HIPERTENSÃO ARTERIAL Flashcards
Sons de Korotkoff - PA
- Fase 1: som NÍTIDO (PA sistólica)*
- Fase 2: som suave
- Fase 3: Som amplificado
- Fase 4: som abafado
- Fase 5: som DESAPARECE (PA DIASTÓLICA)
Semiologia da PA
*Esfigmo deve ter pelo menos 80% da circunferência do braço (superestima em obeso)
- 3-5 min em repouso
- Sentado, pés no chão e descruzados
- Braço na altura do coração, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira, relaxado
- Bexiga vazia
- Sem cigarro (30’), cafeína e exercício (60’)
- Braço apoiado com a mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membros
- Recomendado medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos DM, idosos e hipotensão ortostática
Definição de HAS
- Níveis médios de PA que conferem RISCOS significativos para eventos CDV
Critérios Diagnósticos da HAS (Diretriz brasileira*)
- Se PA ≥140 x 90 na 1ª consulta e risco CDV alto ou PA ≥ 180 x 110
- Adultos normotensos: aferir a cada 2 anos
- Pré-hipertenso: anual
- ≥3 anos: aferir na puericultura
- PA no consultório: média entre duas medidas de PA, em pelo menos 2 consultas, c/ níveis ≥ 140 x 90 mmHg c/ risco CDV baixo ou médio (Diretriz Americana: ≥130 x80)
- Monitorização Residencial (MRPA): média de 6 aferições diária por 5 dias com PA ≥135 x 85 mmHg, feitas com aparelho calibrado (D. Am: ≥130 x 80)
- Monitorização Ambulatorial (MAPA): médias das aferições automáticas.
- Vigília: ≥ 135 x 85 mmHg (D. Am: ≥ 130 x 80)
- 24h: ≥ 130 x 80 mmHg (D. Am: ≥ 125 x 75)
- Sono: ≥ 120 x 70 (D. Am: ≥ 110 x 65)
- Lesão de órgão-alvo observada ao exame de fundoscopia
Conceitos de HAS
- HAS jaleco branco: pcte NÃO tem HAS , mas quando aferido pelo médico (descarga adrenérgica/ansiedade) sua PA fica ≥ 140 x90 (30% ) → MRPA/MAPA
- HAS mascarada: pcte TEM HAS, mas no médico fica < 140 x 90, mas PA elevada pela MAPA.
- HAS sistólica isolada: maioria (70%) dos hipertensos >65 anos e aumento risco CVD2qass
Pseudo-hipertensão
- Idosos c/ artérias endurecidas (calcificação e arteriosclerose)
- Aumento falso da PA
- Ajustada pela manobra de Osler
Estadiamento da PA (VII Diretriz Brasileira)
*Se PAS e PAD diferente, vale a maior *
- Normal: ≤ 120 x 80
- Pré-Hipertensão: 121 -139 x 81-89
- HAS Estágio I: 140-159 x 90-99
- HAS Estágio II: 160-179 x 100-109
- HAS Estágio III: ≥ 180 x ≥ 110
- HAS Sistólica Isolada: ≥140 x <90
Estadiamento da PA (Diretriz Americada)
- Normal: <120 x < 80
- PA elevada (= Pré-hipertensão): 120-129 X <80
- HAS estágio I: 130-139 x 80-89
- HAS estágio II: ≥140 x ≥ 90
Avaliação inicial de rotina p/ pcte c/ HAS
- EAS
- Potássio plasmático
- Cr e TFG
- Glicemia jejum
- Lipiograma
- Ác. urico plasmático
- ECG
Exames adicionais individuais para pctes
- Rx tórax: suspeita IC, acometimento pulmonar e/ou aórtico
- Ecocardio: HVE, IC
- Albuminúria: hipertensos diabéticos c/ Sd. metabólica ou FR
- USG doppler de carótida: sopro carotídeo, dça cerebrovascular ou aterosclerótica
- Ergométrico: DAC, DM/hx familiar de DAC
- Glicada: glicemia jejum >99, hx familiar de DM2
- USG-doppler renal: sopro ou massa abdominal
Fisiopatologia da HAS Primária (Essencial)
*Idiopática
- PA = DC x RVP
- Retenção de sódio e água pelos rins: consumo de sal
- Remodelamento vascular
- SRAA: ação da RENINA convertendo angiotensinogênio → vasoconstrição arterial e venosa, retenção de sódio e água
- Genética: APOL1
- Baixo peso ao nascer
Teorias sobre Patogênes da HAS Primária
- Heterogeneidade de néfrons: arteríola aferente de calibre reduzido, estimulo excessivo de renina
- Redução do nº d néfrons: esclerose glomerular
- Não modulação da angiotensina II intrarrenal
- Hiperativação do SNSimpático: estresse crônico
- Resistência à insulina e hiperinsulinemia
Clínica da HAS e Lesão de Órgãos-Alvo
- Lesão vascular: aterosclerose
- Coronariopatia. Cardiopatia hipertensiva (HVE, IC)
- Cérebro: Dça cerebrovascular (AVE), demência (microinfartos)
- Retinopatias
- Nefropatia hipertensiva: microalbuminúria de GESF
- Dça arterial periférica: diminuição de pulso e claudicação intermitente
Lesão Vascular na HAS
*Lesão do endotélio: ↑ RVP (c/ ↑ PA)
- Arteriolosclerose hialina: DM e idosos normotensos
- Arterioloesclerose hiperplásica: HAS maligna (>200x120) c/ “bulbo de cebola”
- Microaneurisma de Charcot-Bouchard: AVE hemorrágico intraparenquimatoso (ruptura de microaneurismas)
- Aterosclerose: artéris de grande calibre (Aorta) oumédio calibre (carótidas, carótida, renal, mesentérica, femoral)
Fatores de risco para aterosclerose
- Modificáveis: tabagismo, obesidade, sedentarismo, dislipidemias, HAS, DM, Hiper-homocisteinemia, PCR elevada e microalbuminúria
- Não modificáveis: >50 anos, sexo masculino ou feminino pós-menopausa, genética familiar +, HIV
Patogênese da Aterosclerose
- Estria gordurosa
- Placa de ateroma: bifurcações arteriais (turbilhonamento de sangue)]
- Acúmulo de LDL na camada íntima → reações oxidação e inflamação (monócitos e linfócitos T)
- Células espumosas: LDL oxidado c/ fibrose
- Pode fazer obstrução gradual do lúmen, fraqueza da parede (aneurisma) ou trombose da placa
Cardiopatia Hipertensiva
- HVE: aumento crônico da pós-carga, concêntrica (espessamento da parede e redução cavidade) ou excêntrica (s/ espessar parede)
- Disfunção diastólica: deficit de relaxamento ventricular
- Cardiopatia dilatada - disfunção sistólica
- Dça coronariana: principal causa de óbito no BR
Retinopatia Hipertensiva - Classificação de Keith-Wageler
- Fundoscopia
- Grau 1 e 2: crônica / Grau 3 e 4: agudo
- Grau 1: estreitamento arteriolar
- Grau 2: cruzamento arteriovenoso patológico
- Grau 3: hemorragias (vermelho)e/ou exsudatos retiniano (branco)
- Grau 4: Papiledema (grau máximo)
- Grau 1 e 2 são alterações crônicas e 3 e 4 são agudos (emergência hipertensiva acelerada e maligna)
Hipertensão Secundária
- 5% das HAS (95% essencial)
- Investigar sempre se resistência ao tratamento
- Dças parenquimatosas renais: 2-3%
- Estenose de artéria renal (HAS renovascular): 1-2%
- Uso de ACO: 0,5-1%
- Hiperaldosteronismo primário: o,3%
- Outros (apneia do sono, hiper/hipotireoidismo, Sd Cushing, feocromocitoma, hiperparatireoidismo, coarctação aorta, policitemia vera, droga): <0.1 %
Risco CV nos hipertensos ELEVADO
- DRC
- DM
3, Dça CDV: AVE/AIT, IC, coronariopatia (angina/IAM/ revascularização), DAP sintomática - Risco de doença CDV em 10 anos >10%
- Lesão de órgão-alvo c/ PA ≥130x85: HVE, placa carótida, albuminúria >300 mg/d, ITB<0,9, retinpatia avançada
- HAS estágio III*
Fatores de risco CV adicionais à HAS
- Homens
- Homens ≥ 55 anos e Mulheres ≥ 65 anos
- DCV prematura em parente de 1º grau
- Tabagismo
- Dislipidemia
- Resistência à insulina
- Obesidade
PA ALVO na HAS
- Geral (baixo ou intermediário RCV e HAS 3): <140 x 90
- Alto risco CV (DM): <130x80
- Diretriz Americana: TODOS c/ <130x80
Tratamento de acordo com a classificação
- PA normal: reavaliar em 1 ano
- Pré-HAS/ PA elevada: TTO não farmacológico e reavaliar em 6 meses (IECA/BRA podem ajudar)
- HAS estágio 1: Início com 1 droga (monoterapia) → se baixo risco CV pode tentar não medicamentoso por 3-6 meses.
- HAS estágio 2: Início com 2 drogas (associações)
- PAS isolada ≥ 60 anos: iniciar medicamento se PAS ≥ 140 ou se ≥ 80 anos PAS ≥ 160
Tratamento Não Farmacológico da HAS
- Restrição sódica (<1-1,5g Na)
- Dieta DASH (K, Ca, vegetais, frutas)
- Perda de peso (p/ cada 5% de perda há queda de 20-30% da PA) e da circunferência abdominal
- Moderação consumo etílico (efeito adrenérgico central)
- Exercício regular: 30 min/d aeróbico por 5-7 dias da semanas
- Cessar tabagismo
Medicamentos de 1ª linha na HAS
- Diuréticos Tiazídicos
- BCC
- IECA
- BRA II
- NUNCA ASSOCIAR BRA E IECA (↑ risco complicações e ↑mortalidade)
Medicamentos de 2ª linha na HAS
- Beta-bloqeuador (1ª linha em dças específicas: ICFER, coronariopatas)
- Alfa-bloqueador
- Clonidina
- Metildopa
- Espironolactona
- Hidralazina
- Alisquireno (inibidor direto da renina)
Sistema Renina-Angiotensina - Aldosterona
- Renina: ação do alisquireno
- Angiotensina: ação do IECA
- Angiotensina II: ação do BRA II
- Aldosterona (córtex adrenal): ação da epironolactona
Associações de anti-hipertensivos (particularidades)
- IECA + BCC: associação de escolha (superior que IECA + DIU) c/ ↓ desfechos CV/renais
- IECA + BRA: Contraindicação(↑ mortalidade por IRA e hipercalemia aguda)
- DIU + BB: altera metabolismo glicídico/lipídico
- DIU como 3ª droga: potencializa efeito hipotensor das demais drogas
HAS resistente
- PA acima da meta com uso de 3 drogas na dose máxima tolerada, sendo uma delas um DIURÉTICO
- A 4ª droga associada deve ser espironolactona (se CI fazer clonidina ou BB)
Princípios gerais do TTO
- Preferir VO e menor dosagem possível
- Ação longa ou liberação lenta (1x/d)
- Manutenção níveis séricos ao longo das 24h
- Tomada após acorda p/ evitar pico de pressão no início do dia (ação em 1-3h)
- Reavaliar PA em 4 semanas
- Qualquer anti-hipertensivo de 1ª linha pode ser usado em monoterapia: reduzem RCV de forma semelhante
Indicações Específicas dos de 1ª linha
- Negros: BCC + Tiazídicos (melhor combinação)
- DM: BCC + IECA/BRA
- IECA/BRA: DRC, DM (microalbuminúria = nefroprotetor), IC (previne remodelamento)
- Tiazídicos (HCTZ, indapamida, CLORTALIDONA*): Negros (esses tem menor ativação do SRAA)
- BCC (anlodipino, nifedipino - vasodialtadores periféricos): Negros, DAP
Drogas Anti-hipertensivas - Diuréticos
*Espironolactoma: hiperK e ginecomastia
- Tiazídicos: Preferir baixas doses, poucos efeitos colaterais
- Droga com mais evidências de benefício em relação a todos desfechos CDV
- DIU alça indicado se DRC avançada e/ou edema (ICC)
- Poupadores e K+ (Espironolactona): associado aos tiazídos p/ evitar hipocalemia
- TODO DIU PREDISPÕEM À IMPOTÊNCIA SEXUAL (maior risco clortalidona)
- A ação dos diuréticos em reduzir a RVP na HAS ocorrer em 4-6sem de uso (principal ação)
Efeitos Colaterais dos Tiazídicos
*Ação no Túbulo Contorcido Distal (inibe reabsorção de Na e Cl)
- 4 HIPO: Hipovolemia, HipoNa, HipoK*, HipoMg
- HipoK é mais comum → FV (morte súbita)
- 3 HIPER: Hiperglicemia, Hiperlipidemia, Hiperuricemia
- Não possui contraindicações em DI
- Pode provocar Gota (única contraindicação)
- De melhor ação: CLORTALIDONA
- Maior sensibilidade cutânea aos raios UV (risco de CA pele não melanoma)
- Diminuem a calciúria (Ca é reabsorvido no lugar do Na) → benefício na osteoporose e no tto da nefrolitíase por cálculos de cálcio e evitado no hiperparatireoidismo
- NÃO FAZER HIPOCALCEMIA
Diuréticos de Alça
- Bloqueia reabsorção de Na/K/2Cl no ramo ascendente da alça de Henle
- Maior eliminação de volume
- Efeito oposto aos tiazídicos: INIBEM a reabsorção de cálcio (↑ calciúria predispõe à HIPOCalcemia)
- Evitar se nefrolitíase
Pupadores de Potássio
*Espironolactona, amilorida, triantereno
- Bloqueiam diretamente receptor de aldosterona (canal epitelial de sódio) induzido pela Aldosterona nas céls túbulo coletor
- 1ª escolhe no hiperaldosteronismo 1º e 4ª droga de escolha p/ AS resistente
Bloqueador de Canais de cálcio (BCC)
- Faze edema de mmii
- Não usar em casos de ICC (diminui força de contração cardíaca)
- Bloqueia canais de Ca2+ em membranas, reduzindo influxo de cálcio p/ citoplasma
- Di-hidropiridínico (vasosseletivos): específico das céls musculares lisas → Vasodilatação e ↓ RVP (Anlodipino - BCC mais usados, Nifedpina)
- Edema maleolar , hiperplasia gengival
- Nã0 di-hidropiridínicos (cardiosseletivos): ↓ DC e bradicardia, evitar usas na ICFER , bloqueio AV, constipação verapamil e diltiazem)
IECA
*Nefroprotetor
- Reduz formação de angiotensina II e reduz degradação de bradicinina (vasodilator endógeno) → ↓ RVP (vasodilatação)
- Impede remodelamento cardíaco (IC) e nefropatia diabética
- No início do seu uso pode ter ↓ TFG e ↑ K+ (se muito elevado suspender)
- Não usar se Cr>3,0 (IRA) ou K >5,5 ou estenose bilateral de a. renal
- Efeitos colaterais: tosse seca (5-10% por ↑ bradicinina), angioedema, IRA, erupções cutâneas
Bloqueadores do Receptor AT1 de Angiotensina II (BRA II)
- Bloqueia receptores de AT1 de angiotensina II
- Por não inibir ECA, os BRA não produzem ↑ de bradicinina
- Não causam tosse seca nem angioedema
- Losartan: EFEITO URICOSÚRICO (reduz uricemia útil na gota)
BetaBloqueadores
- Bloqueio dos receptores B-1-adrenérgicos do coração
- Diminui cronotropismo (FC), do inotropismo (contratilidade miocárdica) e dromotropismo (condução AV)
- Menor ativação do SRAA
- Bloqueio b-2- adrenérgico (vasos sanguíneos, brônquios e hepatócitos): faz vasoconstrição, broncoconstrição e inibição liberação hepática de glicose → 1ª geração NÃO SELETIVOS (propanolol)
- 2ª geração: seletivos B-1 (atenolol, biso, meto,esmolol)
- 3ª geração (ação adicionais):nebivolol (seletivo B-1), carvedilol/labetalol (não seletivos)
Betabloqueadores
*Não reduz morbimortalidade em todos pacientes (apenas em <60 anos) na HAS não sendo 1ª linha (mas indicado como 1ª linha se ICC associada)
- Propanolol (não seletivos): maior lipossolubilidade (útil no tremor essencial, sds hipercinéticas, cefaleias vasculares- enxaqueca)
- Útil no tto da hipertensão portal: reduzir DC (B-1) e bloqueia receptores B-2 nos vasos esplâncnicos
- Os BB são CONTRAINDICADOS se intoxição por cocaína (espasmo arterial c/ risco de isquemia cardíaca) e na angina de Prinzmetal (vasoespástica)
- BB: diminui DC, reduz secreção Renina, readaptação de barorreceptores e diminuição de catecolaminas nas sinapses nervosas
Efeitos colaterais dos betabloqueadores
- Broncoespasmo, bradicardia, distúrbio de condução AV
- Insônia, pesadelos, depressão (lipossolúveis)
- Disfunção erétril
- BB de 1ª e 2ª geração são CONTRAINDICADOS em: ASMAS,DPOC, BAV 2 e 3º grau (além de anginade Prinzmetal e cocaína)
- Nevibolol provoca menos disfunção erétil por aumentar óxido nítrico
Agonista Alfa-2a e Agonistas imidazólicos
- Estimula receptores a-2a-adrenérgicos (inibitórios) nos núcleos simpáticos do SNC
- Indicados na 1ª linha se: sd das pernas inquietas, retirada de opioides, flushes da menopausa, diarreia por neuropatia diabética, hiperatividade simpática cirrose alcoólica
- Metildopa é de escolha p/ HAS na gestante e não é teratogênico (dilatação arteriolar placentária)
Agonista Alfa-2a e Agonistas imidazólicos - Efeitos Colaterais
- Sonolência, sedação, xerostomia, disfunção erétil e hipotensão postural
- Metildopa pode provocar: Anemia hemolítica por anticorpos “quentes” (IgG)
- Clonidita: maior efeito rebote (crise hipertensiva)
Alfabloqueadores
- Bloqueiam seletivamente a-1-adrenérgicos (vasoconstritores) das arteríolas (↓ RVP) e musc lisa do estroma prostático útil nos sintomas de obstrução urinária na HPB (relaxa uretra prostática)
- Melhoram metabolismo glicídico/lipídico
- São os de escolha p/ feocromocitoma
Alfabloqueadores efeitos colaterais
- Hipotensão psotural (prazosin)
2. Incontinência urinária (mulheres)
Vasodilatadores Arteriais Diretos
- Grande relaxamento da musc. lisa arteriorar, pode causar taquicardia reflexa
- Queda de LDL e aumento HDL, melhora calvice (minoxidil)
- Evitar na Sd coronaria aguda, aneurisma dissecante de aorta e hemorragia cerebral
- Hidralazina: de escolha p/ crises hipertensivas durante gestação (eclâmpsia)
- Pode causar LES farmacológico
HAS e DM associada
- RCV alto recomenda PA<130x80
2. Se albuminúria: IECA ou BRA (nefroproteção)
HAS e Sd. Metabólica
- Se ausência de DM, meta de <140x90
2. Se disglicemia: IECA ou BRA e/ou BCC
HAS e Doença Coronariana/AVC/AIT
- Na Dça coronariana: BB (nos 1os 2 anos após IAM), IECA ou BRA
- Meta pressórica PA <130 x 80
Curva em J
- Se baixar demais a PA (diastólica <65 mmHg) aumenta a mortalidade
- Preferir faixa-alvo entre 120x70 e 130x80
HAS e DRC
- DRC não diabética meta de PA <140 x 90
- Se ausência de albuminúria >30 não há preferência de anti-hipertensivo específico
- DRC e DM meta PA <130x 80 e se albuminúria ≥ 30 usar IECA ou BRA
HAS RESISTENTE (HAR)
- PA de consultório não controlada com uso de 3 drogas em dose máxima tolerada, sendo uma dela um DIU, ou se uso de 4 ou mais drogas com PA de consultório controlada
- Prevalência de 12%
- HAS aparente (pseudorresistência) = definição clássica
- HAR verdadeira: definição clássica + MAPA + medicações e adesão terapêutica
- HAS refratária: PA não controlada c/ 5 ou mais
HAS RESISTENTE (HAR)
- Tem maior probabilidade de HAS secundária (mais comum c/ 80% a apenia obstrutiva do sono, seguido de hiperaldosteronismo 1º 20% e estenose de artéria renal 2,5%)
- No tto da HAR verdadeira: 4ª droga de escolha deve ser Espironolactona
- Tomada de acordo c/ MAPA
HAS RESISTENTE
- Excluir pseudorresistência: avaliar aderência ao tto e afastar efeito jaleco branco (MAPA,MRPA)
- Excluir HAS 2ª
- TTO HAS resistência verdadeira: Adicionar 4ª droga com Espironolactona
Crise Hipertensiva
- PA >180x120 mmHg
- Pode ser uma emergência ou urgência
- Condição em que os altos níveis de PA acarretam prejuízo agudo ao organismo, necessitando de controle imediato
- Principais órgãos afetados: cérebro, rins, coração
- O QC é causado por efeito da hipertensão em sim: AVE hemorrágico, nefroesclerose, EAP hipertensivo
- Há uma patologia aguda associada cuja evolução está agravando hipertensão: IAM, angina instável, dissecção aórtica
Pseudocrise Hipertensiva
- HAS crônica com sintomas não relacionados à hipertensão em si
- Não necessitam de controle de PA imediata
- É necessário uso de analgésicos, sedativos (geralmente estágio 2 com controle inadequado da PA)
- Pode liberar para casa e acompanhar ambulatorialmente
Pressão Arterial Média
- PAM = [PAS + (2x PAD) ] ÷ 3
- Determina a transmissão da pressão aos capilares
- Em hipertensos crônicos moderados ou graves, uma crise hipertensiva só ocorre se >220x120 (PAM >150)
Urgência Hipertensiva
- PA muito alta (PA> 180 x120 mmHg) mas que não provocou prejuízo orgânico agudo
- SEM lesão aguda
- Pode ser usado anti-hipertensivo VO*
- Captopril (IECA de menor meia-vida), BB ou clonidina
- Diminuir a PA em 24-48h
- Alto risco de evoluir p/ uma emergência
Emergência Hipertensiva
- PA> 180x120 COM lesão aguda de órgão-alvo (cérebro, coração,a orta, rim, retina, eclâmpsia)
- Anti-hipertensivo EV* (nitroprussiato, BB, nitroglicerina)
- Diminuir PA em ≤ 25% na 1ª hora (parenteral)
- Manter em 160 x 100 em 2-6 h
Causas de Emergência Hipertensiva
*Avaliação clínica
- Encefalopatia hipertensiva
- Dissecção aórtica guda
- AVE isquêmico ou hemorrágico
- IAM ou angina instável
- EAP
- Hipertensão acelerada maligna
- Necroesclerose hipertensiva maligna
- Eclâmpsia
- Crises adrenérgicas: feocromocitoma, cocaína, disautonomia
Principais Medicamentos Parenterais nas Emergências Hipertensivas
- Nitroprussiato de sódio (vasodilatador arterial e venoso): início imediato de ação → indicado na maioria dos casos, aumenta área de isquemia miocárdica.
- Nitroglicerina (vasodilatador arterial e venoso): início em 2-5 min → IAM, IVE, angina instável***
- Hidralazina (vasodilatador de ação direta): ação em 10-30 min → Eclâmpsia
- Metoprolol (B-adrenérgico seletivo): ação em 5-10 min →IAM, dissecção aórtica aguda
- Esmolol (B-adrenérgico ação ultrarrápida): ação 1-2 min → Dissecção aórtica aguda
Efeitos adversos do Nitroprussiato
- Intoxicação pelo tiocianato: agitação psicomotora, confusão mental, fadiga, vômitos e coma
- Intoxicação por cianeto (hepatopatas): acidose metabólica, arreflexia, midríase, convulsões, pele rosada, hálito com odor de “amêndoas amrgas”
Encefalopatia Hipertensiva
- ↑ súbito da PA ultrapssando limite da autorregulação do fluxo cerebral → hiperfluxo e extravasamento de líquido p/ interstício → Edema Cerebral
- Dxx c/ AVE: solicitar TC crânio
- Nitroprussiato IV c/ ↓ 25% da PA em 1h e depois manter 160x100 em 2-6h
Encefalopatia Hipertensiva - QC:
- Instalação insidiosa
- cefaleia (frontoccipital/ holocraniana) pior pela manhã, após o sono.
- Náusea/vômito
- CONFUSÃO MENTAL: sonolência, torpor,convulsão
- Hiper-reflexia, Babinksi bilateral, mioclônus
Dissecção Aórtica Aguda
- Súbita ruptura da camada íntima da aorta, como um “rasgo” fazendo com que o sangue penetre entre a camada íntima e média da artéria (“dissecando”)
- Forma uma “falsa luz”
- Fraqueza da parede aórtica (da íntima pela aterosclerose e média por necrose hereditária) e alta força de cisalhamento do sangue ejetado (↑ PA)
- Pode levar a ruptura da camada média e adventícia
Dissecção Aórtica Aguda e relações anatômicas
- Ruptura da aorta ascendente leva ao hemopericárdio, com tamponamento cardíaco (fatal)
- Descendente: hemodiastino ou hemotórax c/ choque obstrutivo (compressão da cava) ou hemorrágico
- Aorta descendente: hemorragia digestiva franca ou hemoperitônio (rompe p/ luz intestinal) ou hemoperitônio
Vascularização da Aorta
- Ramos diretos do arco da aorta: Tronco braquicefálico, artéria subclávia esquerda, artéria carótida comum esquerda
- Ramo braquicefálico: artéria subclávia direita e artéria carótida comum direita
- Aorta ascendente: artéria coronária direita e esquerda
- Aorta descendente: ramos abdominais
Classificação De Bakey (anatômica da dissecção aórtica)
- Tipo I (70%): rasgo na aorta ascendente e disseca TODA AORTA (+ arco e descendente)
- Tipo II (5%): “rasgo” da aorta ascendente e dissecção restrita à aorta ASCENDENTE*
- Tipo III (25%): “rasgo” DESCENDENTE
- IIIa: aorta descendente torácica
- IIIb: aorta abdominal
Classificação de Stanford
- Tipo A (75%): comprometimento da aorta ASCENDENTE (tipo I e II De Barkey)
- Tipo B (25%): não compromete aorta ascendente (tipo III De Bakey)
Dissecção de Aorta - QC
- Tipo I e II: início súbito/ intenso de dor torácica retroesternal, associado a náuseas e sudorese
- Dor pode migrar/irradiar p/ lombar/dorso
- Dor rasgante ou cortante (dxx c/ IAM)
- Diferença de pulso ou PA (>20) entre mmss (subclávia)
- Déficit neurológico (carótida)
- SOPRO DE INSUF. AÓRTICA aguda (coronárias)
Dissecção de Aorta - QC
- Ascendente (coronárias): principal é a direita, causando Infarto e Insuf. aortica
- Arco aórtico (vasos do pescoço): Se subclávia (diferença de PA) e Carótida (síncope/AVEi)
- Descententes (orgãos): Isquemias Mesentéricas e Renal
- Variáveis: Aumento de PA/ FC (agravantes)
- Complicações: tamponamento cardíaco, compressão mediastino, choque hemorrágico, ascite (hemopeitônio), derrame pleural (hemotórax)
Diagnóstico da Dissecção de Aorta
- Se suspeita: iniciar o TTO imediato
- Excluir IAM (angina instável): ECG e dosagem enzimática específica
- Rx tórax: alargamento da aorta ascendente (mediastino) e sinal do cálcio (separação >1 cm entre calcificação da parede aórtica)
- Ecocardiograma trasesofágico: Tipo I ou II, Tipo A (S:98-99%)
- TC, RM: Tipo III ou B (descendente)
- Aortografia
Tratamento da Dissecção de Aorta
- Prognóstico: 30% morrem nas 1as 24h, 50-70% na 1ª sem e 90% no 1º mês
- Principal causa de morte: hemopericárdio c/ tamponamento cardíaco
- Clínico. BB IV (propanolol 1º) + Nitroprussiato: objetivo de manter FC <60 bpm e PAS ≤ 120 nos 1os 20’
- Contraindicado vasodilatador direto
- Cx: Tipo A (SEMPRE opera por ↑ risco) e Tipo B (casos complicados)
Hipertensão Acelerada Maligna ± Nefroesclerose Hipertensiva Maligna
- Altos níveis pressóricos (>220x120) com lesões vasculares progressivas (retina e rins)
- Retinopatia grau III (exsudados ou hemorragias) ou IV (papiledema) ± Lesão renal (arterioloesclerose hiperplásica)
- Pode evoluir p/ encefalopatia, EAP, hemorragia cerebral e IR
- Mais comum em negros
- TTO: Nitroprussiato EV (↓ 25% na 1ªh seguido de 160x100 em 2-6h)
Hiperaldosteronismo
*Pode ser 1o ou 2o
- Hipertensão de difícil controle + fraqueza muscular + Hipocalemia no eletro (redução da amplitude da onda T + presença onda U)
- Pode ter cefaleia crônica
- Elevação da aldosterona por produção autônoma das adrenais: por feedback negativo a liberação de renina diminui (aumentando relação aldosterona)
- RENINA BAIXA E ALDOSTERONA ALTA
- Necessário exame de imagem das supra-renais
HAS SISTÓLICA ISOLADA
- Aumento do cronotropismo não participa*
- Comum em idosos com aumento isolado da PA sistólica
- Em idosos ocorre: perda de mecanismos regulatórios da PA e enrijecimento vascular
- Aumento da RVP, redução complacência do VE, HVE e redução fisiológica dos barorreceptores e diminuição do sistema nervoso autonômico
HAS - conceitos
- Ausência de descenso noturno na monitorização ambulatorial da PA é um preditor se maior risco CDV
- Maioria dos Pré-hipertensos acabam evoluindo para HAS
- MRPA apresenta melhor correlação com LOAs e prognóstico de eventos CDV que as obtidas por meio de medida casuais
Descenso Noturno Fisiológico
- Queda da PA >=10% durante o sono em relação PA durante a vigília (importante para bom funcionamento do aparelho CDV)
- Pctes que não apresentam queda noturna da PA sofrem aumento na frequência de complicações CDV
- Se durante dia com PA elevada e tem atenuação do descenso noturno (período simpático contra descenso) pode ser por causa: Apneia do sono, disautonomia de alguns medicamentos (ciclosporina)
Coarctação da Aorta - HAS 2a
- Obstrução congênita adjacente ao ligamento arterial (após subclávia E)
- Meninos e homens jovens/ Turner/ valva aortica bicúspide/ complexo de Shone (lesão morro-aórtico)
- Diminuição de pulso e PA demorais + alteração Rx de tórax (sinal do 3) … HAS (hiperativação do SRAA)e ICC
- Dx: ECO (porção superior), angioTC, RM (porção descendente)
- TTO: Cx ou endovascular
Associações dos Diuréticos com Minoxidil e Hidralaxina
- Minoxidil e hidralazina são agentes vasodilatadores diretos arteriais, e sua combinação com DIU é extremamente potente para reduzir PA podendo ser usados em conjunto
- Hidralazina: aumentam o continente vascular
- Minoxidil : diminuem conteúdo intravascular
MRPA
- Obter 3 medidas antes do café da manhã e 3 medidas antes do jantar, durante 5 dias
- Obter a média de 2 medidas antes do café da manhã e 2 medidas antes do jantar, durante 7 dias