transplantes Flashcards
Qual a diferença entre transplantação e transfusão?
A transplantação é o processo e colocar células, tecidos ou órgãos de um indivíduo (o dador)
nele próprio ou em outro indivíduo (o recetor ou hospedeiro).
Uma transfusão é uma transplantação de células sanguíneas circulantes.
Dador universal
As pessoas O RhD- não têm os antigénios A, B e RhD, pelo que são dadores universais, podendo fornecer uma transfusão a qualquer outra pessoa (independentemente do seu tipo de sangue) mas apenas pode receber sangue de outros O RhD-.
Recetor universal
as pessoas AB RhD+ possuem os 3 antigénios (A, B e RhD), pelo que são recetores
univer sais, podendo receber sangue de qualquer dador, mas apenas podem doar sangue a outras pessoas AB RhD+.
autoenxerto
Um autoenxerto é um transplante dentro do mesmo organismo.
isoenxerto ou exerto singénico
Um isoenxerto (enxerto singénico) é um transplante entre indivíduos geneticamente iguais.
Os isoenxertos não são rejeitados. (em geral)
aloenxerto
Um aloenxerto é um transplante entre indivíduos ** geneticamente semelhantes mas que têm antigénios diferentes** (por exemplo, devido a polimorfismo).
Os aloenxertos são sempre rejeitados.
xenoexerto
Um xenoenxerto é um transplante entre indivíduos de espécies diferentes.
diferencie a rejeição primária da rejeição secundária
O sucesso ou fracasso de um processo de transplantação é, em geral, dependente da
ocorrência de uma resposta imunitária do recetor aos tecidos do dador.
Se uma estirpe B receber um enxerto de outra estirpe A, o indivíduo vai rejeitar o enxerto, tratando-se esta de uma rejeição primária.
Se o mesmo indivíduo receber um segunda enxerto da estirpe A, irá desenvolver-se uma
rejeição secundária, que é muito mais rápida que a primária.
Se um indivíduo da estirpe B receber um transplante de células T do baço do primeiro indivíduo da mesmo estirpe após este ter rejeitado o primeira enxerto, desenvolve-se uma rejeição secundária.
Se um indivíduo da estirpe
A receber um enxerto da estirpe B (desenvolvendo uma rejeição primária) e depois receber outro
enxerto de uma estirpe C, este vai desenvolver uma rejeição primária também ao segundo enxerto.
Qual a relação em as moléculas de MHC e a rejeição de transplantes?
A rejeição causada pelos antigénios de histocompatibilidade (classe I e classe II) é mediada por células T. Quanto maior for a diferença dos antigénios de histocompatibilidade (ou quanto maior for o número de alelos diferentes) maior é a velocidade de rejeição.
O sucesso ou fracasso de um processo de transplantação é em geral dependente de ..?
O sucesso ou fracasso de um processo de transplantação é em geral dependente da ocorrência de uma resposta imunitária do receptor aos tecidos do dador
Que células mediam a rejeição por MHC ?
Antigénios de histocompatibilidade
Classe I e Classe II:
Rejeição mediada por células T
Rejeição mediada por anticorpos
grupos sanguíneos não compatíveis
antigénios de histocompatibilidade menor
As proteínas do próprio são rotinamente digeridas por proteossomas no citosol das células e os péptidos derivados dessa digestão são entregues ao retículo endoplasmático, onde se ligam a moléculas MHC classe I, sendo transportados para a superfície da célula. Se uma proteína polimórfica diferir entre o enxerto do dador e o do recipiente, pode-se originar um péptido antigénico que pode
ser reconhecido pelas células T do recipiente como sendo estranho, dando origem a uma resposta imunitária. Tais antigénios são chamados de antigénios de histocompatibilidade menor.
distinga destruição não específica do enxerto de destruição específica do enxerto
**Não específica: **e.g. traumatismos cirúrgicos
Específica:
Células T activadas por antigénios do enxerto
Tc, Th1, Th17 (Macrófagos e Neutrófilos), NK
Anticorpos
ADCC, activação do Complemento, Fagocitose
A destruição não específica do enxerto consiste na resposta do recetor aos traumatismos
cirúrgicos.
A destruição específica pode ser dividida em duas respostas diferentes. A resposta celular
é causada pelas células T ativadas por antigénios do enxerto. As células envolvidas são Tc, Th1, Th17 (que recrutam macrófagos e neutrófilos) e NK. A resposta humoral é levada a cabo pelos anticorpos conjugados com ADCC, ativação do Complemento e fagocitose. Esta resposta leva à formação de
complexos imunes e, consequentemente, a fenómenos de coagulação, o que se traduz numa rejeição
hiperaguda.
rejeição hiperaguda
Em pouco tempo formam-se complexos imunes e coagulação o enxerto deixa de ser vascularizado.
Numa rejeição aguda, as células T alorreativas e os anticorpos alorreativos reconhecem o
transplante como estranho, causando inflamação, edotelite, trombose e dano nas células do
parênquima. A rejeição aguda dá-se após 7 dias do transplante; no entanto, se for acelerada, pode
dar-se em menos de 7 dias.
Reconhecimento direto de aloantigénios
O reconhecimento direto de aloantigénios ocorre quando células T alorreativas se ligam
diretamente a uma molécula MHC alogénica intacta com péptido de ligação numa APC do dador, nos nodos linfáticos. As células T CD4+ e CD8+ conseguem reconhecer diretamente moléculas MHC de classe II e classe I do dador, respetivamente, e diferenciam-se em células T helper ou CTL. As CTL reconhecem diretamente o mesmo complexo MHC-péptido do dador presente nas células do tecido enxertado, matando-as.
Reconhecimento indireto de aloantigénios
O reconhecimento indireto de aloantigénios ocorre quando moléculas MHC alogénicas das
células do enxerto são processadas pelas APCs do recetor e os fragmentos peptídicos das moléculas de MHC alogénicas (que contêm resíduos de aminoácidos polimórficos) se ligam e são apresentados pelas moléculas MHC próprias do recetor. As células T helper específicas para MHC do dador que são geradas desta forma podem auxiliar células B para produzir anticorpos específicos para MHC do dador que podem danificar as células do enxerto. As células T helper podem, também, ser ativadas no enxerto por macrófagos do recetor que apresentam os mesmos péptidos derivados das MHC do dador, levando a dano inflamatório no enxerto.
De que maneira varia o tempo para a revascularização em autoenxertos e aloenxertos
Num autoenxerto, por exemplo da epiderme, ocorre revascularização nos primeiros 3 a 7 dias.
Esta é seguida de cicatrização (neutrófilos) e, por fim, aceitação do enxerto.
Num aloenxerto, ocorre, também, revascularização nos primeiros 3
a 7 dias.
rejeição crónica
Numa rejeição crónica, as células T CD4+ recrutam macrófagos por citocinas, os quais vão
causar inflamação, hipertrofia do músculo liso da íntima e oclusão dos vasos. A rejeição crónica é a
mais lenta, ocorrendo meses ou anos após o transplante, sendo também a mais comum, uma vez que
os recetores de transplantes ficam sob um tratamento de imunossupressão logo a seguir ao transplante, atrasando a resposta imunitária.
Reação Linfocitária Mista:
A reação linfocitária mista (MLR) é um teste que se faz** para testar a histocompatibilidade
de dois indivíduos**. São retirados linfócitos de sangue periférico dos dois indivíduos e um dos extratos
é sujeito a irradiação, juntando-se depois os extratos. Os linfócitos são deixados a proliferar durante
4 dias, havendo proliferação principalmente de células T CD4+. Após proliferação, insere-se
3H-Timidina na mistura e espera-se 4 horas, ao fim das quais se conta a radioatividade
Linfocitotoxicidade Mediada por Células:
A linfocitotoxicidade mediada por células (CML) é um método pelo qual se pode testar a
autorreatividade de um indivíduo bem como o seu nível de compatibilidade com outro indivíduo.
Que procedimento deve ser feito antes de um transplante de células estaminais hematopoiéticas?
Irradiação corporal ou quimioterapia para eliminar as células do receptor e criar espaço
É necessário destruir
por completo o sistema imunológico do
hospedeiro de modo a que este
não rejeite o transplante
Distinguish transplant rejection from graft-versus-host disease
**transplant rejection
**
when a kidney is transplanted the recipient’s T cells attack the transplant
graft-versus-host disease
when hematopoietic cells are transplanted the T cells in the transplant attack the recipients tissue
doença do enxerto contra o hospedeiro
células T maturas presentes no inóculo de células estaminais
hematopoiéticas ou células T presentes em orgãos sólidos
transplantados
Aguda: Necrose em epitélios: pele, fígado, gastrointestinal
Crónica: Fibrose e atrofia de um ou vários destes órgãos,
sem evidência de necrose celular aguda
Células efectoras: NK e T CD8+ (activadas por IL-2)
corticosteroides
Os corticosteroides, a principal droga imunossupressora, reduz a inflamação causada por citocinas (IL-1, TNF-α, IL-3, IL-4, IL-5, entre outras) ao reduzir a produção das mesmas. Esta droga induz também a apoptose dos linfócitos e eosinófilos ao induzir a ação das endonucleases.
atuação da ciclosporian A
A ciclosporina A impede a formação de um fator de transcrição dos genes que codificam a IL-2.
Assim, bloqueia a sua produção e, consequentemente, a proliferação das células T.
Azathioprine, Cyclophosphamide, Mycocophenolate ação imunosupressora
inibem a proliferação de linfócitos interferindo na síntese de DNA
“Azathioprine and mycophenolate inhibit the replication and proliferation of activated T cells.”
Belatacept mecanismo de ação
-
Belatacept age como um antagonista competitivo:
- Liga-se aos receptores CD80/CD86 na célula apresentadora de antigénios, impedindo que estes interajam com CD28 nos linfócitos T.
- Sem a sinalização via CD28, os linfócitos T não recebem o sinal coestimulatório necessário para sua ativação.
- Isto resulta em um estado de anergia ou inatividade funcional dos linfócitos T.
“ The CTLA-4–Fc fusion protein belatacept binds B7 and prevents the generation of co‑stimulation via CD28. “
estrutura Belatacept
Estrutura de Belatacept
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Belatacept é uma proteína de fusão composta por:
- CTLA-4 (Cytotoxic T-Lymphocyte Antigen 4): Um receptor imune que naturalmente inibe a ativação de linfócitos T.
- Fragmento Fc humano: Prolonga a meia-vida do fármaco no corpo, permitindo que ele seja eficaz por mais tempo.
advance that made it possible to use organ transplantation routinely in the clinic
the use of powerful immunosuppressive drugs that inhibit T-cell activation, thereby limiting the development of anti-allograft effector T cells and antibodies, has markedly increased graft survival rates