trauma de tórax, face e pescoço Flashcards
toracotomias
% e tipos de traumas que são feitas
- < 10% dos traumas contusos
- 15 - 30% dos traumas penetrantes
toracotomia de urgência
indicações (7)
- hemotórax maciço (>1500mL ou >200-300mL/h em 2-4h)
- instabilidade persistente, necessitando de transfusões
- feridas da caixa torácica de grandes proporções
- tamponamento cardíaco em trauma penetrante
- lesões de grande via aérea
- lesões de vasos nobres torácicos + instabilidade
- perfuração esofagiana
toracotomia de emergência ou de reanimação
indicação
PCR pós-traumática (penetrante ou contuso) + sinais de vida
toracotomia de emergência ou de reanimação
o que fazer antes? (3)
- RCP
- drenagem bilateral
- ACLS
toracotomia de emergência ou de reanimação
local
anterolateral esquerda
toracotomia de emergência ou de reanimação
vantagens (5)
- realizar massagem cardíaca interna
- acessar lesões cardíacas e abordar o tamponamento cardíaco
- realizar o clampeamento distal da aorta
- abordar hemorragia intratorácica
- tratar embolia gasosa em casos de hipotensão mais grave
tipo de toracotomia
coração
- emergência (RCP): anterolateral esquerda
- outras: esternotomia mediana
tipo de toracotomia
pulmão e hilo pulmonar
posterolateral ± remoção da 5ª costela
tipo de toracotomia
traqueia proximal
cervicotomia em colar (alta)
tipo de toracotomia
traqueia distal, carina, e vias aéreas direitas
posterolateral direita
tipo de toracotomia
vias aéreas esquerdas
- brônquio FONTE: posterolateral direita
- brônquios DISTAIS: toracotomia esquerda
tipo de toracotomia
aorta ascendente, arco aórtico, veia cava, artérias e veias pulmonares
esternotomia mediana
tipo de toracotomia
aorta descendente
posterolateral esquerda
tipo de toracotomia
esôfago
- 2/3 SUPERIORES: posterolateral direita
- 1/3 INFERIOR: posterolateral esquerda
pneumotórax hipertensivo
principal causa
barotrauma por ventilação mecânica com pressão positiva
pneumotórax hipertensivo
clínica (5)
- murmúrio ⭣⭣ ou abolido
- hipertimpanismo
- desvio da traqueia
- turgência jugular
- hipotensão
pneumotórax hipertensivo
clínica ventilatória
- murmúrio ⭣⭣ ou abolido
- hipertimpanismo
pneumotórax hipertensivo
clínica hemodinâmica
- desvio da traqueia
- turgência jugular
- hipotensão
pneumotórax hipertensivo
tipo de choque
choque obstrutivo
pneumotórax hipertensivo
diagnóstico
CLÍNICO
pneumotórax hipertensivo
conduta imediata
local?
toracocentese de alívio
local: 5º EIC anterior à LAM
pneumotórax hipertensivo
conduta definitiva
local?
toracostomia com drenagem em selo d’água
local: 5º EIC anterior à LAM
pneumotórax hipertensivo
drenou e NÃO melhorou
possibilidade de lesão de grande via aérea
lesão de grande via aérea
quando suspeitar? (2)
- borbulhamento intenso no dreno
- NÃO reexpansão
lesão de grande via aérea
1ª conduta
afastar falha técnica
lesão de grande via aérea
diagnóstico
broncoscopia
lesão de grande via aérea
conduta imediata
2º dreno
lesão de grande via aérea
conduta definitiva
toracotomia
pneumotórax aberto
definição
lesão > 2/3 diâmetro da traqueia
pneumotórax aberto
principal sinal
traumatopneia (entrada e saída de ar pelo orifício a cada movimento respiratório)
pneumotórax aberto
conduta imediata
curativo em 3 pontas
pneumotórax aberto
conduta definitiva
drenagem em selo d’água + fechamento
pneumotórax simples
definição
NÃO aberto e NEM hipertensivo
pneumotórax simples
quando seguir clinicamente?
se pequeno (< 1/3 volume do pulmão) e pouco sintomático
pneumotórax simples
quando drenar? (4)
- aumento do pneumotórax
- necessidade de anestesia geral ou ventilação mecânica
- antes de transporte aéreo
- dúvida ou impossibilidade de seguimento
pneumotórax espontâneo
definição
ausência de fator externo
pneumotórax espontâneo
classificação
- primário —> SEM doença pulmonar prévia conhecida
- secundário —> condição pré-existente
pneumotórax espontâneo
primário
fatores de risco (4)
- homens
- longilíneos
- tabagistas
- < 40 anos
pneumotórax espontâneo
secundário
fatores de risco (3)
- > 55 anos
- DPOC
- tuberculose
pneumotórax espontâneo
causas (2)
- blebs subpleurais
- tabagismo
pneumotórax espontâneo
conduta inicial (2)
- avaliar necessidade de via aérea artificial
- oferecer oxigênio suplementar
pneumotórax espontâneo
conduta se pequeno
observação
pneumotórax espontâneo
conduta se grande
aspiração ou drenagem em selo d’água
pneumotórax espontâneo
conduta se instável
drenagem em selo d’água
pneumotórax espontâneo
conduta se recorrência
drenagem em selo d’água
pneumotórax espontâneo
quando indicar pleurodese com blebectomia? (3)
- refratário à drenagem
- risco ocupacional
- ≥ 2 episódios
hemotórax
clínica (2)
- murmúrio⭣
- macicez à percussão
hemotórax
conduta
drenagem em selo d’água
hemotórax maciço
definição
débito inicial > 1500mL OU débito constante > 200-300mL em 2-4h
hemotórax maciço
o que levar em consideração, junto ao débito, para desconfiar do diagnóstico?
instabilidade ou necessidade constante de hemoderivados
hemotórax maciço
conduta se suspeita
toracostomia + autotransfusão
hemotórax maciço
conduta definitiva
toracotomia
hemotórax residual
definição
NÃO é absorvido ou resolvido após a drenagem em selo d’água
hemotórax residual
conduta
VATS - “video-assisted thoracoscopic”
hemotórax residual
VATS - o que faz? (3)
- lise de aderências
- limpeza da cavidade
- melhor posicionamento do dreno
hemotórax residual
VATS - quando realizar? por que?
ideal entre 3º e 7º dias — diminui a necessidade de toracotomia
hemotórax residual
quando está indicado somente a drenagem convencional?
NÃO está indicado! somente a drenagem convencional aumenta o risco de empiema
tórax instável
definição
fraturas em ≥ 2 arcos costais consecutivos em pelo menos 2 pontos em cada arco
tórax instável
clínica (2)
- dor
- respiração parodoxal
tórax instável
conduta
analgesia + suporte com O2
contusão pulmonar
diagnóstico
história + consolidações no Rx de tórax
contusão pulmonar
diagnóstico diferencial
atelectasia
contusão pulmonar
conduta (3)
- analgesia + suporte com O2
-
oximetria e gasometria
-> 2.2. SatO2 < 90% ou PaO2 < 60mmHg —> IOT - NÃO hiperhidratar
contusão pulmonar
quando pensar em IOT?
se SatO2 < 90% ou PaO2 < 60mmHg
quadrilátero de ziedler
mostra maior risco de… (3)
- lesão cardíaca
- tamponamento
- lesão de aorta ou veia cava
quadrilátero de ziedler
limites
superior: clavículas
inferior: margens costais
laterais: linhas hemiclaviculares
tamponamento cardíaco
definição
acúmulo de líquido no saco pericárdico (150-200mL)
tamponamento cardíaco
clínica (5)
- turgência jugular
- hipotensão
- hipofonese de bulhas
- pulso paradoxal
- sinal de Kussmaul
tamponamento cardíaco
tríade de Beck
- turgência jugular
- hipotensão
- hipofonese de bulhas
tamponamento cardíaco
definição de pulso paradoxal
queda de > 10mmHg na PAS na inspiração
tamponamento cardíaco
definição de sinal de Kussmaul
piora da turgência jugular na inspiração
tamponamento cardíaco
diagnóstico
clínica + FAST
tamponamento cardíaco
conduta provisória
pericardiocentese (10-20mL)
tamponamento cardíaco
tratamento
toracotomia
contusão miocárdica
quando se atentar?
se houver fratura do esterno ou de arcos costais superiores
contusão miocárdica
câmara mais acometida
VD
contusão miocárdica
clínica (2)
- insuficiência de VD
- arritmias (taqui sinusal inexplicada, extrassístoles, FA, bloqueio de ramo direito)
contusão miocárdica
diagnóstico padrão-ouro
anatomopatológico
contusão miocárdica
diagnóstico (3)
- arritmias
- hipotensão + ⭡PVC inexplicado
- ECO: alterações de motilidade
contusão miocárdica
tratamento
suporte + antiarrítmicos ± inotrópicos
lesão de aorta
onde acontece?
ao nível do ligamento arterioso (na aorta descendente)
lesão de aorta
clínica (1)
pulso MMSS normal e ⭣ em MMII
lesão de aorta
quando investigar?
se história compatível
lesão de aorta
achados no Rx de tórax (3)
- alargamento do mediastino (> 8cm)
- perda do contorno aórtico
- desvio para direita (TOT, traqueia)
lesão de aorta
diagnóstico
angio-TC
lesão de aorta
grau 1
ruptura na íntima
lesão de aorta
grau 2
hematoma intramural
lesão de aorta
grau 3
pseudoaneurisma
lesão de aorta
grau 4
ruptura completa
lesão de aorta
tratamento
tratar outras lesões +:
1. controle da FC (< 80 bpm)
2. controle da PA (PAM de 60-70mmHg)
lesão de aorta
tratamento - quando indicar reparo cirúrgico?
- grau 1: manejo NÃO cirúrgico
- grau 2, 3, e 4: reparo cirúrgico - endo ou aberto
trauma diafragmático
se trauma penetrante
lesões coincidem com o tamanho do objeto —> lesões MENOS sintomáticas
trauma diafragmático
se trauma contuso
ruptura por aumento da pressão —> lesões MAIORES e MAIS GRAVES
trauma diafragmático
se trauma contuso, qual costuma ser o tamanho da lesão e o local mais acometido, de acordo com o ATLS?
- tamanho: 5-10cm
- local mais acometido: póstero-lateral esquerda
trauma diafragmático
diagnóstico
videolaparoscopia ou videotoracoscopia
trauma diafragmático
o que mostra o Rx de tórax?
herniação do conteúdo
trauma diafragmático
quando suspeitar?
sempre que houver lesão na transição toracoabdominal
zona cervical 1
o que abrange?
base do pescoço e desfiladeiro torácico
zona cervical 1
limite
da fúrcula esternal até a cricoide
zona cervical 1
característica
acesso cirúrgico difícil (⭡mortalidade)
zona cervical 1
principal acomentimento (2)
lesão de grandes vasos e lesões pulmonares
zona cervical 2
limite
da cricoide até o ângulo da mandibula
zona cervical 2
característica
acesso cirúrgico mais fácil
zona cervical 2
principais acometimentos (4)
lesões de:
1. carótidas
2. vertebrais
3. veias jugulares
4. trato digestivo
zona cervical 3
limite
do ângulo da mandíbula até a base do crânio
zona cervical 3
principais acometimentos (2)
lesões de:
1. carótidas distais
2. glândulas salivares
trauma cervical
conduta inicial (2)
- avaliar necessidade de via aérea artificial
- compressão de sangramentos
trauma cervical
conduta se lesão óbvia
exploração cirúrgica
trauma cervical
quando suspeitar de lesão óbvia? (4)
- instabilidade
- sangramento ativo
- hematoma em expansão
- lesão aerodigestiva
trauma cervical
conduta se estável e SEM outra indicação cirúrgica
investigação
angio-TC; anteriografia; doppler
laringoscopia; broncofibroscopia; EDA; esofagografia
trauma cervical
exposição cirúrgica da zona 2 (2)
- se trauma unilateral: oblíqua, ao longo da borda anterior do ECM ipsilateral
- se trauma bilateral: cervical anterior alta (colar), com extensões
trauma cervical
exposição cirúrgica da zona 1 (3)
- esternotomia com extensão cervical
- toracotomia anterolateral alta
- supraclavicular + claviculotomia ou excisão parcial
trauma cervical
exposição cirúrgica da zona 3 (1)
subluxação temporomandibular ou mandibulotomia
lesão de carótida
conduta se pequena
reparo direto
lesão de carótida
conduta se extensa
reparo com enxerto de safena (melhor que o sintético)
lesão de carótida
conduta para controle de danos
ligadura
fratura de face
como avaliar?
através da tomografia
classificação de Le Fort
tipo 1
guérin ou disjunção dentoalveolar
classificação de Le Fort
tipo 1
característica
linha de fratura é transversa
classificação de Le Fort
tipo 2
disjunção nasofaríngea ou piramidal
classificação de Le Fort
tipo 2
característica
separa o osso maxilar e nasal do osso frontal
classificação de Le Fort
tipo 3
disjunção craniofacial
classificação de Le Fort
tipo 3
característica
semelhante a 2, mas acomete órbita
erros de questões 1
diagnóstico padrão-ouro de paralisia diafragmática secundária à lesão do nervo frênico
estimulação do nervo frênico
erros de questões 2
tratamento de lesão traqueal (3)
- rafia primária com fio absorvível separado
- interposição muscular com esôfago
- manter intubação orotraqueal (SEM necessidade de traqueostomia)
erros de questões 3
no trauma contuso, qual a fratura mais comumente relacionada com hérnia diafragmática?
pelve (devido à magnitude da força traumática necessária para causar ambos os eventos)
erros de questões 4
pneumotórax catamenial
definição
acúmulo recorrente de ar na cavidade torácica durante a menstruação
erros de questões 5
fratura de Epistrofeu
definição
fratura típica do enforcado que envolve os elementos posteriores de C2
erros de questões 6
onde ascende o nervo laríngeo recorrente?
no sulco traqueoesofágico
erros de questões 7
fratura do tipo blow-out
definição
fratura do assoalho da órbita