UPR Flashcards
Passos da N-glicosilação
• Um oligossacarídeo central formado por manose e N-acetilglicosamina (sintetizado no citoplasma) ligase ao dolicol na membrana do ER por ligações pirofosfato de alta energia.
• Após transferência para o lúmen reticular, a adição de açúcares importados completa a estrutura central
• O complexo oligossacaril-transférase transfere o oligossacarídeo para uma cadeia lateral de
asparagina
Função da calnexina/calreticulina
sentem o estado de modificação do percursor de glicosilação e medeiam a
adição correta deste percursor às proteínas
• A ligação a estas proteínas impede a agregação da glicoproteína
• Assim que a glicosidase II remover o resíduo de glicose que resta, a glicoproteína liberta-se da calnexina e pode sair do ER
Função da UDP-Glc: glycoprotein glucosyltransférase (GT)
volta a glicosilar proteínas com folding incompleto,
atuando como um sensor de folding
• Se a glicoproteína for reconhecida pela GT ao sair do ER, esta volta a ligar-se à calnexina/calreticulina e
permanece no ciclo até adquirir o folding correto e seguir para a via de secreção
• Caso a proteína não consiga oligomerizar/adquirir o seu folding corretamente, é removida do ciclo e
translocada para o citoplasma para sofrer degradação
Que tipo de modificações permitem ancorar proteínas que não têm domínios transmembranares às membranas e torná-las periféricas?
Palmitoilação, miristoilação e prenilação.
Funções da PDI
• Forma e rearranja pontes dissulfureto via um sítio ativo com 2 resíduos de cisteína que são facilmente
interconvertidos entre a forma di-tiol reduzida e a forma dissulfureto oxidada
• Promove a oxidação dos grupos tiol bem como a isomerização dos grupos de modo a que a
configuração da proteína seja a necessária ao seu funcionamento
Em que forma é que a prolina é habitualmente sintetizada?
Trans.
Quais os passos da Er-associated degradation (ERAD)? Que proteínas atuam nesta via.
- Reconhecimento da glicoproteína
- Translocação do lúmen reticular para o
citoplasma - Ubiquitinação
- Degradação pelo proteassoma no citoplasma
Ubiquitina - molécula que serve como marcador,
sinalizando a proteína disfuncional e endereçandoa para o proteassoma
EDEM (ER degradation-enhancing α-mannosidase-like protein) - proteína membranar do ER que ajuda a
direcionar a glicoproteína para o translocão
E3 ubiquitin ligase - enzima que catalisa a adição de ubiquitina a proteínas que sofrerão degradação
AAA-ATPase - família particular de enzimas capazes de transformar a energia proveniente da hidrólise do
ATP em energia mecânica que permite a deslocação da proteína em direção ao proteassoma
O que são as células T? O que acontece quando alguns dos recetores de antigénios não são corretamente acrescentados?
linfócitos importantes na imunidade celular que apresentam uma grande variedade de
propriedades devido à presença de diferentes recetores de antigénios nas suas superfícies celulares.
• Quando algum destes componentes é incorretamente
acrescentado no processo de montagem, o ERAD é
imediatamente ativado com vista à reparação (se
possível)
• Caso não seja possível, o recetor será destruído e,
muitas vezes, a própria célula que o está a produzir
também será destruída
• Nos gânglios linfáticos, há constante destruição dos
linfócitos com problemas nos seus recetores
definição de upr
• Conjunto integrado de vias transdutivas que reconhece o estado de folding das proteínas no ER e, sob stress, transmite essa informação ao núcleo
• Nele desperta: mecanismos de compensação da capacidade de folding ou, na sua ausência ou
incapacidade, mecanismos de adaptação (sobrevivência/apoptose)
Stresses possíveis que ativem o UPR
• Ativação rápida de células tipicamente secretoras - em algumas circunstâncias, pode haver uma
necessidade de aumento de secreção de uma substância (hormonas, anticorpos)
• Condições metabólicas alteradas - privação da glicose, isquemia (privação de sangue por parte de um
orgão)
• Mutações em genes que codificam proteínas secretoras/transmembranares → acumulação
• Infeções
• Alterações do equilíbrio redox - inibição da formação de pontes dissulfureto por agentes redutores
• Inibição da glicosilação pela tunicamicina
3 proteínas transmembranares que regulam a resposta ao stress do retículo rugoso. Que proteína as inibe em condições normais?
• PERK (KR-like endoplasmic reticulum kinase/pancreatic eIF2a kinase)
• IRE1 (inositol requiring 1)
• ATF6 (activating transcription factor 6)
Em condições normais, a chaperone BiP (Grp78) encontra-se ligada aos domínios lumenais destas 3
proteínas, inibindo-as.
O que acontece à Bip quando ocorre acumulação de unfolded proteins?
Quando ocorre a acumulação de unfolded proteins, a BiP passa a ligar-se às unfolded proteins e ocorre
ativação das 3 proteínas, resultando numa cadeia transdutiva que resultará em fatores transcritivos, que
ligarão ao genoma e levam à biogénese do ER, aumentando a produção de chaperones.
Passos de ativação da via PERK, qual o efeito
- Dissociação da BiP
- Oligomerização do PERK - várias PERKs se associam
- Autofosforilação dos domínios citosólicos → a proteína adquire a função de cínase
- Ação cinásica sobre eIF2α - inativação da função promotora de síntese proteica deste fator de
iniciação dos eucariontes - Ativação do ATF4 - fator transcritivo que vai atuar no genoma que desencadeia uma resposta celular
no genoma face ao stress
Efeito:
- Ativação da síntese de chaperones que auxiliam o ER no folding das proteínas
- Redução de proteínas a entrar no ER
Passos de ativação da via ATF6, efeito
Ativação da via ATF6
1. Dissociação da BiP
2. Transporte para o complexo de Golgi
3. ATF6 é clivado pelas proteases S1P e S2P para produzir um fragmento citosólico
4. O fragmento move-se em direção ao núcleo, onde ativa a transcrição de genes responsivos como o
XBP1
Efeito maior: Expressão de genes UPR (XBP1 e CHOP
Passos de ativação da via IRE1, efeito
- Dissociação da BiP
- Oligomerização
- Autofosforilação
- Ativação da fração RNÁsica - destruição do mRNA que esteja a ser produzido em demasia
- Splicing em XBP1 - remoção de um intrão no XBP1 que altera o frame de leitura para fazer uma
proteína que é um fator transcritivo potente (XBP1s)
Efeitos maiores: Chaperones, foldases e componentes do ERAD