APARELHO DE GOLGI Flashcards

1
Q

Onde se encontra o aparelho de Golgi na interfase e na metafase?

A
  • Interfase - junto ao retículo

* Metafase - disperso

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2
Q

2 modelos de hipótese para a síntese do complexo de Golgi

A

• De novo assembly - proteínas presentes no
retículo podem sair e organizarem-se para
formar novo complexo de Golgi que está em
equilíbrio com o retículo
• Template-mediated assembly - formação
do novo Golgi a partir do Golgi pré-existente
(reorganização)

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3
Q

Qual a grande função do complexo de Golgi

A

A grande função do complexo de Golgi é a
modificação pós-traducional das proteínas,
nomeadamente na glicosilação. Este processo está
envolvido em inúmeras doenças, principalmente no
cancro. Às proteínas que seguem a via de secreção, vai ser
adicionado um percursor de glicosilação no ER e, no
complexo de Golgi, vão ganhar ou perder glicídos,
consoante a sua função.

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4
Q

Qual o substrato que é necessário ocorrer para haver glicosilação? O que se encontra na membrana do Golgi que permite esta reação? Quais as diferenças nestes substratos no sistema ABO?

A

Para estes processos ocorrem, é necessário substrato: açúcares. Na membrana do Golgi, encontram-se,
principalmente, transportadores de açúcares (glicosiltransférases, por exemplo).
• Sistema sanguíneo ABO: glicoproteínas nas
membranas dos eritrócitos. No antigénio O, há
ausência de qualquer açúcar, enquanto no antigénio
A existe uma N-acetilgalactosamina e no antigénio
B existe uma galactose. Estas glicosilações
conferem as diferenças nos grupos sanguíneos

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5
Q

Quais as faces do Golgi

A
  • Face cis - mais virada para o retículo
  • Face trans - face mais afastada
  • Face medial - no meio das duas
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6
Q

O que é a Mannose trimming?

A

processo importante que
ocorre na face cis onde as manoses são removidas.
Isto acontece porque o percursor de glicosilação
adicionado no ER tem muitos resíduos de manose.
Este processo pode ser utilizado para monitorizar o
transporte ao longo da via de secreção

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7
Q

O que faz a Endo H. Que proteínas são sensíveis a esta.

A

enzima (endoglicosilase) que remove grupos de açúcares, específica para grupos ricos em
manose. Grupos com poucas manoses são resistentes a esta enzima.
• Proteína na face cis - continua a ter muitas manoses (ainda não sofreu trimming), sensível à Endo H
• Proteína na face trans - poucas manoses, resistente à Endo H

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8
Q

Como se identifica o local onde a proteína se encontrapor SDS?

A
• Proteínas na face cis (sensíveis à 
Endo H)→ muitos resíduos de 
manose → migram mais lentamente 
• Proteínas na face trans → já 
sofreram trimming → mais leves →
migram mais rapidamente
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9
Q

As proteínas do cis-Golgi são sensíveis a que enzima

A

Endoglicosidase D

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10
Q

Com que é que se colora as cisternas cis do Golgi?

A

Ósmio

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11
Q

Como se forma insulina.

A

A insulina é secretada: é produzida no retículo segue para o complexo de Golgi, sai em vesículas no trans
-Golgi em direção à membrana plasmática e é libertada.
A enzima é produzida, inicialmente, a partir de uma
proinsulina. O que sai do complexo de Golgi é uma hormona
não funcional que tem esta estrutura:
• Duas cadeias (A e B) ligadas através de Lisina e Arginina. Estes aminoácidos são substratos de
proteases localizadas nas vesículas de transporte do trans-Golgi para a membrana plasmática
A hormona apenas se torna funcional quase no final do seu
transporte - exemplo de como as proteínas vão adquirindo a
sua função ao longo do seu transporte na via de secreção.

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12
Q

Que tipo de vesiculas tem proinsulina e insulina. Que conclusao se pode tirar disto.

A

As vesículas imaturas (setas pretas) ficam coradas com
o anticorpo da proinsulina, mas não com o da insulina.
Estas vesículas contêm proinsulina difusa.
As vesículas maturas coram com o anticorpo da insulina, mas não com o da proinsulina.
Como as vesículas imaturas contêm proinsulina, conclui-se que a conversão proteolítica de proinsulina → insulina
tem de ocorrer nestas vesículas APÓS estas saírem da
trans-Golgi network.

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13
Q

Via de secreção.

A

• Via celular que permite a síntese e transporte de proteínas membranares/proteínas solúveis, envoltas em
vesículas
• Deslocam-se através do ER → cis-Golgi network → cisterna cis → cisterna medial → cisterna trans →
trans-Golgi network → exocitose/integração em lisossomas/vesículas de secreção

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14
Q

O que é a TGN?

A

trans-Golgi network (TGN) - rede de transporte na
região final do Golgi e ponto principal de
ramificação para as diferentes vias

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15
Q

Quais os diferentes tipos de revestimento das vesículas de secreção. quais as vesículas que não têm revestimento.

A
Todas as vesículas precisam de ganhar 
um revestimento (específico do tipo de 
transporte), com exceção das que saem 
do trans-Golgi network para a membrana 
plasmática. Este coat tem como função 
indicar o local para onde as vesículas 
devem ser transportadas, podendo ser de 
diferentes tipos: COPI, COPII ou clatrina.
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16
Q

O que fazem as MAPS. exemplos de MAPS.

A

Transportam as vesículas ao longo dos microtúbulos.
• cinesinas - transporte em direção ao polo positivo (sentido
anterógrado)
• dineínas - transporte em direção ao polo negativo (sentido
retrógrado)

17
Q

3 tipos de revestimento das vesículas

A

• COPI - transporte retrógrado (cis-Golgi
network → ER)
• COPII - transporte anterógrado (ER →
cis-Golgi network)
• Clatrina - transporte da membrana
plasmática (superfície celular) e da trans-Golgi network para endossomas tardios

18
Q

Como é estabilizado o revestimento das vesículas. Para que servem tambem estas proteínas.

A

O revestimento é estabilizado através do carregamento de GTPases específicas (hidrolisam GTP). Estas
proteínas são extremamente importantes no uncoating (ver mais à frente no transporte ER → cis-Golgi)

19
Q

O que acontece na ausência de GTP hidrolizável?

A
  • A formação de vesículas acontece na mesma devido à presença do GTP
  • Ocorre acumulação de vesículas revestidas pois não ocorre destruição do revestimento (não houve hidrólise de GTP
20
Q

Qual a GTPase associada aos diferentes tipos de revestimento. Que composto a inibe?

A

ARF em todos menos no COPII, que tem Sar1. Brefeldina A inibe a ARF.

21
Q

Passos do transporte anterógrado ER - cis-golgi

A
  1. Oligomerização das proteínas coat - formação simultânea das vesículas e do próprio revestimento
    que atua como um filtro para determinar quais as proteínas que podem ser admitidas na vesícula.
    • Auxiliado pela Sar1 e por proteínas da família Sec (Sec12)
    • No coat, são integradas proteínas de Sec23/Sec24 + moléculas de GTP
  2. Ligação a adaptadores específicos - proteínas específicas que conferem uma especificidade
    acessória, dependente do ligando a ser transportado.
  3. Proteínas adicionais regulam a formação do “bud” e da constrição membranar
  4. Uncoating (perda do revestimento) - dá-se aquando da chegada da vesícula ao cis-Golgi.
    • coat COPII dissocia-se por ação da Sar1 (GTPase)
  5. Docking (atracagem) - dá-se por ação das SNAREs
22
Q

O budding ocorre devido a quê?

A

• Budding ocorre devido à constrição
membranar (sem consumo de GTP e
auxiliada pelo coat - confere densidade à
vesícula e facilita desmembramento da
membrana)
• A vesícula separada desloca-se então até
ao cis-Golgi, através dos microtúbulos +
proteínas motoras

23
Q

O que são as v-SNARE e t-SNARE

A

• v-SNARE (na vesícula) - proteínas transmembranares
incorporadas na vesícula durante a sua formação e que
incluem as proteínas VAMP
• t-SNARE (na membrana target) - proteínas incorporadas
na membrana target (sintaxina e a SNAP-25, na
membrana do cis-Golgi)

24
Q

A ligação da t-SNARE à v-SNARE forma o quê? Que proteínas aceleram esta reação?

A

complexo SNARE que permite a atracagem e fusão membranar.
Estas proteínas são específicas dos tecidos, sendo umas mais frequentes nuns que outros.
Rab GTPases - este processo é naturalmente lento, logo precisa de ser acelerado, sendo estas proteínas responsáveis pela catalisação da reação.

25
Q

Qual o outro papel das Rab GTPases.

A

• Também fazem a ligação das vesículas aos microtúbulos,
sendo por isso proteínas acessórias muito importantes
• São específicas de cada transporte (um tipo de Rab para o transporte ER → Golgi, outro tipo de rab para transporte cis → trans, etc.)

26
Q

A dissociação do complexo SNARE é acompanhada por quê? Para que serve isto? Que proteínas auxiliam neste processo?

A

Posteriormente, a dissociação do complexo SNARE é
acompanhada pela hidrólise de ATP:
• Essencial para que as proteínas SNARE possam depois
participar noutros processos (reciclagem)
• Auxiliada pelas proteínas NSF e alfa-SNAP

27
Q

O que é o sinal KDEL?

A

Um dos mais importantes é o sinal KDEL - sequência de 4 aminoácidos (Lisina-Aspartato-GlutamatoLeucina).

28
Q

Quais os 2 fenómenos que ocorrem no transporte ER - golgi que o transporte golgi - ER pretende solucionar?

A

• Na formação das vesículas, remoção de proteínas membranares do ER que passam a integrar a
membrana da vesícula
• Na fusão das membranas das vesículas com a membrana do Golgi, ocorre uma integração de proteínas do ER no Golgi

29
Q

Qual a sequência que as proteínas residentes do ER têm?

A

KDEL, no terminal carboxilo.

30
Q

Percurso das vesículas que vêm do RE para o Golgi

A
  1. Vesículas provenientes do ER chegam ao complexo de
    Golgi e integram um recetor de KDEL
  2. Ocorre ligação dos péptidos do ER nesta região,
    despoletando o transporte retrógrado
  3. Formação de uma vesícula e do seu respetivo
    revestimento que será o COPI
31
Q

Em que condições a afinidade ligação ao recetor KDEL aumenta

A

o sinal liga-se mais facilmente ao seu recetor em
condições de baixo pH. Como o pHcis-Golgi < pHER, o KDEL:
• liga-se no Golgi
• desliga-se no ER

32
Q

Quais os 2 modelos que explicam o transporte entrecisternas do complexo de golgi

A
(a) Maturação de cisternas - o transporte 
entre cisternas vai fazendo com que 
cada um dos conjuntos de cisternas 
tenham conteúdo diferente, formando 
compartimentos diferentes
(b) transporte de vesículas cis-Golgi →
medial-Golgi → trans-Golgi
33
Q

2 marcadores típicos do golgi

A

giantina e sintaxina.