APARELHO DE GOLGI Flashcards
Onde se encontra o aparelho de Golgi na interfase e na metafase?
- Interfase - junto ao retículo
* Metafase - disperso
2 modelos de hipótese para a síntese do complexo de Golgi
• De novo assembly - proteínas presentes no
retículo podem sair e organizarem-se para
formar novo complexo de Golgi que está em
equilíbrio com o retículo
• Template-mediated assembly - formação
do novo Golgi a partir do Golgi pré-existente
(reorganização)
Qual a grande função do complexo de Golgi
A grande função do complexo de Golgi é a
modificação pós-traducional das proteínas,
nomeadamente na glicosilação. Este processo está
envolvido em inúmeras doenças, principalmente no
cancro. Às proteínas que seguem a via de secreção, vai ser
adicionado um percursor de glicosilação no ER e, no
complexo de Golgi, vão ganhar ou perder glicídos,
consoante a sua função.
Qual o substrato que é necessário ocorrer para haver glicosilação? O que se encontra na membrana do Golgi que permite esta reação? Quais as diferenças nestes substratos no sistema ABO?
Para estes processos ocorrem, é necessário substrato: açúcares. Na membrana do Golgi, encontram-se,
principalmente, transportadores de açúcares (glicosiltransférases, por exemplo).
• Sistema sanguíneo ABO: glicoproteínas nas
membranas dos eritrócitos. No antigénio O, há
ausência de qualquer açúcar, enquanto no antigénio
A existe uma N-acetilgalactosamina e no antigénio
B existe uma galactose. Estas glicosilações
conferem as diferenças nos grupos sanguíneos
Quais as faces do Golgi
- Face cis - mais virada para o retículo
- Face trans - face mais afastada
- Face medial - no meio das duas
O que é a Mannose trimming?
processo importante que
ocorre na face cis onde as manoses são removidas.
Isto acontece porque o percursor de glicosilação
adicionado no ER tem muitos resíduos de manose.
Este processo pode ser utilizado para monitorizar o
transporte ao longo da via de secreção
O que faz a Endo H. Que proteínas são sensíveis a esta.
enzima (endoglicosilase) que remove grupos de açúcares, específica para grupos ricos em
manose. Grupos com poucas manoses são resistentes a esta enzima.
• Proteína na face cis - continua a ter muitas manoses (ainda não sofreu trimming), sensível à Endo H
• Proteína na face trans - poucas manoses, resistente à Endo H
Como se identifica o local onde a proteína se encontrapor SDS?
• Proteínas na face cis (sensíveis à Endo H)→ muitos resíduos de manose → migram mais lentamente • Proteínas na face trans → já sofreram trimming → mais leves → migram mais rapidamente
As proteínas do cis-Golgi são sensíveis a que enzima
Endoglicosidase D
Com que é que se colora as cisternas cis do Golgi?
Ósmio
Como se forma insulina.
A insulina é secretada: é produzida no retículo segue para o complexo de Golgi, sai em vesículas no trans
-Golgi em direção à membrana plasmática e é libertada.
A enzima é produzida, inicialmente, a partir de uma
proinsulina. O que sai do complexo de Golgi é uma hormona
não funcional que tem esta estrutura:
• Duas cadeias (A e B) ligadas através de Lisina e Arginina. Estes aminoácidos são substratos de
proteases localizadas nas vesículas de transporte do trans-Golgi para a membrana plasmática
A hormona apenas se torna funcional quase no final do seu
transporte - exemplo de como as proteínas vão adquirindo a
sua função ao longo do seu transporte na via de secreção.
Que tipo de vesiculas tem proinsulina e insulina. Que conclusao se pode tirar disto.
As vesículas imaturas (setas pretas) ficam coradas com
o anticorpo da proinsulina, mas não com o da insulina.
Estas vesículas contêm proinsulina difusa.
As vesículas maturas coram com o anticorpo da insulina, mas não com o da proinsulina.
Como as vesículas imaturas contêm proinsulina, conclui-se que a conversão proteolítica de proinsulina → insulina
tem de ocorrer nestas vesículas APÓS estas saírem da
trans-Golgi network.
Via de secreção.
• Via celular que permite a síntese e transporte de proteínas membranares/proteínas solúveis, envoltas em
vesículas
• Deslocam-se através do ER → cis-Golgi network → cisterna cis → cisterna medial → cisterna trans →
trans-Golgi network → exocitose/integração em lisossomas/vesículas de secreção
O que é a TGN?
trans-Golgi network (TGN) - rede de transporte na
região final do Golgi e ponto principal de
ramificação para as diferentes vias
Quais os diferentes tipos de revestimento das vesículas de secreção. quais as vesículas que não têm revestimento.
Todas as vesículas precisam de ganhar um revestimento (específico do tipo de transporte), com exceção das que saem do trans-Golgi network para a membrana plasmática. Este coat tem como função indicar o local para onde as vesículas devem ser transportadas, podendo ser de diferentes tipos: COPI, COPII ou clatrina.
O que fazem as MAPS. exemplos de MAPS.
Transportam as vesículas ao longo dos microtúbulos.
• cinesinas - transporte em direção ao polo positivo (sentido
anterógrado)
• dineínas - transporte em direção ao polo negativo (sentido
retrógrado)
3 tipos de revestimento das vesículas
• COPI - transporte retrógrado (cis-Golgi
network → ER)
• COPII - transporte anterógrado (ER →
cis-Golgi network)
• Clatrina - transporte da membrana
plasmática (superfície celular) e da trans-Golgi network para endossomas tardios
Como é estabilizado o revestimento das vesículas. Para que servem tambem estas proteínas.
O revestimento é estabilizado através do carregamento de GTPases específicas (hidrolisam GTP). Estas
proteínas são extremamente importantes no uncoating (ver mais à frente no transporte ER → cis-Golgi)
O que acontece na ausência de GTP hidrolizável?
- A formação de vesículas acontece na mesma devido à presença do GTP
- Ocorre acumulação de vesículas revestidas pois não ocorre destruição do revestimento (não houve hidrólise de GTP
Qual a GTPase associada aos diferentes tipos de revestimento. Que composto a inibe?
ARF em todos menos no COPII, que tem Sar1. Brefeldina A inibe a ARF.
Passos do transporte anterógrado ER - cis-golgi
- Oligomerização das proteínas coat - formação simultânea das vesículas e do próprio revestimento
que atua como um filtro para determinar quais as proteínas que podem ser admitidas na vesícula.
• Auxiliado pela Sar1 e por proteínas da família Sec (Sec12)
• No coat, são integradas proteínas de Sec23/Sec24 + moléculas de GTP - Ligação a adaptadores específicos - proteínas específicas que conferem uma especificidade
acessória, dependente do ligando a ser transportado. - Proteínas adicionais regulam a formação do “bud” e da constrição membranar
- Uncoating (perda do revestimento) - dá-se aquando da chegada da vesícula ao cis-Golgi.
• coat COPII dissocia-se por ação da Sar1 (GTPase) - Docking (atracagem) - dá-se por ação das SNAREs
O budding ocorre devido a quê?
• Budding ocorre devido à constrição
membranar (sem consumo de GTP e
auxiliada pelo coat - confere densidade à
vesícula e facilita desmembramento da
membrana)
• A vesícula separada desloca-se então até
ao cis-Golgi, através dos microtúbulos +
proteínas motoras
O que são as v-SNARE e t-SNARE
• v-SNARE (na vesícula) - proteínas transmembranares
incorporadas na vesícula durante a sua formação e que
incluem as proteínas VAMP
• t-SNARE (na membrana target) - proteínas incorporadas
na membrana target (sintaxina e a SNAP-25, na
membrana do cis-Golgi)
A ligação da t-SNARE à v-SNARE forma o quê? Que proteínas aceleram esta reação?
complexo SNARE que permite a atracagem e fusão membranar.
Estas proteínas são específicas dos tecidos, sendo umas mais frequentes nuns que outros.
Rab GTPases - este processo é naturalmente lento, logo precisa de ser acelerado, sendo estas proteínas responsáveis pela catalisação da reação.
Qual o outro papel das Rab GTPases.
• Também fazem a ligação das vesículas aos microtúbulos,
sendo por isso proteínas acessórias muito importantes
• São específicas de cada transporte (um tipo de Rab para o transporte ER → Golgi, outro tipo de rab para transporte cis → trans, etc.)
A dissociação do complexo SNARE é acompanhada por quê? Para que serve isto? Que proteínas auxiliam neste processo?
Posteriormente, a dissociação do complexo SNARE é
acompanhada pela hidrólise de ATP:
• Essencial para que as proteínas SNARE possam depois
participar noutros processos (reciclagem)
• Auxiliada pelas proteínas NSF e alfa-SNAP
O que é o sinal KDEL?
Um dos mais importantes é o sinal KDEL - sequência de 4 aminoácidos (Lisina-Aspartato-GlutamatoLeucina).
Quais os 2 fenómenos que ocorrem no transporte ER - golgi que o transporte golgi - ER pretende solucionar?
• Na formação das vesículas, remoção de proteínas membranares do ER que passam a integrar a
membrana da vesícula
• Na fusão das membranas das vesículas com a membrana do Golgi, ocorre uma integração de proteínas do ER no Golgi
Qual a sequência que as proteínas residentes do ER têm?
KDEL, no terminal carboxilo.
Percurso das vesículas que vêm do RE para o Golgi
- Vesículas provenientes do ER chegam ao complexo de
Golgi e integram um recetor de KDEL - Ocorre ligação dos péptidos do ER nesta região,
despoletando o transporte retrógrado - Formação de uma vesícula e do seu respetivo
revestimento que será o COPI
Em que condições a afinidade ligação ao recetor KDEL aumenta
o sinal liga-se mais facilmente ao seu recetor em
condições de baixo pH. Como o pHcis-Golgi < pHER, o KDEL:
• liga-se no Golgi
• desliga-se no ER
Quais os 2 modelos que explicam o transporte entrecisternas do complexo de golgi
(a) Maturação de cisternas - o transporte entre cisternas vai fazendo com que cada um dos conjuntos de cisternas tenham conteúdo diferente, formando compartimentos diferentes (b) transporte de vesículas cis-Golgi → medial-Golgi → trans-Golgi
2 marcadores típicos do golgi
giantina e sintaxina.