Tumores hepáticos malignos Flashcards

1
Q

Os tumores malignos hepáticos mais comuns são provenientes de metástase. Entre os tumores hepáticos primários, qual é o mais comum?

A

Hepatocarcinoma

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2
Q

Quais são os fatores de risco para hepatocarcinoma?

A
Cirrose hepática
Infecção crônica pelo VHB e VHC
Abuso de álcool
Exposição a aflatoxinas (fungo Aspergillus)
Tabagismo
Esteatose hepática
Anabolizantes
Hemocromatose
Deficiência de alfa 1 antitripsina
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3
Q

Há diferenças entre a infecção com o vírus da hepatite C e do B para o surgimento do hepatocarcinoma?

A

A infecção pelo vírus da hepatite C é tão hepatocarcinogênico quanto a infecção pelo VHB. A diferença é que na hepatite C crônica, o CHC só se desenvolve após o surgimento da cirrose hepática. Diferente da hepatite B onde o CHC pode se desenvolver sem antes passar pelo estágio de cirrose.

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4
Q

Explique fisiopatologia do CHC.

A

No figado cirrótico, a lesão surge a partir de um nódulo de regeneração, que evolui com atipia celular, displasia, resultando em células cancerosas. A regeneração do ambiente hepático propicia um maior desenvolvimento da neoplasia, há um estimulo do tumor para a angiogênese a partir das arteríolas hepáticas e esse passa a ser nutrido abundantemente, chega a dobrar de volume entre 4 e 6 meses.

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5
Q

Com relação ao tamanho do CHC, existe alguma diferença clínica?

A

Tumores com até 2 cm tendem a ser mais diferenciados com pouco potencial para invasão e disseminação. A medida que o tumor cresce, passa a perder a sua diferenciação e aumenta seu potencial invasor.

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6
Q

Qual é o quadro clínico de pacientes com CHC?

A

Geralmente assintomáticos. Alguns podem ter dor abdominal superior, perda de peso, saciedade precoce, massa abdominal palpável, icterícia obstrutiva, diarreias, dor óssea e dispnéia (metástase), hemorragia intraperitoneal (ruptura) e sintomas paraneoplásicos (hipercalcemia, hipoglicemia, eritrocitose, diarréia aquosa).

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7
Q

Qual é a tríade clássica do CHC?

A

Dor abdominal em quadrante superior
Perda de peso
Aumento do volume abdominal

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8
Q

Como é feito o rastreamento do CHC em pacientes cirróticos?

A

Deve-se fazer a cada 6 meses um US do abdome, associado ou não a dosagem da alfafetoproteína.

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9
Q

Como é feito o diagnóstico do CHC?

A

É estabelecido radiologicamente sem necessidade de biópsia confirmatória. Os principais exames são TC e US.

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10
Q

Quando é detectado, de forma incidental, um nódulo sugestivo de CHC, quais são os exames que devem ser solicitados?

A

Dosagem da alfafetoproteína (. 20 mcg/L em pcte de risco e > 500 mcg/L é confirmatório)
Sorologia para hepatite B e C
Provas de função hepática
Pesquisar presença de cirrose

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11
Q

Explique a qual é a importância da alfafetoproteína?

A

A alfafetoproteína é o principal marcador tumoral do CHC. Uma dosagem > 20 ng/mL em um paciente cirrótico, já sugestivo de CHC. Também é encontrada aumentada nas metástases hepáticas, tumores de testículos ou ovários e em mulheres grávidas.

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12
Q

Qual é a conduta quando o nódulo é < 1 cm?

A

Realiza-se US periódicos a cada 3 - 6 meses, se o nódulo se manteve estável em dois anos, o acompanhamento pode ser feito a cada 6 meses.

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13
Q

Qual é a conduta quando o nódulo é > 1 cm?

A

Paciente deve realizar uma TC do abdome.

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14
Q

Como é a captação do contraste do CHC na TC?

A

Ele apresenta um padrão de realce típico. Na fase arterial ele se contrasta muito rápido e na fase portal praticamente não visualizamos mais o contraste (fica isodenso). Dizemos, portanto, que ele apresenta uma lavagem rápida do contraste.

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15
Q

Quais são os fatores relacionados com o prognóstico do CHC?

A

Invasão micro e macroscópica
Tamanho dos nódulos
Número dos nódulos

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16
Q

Como é feito o estadiamento do CHC?

A

Utilizamos os critérios de Barcelona que consideram o estágio do tumor, o grau de comprometimento da função hepática, a condição geral do paciente e a eficácia dos tratamentos.

17
Q

O que contraindica a ressecção e o transplante hepático?

A

A invasão do pedículo vascular e as metástases a distância.

18
Q

Qual é a conduta em pacientes não cirróticos?

A

Pode-se fazer uma hepatectomia parcial com margem de segurança de 1 cm, quando o tumor é único e não muito grande, quando o individuo não apresenta alterações na bilirrubina, hipertensão portal ou esplenomegalia.

19
Q

Quais são os critérios de Milão para o transplante hepático?

A

Paciente cirrótico com tumor único < ou igual a 5 cm ou com até 3 nódulos < ou igual a 3 cm cada e sem metástase ou invasão do pedículo vascular hepático.

20
Q

O que é o carcinoma fibrolamelar hepático?

A

É um tumor que ocorre em ambos os sexos e em pacientes mais jovens (5 - 35 anos), não está associado a cirrose hepática nem a hepatite viral. é uma lesão de crescimento lento, bem delimitado, única e grande. A alfafetoprotéina está normal e o tratamento consiste na ressecção cirúrgica.

21
Q

No estágio intermediário do CHC, qual é a conduta clínica?

A

É a classificação de Child A ou B. O tratamento é paliativo e feito com quimioembolização sozinha ou associada aos tratamentos percutâneos (alação, injeção percutânea de álcool, radiofrequência). A sobrevida é de 20 meses.

22
Q

No estágio avançado, qual é a conduta clínica?

A

Paciente apresentam sintomas constitucionais (ascite, elevação da alfafetoproteína, invasão portal, metástases). O tratamento é paliativo, feito com Sorafenib, um inibidor da tirosina quinase. A sobrevida é de 11 meses.

23
Q

No estágio terminal, qual é a conduta clínica?

A

Tumores multicêntricos ou volumosos e indivíduos com dois ou mais fatores que interferem negativamente no status de performance. São tumores estágio C de Child Pugh e o tratamento é apenas sintomático. Sobrevida de 3 a 4 meses.