Taquiarritmias Flashcards
Eletrofisiologia
- Tecido fibroso não conduz estímulo elétrico
- Nodo sinusal é o mais rápido
- O mais rápido comanda o ritmo
- Nodo Sinusal: células com automatismo (despolarização espontânea) dando início a ativação elétrica do coração
- Nodo Atrioventricular: estímulo ventricular, onda sofre um atraso fisiológico*
- Feixe de His: se divide em ramos direito e esquerdo interligado as fibras de Purkinje c/ rápida transmissão de estímulo (contração coordenada dos ventrículos)
- Fibras de Purkinje: transmissão sincrônica e simultânea para todo corpo ventricular cardíaco
ECG
*1 quadradinho: 40 mseg
- Onda P: despolarização atrial (nodo sinusal). Se sinusal tem que ser positiva em D1 e D2.
- Onda QRS: despolarização ventricular (fica “ofuscada” a repolarização atrial)
- Onda T: repolarização dos ventrículos
- Intervalo PR: atraso fisiológico
- Intervalo QT: período refratário efetivo dos miócitos ventriculares
ECG
- Intervalo PR: início da onde P e termina no início do complexo QRS. Indica quanto está sendo atrasado o estímulo (fisiológico) da condução do nodo atrioventricular. Normal: 120-200 ms (3-5 quadradinhos).
- Intervalo QT: início onda Q e termina no término da onda T. Indica período refratário ventricular efetivo, ou seja, sem nova estimulação miocárdica (s/ contração).
- Normal: 440 seg
Intervalo R-R
- Mede a Frequência cardíaca
- FC = 1.500 ÷ RR (nº de quadradinhos)
- FC = 300 ÷ quadradão
- 1 quadradão = 5 quadradinhos (0,5 cm)
- 1 quadradão (0,5 cm) = 300 bpm
- 2 quadradões (1 cm) = 150 bpm
- 3 quadradões = 100 bpm
- 4 quadradões = 75 bpm
- 5 quadradões = 60 bpm (menor que isso indica bradicardia)
Conceitos em ECG
- Intervalo: início de uma onda até começo da outra
- Segmento: final de uma onda até começo de outra
- Derivações unipolares: AVF, AVL e AVR
- Derivações bipolares: DI, DII e DIII
Parâmetros normais
- Ritmo: sinusal
- FC: 50/60-100 bpm
- Duração onda P: 0,08-0,11 seg
- Duração PR: 0,12-0,20 seg
- Duração QRS: 0,08-0,11 seg
- Eixo onda P: 0 a + 90º
- Eixo QRS: -30º a +90º
- Eixo onda T: paralelo ao QRS no plano frontal
Diagnóstico de Taquicardia
- Existe Taquicardia? RR < 3 quadradões (FC>100 bpm)
- Existe onda P (positiva em DI e DII e precede QRS)? Se sim: ou é Atrial ou é Sinusal
- Existe onda F? Se sim: é Flutter Atrial
- QRS estreito (<120 ms) ou alargado (>200 ms)?
- Se alargado: origem ventricular (TV)
- Se estreito: avaliar RR (TSV ou FA)
- R-R regular ou irregular?
- Se irregular: Fibrilação Atrial
- Se regular: TSV
Taquicardia
- Toda taquiarritmia é uma taquicardia, mas nem toda taquicardia é uma taquiarritmia
- Sintomas tem início se FC >150 bpm
- TS: maioria das vezes é fisiológica
- FA: QRS estreito, RR irregular, s/ onda P e s/ onda F
- TV: QRS alargado
- Flutter atrial: QRS estreito, RR irregular, s/ onda P e COM onda F
- TSV: QRS estreito, RR Regular, s/ onda P e s/ onda F
Critérios de INSTABILIDADE na TAQUICARDIA
*SEMPRE CARDIOVERTER
- Hipotensão: má circulação
- Diminuição do nível de consciência
- IC aguda (EAP- dispneia): congestão pulnonar
- Dor torácica: angina
- Desmaio/ Síncope
Instabilidade = Cardioversão elétrica
- FA: 120-200 J
- TSV: 50-100 J
- TVM: 100 J (não se faz na TVP e na FV)
- O rienta/explica
- S edação: midazola (sedação que faz hipotensão), fentanil (analgesia), etomidado (sedação, analgesia), quetiapina (cça), succinilcolina
- A mbu
- S incroniza (sinc c/ QRS
- C hoque
- O bserva
Instabilidade = Cardioversão elétrica
*Cardioversão: faz em pessoa viva c/ pulso
- Se voltar p/ ritmo sinusal: observar
- Se não mudar padrão: ↑ Carga e da outro choque iniciar com 100J (até 200 J)
- Chocar até voltar pois tem o risco de ter PCR
- Se PCR: Desfibrilação (pessoa morta s/ pulso)
Fibrilação Atrial - Critérios
- FC entre 90-170 bpm
- Irregularidade do intervalo R-R
- Ausência de onda P ou qqer atividade elétrica atrial regular
- QRS estreito (= QRS sinusal), exceto se BR associado
Fibrilação Atrial - Mecanismo Eletrofisiológico
- Múltiplos pequenos focos de reentrada (mvtos ciruclares)
- É necessário: área adjacente c/ períodos refratários diferentes
- Áreas de condução lentificada
- Um gatilho (extrasístoles)
- Nodo AV “filtra” boa parte dos estímulos na tentativa de diminuir a FC
Fibrilação Atrial
- Taquiarritmia crônica mais comum
- Prevalência de 1-2% mundo (aumentando com a idade)
- FR: cardiopatas (valvopatia mitral, disfunção VE, miocardite, pericardite), idosos ou hipertireóideos
- Outros FR: livação alcoólica, adrenérgicos (cocaína, anfetamina), ou distúrbio eletrolíticos
- Alta associação com Flutter atrial (mesmos FR e podem se converter)
FA - Principais causas
- Hipertensiva
- Reumática: valvopatias mitrais
- Hipertireoidismo: tireotoxicos (TSH e T4L)
- Miocardite, pericardite
- Embolia pulmonar
- DPOC
- Apneia obstrutiva do sono
- Pós-operatório de cx cardíaca
FA
*Não possui B4 (bulha acessória que depende da contração atrial)
- De baixa resposta: FC <100
- De alta resposta: FC >100
- Marcador de gravidade na cardiopatia
- Mais grave em: estenose mitral, aórtica, cardiomiopatia hipertrófica e IC (precipita EAP e hipotensão)
- Pode ser assintomática (ex físico e ECG)
- QC: palpitações, dispneia, sudorese fria, urgência urinária, desconforto torácico
FA e Tromboembolismo
- Perda da contração rítmica do átrio: estase formando trombos murais no apêndice atrial esquerdo (auriculeta)
- O SNC é o local mais acometido: AVE isquêmico cardioembólico (causa mais comum desse e pode ser a 1ª manifestação)
- Outros: infato enteromesentérico (abdome agudo) e isquemia aguda do membro inferior por embolia femoral
Classificação da FA
- Uma FA >48h não costumam se reverter devido ciclo vicioso trombo
- Alta taxa de recidiva
- FA paroxística (autolimitada): episódios duram <7 dias (geralmente <24h) e se resolve espontaneamente e pode ser recorrente.
- FA persistente: dura >7 dias, pode recidivar após cardioversão. Pode evoluir p/ permanente.
- FA permanente (tipo mais comum 40-50%): se mantém por >1 ano e refratária à cardioversão.
FA - Consequências
- Baixo Débito: aumento da FC e não contração
2. Tromboembolismo (estase): quanto maior a duração da FA maior risco de trombo
FA - Manejo no Pcte Instável
- Instável = Cardioversão elétrica sincronizada c/ onda R imediata (100-200J)
- OSACO
- Sem anticoagulação prévia*
FA - Manejo no Pcte Estável
- Apresentação mais comum
- Preferir os NOACs (warfarin só se DRC ou dç valvar)
- Principal medida: Controle da FC em < 110 bpm em repouso (inibição do nodo AV)
- Redução da FC: B-bloq, BCC e digitálicos
- Ancitoagulação: warfarin (uso em Dç valvar e DRC), dabigatrana/ rivaroxabana (preferíveis)
- Controle da resposta ventricular (ritmo): só se refratários ao controle FC/sintomas ou 1º episódio
- Se >48h: ECO (s/ ECO: warfarin por 3-4 sem)
- Se <48h e ECO normal: 1º reversão (amiodarona) e 2º Anticoagulaçõ (por 4 sem ou permanente)
- Refratários: Ablação
FA - Manejo no Pcte Estável no Controle da FC
*Preferir os b-bloqueadores e pode usar combinados
- B-bloqueadores: bloqueio efeito adrenérgico, no nodo AV, reduz condução e aumenta refratariedade de fibras é a droga de escolha principal
- Metoprolol e Esmolol
- Contraindicação: broncoespasmo e IC descomp, hipotensão e bradiarrtimias
- Preferíveis nos coronariopatas, hipertireóideos e pós-operatório
- BCC: inibem nodo AV (Diltiazem e Verapamil). Uso em pneumopatas e asmáticos.
- Digitálicos: deslanosídeo e digozina, inibem NAV e melhora contratilidade. Uso associado na IC grave.
CHA2DS2-VAS
- 0 em ♂ ou 1 em ♀: não anticoagular
- 1 em ♂ e 2 em ♀: fazer AAS, anticoagular*
- ≥2 em ♂ e ≥3 em ♀: Anticoagular (alto risco cardioembólico)
- Congestão
- Hipertensão
- Age ≥ 75 anos (2 pontos)
- Diabetes
- StrokeAVC ou AIT (2 pontos)
- Vasculopatia (IAM,DAP, ateroma)
- Age >65-74 anos (1 ponto)
- Sexo Feminino
Anticoagulação Permanente
*Independe de CHA2DSVAS2
- Todo pcte com estenose mitral moderada a grave (ou prótese valvar metálica): alto risco cardioembólico
- Cardiomiopatia hipertrófica
- Se risco cardioembólico alto (CHA2DSVAS2 ≥2 em ♂ e ≥3 em ♀) mesmo se retorno ao sinusal
Escore HAS-BLED
- Avaliação risco de acidente hemorrágico por uso de anticoagulantes
- Validado apenas ao uso de warfarin
- Pontuação >3 indica elevado risco de sangramento
- NÃO contraindica a anticoagulação mesmo se pontuação elevada
- Avaliar modificação de fatores ou comportamento de risco
Escre HAS-BLED
- H ipertensão
- A lteração da fç renal ou hepática (1 ou 2 ptos)
- S troke (AVC)
- B leeding (sg prévio)
- L abilidade do INR
- E lderly (>65 anos)
- D rogas ou álcool (1 ou 2 ptos)
Anticoagulação plena
*NOACs: menos risco de hemorragia intracraniana que a warfarin, mas c/ maior risco de hemorragia digestiva
- Início com associação de HBPM (enoxaparina) E Warfarin (dose ajustada p/ manter INR 2-3), suspende heparina após INR c/ faixa terapêutica OU
- NOACs: não necessita de heparina no início e nem monitorização TAP/INR
- NOACs são preferíveis exceto de estenose mitral ou prótese valvar metálica E TFG <30.
- Dabigatrana: inibidor direto da trombina (antídoto é a idaruxizumabe)
- Apixabana, rivaroxabana (antídoto é a andexanet alfa), edoxaban: inibidores direto do fator Xa
Quando Fazer o Controle do Ritmo com cardioversão química (Amiodarona)
- 1º episódio de FA (principalmente se algum fator desecadeante reversível)
- Persistência dos sintomas após controle da FC
- Impossibilidade de controle da FC
- Avaliar a duração da FA em > ou < 48 h
Quando Fazer o Controle do Ritmo com cardioversão
*Anticoagulação de 3-4 sem não dissolve o trombo, mas bloqueia a cascata de coagulação
- Se FA >48h de duração: realizar Ecocargiograma transesofágico (mais sensível que transtorácico p/ detectar trombos)
- Se s/ trombos: Cardioverter (Amiodarona)
- Se trombo ou s/ Ecocardiograma: Antcoagular por 3-4 semanas antes da cardioversão
- Se <48 h eou ECO normal: Reversão (Amiodarona) e depois Anticoagulação por 4 semanas ou crônica/permanente (se alto risco CHADVAS)
Amiodarona
- Interage c/ warfarin e digoxina (controlar INR e reduzir dosagens)
- Aumenta nível sérico de Warfarim e alargando INR (intoxicação cumarínica)
- Aumenta nível de digoxina (intoxicação digitálica)
- Apesar de menos eficaz na cardioversão, seu efeito preventivo é superior ao das outras drogas
- É a opção de escolha
FA Refratária
- Refratárioa ao controle do ritmo e da FC
2. Fazer Ablação de radiofrequência: jovens de baixo risco
FA e Bradiarritmia - Síndrome Bradi-Taqui
- Entre episódio de FA apresenta bradicardia sinusal ou períodos de pausa sinusal (sincope)
Flutter Atrial
- Frequência atrial > 250 bpm, observada pela frequência das ondas F
- Ausência de uma linha isoelétrica entre estas ondas atriais (ondas F), “Dente de Serra”
- FC costuma ser de 150 bpm (metade da frequência atrial, pois a condução AV quase sempre é 2:1)
- QRS estreito (= sinusal) exceto se BR
Flutter Típico (Tipo I)
- Ondas F c/ frequência em torno de 300 bpm
- Quase sempre por Condução 2:1 (a cada duas onda F inscreve-se um complexo QRS)
- FC geralmente de 150 bpm
- Ondas F em serra
- Mecanismo de Macroreentrada (anti-horária)
Flutter Típico (Tipo I)
- Com condução 1:1 é uma complicação típica das drogas antiarrítimicas do grupo IA (quinidina, procainamida e disopiramida)
- Reverso: segue no sentido horário, sendo ondas F positivas em D2, D3 e AVF
Flutter Atípico (Tipo II)
- Mais raro
2. Presença de ondas F com FC >350 bpm
Flutter Atrial
- Taquicardia com onda F (padrão serrilhado)
- Mais visualizado em DII, DIII ou AVF: em parede inferior
- Identifica F (-): 300x/min
- Etiologia = da FA
- Destaca sobrecarga átrio, IC e DPOC
- Frequentemente é SINTOMÁTICO*: palpitações, tonteira, cansaço, dispneia, desconforto torácico
- Predisponente ao Tromboembolismo (= na FA)
Flutter Atrial - Manejo
*Anticoagulação e rastreio de trombo = na FA
- Instabilidade: Cardioversão elétrica emergencial (sempre)
- É facilmente revertida por Cardioversão elétrica (50-100J)
- Estável: Cardioversão elétrica ou Ibutilida
- Drogas antiarritmicas (amiodarona): não tem muito efeito no flutter (exceto ibutilida)
- CURA: ABLAÇÃO por radiofrequência
Taquicardia Sinusal
- FC geralmente entre 100-160 bpm
- Onda P positiva em D1 e D2, morfologia idência à P sinusal
- QRS estreito (= sinusal), exceto de BR
Taquicardia Sinusal
- É uma resposta fisiológica ao exercício físico ou estresse emocional (ansiedade)
- Resposta compensatória a hipovolemia, febre, sepse, anemia, IC, embolia pulmonar, cocaína, anfetamina
- Hiperativação adrenérgica: tireotoxicose, reentrada sinusal e TS inapropriada
Bloqueia de Ramo
- Ritmo sinusal + QRS alargado
- rSR’: Positivo em V1 (seta p/ cima) = BR Direito
- rS: Negativo em V1 (seta p/ baixo) = BR Esquerdo
Taquicardia Atrial Unifocal
- Taquiarritmia originada no miocárdio atrial
- Dxx c/ FA
- Taquicardia com onda P DIFERENTE
- fc ENTRE 100-250 BPM
- Toda TA cujos atrios despolarizam numa frequência superior a 250 bpm é denominado flutter atrial
Taquicardia Atrial Unifocal
- Foco da arritmia: se P negativa em AVL e positiva em VI o foco está no átrio esquerdo
- Se P positivo em AVL e negativa em V1 foco no átrio direito
- Mecanismo pode ser automática ou reentrante
- Pode ser paroxística x incessante
Taquicardia Atrial Unifocal
- Frequência atrial entre 100-250
- FC = a frequência atrial, se condução AV for 1:1
- QRS estreito (= sinusal), a não ser se BR
- Taquicardia atrial c/ bloqueio: a FC é menor que a frequÊncia atrial, na dependência da condução AV
Taquicardia Atrial “paroxistica” automática
- Forma não sustentada: duração <30 seg
- Forma sustentada: > 30 seg (geralmente associada à dç cardíaca e precipitantes)
- TA incessante: cças ou jovens
Taquicardia Atrial Multifocal*
- Alta relação com DPOC (Cor pulmonale do átrio direito)
- Diferencia da FA pela TA ter onda P* (dxx)
- Frequênci atrial >100bpm, mantendo-se entre 100-150 bpm
- Presença de 3 morfologias diferentes de onda P na mesma derivação (D2, D3 e V1)
- Variabilidade dos intervalos PR, PP e RR (ritmo irregular). Pela palpação do pulso é impossível distinguir essa de FA.
- Vários focos diferentes
- Tem potencial de se transformar (degenerar) em FA
Taquicardia Atrial Multifocal*
- Alta relação com pneumopatia crônica, geralmente DPOC descompensada (60%)
- Com sinais de cor pulmonale
- Pneumonia bacteriana grave
- TEP
Taquicardia Atrial - TTO
- Correção dos fatores precipitantes: compensar do distúrbio respiratório, O2, suspender teofilina e corriger DHE
- Reposição de Sulfato de Mg
- Verapamil e metoprolol: reduz frequência atrial
Taquicardia Supraventricular Paroxística (TSVP)
- FC entre 120-220 bpm
- Início e término súbitos. Início geralmente sucede uma extrassístole atrial.
- Complexo QRS estreito na maioria dos casos
- RR regular
- SEM onda P, ou com pseudo-S e pseudo-R’
Taquicardia Supraventricular Paroxística
- Desde o nascimento precisa ter uma dupla via nodal (nodo AV c/ duas vias de condução diferentes)
- Via alfa (lenta): condução lenta e período refratário curto
- Via beta (rápida): condução rápida e período refratário longo
Taquicardia Supraventricular Paroxística
- Sintomas começam e terminam subitamente
- Palpiações intensas no percoço ou peito
- Dispneia, tonteira e síncope
Taquicardia Supraventricular - TTO
- Instável: Cardioversão c/ 150 J
- Manobra vagal: mais eficaz é a valsava modificada ou compressão seio carotídeo
- Adenosina*** (ou Verapamil): bloqueio via lenta (alfa) no nódulo AV se refratário a medida vasovagal
- Cura: Ablação
Taquicardia Supraventricular por Reentrada em via acessória
- Acomete mulher jovem sadia ***
- 70% ocorre por reentrada no nodo AV
- 30% por reentrada na via acessória (passagem rápida e recuperação lenta)
Taquicardia Supraventricular por Reentrada em via acessória - Forma Ortodrômica (80-90%)
- FC entre 150-250 bpm
- Início e térmico súbito. O início sucede uma extrassístole atrial ou ventricular
- Complexo QRS estreito na maioria dos casos
- RR regular
- Pode ser detectada uma onda P’ (retrógrada) um pouco depois do QRS
Síndrome de Wolff-Parkinson-White
- Excitação ventricular iniciando pela via acessória, determinando um “atraso” na porção inicial do QRS, chamado de “Onda Delta”
- PR curto
- Presença de via acessória
- Pré-excitação ventricular
- 10-30% desenvolvem FA, e aumenta risco de morte súbita
Extrassístole Atrial
- Batimento antes do tempo
- Tem onda P diferente e QRS estreito
- Origem atrial
- Ex: estímulo exagerado do simpático (pode ser normal)
Extrassístole Ventricular
- Batimento antes do tempo
- Sem P e QRS alargado em V1
- Pode ocorrer em uma pessoa sadia
Extrassístoles Ventriculares Especiais
*Se sintomáticas fazer B-bloqueador
- Doença cardíaca:
- Bigeminismo: 1 EV / 1 sinusal
- Trigeminismo: 1 EV/ 2 sinusais
- Paredo: 2 EV juntos
- Taquicardia Ventricular: 3 ou mais EV juntas
- Não sustentada: <30 seg E ESTÁVEL
- Instável: independe do tempo de duração
TV Monomórfica Sustentada
*>30 seg ou instável
- FC >100-120 bpm
- QRS alargado (>120ms) e aberrante
- Morfologia do QRS se repete precisamente em cada derivação (são iguais)
- RR regular
- Lembra padrão BRD ou BRE em V1
Critérios de Brugada
*Deferenciar uma TV monomórfica de uma TSV aberrante
- Existe RS em alguma derivação precordial? Se não, é TV
- Se houver RS, o intervalo entr eo início de R e o nadir de S é >100ms? Se sim: é TV
- Se 1 e 2 não forem cumpridos, existe dissociação AV? Se sim: é TV
- Se não houver dissociação AV, qual é a morfologia os QRS de V1 e V6
Causas de TVMS
- Mais comum: doença coronariana
- IAM, cardiomiopatias valvopatias
- Intoxicação por cocaína
- Idiopática (benigna)
TV Monomórfica Sustentada - Manejo
- Instabilidade: Cardioversão elétrica sincronizada c/ 100J
- Estável: Amiodarona, Procainamida ou Sotalol: prevenção de recidiva
- Se causa não reversível. prevenção de morte: B-bloqueador +/- Cardiodesfibrilador implantável
TV Polimórfica Sustentada (TVPS)
- Frequência cardíaca >200 bpm
- QRS alargado ≥120 ms e aberrante (morfologia diferente de um QRS normal)
- Morfologia do QRS varia significativamente em cada derivação*
- Possui mais de um circuito de reentrada
TV Polimórfica Sustentada (TVPS)
- Pode ter intervalo QT normal
- Decorrente de isquemia miocárdica aguda grave ou forma familiar (autossômica dominantE)
- TV polimórfica com intervalo QT longo (Torsades de pointes): >11 quadradinhos
- TTO: DESFIBRILAÇÂO ELÉTRICA (não sincronizada) começando com 200 J (se associa a instabilidade e se degenera em FV)
- Amidarona: prevenção de recidiva
- Coronariografia é obrigatória
Drogas que aumentam intervalo QT
- Antiarrítmicos
- Tricíclicos (amitriptilina)
- Cocaína
- Haloperidol
- Eritromicina
- Pentamidina
- Amantadina
- CLOROQUINA
- AZITROMICINA
- LORATADINA
Causas e TTOde Torsades de Pointes
- Antiarrítimicos (que aumentam QT): predisposição
- HipoK, HipoCa e HipoMg, BAVT*
- TTO: Desfibrilação + Sulfato de Magnésico
- Evitar fazer amiodarona*
Conduta na Taquiarritmias
- Mulher jovem sadia: Taqui SupraVentricular → Manobra Vasovagal/ ADENOSINA
- Idoso e IAM: Taquicardia Ventricular → Amiodarona/ Procainamida
- RR irregular / Sem P: FA → reduzir FC + Anticoagulação
- Padrão Serrilhado: Flutter Atrial (onda F) → Choque
- QT longo: Torsades de Pointes → Desfibrilação + Sulfato de Magnésio
- Se INSTÁVEL = CHOQUE/ CARDIOVERSÃO