Trauma Flashcards

1
Q

Como é a distribuição trimodal do trauma?

A
  • Primeiro momento (50%): a morte ocorre entre segundo a minutos devido a lesões graves.
  • Segundo momento (30%): a morte ocorre entre minutos e horas, mas é potencialmente tratável.
  • Terceiro momento (20%): a morte ocorre após 24h devido a complicações do trauma.
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2
Q

Como fazer a prevenção das causas de morte da distribuição trimodal do trauma?

A
  • Primeiro momento: previnir o acidente.
  • Segundo momento: PHTLS e ATLS estruturados.
  • Terceiro momento: boa assistência médica.
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3
Q

Qual a diferença do atendimento em acidentes e catástrofes?

A
  • Acidentes (recursos > nº de vítimas): atende primeiro os mais graves com risco de morte iminente.
  • Desastre (recursos < nº de vítimas): atender primeiro as vítimas com maior probabilidade de sobreviver.
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4
Q

O que é um paciente politraumatizado?

A

Paciente com lesões em dois ou mais sistemas de órgãos sendo uma delas com risco de vida.

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5
Q

Qual a primeira medida frente um paciente vítima de trauma?

A

Segurança da cena!

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6
Q

Apos garantida a segurança da cena, qual o próximo passo no atendimento de uma vítima de trauma?

A

Avaliação primária (ABCDE).

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7
Q

Quais as medidas tomadas no “A” do trauma?

A
  • Estabilização da cervical.
  • Garantir vias aéreas pérveas.
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8
Q

Como estabilizar a coluna cervical?

A
  • Colar cervical.
  • Prancha rígida.
  • Coxins laterais.
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9
Q

Qual a conduta na via aérea?

A
  • Vias aéreas pérvias (paciente falando): oferecer O2 10l/min.
  • Vias aéreas obstruidas (cianose, cornagem, esforço respiratório): proteger vias aéreas.
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10
Q

Quais as medidas para abrir as vias aéreas?

A
  • Chin lift e jaw thrust.
  • Aspiração da via aérea.
  • Via aérea artificial.
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11
Q

Quais as indicações de via aérea artificial?

A
  • Apnéia.
  • Glasgow < ou = 8.
  • Proteger vias aéreas contra aspiração de sangue e vômitos.
  • Incapacidade de oxigenar com máscara de oxigênio.
  • Comprometimento iminente da via aérea (hematoma cervical, lesão térmica das vias aéreas, enfisema subcutâneo, trauma maxilofacial complexo e sangramento ativo da via aérea).
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12
Q

Quais as modalidades de via aérea avançada.

A
  • Definitiva: intubação orotraqueal (escolha), traqueostomia e cricotireoidostomia cirúrgica.
  • Temporária: máscara laríngea, combitubo e cricotireoidostomia por punção.

OBS.: fratura de laringe (rouquidão, enfisema subcutâneo e fratura palpada) NÃO é contraindicação de intubação orotraqueal, devendo ser o método de escolha pra garantir a via aérea avançada.

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13
Q

Como fazer a intubação orotraqueal?

A
  • Sequência rápida: etomidato 0,3mg/kg e succiniocolina 1,0mg/kg.
  • Manobra de Sellick (evitar broncoaspiração).
  • Verificar posição do tubo: visualização do tubo passando pelas cordas vocais, ausculta, capinografia e radiografia.
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14
Q

O que é uma via aérea difícil?

A
  • 3 ou mais tentativas sem sucesso de intubação.
  • Traumas maxilofaciais extensos.
  • Não visualização das estruturas glóticas.
  • Distorções anatômicas.
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15
Q

Qual a conduta frente uma via aérea difícil?

A

Dispositivos supraglóticos (máscara laríngea e combitubo).

OBS.: não utilizar se vômitos, sangue ou obstrução em cavidade oral.

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16
Q

Caso não tenha disponível dispositivos supraglóticos (ou contraindicações aos mesmos), qual a conduta?

A

Cricotireoidostomia cirúrgica.

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17
Q

Quais as indicações de cricotireoidostomia por punção?

A
  • Criança < 8-12 anos (risco de estenose subglótica).
  • Insuficiência respiratória aguda (apnéia).

OBS.: só deve ser utilizada por no máximo 30-45 minutos!

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18
Q

Quais as indicações de traqueostomia?

A
  • Pacientes com fratura de laringe com FALHA na intubação orotraqueal.
  • Laceração de pescoço com secção de traquéia.

OBS.: é um procedimento eletivo, e não de urgência!

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19
Q

Quais as medidas tomadas no “B” do trauma?

A

Ventilação.

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20
Q

Como avaliar a ventilação do paciente?

A
  • O2 10L/min por máscara com reservatório.
  • Oximetria.
  • ECG.
  • Exame físico do tórax.
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21
Q

Quais as medidas tomadas no “C” do trauma?

A
  • Avaliação hemodinâmica.
  • Controle da hemorragia.
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22
Q

Qual a máxima da hipotensão no trauma?

A

Todo paciente vítima de trauma que esteja hipotenso apresenta CHOQUE HEMORRÁGICO ou HIPOVOLÊMICO até que se prove o contrário.

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23
Q

Quais os principais locais de sangramento após um trauma?

A
  • Tórax.
  • Abdome.
  • Retroperitôneo.
  • Pelve.
  • Ossos longos.
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24
Q

Quais as medidas utilizadas para estancar uma hemorragia?

A
  • Compressão direta (principal).
  • Torniquete (lesões mutiladoras e graves).
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25
Q

Como estimar a perda volêmica?

A

Frequência cardíaca e pressão arterial.

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26
Q

Quais as características do choque grau I?

A
  • Perda volêmica < 750ml (15%).
  • FC < 100.
  • PA normal.
  • Fazer reposição com cristalóide.
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27
Q

Quais as características do choque grau II?

A
  • Perda volêmica de 750-1500ml (15-30%).
  • FC > 100.
  • PA normal.
  • Repor com cristalóides e sangue eventualmente.
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28
Q

Quais as características do choque grau III?

A
  • Perda volêmica 1500-2000ml (30-40%).
  • FC > 120.
  • PA diminuída.
  • Repor com cristalóide e sangue.
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29
Q

Quais as características do choque grau IV?

A
  • Perda volêmica > 2000ml (40%).
  • FC > 140.
  • PA diminuída.
  • Repor com cristalóide e sangue (muitas vezes com transfusão maciça).
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30
Q

O que é uma transfusão maciça?

A
  • Utilizar > 10CH em 24h ou > 4CH em 1h.
  • Recomendado em pacientes graves com grandes perdas volêmicas.

OBS.: nos protocolos de tranfusão maciça, deve-se usar concentrado de hemácias, plasma fresco congelado e concentrado de plaquetas na proporção 1:1:1.

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31
Q

Como fazer a reposição volêmica?

A
  • 2 jelcos calibrosos (12 ou 14) em veias periféricas do antebraço ou mão.
  • Repor 1000ml ou 20ml/kg (crianças) de SF0,9 ou, preferencialmente, SRL aquecidos de forma caltelosa.
  • Busca-se uma hipotensão permissiva.
  • Colher amostra de sangue para tipagem, Ht e teste de gravidez.
  • Se a expansão falhar, iniciar hemoderivados.
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32
Q

Caso não tenha acesso periférico disponível, qual a ordem de prioridade de acessos venosos?

A
  • Safena magna (dissecção).
  • Acesso venoso central (femoral em crianças).
  • Acesso intraósseo (primeira opção em < 6 anos).
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33
Q

Quais as indicações do uso do ácido tranexâmico?

A
  • Sangramentos não compressíveis.
  • Choque graus III e IV.
  • Transfusão maciça.

OBS.: a 1ª dose deve ser feita até 3h do trauma, com reforço até 8h do trauma.

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34
Q

Qual o melhor parâmetro para se avaliar a perfusão tecidual e a resposta á ressucitação volêmica?

A

Débito urinário > 0,5ml/kg/h (adultos) ou > 2ml/kg/h (crianças).

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35
Q

Quais as características do tromboelastograma?

A
  • Método de avaliação gráfica da coagulação.
  • Permite uma avaliação global do processo de coagulação.
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36
Q

Quais os parâmetro avaliados no tromboelastograma?

A
  • Tempo de coagulação (CT): início do teste até a formação do coágulo. Avalia o grau de anticoagulação (ex.: heparina, deficiência de fatores de coagulação).
  • Tempo de formação do coágulo (CFT): final do CT até o início da formação do coágulo. Avalia a qualidade e consistência do coágulo.
  • Ângulo alfa: quanto maior, melhor a coagulação do paciente.
  • Dureza máxima (MCF): ponto de maior amplitude do gáfico. Avalia a função das plaquetas e do fibrinogênio.
  • Lise máxima (ML): avalia a estabilidade do coágulo e a fibrinólise.
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37
Q

Quais as alterações patológicas do tromboelastograma?

A
  • Aumento do CT e diminuição do ângulo alfa: anticoagulação (fornecer fatores de coagulação).
  • MCF < 50: alteração na função plaquetária (transfundir plaquetas).
  • ML > 15%: hiperfibrinólise (utilizar ácido tranexâmico).
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38
Q

Quais as medidas tomadas no “D” do trauma?

A

Avaliação neurológica breve.

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39
Q

Quais os parâmetros neurológicos avaliados?

A
  • Escala de coma de Glasgow.
  • Reação pupilar.
  • Movimentos ativos de extremidades.

OBS.: a estimulação é feita por pressão, e não mais a dor.

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40
Q

Quais os parâmetros avaliados pela escala de coma de Glasgow?

A
  • Melhor abertura ocular.
  • Melhor resposta verbal.
  • Melhor resposta motora.
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41
Q

Quais os prâmetros da abertura ocular da escala de Glasgow?

A
  • 4 pontos: espontânea.
  • 3 pontos: a sons.
  • 2 pontos: à pressão.
  • 1 ponto: ausente.
  • NT: não testada.
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42
Q

Quais os prâmetros da resposta da escala de Glasgow?

A
  • 5 pontos: orientado.
  • 4 pontos: confuso.
  • 3 pontos: palavras (ou palavras inapropriadas).
  • 2 pontos: sons (ou sons incompreensíveis).
  • 1 ponto: ausente.
  • NT: não testada.
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43
Q

Quais os prâmetros da resposta motora da escala de Glasgow?

A
  • 6 pontos: obedece a comandos.
  • 5 pontos: localiza.
  • 4 pontos: flexão normal.
  • 3 pontos: flexão anormal (decorticação).
  • 2 pontos: extensão (descerebração).
  • 1 ponto: ausente.
  • NT: não testada.

OBS.: desse modo, a variação é de 3 a 15.

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44
Q

Como calcular a escala de coma de Glasgow-Pupila (ECG-P)?

A
  • Subtrair o valor da resposta pupilar pelo Glasgow.
  • 0 pontos: ambas pupilas reagem.
  • 1 ponto: somente uma pupila reage.
  • 2 pontos: nenhuma reação.

OBS.: desse modo, a variação é de 1 a 15.

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45
Q

Quais as medidas tomadas no “E” do trauma?

A

Exposição e controle da temperatura.

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46
Q

Quais as medidas auxiliares no atendimento inicial do trauma?

A
  • ECG.
  • Cateter urinário (não fazer se suspeita de trauma de uretra).
  • Cateter nasogástrico.
  • Monitorização.
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47
Q

Quais exames radiológicos podem ser feitos na avaliação primária no trauma?

A
  • Radiografia perfil de cervical
  • Radiografia AP de tórax.
  • Radiografia panorâmica de pelve.
  • FAST e lavado peritonneal.
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48
Q

Quais os principais marcadores laboratoriais de gravidade no trauma?

A
  • Lactato.
  • Base excess.
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49
Q

Como é a avaliação secundária no trauma?

A
  • Feita após a estabilização do paciente.
  • Exame físico completo.
  • Avaliação neurológica cuidadosa.
  • Exames complementares.
  • Reavaliação constante.
  • Tratamento definitivo ou transferência.
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50
Q

Quais as indicações de toracotomia no trauma de tórax?

A
  • Hemotórax maciço.
  • Lesões penetrantes de tórax com tamponamento cardíaco.
  • Feridas de caixa torácica de grandes dimensões.
  • Lesões de vasos novres com instabilidade hemodinâmica.
  • Lesões traqueobrônquicas extensas.
  • Evidências de perfuração esofagiana.
  • Toracotomia de reanimação.
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51
Q

O que é toracotomia de reanimação?

A
  • Parada circulatória após trauma contuso ou penetrante (no Sabiston é só penetrante).
  • O paciente deve apresentar algum sinal de vida ou atividade elétrica cardíaca (ex.: reação pupilar, esforço respiratório expontâneo, etc).
  • Deve-se fazer uma toracostomia e massagem cardíaca direta.
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52
Q

Quais as características do pneumotórax hipertensivo?

A
  • Ocorre quando o ar penetra na cavidade pleural mas não sai por um mecanismo de válvula.
  • Ocorre por traumas penetrantes, fechados ou ventilação por pressão positiva (mais comum).
  • O diagnóstico é CLÍNICO, não sendo indicada a realização de exames de imagem (exceto E-FAST → sinal da estratosfera).
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53
Q

Qual o quadro clínico do pneumotórax hipertensivo?

A
  • Hipertimpanismo.
  • Abolição dos murmúrios vesiculares.
  • Desvio contralateral da traquéia e do mediastino.
  • Turgência jugular.
  • Hipotensão (choque obstrutivo).
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54
Q

Qual a conduta inicial no pneumotórax hipertensivo?

A
  • ATLS: toracocentese de alívio no 4º ou 5º espaço intercostal, entre a linha axilar anterior e média.
  • Sabiston: toracocentese de alívio no 2º espaço intercostal, na linha axilar anterior.

OBS.: o ATLS também recomenda a drenagem no 2º EIC em crianças.

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55
Q

Qual o tratamento definitivo do pneumotórax hipertensivo?

A

Toracostomia com drenagem em selo d’água.

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56
Q

Qual a hipótese caso o pneumotórax hipertensivo não melhore com a drenagem e saia muitas bolhas no selo d’água?

A

Lesão de grande via aérea (bronquio fonte).

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57
Q

Qual a conduta na lesão de grande via aérea?

A
  • Colocação de um segundo dreno torácico.
  • Toracotomia.
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58
Q

Quais as características do pneumotórax aberto?

A
  • Ocorre após lesão na parede torácica > 2/3 da espessura da traquéia.
  • A conduta imediata é fazer curativo de 3 pontas (se fechar as 4, pode fazer um pneumotórax hipertensivo).
  • A conduta definitiva é a toracostomia e fechamento cirúrgico do pneumotórax.
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59
Q

Qual a conduta no peneumotórax simples?

A
  • Toracostomia em selo d’água.
  • Expectante se: < 1/3 do tórax e assintomático.

OBS.: mesmo pneumotórax pequenos devem ser drenados se transporte aéreo ou ventilação mecânica.

60
Q

Quais as características do tórax instável?

A
  • Fratura de dois ou mais arcos costais consecutivos em 2 ou mais pontos.
  • Causa a respiração paradoxal.
  • Pode estar associada com contusão pulmonar (sangue no parênquima).
61
Q

Quais os fatores responsáveis pelo risco de insuficiência respiratória no tórax instável?

A
  • Dor (principal).
  • Contusão pulmonar extensa.

OBS.: o melhor exame para avaliação da contusão pulmonar é a TC.

62
Q

Qual a consuta no tórax instável?

A
  • Analgesia.
  • Oxigênio.
  • IOT (se falha ou insuficiência respiratória).
63
Q

Quais as características do hemorórax?

A
  • Sangramento na cavidade pleural.
  • Geralmente autolimitado.
  • Deve sempre ser drenado.
64
Q

O que é um hemotórax maciço?

A

Saída de > 1500ml de sangue de uma vez no dreno OU drenagem > 200-300ml/h por mais de 3h consecutivas.

65
Q

Qual o quadro clínico do hemotórax maciço?

A
  • Macicez à percussão.
  • Murmúrio vesicular diminuído.
  • Jugulares colabadas.
  • Hipotensão.
66
Q

Qual a conduta no hemotórax maciço?

A

Toracotomia.

67
Q

Quais as características do tamponamento cardíaco?

A
  • Ocorre por traumas penetrantes no coração, fazendo acumular sangue na cavidade pericárdica.
  • Diagnosticado pelo FAST.
68
Q

Qual o quadro clínico do tamponamento cardíaco?

A
  • Tríade de Beck (30-40%): turgência jugular, hipotensão e hipofonese de bulhas cardíacas.
  • Pulso paradoxal: aumento da pressão de pulso > 10mmHg durante a inspiração.
  • Sinal de Kusmaul: ausência de alívio na turgência jugular com a inspiração.
69
Q

Qual o tratamento do tamponamento cardíaco?

A
  • Imediato: pericardiocentese de alívio (10-15ml).
  • Definitivo: toracotomia.
70
Q

Quis as características da contusão miocárdica?

A
  • Ocorre por trauma fechado no esterno, estando associado com a sua fratura.
  • Causa insuficiência cardíaca aguda e instabilidade elétrica.
  • Observar com ECG contínuo.
71
Q

Quais as características do trauma aórtico?

A
  • Afeta a aorta descendente ao nível do ligamento arterioso.
  • Geralmente é oligossintomático.
72
Q

Quais os achados radiográficos do trauma aórtico?

A
  • Alargamento do mediastino superior.
  • Perda do contorno aórtico.
  • Desvio da traquéia e do esôfago para a direita.
73
Q

Qual exame confirma o trauma de aorta?

A

Angiotomografia.

74
Q

Qual a conduta no trauma de aorta?

A
  • Controle da frequência cardíaca e da pressão arterial com betabloqueadores.
  • Cirurgia endovascular.

OBS.: o tratamento pode ser postergado por 24h, até que lesões mais urgentes sejam abordadas.

75
Q

Qual o local mais comum de ser afetado em um paciente vítima de trauma?

A

Abdome.

76
Q

Quais os órgãos mais afetados no trauma abdominal?

A
  • Fechado: baço.
  • Penetrante: intestino delgado (arma de fogo) e fígado (arma branca).

OBS.: sinal do sinto de segurança = lesão de delgado e mesentério.

77
Q

Quais as indicações absolutas de laparotomia imediata no trauma abdominal?

A
  • Peritonite.
  • Evisceração.
  • Pneumoperitônio.
  • Choque refratário em trauma penetrante.
78
Q

Quais as indicações de laparotomia no trauma abdominal penetrante?

A
  • Arma de fogo: laparotomia (exceto se lesão em flanco ou dorso → tomografia).
  • Arma branca: exploração digital da ferida.

OBS.: se ferida tangencial em flanco por arma de fogo com TC inconclusiva, deve-se fazer laparoscopia.

79
Q

Qual a conduta após a exploração digital da ferida no trauma abdominal penetrante por arma branca?

A
  • Não perfurou o peritôneo: alta.
  • Perfurou o peritôneo: laparotomia.

- Exame duvidoso: observação por 24h (exame físico e hemograma de 8/8h).

OBS.: a TC não é um bom método para avaliar vísceras ocas. Na suspeita de lesão com paciente estável, deve-se proceder a laparoscopia.

80
Q

Qual a conduta após as 24h dd observação da ferida no trauma abdominal penetrante por arma branca?

A
  • Sem alterações: alta.
  • Leucocitose ou queda na hemoglobina > 3g/dl: FAST, lavado peritoneal ou laparoscopia.
  • Peritonite, evisceração ou choque: laparotomia.

OBS.: toque retal com sangue também é indicativo de laparotomia imediata.

81
Q

Quais as indicações de laparotomia no trauma abdominal fechado?

A
  • Paciente estável: fazer tomografia (mesmo se FAST ou LPD positivos). Se positivo, laparotomia.
  • Paciente instável não politraumatizado: laparotomia.
  • Paciente estável politraumatizado: FAST ou LPD. Se positivo, laparotomia.

OBS.: toque retal com sangue indica a necessidade de de laparotomia.

82
Q

Quais os exames na avaliação do trauma abdominal?

A
  • Lavado peritoneal diagnóstico (mais sensível).
  • FAST.
  • Tomografia de abdome com contraste (padrão ouro).
83
Q

Quando o lavado peritoneal é positivo?

A
  • Aspiração de 10ml de sangue ou conteúdo gastrointestinal.
  • > 100.000 hemácias/mm3.
  • > 500 leucócitos/mm3.
  • Amilase > 175.
  • Positividade pra Gram.
84
Q

Qual a característica do FAST?

A
  • Detecta líquido na cavidade abdominal > 250ml.
  • Bom para identificar sangramento de vísceras parenquimatosas (NÃO AVALIA VÍSCERAS OCAS).
  • Deve ser feito preferencialmente em pacientes instáveis.
  • Se positivo indica laparotomia (paciente instável) ou realização de TC (paciente estável).
85
Q

Quais as janelas avaliadas pelo FAST?

A
  • Hepatorrenal.
  • Esplenorrenal.
  • Pelve.
  • Pericárdio.
  • Tórax (E-FAST).
86
Q

Quais as características da tomografia no trauma abdominal?

A
  • É o exame padrão-ouro.
  • Deve ser solicitado para todos os pacientes ESTÁVEIS hemodinamicamente.
  • Não identifica bem lesões de vísceras ocas.
87
Q

Quais as características do trauma na transição toracoabdominal?

A
  • Região delimitada entre a linha intermamilhar (4º EIC) e o rebodo costal.
  • Risco de lesão do DIAFRAGMA (pouco visualizado na TC).
88
Q

Qual a conduta no trauma na transição toracoabdominal?

A
  • Laparoscopia (principal) ou laparotomia.
  • Concervador (se lesão no lado direito, SEM herniação para o tórax e em pacientes ESTÁVEIS).

OBS.: os casos de hérnia diafragmática traumática são mais comuns no lado esquerdo e abordadas por laparotomia ou laparoscopia.

89
Q

Qual a tendência atual no tratamento das lesões específicas dos órgãos abdominais?

A

Ser o mais concervador possível (se estabilidade hemodinâmica)!

90
Q

Quais as indicações de tratamento concervador no trauma hepático?

A

Lacerações e hematomas em pacientes ESTÁVEIS.

OBS.: a conduta é observação na UTI.

91
Q

Qual o tratamento de lesões sangrantes e vasculares intrahepáticas com paciente estável?

A

Embolização.

92
Q

Quais as indicações de cirurgia no trauma hepático?

A
  • Intabilidade hemodinâmica.
  • Avulsão hepática (lesão grau V).
  • Lesão de veia cava retro-hepática (lesão grau VI).
  • Extravasamento de contraste para a cavidade peritoneal (pode tentar embolização).
  • Falha do tratamento concervador.

OBS.: mesmo lesões grau V e VI, na presença de ESTABILIDADE hemodinâmica, é passível de tratamento concervador.

93
Q

Como identificar a origem do sangramento no trauma hepático?

A

Manobra de Pringle (pinçamento do ligamento hepatoduodenal → a. hepática comum, v. porta e colédoco)!

  • Parada do sangramento: lesão de veia porta ou artéria hepática.
  • Persistência do sangramento: lesão de vei cava retrohepática ou veia hepática.

OBS.: geralmente as lesões de cava retrohepáticas são tratadas com tamponamento por compressas e cirurgia de controle de danos.

94
Q

Qual o tratamento da lesão de vias biliares?

A
  • Extra-hepáticas: reparo primário + dreno de Kehr OU coledocojejunostomia em Y de Roux.
  • Vesícula biliar: colecistectomia.
95
Q

Quis as características do trauma esplênico?

A
  • É o órgão mais afetado no traumatismo abdominal fechado.
  • Causa dor escapula à esquerda (sinal de Kehr).
96
Q

Qual o tratamento de lesões vasculares eplênicas (estravasamento de contraste em fase arterial) com baço viável e paciente estável?

A

Angioembolização.

OBS.: se lesões leves ou hematoma esplênico em pacientes ESTÁVEIS, pode-se observar em UTI.

97
Q

Quais as indicações de laparotomia com esplenectomia no trauma esplênico?

A
  • Desvascularização esplênica completa (lesão grau V).
  • Baço pulverizado (lesão grau V).
  • Falha no tratamento concervador.
  • Causas absolutas (instabilidade hemodinâmica, peritonite, pneumoperitoneo, etc).

OBS.: mesmo lesões grau V, na presença de ESTABILIDADE hemodinâmica, são passíveis de tratamento concervador.

98
Q

Qual o tratamento das lesões pancreáticas?

A
  • Sem lesão ductal: observação.
  • Com lesão ductal: duodenopancreatectomia (se cabeça ou à direita dos vasos mesentéricos) ou pancreatectomia distal (se corpo, cauda ou à esquerda dos vasos mesentéricos).
99
Q

Quais as características do trauma duodenal?

A
  • A principal causa é trauma penetrante, seguido de impacto do corpo no volante do carro ou guidão da bicicleta.
  • Causa dor lombar, creptação no toque retal e retropneumoperitôneo (ar delimitando os rins).
  • A lesão NÃO é visualizada na TC (apenas líquido lívre sem lesão de víscera oca).
  • Se estável, pode-se fazer laparoscopia.
100
Q

Qual o tratamento das lesões duodenais?

A
  • Hematomas: conservador.
  • Lacerações com < 50% da circunferência da alça (lesão grau II): rafia simples.
  • Lacerações com > 50% da circunferência da alça (lesãograu III e IV): duodenopancreatectomia.

OBS.: o tratamento e quadro clínico de lesão de delgado é similar!

101
Q

Quais as características do trauma colorretal?

A
  • O cólon transverso é a região mais acometida.
  • Causa saída de sangue ao toque retal.
102
Q

Quais as indicações de reparo primário no trauma colorretal?

A
  • Lesão <50% da circunferência do órgão.
  • Estabilidade hemodinâmica.
  • Tratamento nas primeiras 6h do trauma.
  • Ausência de lesão vascular.
  • Necessidade de < 6CH.

OBS.: todos os critérios devem estar presentes.

103
Q

Qual o tratamento do trauma colorretal na presença de instabilidade hemodinâmica?

A

Ressecção do segmento afetado + descontinuidade do trato gastrointestinal (cirurgia de Hartmann).

104
Q

Qual a conduta no trauma de reto?

A
  • Inteaperitoneal: similar ao de cólon.
  • Extraperitoneal (perineal): debridamento, drenagem e colostomia de proteção em ângulo hepático.
105
Q

Qual a conduta no empalamento retal (corpo estranho)?

A
  • Estável: retirada pelo reto sob sedação e analgesia (mesmo se falha).
  • Instável, perfuração ou peritonite: laparotomia.
106
Q

Qual o principal órgão do trato urinário afetado no trauma?

A

Rim.

107
Q

Qual a clínica do trauma renal?

A
  • Dor lombar.
  • Hematúria franca.
108
Q

Qual o tratamento do trauma renal?

A
  • Trauma penetrante, extravasamento de urina ou instabilidade hemodinâmica: cirurgia.
  • Lesão vascular parcial (extravasamento de contraste) ou hematoma em expansão: embolização.
  • Lesão vascular total ou pulverização renal: nefrectomia.

OBS.: pacientes estáveis, pequenas lacerações sem extravasamento de urina e traumas contusos mais simples podem ter tratamento concervador.

109
Q

Quais as características do trauma vesical?

A
  • Ocorrem por trauma fechado.
  • Causam dor suprapúbica, hematúria e incapacidade de urinar.
  • Pode causar laceração intraperitoneal (trauma contuso com bexiga cheia) ou extraperitoneal (fratura pélvica).
  • Realizar uretrocistografia retrógrada.

OBS.: laceração intraperitoneal da bexiga pode causar peritonite, e a extraperitoneal, massa palpável até a cicatriz umbilical.

110
Q

Qual a conduta no trauma de bexiga intraperitoneal?

A

Laparotomia e rafia primária.

111
Q

Qual a conduta no trauma de bexiga extraperitoneal?

A

Sondagem vesical (tratamento conservador).

OBS.: a única indicação de abordagem cirúrgica no trauma extraperitoneal é se for feita laparotomia para correção de outras lesões.

112
Q

Quais as causas de trauma ureteral?

A
  • Uretra anterior: trauma contuso, fratura peniana e queda a cavaleiro (uretra bulbar).
  • Uretra posterior: fratura pélvica (uretra membranosa).
113
Q

Qual a clínica do trauma ureteral?

A
  • Sangue no meato ureteral.
  • Incapcidade de urinar (bexigoma).
  • Próststa flutuante.
  • Hematoma perineal.

OBS.: na presença desses sintomas, NUNCA SONDAR um paciente antes de realizar uma uretrocistografia retrógrada.

114
Q

Qual a conduta no trauma de uretra?

A
  • Cistostomia por punção ou aberta (se pelve instável).
  • Reparo cirúrgico em um segundo momento.
115
Q

Quais as zonas vasculares do abdome?

A
  • Zona I: aorta, veia cava e raiz do mesentério.
  • Zona II: artéria e veia renal.
  • Zona III: vasos ilíacos.
116
Q

Qual a conduta no trauma de grandes vasos abdominais?

A
  • Zona I: sempre explorar.
  • Zona II: só explorar se trauma penetrante ou hematoma em expansão.
  • Zona III: só explorar se trauma penetrante ou hematoma em expansão.
117
Q

Qual a principal complicação nas fraturas pélvicas?

A

Hemorragia.

118
Q

Quais os principais tipos de fraturas pélvicas?

A
  • Compressão anteroposterior (livro aberto): sangramento venoso contínuo.
  • Compressão lateral (+ comum): pouco sangramento.
  • Compressão vertical: sangramento arterial.

OBS.: geralmente, as lesões pélvicas graves estão relacionadas a sangramentos VENOSOS (e não arteriais).

119
Q

Qual a conduta na fratura pélvica?

A
  • Imediata: imobilização da pelve com um lençol ou anel pélvico.
  • Se falha: tamponamento extra-peritoneal com compressas (escolha) ou angioembolização (se falha).
  • Definitiva: fixação pélvica externa (cirurgia).
120
Q

Como avalir a pressão intra-abdominal?

A

Pela pressão intra-vesical (cateterização).

121
Q

Qual o valor normal da pressão intra-abdominal?

A

5 a 7mmHg.

122
Q

Qual a classificação da hipertensão intra-abdominal?

A
  • Grau I: 12 a 15mmHg.
  • Grau II: 15 a 20mmHg.
  • Grau III: 20 a 25mmHg.
  • Grau IV: > 25mmHg.
123
Q

Quais as características da síndrome compartimental abdominal?

A
  • Pressão intra-abdominal > 20mmHg associada a disfunção orgânica.
  • Decorre de hiperidratação, edemas de alça e íleo paralítico.
124
Q

Qual o quadro clínico da síndrome compartimental abdominal?

A
  • Distensão abdominal.
  • Insuficiência respiratória.
  • Oligúria.
  • Hipotensão arterial.
  • Hipertensão intracraniana.
125
Q

Qual a conduta na síndrome compartimental abdominal?

A
  • Grau III: sedação e drenagem (sonda nasogástrica e retal, paracentese, etc).
  • Grau IV: peritoniostomia descompressiva.
126
Q

O que é a cirurgia pra controle de danos?

A

Abordagem cirúrgica rápida com o objetivo tratar causas iminentes de morte, sem procedimentos compexos e com tratamento definitivo em um segundo momento.

127
Q

Qual o objetivo da cirurgia de controle de danos?

A

Previnir a tríade letal (hipotermia, coagulopatia e acidose).

OBS.: a principal causa de coagulopatia no trauma é a hipotermia!

128
Q

Qual a principal indicação da cirurgia de controle de danos?

A

Pacientes politraumatizados com lesões muito graves.

129
Q

Quais os passos da cirurgia de controle de danos?

A
  • 1º passo: cirurgia breve.
  • 2º passo: reanimação em UTI por 48-72h.
  • 3º passo: cirurgia definitiva.
130
Q

Quais as zonas do pescoço?

A
  • Zona I: fúncula esternal e cartilagem cricoide.
  • Zona II: cartilagem cricóide a angulo da mandíbula.
  • Zona III: ângulo da mandíbula a base do crânio.
131
Q

Qual a conduta no trauma cervical?

A
  • Sempre avaliar via aérea!
  • Lesões aereodigestivas (estridor, enfisema), instabilidade hemodinâmica e hematoma expansivo: exploração cirúrgica.
  • Pacientes estáveis e assintomáticos (independente da zona): angio-TC para avaliar necessidade de exploração cirúrgica ou outros exames (broncoscopia ou EDA).
  • Traumas que não penetraram o platisma: sem necessidade de exploração ou angio-TC.

OBS.: se lesão de carótida, fazer ligadura (se externa) ou reparo cirúrgico (se interna).

132
Q

Qual a classificação do trauma cranioencefálico (TCE) em relação à escala de coma de Glasgow?

A
  • 15-13: TCE leve.
  • 12-9: TCE moderado.
  • < ou = 8: TCE grave.
133
Q

Qual o principal hematoma extracraniano no TCE?

A

Hematoma subgaleal.

134
Q

Quais os sinais de fratura de base de crânio no TCE?

A
  • Sinal do guaxinim.
  • Sinal de Battle.
  • Rinorréia e rinorragia.
  • Otorréia e otorragia.

OBS.: sempre que houver sinais de fratura de base de crânio, o TCE é considerado grave.

135
Q

Qual procedimento nunca deve ser feito em pacientes com suspeita de fratura de base de crânio?

A

Procedimentos nasais (ex.: sonda nasogástrica).

136
Q

Quais as principais lesões focais no TCE?

A
  • Hematoma extradural (epidural).
  • Hematoma subdural.
137
Q

Quais as características do hematoma extradural?

A
  • Localiza-se entre a dura-máter e o crânio.
  • Decorrem de lesão na artéria meníngea média.
  • Apresenta intervalo lúcido (perda da consciência, seguido de período assintomático com queda brusca do nível de consciência).
  • TC: lâmina biconvexa.
138
Q

Quais as características do hematoma subdural?

A
  • Localiza-se entre a dura-máter e a aracnóide.
  • Decorrem de lesão das veias em ponte.
  • Mais comum em idosos, alcoólatras e uso de anticoagulantes.
  • TC: imagem em crescente.
139
Q

Quais as principais lesões cerebrais difusas?

A
  • Concussão cerebral: amnésia < 6h com TC normal.
  • Lesão axonal difusa: amnésia > 6h com sangramento em corpo caloso (desaceleração rotacional da cabeça).
140
Q

Quando solicitar tomografia no TCE leve?

A
  • ECG < 15 após 2h do acidente.
  • Sinais de fratura de crânio.
  • >2 episódios de vômitos.
  • > 65 anos.
  • Uso de anticoagulantes.
  • Amnésia > 5 minutos.
  • Mecanismo de trauma (ex.: capotamento, atropelamento).
141
Q

Qual a conduta no TCE grave?

A
  • Intubação.
  • Hiperventilação.
  • Elevação da cabeceira em 30°.
  • PPC (PAM - PIC) > 60.
  • Sedação.
  • Osmoterapia com manitol ou SF3% (se hipotensos).
142
Q

Quais radiografias solicitar na suspeita de trauma raquimedular?

A

Perfil, AP e transoral.

OBS.: 20% das fraturas vertebrais são sincrônicas.

143
Q

Quais as características do choque medular?

A
  • Paralisia flácida arreflexa após trauma medular.
  • Deve-se pesquisar os reflexos sacrais e bulbocavernosos para avaliar o prognóstico da lesão.
144
Q

Quais as estruturas mais lesadas em traumas de face?

A
  • Osso nasal (principal).
  • Mandíbula.
  • Zigomático.
  • Órbita.
  • Frontal.
145
Q

Qual a classificação tomográfica de Le Fort no trauma de face?

A
  • Le Fort 1: linha horizontal de fratura na maxila.
  • Le Fort 2: linha de fratura forma uma pirâmide com o nariz como ápice e arcada dentária como base.
  • Le Fort 3: desconexão crânio-facial (linha horizontal alta).

OBS.: o tratamento geralmente é postergado.

146
Q

Qual a conduta nas fraturas de face?

A
  • Nasal: avaliar hematoma de septo (drenar se presente) e tratar após 7 dias
  • Mandíbula: garantir via aérea. Tratamento cirúrgico (se lesão de alvéolo dentário, adicionar antibiótico).
  • Zigomático: paciente com trismo. Tratamento cirúrgico.
  • Órbita: mais comum na região medial e inferior da órbita, causado enoftalmia. Pode causar a Síndrome da Fissura Orbitária Superior (atinge os nervos III e IV), e se amaurose, síndrome Ápex → cirurgia de urgência!
147
Q

Quais as características do trauma de orelha?

A
  • Alto risco de condrite.
  • Lesão SEM acometimento de cartilagem: sutura e antibiótico tópico (mafenide).
  • Lesão COM acomentimento de cartilagem: sutura com cobertura adequada.

OBS.: lesão de parótida → SEMPRE avaliar patência do ducto parotídico.