de VE ou VD
  5. Aumento da área cardíaca à radiografia
  6. Desconforot precordial
  7. Congestão pulmonar
  8. Arritimias graves e morte súbida
73
Q

Cardiomiopatias Dilatadas Idiopáticas

*Teoria genética, viral e autoimune

A
  1. Causa mais COMUM (só perde p/ hipertensivo e isquêmica)
  2. Mais comum entre 30-50 anos
  3. Mais em homens e negros
  4. Fatores de mau prognóstico: NYHA III/IV, >55 anos, B3, arritmias ventriculares, hiponatremia, FE<35%, VO2 <10, ADH alto
  5. TTO = ICC
74
Q

Cardiomiopatia Alcoólica

A
  1. Principal causa 2ª nos EUA
  2. Uso crônico c/ efeito miocárdio-depressor reversível, a um dano irreversível progressivo, c/ fibrose e degeneração de miócitos
  3. QC = ICC, c/ predomínio de arritmia (FA e flutter)
75
Q

Cardiomiopatia Chagásica (tripanossomíase americana)

A
  1. Trypanosoma cruzi
  2. Endêmica em MG e Nordeste
  3. Acomete coração, esôfago, cólo e SNC
  4. Homem: hospedeiro definitivo
  5. Mosquito barbeiro (triatoma infestans): vetor
76
Q

Formas evolutivas do Trypanossoma cruzi

A
  1. Tripomastigoto: excretados nas fezes do barbeiro durante a picada
  2. Epimastigoto: forma transformada de tripomastigoto no lúmen intestinal do mosquito
  3. Amastigoto (sem flagelo): multiplicação intestinal sob forma de amastigotos
77
Q

QC da dça de Chagas Aguda

*Forma indeterminada pcte fica assintomático por 10-20 ano até fase crônica (50%)

A
  1. Cças ou adolescentes (incubação de 7-10 dias)
  2. Quadro gripal, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia e linfomonocitose (mononucleose símile)
  3. Autolimitado c/ melhora em 1-3 meses
  4. Pode ter miocardite aguda ou meningoencefalite (grave)
  5. Dx: xenodiagnótico (protozoário intestino)
  6. TTO: Benzimidazol por 60 dias → não interfere na hx natural da dça
78
Q

QC da dça de Chagas Crônica

A
  1. Acalãsia (megaesôfago)
  2. Megacólon (constipação)
  3. Cardiomiopatia dilatada segmentar ou difusa: ICC c/ ↑ comprometimento do VD que o VE (Sd congestiva sistêmica)***
  4. Arritmias cardíacas: BRD e HBAE
  5. Tromboembolismo
  6. Principal causa de morbimortalidade é a dça de Chagas
79
Q

Dx da dça de Chagas Crônica

A
  1. ECG, Rx e ecocardio c/ sorologia p/ T. cruzi (fixação de complemento - reação Machado-Guerreiro), IF e Elisa
80
Q

Cardiomiopatia Periparto

A
  1. Surgimento e sintomas de cardiomiopatia entre o último mês de gestação e seis meses pós-parto
  2. Maioria no 1º mês do puerpério
  3. Etiologia multifatorial
  4. Disfunção sistólica no VE (cardiopati dilatada)
  5. 50-60% recuperam fç cardíaca normal (restante evolui p/ IC crônica)
  6. TTO na gestação: Hidralazina e dinitrato +/- DIU/ digitais
81
Q

Cardiomiopatia de Takotsubo ou Síndrome da balonização apical

A
  1. Mulheres >50 anos
  2. Início súbito, após estresse emocional ou físico, c/ desconforto precordial c/ supra de ST e/ou inversão de onda T
  3. QC = IAM c/ aumento de troponina mas s/ alteração no coronariografia
  4. TTO: betabloqueador*
82
Q

Displasia Arritmogênica do VD e Cardiomiopatia Dilatada

*Principalmente em VD

A
  1. Miocárdio ventricular é substituído por tecido fibrogorduroso (predispõe a taquiarritmias)
  2. Acomete principalmente homens <35 anos
  3. 2ª causa de morte súbita em atletas*
  4. Hx familiar em ate 30% (autossômica dominante)
  5. ECG: onda épsilon (patognomônica)
  6. Dx: RM (maior S e E que Ecocardio)
  7. TTO: Parar atividade física + Amiodarona e BB
83
Q

Beribéri e Cardiomiopatia Dilatada

*Típica na Ásia por ↑ consumo de arroz e pobre em tiamina

A
  1. Tiamina (vit B1) cofator p/ reações bioquímica no metabolismo dos carboidratos
  2. Sua deficiência c/ ingesta ↑ de carboidratos causa Beribéri
  3. ICC de ALTO débito (beribéri úmido) e/ou neuropatia periférica grave (beribéri seco)
  4. Alcoólatras são propensos pois consome muito etanol (carboidrato)
  5. TTO: resposta dramática a reposição tiamina em 2 semanas
84
Q

Beribéri e Cardiomiopatia Dilatada

*Beribéri úmido

A
  1. ICC de alto débito
  2. Redução de PA diastólica
  3. Aumento pressão pulso
  4. Cardiomegalias
  5. Sinais de circulação hiperdinâmica (sopro, ruído de ejeção, B3, hiperfonese de bulhas)
  6. Beribéri fulminante (Shoshin beribéri): ICC aguda, c/ EAP e/ou choque cardiogênico c/ óbito em 48h se não tratada (tiamina IV)
85
Q

Cardiomiopatia Hipertrófica

A
  1. Aumento da massa, do tamanho das células (miócitos ou fibras miocárdicas)
  2. Hipertrofia Excêntrica: ↑ da cavidade ventricular c/ maior espessura do miocárdio → sobrecarga volumétrica (diastólica) crônica → Ex: Regurgitações valvares, Comunicações intracardiacas, atletas exercício isotônicos (maratonistas)*
  3. Hipertrofia Concêntrica: redução da cavidade ventricular, ↑ espessura miocárdica → sobrecarga pressóricas (sistólicas) → Estenose aórtica, tricúspide, HAS, HAP, atletas exercício isométricos (halterofilista)
86
Q

Cardiomiopatia Hipertrófica Concêntrica (Sistólica)

A
  1. Doença 1ª do miocárdio c/ HVE* cncêntrica c/ fç sistólica hiperdinâmica
  2. Consequente à HAS ou estenose aórtica
  3. Acomete mais VE* e geralmente assimétrico septal
  4. 70% apresentam cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva da ejeção sistólica
  5. Herança geralmente autossômica dominante
87
Q

Consequências da Cardiomiopatia Hipertrófica

A
  1. Hipertrofia obstrutiva: diminuição transitória do DC (não sai sangue “direito)”
  2. IC diastólica: não relaxamento - déficit de relaxamento VE
  3. IAM: maior demanda energética nas coronárias (não chega sangue corretamente)
88
Q

Sinais e Sintomas da Cardiomiopatia Hipertrófica

*Screening familiar de 1-2 anos, entre 12-24 anos, nos familiares de portadores de CMH

A
  1. Maioria assintomática
  2. Dispneia aos esforços (disfunção diastólica)
  3. Angina pectoris
  4. Sincope e pré-síncope
  5. Fadiga muscular
  6. Ictus de VE propulsivo, localizado e sustentado
  7. B4: mvto pré-sistólico
89
Q

Característica do sopro CMH obstrutiva

*Dxx c/ hipertrofia sinérgica do atleta

A
  1. Mais audível no foco aórtico acessório, tricúspide ou mitral
  2. Pode ser MESOssistólico (sopro ejeção) ou holossitólico (regurgitação)
  3. Sopro dinâmico:
    1. Aumento com: manobra de Valsava, ortostática
    1. Diminui com: handgrip, cócoras
90
Q

CMH

A
  1. Dx: Ecocardiograma
  2. TTO: Verapamil + Amiodarona
    1. Marca-passo
    1. Ventriculomiectomia: “fatia do septo”
  3. Risco de morte súbito
91
Q

Cardiomiopatias Restritivas

*FALTA DE RELAXAMENTO (DIASTÓLICA) = coração duro

A
  1. Dça primária do miocárdio, c/ redução da complacência e disfunção diastólica, sem comprometer fç sistólica
  2. Cavidade ventriculares estão tamanho quase normal e átrio sempre aumentados
  3. É o mais raro das cardiomiopatias
  4. Mecanismo: Infiltrativo e/ou fibrótico (miocárdio espessado e de consistência aumetada)
92
Q

Causas de Cardiomiopatias Restritivas

A
  1. Dças não infiltrativas: Cardiomiopatia restritiva idiopática, esclerodermia
  2. Infiltrativas: Endomiocardiopatia, amiloidose (1ª AL), hemocromatose, sarcoidose, metástase
  3. Dças fibróticas miocárdicas: cardiotoxicidade doxorrubicina, actínica (RT), carcinoide
  4. Endomiocárdicas: endomiocardiofibrose tropical
93
Q

Cardiomiopatias Restritivas - Sintomas

*De acordo c/ local acometido (D ou E)

A
  1. Dispneia aos esforços
  2. Dispneia paroxística noturna
  3. Edema de mmii
  4. Aumento do volume abdominal
  5. Fadiga muscular, tonteiras e indisposição física
  6. Contorno em W ou em M
94
Q

Cardiomiopatias Restritivas

A
  1. Complicações: FA*, bloqueio sinusal, BAV, taquiarritmias, trombo mural, endocardite bacteriana
  2. Rx: aumento isolado do AD, congestão venocapilar pulmonar
    1. Ecocardiograma: átrio aumentado
    1. ECG: QRS de baixa voltagem
  3. TTO: DIU, nitratos (diminuem a pré-carga) e específico p/ causa
    1. Endocardiectomia +/- troca da valva AV
95
Q

Pericardiopatias

A
  1. Serosa c/ dois folhetos (Visceral e parietal separados por líquido)
  2. A presença de pericárdio NÃO É essencial à vida, mas é um protetor do coração (reduz atrito adjacente)
  3. Causas: pericardite aguda, derrame pericárdico, tamponamento cardíacp, constritivo e efusivo-constritiva
96
Q

Pericardite Aguda

A
  1. Inflamação aguda com DOR TORÁCICA: precordial ou retroesternal, contínua, longa duração (dias), irradia p/ região cervical p/ trapézio, PIORA COM INSPIRAÇÃO (dxx c/ IAM)
  2. Dor melhora com tronco inclinado para frente (prece maometana), piora c/ decúbito dorsal
  3. Dor de caráter constritivo
  4. Dispneia
  5. Quadro gripal: febre, dor corpo, fadiga
  6. ATRITO PERICÁRDICO (85%): áspero, sisto-diastólico (som em lixa)
97
Q

Pericardite Aguda - Exames

  • Não há padrão-ouro
  • Supra em todas derivações = fase aguda (≠ do IAM que é em algumas)
A
  1. . ECG: supradesnível de ST, c/ ST de aspecto côncavo e onda T positiva e apiculada (em todas ondas/difuso exceto V1 e aVR)
    1. ECG Fase I (momento da dor): supradesnível de ST em várias derivações, onda T + e apiculada
  2. Ecocardiograma: derrame pericárdico, mas sua ausência não exclui dx de pericardite aguda
98
Q

Etiologias Principais da Pericardite aguda

A
  1. Acomete mais adolescente ou jovens
  2. Maioria de infecção viral (Coxsackie B e Echovirus tipo 8 da gripe/resfriado comum 1-3 sem antes) ou idiopática
    1. Outros vírus: EBV, CMV, HVB, influenza, sarampo
  3. São autolimitados c/ regressão 1-3 sem (viral e idiopático)
  4. Complicação mais comum: pericadite recorrente (tamponamento cardíaco e pericardite constritiva)
  5. TTO: AINES* 2-4 sem (PCR p/ avaliação terapêutica) + Colchicina por 3 meses em doses baixas (impede recidiva/recorrência)
99
Q

Pericardite Piogênica (ou bacteriana)

A
  1. Quadro agudo de febre alta (39-40ºC), calafrios, sudorese, dor, prostração e dispneia
  2. Atrito pericárdico s/ dor torácica propriamente dita
  3. Mais grave e alta mortalidade (70%) por ↑ risco de tamponamento cardíaco (40%) ou pericardite cosntritiva precoce
  4. Causas: complicação de infecção bacteriana torácica ou abdominal alta (PNM, empiema, pleural, mediastinite,endocardite)
100
Q

Pericardite Piogênica (ou bacteriana)

A
  1. . Bactérias mais comuns: S. aureus, S. pneumoniae, Streptococcus sp., E. coli, Klebsiela
  2. Maioria por contiguidade
  3. Líquido pericárdico turvo/purulento (bacterioscopia/cultura)
  4. Ecocardiograma se suspeita
  5. ATB parenteral (oxacilina + gentamicina) boa penetração pericárdica
101
Q

Colagenoses associada à Pericardite Aguda

A
  1. Febre reumática: causa mais comum em cças c/ “pericardite em pão com manteiga” (apenas AAS se ausência de miocardite/vasculite)
  2. Artrite reumatoide: ocorre em 10-25%
  3. LES: 20-45%, manifestaão CV mais frequente do LES
102
Q

Complicações da Pericardite Aguda

A
  1. Tamponamento cardíaco
  2. Pericardite recorrente: Associação de AINE c/ COLCHICINA*
  3. Pericardite cosntritiva e efusivo-constritiva
103
Q

Pericardite Subaguda/Crônica

A
  1. Evolução insidiosa (semanas ou meses)
  2. Derrame pericárdico crônico assintomático
  3. Abertura do quadro com uma complicação (tamponamento cardíaco)
  4. Achado de área cardíaca aumentado no Rx
  5. Dx: confirmado por derrame pericárdico (se persistência dos sintomas = pericardiocentese dx)
104
Q

Pericardite Tuberculosa

A
  1. Principal causa no BR
  2. Mycobacterium tuberculosis por contiguidade ou linfo-hematogênica
  3. Dor retroesternal ou precordial contínua, de leve intensidade e opressiva
  4. Pericardiocentese: exsudato c/ celularidade aumentada (500-2.500/mm³) c/ predomínio de linfócitos, ADA >40
  5. TTO: RIPE por 6 meses
105
Q

Derrame Pericárdico

A
  1. Geralmente assintomáticos
  2. Se grande monta sintomas compressivos c/ disfagia, tosse seca, dispneia, soluços e rouquidão
  3. Sinal de Ewart (submacicez e som bronquial no 1/3 inferior do hemitórax esquerdo)
  4. Rx: “coração em moringa”
  5. ECG: líquido de intepõem-se no eletrodo formando ondas pequenas
106
Q

Derrame pericárdico crônico assintomático

A
  1. > 6 meses de duração

2. Maioria idiopático ou fruto de uma pericardite viral cronificada

107
Q

Tamponamento Cardíaco

A
  1. DC reduzido por enchimento ventricular prejudicado pelas altas pressões intrapericárdicas
  2. Rápido acúmulo de líquido pericárdico, principalmente se denso (sangue,pus) mas pode ocorrer em qqer tipo de derrame
  3. Pulso paradoxal: ↓PA >10mmHg e/ou ↓ detectável da amplitude do pulso arterial, na inspiração
108
Q

Tamponamento Cardíaco - Tríade de Beck

*+ Pulso paradoxal

A
  1. Hipotensão arterial
  2. Bulhas hipofonéticas
  3. Turgência jugular patológica
  4. Indicam risco iminente de vida
  5. Ocorre por causa grave de hemopericárdio traumático, iatrogênico ou dissecção aórtica
  6. Fazer pericardiocentese de alívio
109
Q

Pericardite Constritiva

*“Carapaça em volta do coração”

A
  1. Pericárdio endurecido limitando enchimento ventricular diastólico, desencadeando síndrome congestiva
  2. Dois pericárdio (parietal e visceral) se fundem, obliterando o espaço pericárdico
  3. Alteração na curva de pressão venosa
  4. Descenso Y proeminente
  5. Sinal de Kussmaul: aumento da pressão venosa c/ inspiração
110
Q

Pericardite Constritiva

A
  1. Ecocardio: principal p/ direnciar cardiopatia/valvopatias
  2. Dxx com cardiomiopatia restritiva (BNP muito mais aumentado na CMP restritiva)
  3. TTO: pericardiectomia
111
Q

Cardiopatia Chagasica

A
  1. Marcador de risco: diminuição da FE <40%, único preditor independente de mortalidade
  2. Morte súbita é principal causa de morte da cardiopatia de chagas (seguido da ICC e choque)
  3. TV sustentada ou não sustentada te predito diagnóstico reservado
  4. Pctes chagasicos em lista de espera para transplante cardíaco também apresentam PIOR prognostico em relação a outras etiologias