Trauma Flashcards
Trauma – tríade letal
Coagulopatia + acidose + hipotermia
Graus de trauma hepático com possibilidade de tratamento não operatório
I-V, com as ressalvas da estrutura local (centro de trauma, retaguarda de UTI). *VI geralmente não sobrevive na cena.
Graus de trauma esplênico com possibilidade de tratamento não operatório
I e II, III é discutível (embolização por arteriografia, com as ressalvas da estrutura local, centro de trauma, retaguarda de UTI).
Situações em que não se deve fazer uso de succinilcolina
Doentes hipercalêmicos, grandes queimados ou com doenças neurológicas agudas graves
Procedimento em trauma abdominal por FAB em paciente estável
Anterior: Exploração local com maior investigação se penetração além do tecido celular subcutâneo.
Flanco ou dorso: TC triplo contraste e tratamento conforme lesões identificadas.
Transição toracoabdominal: Sempre considerar lesão do diafragma, deve ser descartada com laparoscopia ou toracoscopia.
Indicação mais clássica de laparoscopia no trauma
Líquido livre intra-abdominal, sem lesões de vísceras parenquimatosas, com estabilidade hemodinâmica.
Contraindicações absolutas de videolaparoscopia no trauma
- Instabilidade hemodinâmica
- TCE grave
Suspeita de lesões do trato geniturinário e conduta
Lesões de ramos púbicos.
Tríade de sangue no meato uretral, incapacidade de urinar e bexigoma
Próstata palpável alta (high-riding prostate) e hematoma perianal e borboleta são raros, e sua ausência de forma alguma exclui a suspeita clínica.
Quando há suspeição clínica, uma uretrografia retrógrada deve ser realizada para excluir lesão uretral (antes da passagem de um cateter vesical de demora - Sonda fe Foley)
Sequência de conduta no controle do sangramento no ABCDE do trauma
- Compressão direta;
- Torniquete (terapia ponte). Se um for refratário, colocar um segundo;
- Centro cirúrgico.
Atenção! Nunca explorar um sangramento na sala de emergência.
Principais fraturas da coluna torácica
Compressão anterior: Tipo de fratura mais comum, ocorre durante a flexão da coluna torácica e não causa instabilidade da
coluna.
Fratura com explosão: Ocorre em mecanismos com compressão vertical da vértebra
Fratura de Chance: Definida como um fratura transversa do corpo vertebral, associada ao sinal do cinto de segurança e associada ainda a lesões de alça e retroperitônio.
Deslocação: Associadas a traumas graves com flexão extrema da coluna levando a deslocamento de uma vértebra sobre outra. O canal medular torácico é bem estreito, portanto pequenos deslocamentos já são sintomáticos.
Zonas cervicais no contexto do trauma
Zona l: abaixo da linha da cartilagem cricóidea ao manúbrio e clavículas. (Maior mortalidade).
Zona II: entre a linha da cartilagem cricóidea e a linha do ângulo da mandíbula. (Mais comum)
Zona III: acima do ângulo da mandíbula.
Critérios de indicação de TC em TCE
- Idade65 anos
-2 mais episódios de vômitos
-Glasgow<15 2h após o trauma
-Suspeita de fratura de crânio ou depressão da calota
-Suspeita de fratura de base de crânio (sinal do guaxinim, sinal de battle, hemotímpano, otoliquorréia ou rinorréia).
-Amnésia 30 minutos após o trauma
-Mecanismo de trauma perigoso (atropelamento, ejeção, queda 1 metro ou 5 degraus.
Indicação de exame de imagem da coluna cervical no trauma
-Dor na linha média do pescoço
-Sensibilidade à palpação
-Déficits neurológicos relacionados à coluna cervical (perda de força ou sensibilidade)
-Alteração do nível de consciência (Glasgow<15)
-Suspeita de intoxicação (ingestão de bebida alcoólica ou drogas)
-Mecanismo de trauma significativo que desvie a atenção do paciente (outras fraturas, escoriações…)
Indicação de via aérea definitiva em traumas faciais ou de pescoço
-Hemorragia significativa ou hemorragia no pescoço -Hemoptise
-Enfisema cervical subcutâneo
-Anatomia distorcida do pescoço
-Estridor
-Voz anormal, especialmente rouquidão
-Lembre-se, quando algo estiver fora do lugar, melhor intubar ! (sangue fora do lugar - hemoptise; ar fora do lugar - enfisema; anatomia fora do lugar - distorção; corda vocal fora da ‘’casinha’’ - estridor, rouquidão)
Paciente estável (sem sinais de tamponamento) com derrame pericárdico no trauma
podemos realizar uma janela pericárdica subxifoide de forma mais “eletiva”, mas tendo sempre em mente que esse paciente pode piorar rapidamente, podendo ser necessária intervenção cirúrgica de urgência.
Veja abaixo uma esquematização desse procedimento:
Conduta em instabilidade e tamponamento cardíaco
Toracotomia é a intervenção de eleição. A punção de marfan é uma opção apenas quando a toracotomia é indisponível, remover sangue do pericárdio pode destamponar um ferimento e aumentar o sangramento, levando o paciente a choque e óbito.