Tumores hepáticos malignos Flashcards
Os tumores malignos hepáticos mais comuns são provenientes de metástase. Entre os tumores hepáticos primários, qual é o mais comum?
Hepatocarcinoma
Quais são os fatores de risco para hepatocarcinoma?
Cirrose hepática Infecção crônica pelo VHB e VHC Abuso de álcool Exposição a aflatoxinas (fungo Aspergillus) Tabagismo Esteatose hepática Anabolizantes Hemocromatose Deficiência de alfa 1 antitripsina
Há diferenças entre a infecção com o vírus da hepatite C e do B para o surgimento do hepatocarcinoma?
A infecção pelo vírus da hepatite C é tão hepatocarcinogênico quanto a infecção pelo VHB. A diferença é que na hepatite C crônica, o CHC só se desenvolve após o surgimento da cirrose hepática. Diferente da hepatite B onde o CHC pode se desenvolver sem antes passar pelo estágio de cirrose.
Explique fisiopatologia do CHC.
No figado cirrótico, a lesão surge a partir de um nódulo de regeneração, que evolui com atipia celular, displasia, resultando em células cancerosas. A regeneração do ambiente hepático propicia um maior desenvolvimento da neoplasia, há um estimulo do tumor para a angiogênese a partir das arteríolas hepáticas e esse passa a ser nutrido abundantemente, chega a dobrar de volume entre 4 e 6 meses.
Com relação ao tamanho do CHC, existe alguma diferença clínica?
Tumores com até 2 cm tendem a ser mais diferenciados com pouco potencial para invasão e disseminação. A medida que o tumor cresce, passa a perder a sua diferenciação e aumenta seu potencial invasor.
Qual é o quadro clínico de pacientes com CHC?
Geralmente assintomáticos. Alguns podem ter dor abdominal superior, perda de peso, saciedade precoce, massa abdominal palpável, icterícia obstrutiva, diarreias, dor óssea e dispnéia (metástase), hemorragia intraperitoneal (ruptura) e sintomas paraneoplásicos (hipercalcemia, hipoglicemia, eritrocitose, diarréia aquosa).
Qual é a tríade clássica do CHC?
Dor abdominal em quadrante superior
Perda de peso
Aumento do volume abdominal
Como é feito o rastreamento do CHC em pacientes cirróticos?
Deve-se fazer a cada 6 meses um US do abdome, associado ou não a dosagem da alfafetoproteína.
Como é feito o diagnóstico do CHC?
É estabelecido radiologicamente sem necessidade de biópsia confirmatória. Os principais exames são TC e US.
Quando é detectado, de forma incidental, um nódulo sugestivo de CHC, quais são os exames que devem ser solicitados?
Dosagem da alfafetoproteína (. 20 mcg/L em pcte de risco e > 500 mcg/L é confirmatório)
Sorologia para hepatite B e C
Provas de função hepática
Pesquisar presença de cirrose
Explique a qual é a importância da alfafetoproteína?
A alfafetoproteína é o principal marcador tumoral do CHC. Uma dosagem > 20 ng/mL em um paciente cirrótico, já sugestivo de CHC. Também é encontrada aumentada nas metástases hepáticas, tumores de testículos ou ovários e em mulheres grávidas.
Qual é a conduta quando o nódulo é < 1 cm?
Realiza-se US periódicos a cada 3 - 6 meses, se o nódulo se manteve estável em dois anos, o acompanhamento pode ser feito a cada 6 meses.
Qual é a conduta quando o nódulo é > 1 cm?
Paciente deve realizar uma TC do abdome.
Como é a captação do contraste do CHC na TC?
Ele apresenta um padrão de realce típico. Na fase arterial ele se contrasta muito rápido e na fase portal praticamente não visualizamos mais o contraste (fica isodenso). Dizemos, portanto, que ele apresenta uma lavagem rápida do contraste.
Quais são os fatores relacionados com o prognóstico do CHC?
Invasão micro e macroscópica
Tamanho dos nódulos
Número dos nódulos