Transferência de pacientes graves Flashcards

1
Q

Do que depende a decisão de transferir um doente?

A
  • Depende das lesões sofridas
  • Recursos locais
  • Capacidade da equipe de atendimento
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2
Q

A quem cabe decidir quais doentes devem ser transferidos e em qual momento deve se dar essa transferência?

A

O Médico!

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3
Q

Princípio fundamental do tratamento ao traumatizado

A

Não causar dano adicional

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4
Q

V ou F?

É preciso evitar procedimento diagnósticos como lavado peritoneal, tomografia etc, que não modificarão o plano imediato de tratamento.

A

Verdadeiro.

Esses procedimentos podem atrasar a transferência.

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5
Q

Cronologia da transferência inter-hospitalar

A

Varia de acordo com a distância entre os hospitais, com os recursos disponíveis para a transferência, com as características da instituição local e com os procedimentos necessários antes que o doente possa ser transferido com segurança.

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6
Q

V ou F?

As lesões que implicam risco iminente à vida não devem ser tratadas antes de se iniciar o transporte, mesmo se os recursos estiverem disponíveis e se os procedimentos necessários puderem ser realizados rapidamente

A

Falso.

Devem ser tratados de imediato. E se for um processo cirúrgico, a decisão caberá ao cirurgião.

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7
Q

Quem eu devo transportar?

A
  • Pacientes em choque
  • Deterioração fisiológica importante
  • Piora progressiva do estado neurológico
  • Doentes com lesões específicas, associação de lesões ou que tenham dados de história que sugiram transferência significativa de energia
  • Critérios de alto risco (nos cards a seguir)
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8
Q

Circunstâncias clínicas que justificam a transferência inter-hospitalar

Sistema Nervoso Central

A
  • Traumatismo craniencefálico
    • Ferimento penetrante ou fratura de calota craniana com afundamento
    • Lesão aberta com ou sem fístula liquórica
    • Escore GCS < 15 ou neurologicamente anormal
    • Sinais de lateralização
  • Lesão medular ou lesão vertebral importante
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9
Q

Circunstâncias clínicas que justificam a transferência inter-hospitalar

Tórax

A
  • Alargamento de mediastino ou sinais sugestivos de lesão de grandes vasos
  • Lesões graves da parede torácica ou contusão pulmonar
  • Lesão cardíaca
  • Doentes que podem necessitar de ventilação prolongada
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10
Q

Circunstâncias clínicas que justificam a transferência inter-hospitalar

Bacia/Abdome

A
  • Instabilidade e disjunção do anel pélvico
  • Disjunção do anel pélvico com choque e evidências de hemorragia persistente
  • Lesão pélvica aberta
  • Lesão de órgão parenquimatoso
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11
Q

Circunstâncias clínicas que justificam a transferência inter-hospitalar

Extremidades

A
  • Fraturas expostas graves
  • Amputação traumática com potencial para reimplante
  • Fraturas articulares complexas
  • Lesões graves por esmagamento
  • Isquemia
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12
Q

Circunstâncias clínicas que justificam a transferência inter-hospitalar

Lesões Multissistêmicas

A
  • Trauma craniencefálico com trauma de face, tórax, abdome ou bacia
  • Trauma em mais de duas regiões corporais
  • Queimaduras graves ou queimaduras com lesões associadas
  • Fraturas proximais múltiplas de ossos longos
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13
Q

Circunstâncias clínicas que justificam a transferência inter-hospitalar

Fatores associados

A
  • Idade > 55 anos
  • Crianças < 5 anos
  • Doenças cardíacas ou respiratórias
  • Diabetes insulinodependente
  • Obesidade mórbida
  • Gravidez
  • lmunossupressão
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14
Q

Circunstâncias clínicas que justificam a transferência inter-hospitalar

Deterioração secundária (sequelas tardias)

A
  • Necessidade de ventilação mecânica
  • Sepse
  • Insuficiência de um ou de múltiplos órgãos ou sistemas (deterioração do SNC, cardíaco pulmonar, hepático, renal ou coagulopatia)
  • Necrose tecidual extensa
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15
Q

V ou F?

Os doentes estáveis que apresentam trauma
abdominal fechado com lesões documentadas de fígado e baço podem ser candidatos a tratamento não operatório.

A

Verdadeiro.

Está implícita em tal prática a necessidade de disponibilidade imediata de sala de cirurgia, bem como de uma equipe cirúrgica qualificada.

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16
Q

V ou F?

O tratamento não operatório deve sempre ser supervisionado por um cirurgião geral ou de trauma, independente da idade do paciente.

A

Verdadeiro

E sses doentes não devem ser tratados de forma não operatória em hospitais que não estão preparados para realizar intervenções cirúrgicas de urgência

17
Q

Tratamento do doente agitado e que não coopera, com nível de consciência alterado

A

Esses doentes são frequentemente imobilizados
em posição supina, com dispositivos de restrição aplicados aos punhos e às pernas. Se for necessário o uso de sedação, o doente deve ser intubado.

18
Q

Tratamento do doente agitado e que não coopera, com nível de consciência alterado

O que fazer antes de administrar o sedativo?

A
  1. Assegurar-se de que os ABCDE do doente foram adequadamente tratados.
  2. Aliviar, se pos sível, a dor do doente (por exemplo , imobilizar as fraturas e administrar pequenas doses endovenosas de narcóticos).
  3. Tentar acalmar e tranquilizar o doente
19
Q

V ou F?

Os benzodiazepínicos, fentanil,
propofol e quetamina podem ser utilizados em doente hipovolêmico, intoxicado ou com trauma craniencefálico

A

Falso.

São perigosos.

20
Q

Responsabilidade da Transferência

A

É do médico que encaminha e do médico que recebe o doente.

21
Q

Atribuições do médico que encaminha

A
  • Escolher a modalidade apropriadada de transporte e do nível de complexidade de atendimento necessário para garantir um tratamento adequado durante o percurso.
  • Deve consultar o médico que recebe o doente
  • Estabilização das condições do doente antes da transferência
22
Q

Acordos de transferência

A

Permitem o retorno de informações para o hospital de origem e o aumento da eficiência e da qualidade do tratamento durante a transferência.

23
Q

Médico que recebe

A
  • Deve ser previamente consultado
  • Deve auxiliaer o médico que encaminha na organização da transferência
24
Q

V ou F?

Se uma equipe treinada não estiver disponível para tripular a ambulância, um enfermeiro ou um médico deve acompanhar o doente. Toda a monitoração e os procedimentos realizados no percurso devem ser registrados.

A

Verdadeiro

25
Q

Como eu devo transportar o doente?

A

Por via terrestre, aérea ou aquática

26
Q

Principais fatores que determinam qual meio de transporte usar

A
  • Disponibilidade
  • Geografia
  • Custo
  • Clima
27
Q

Informações que devem ser fornecidas pelo médico

A
  • Identificação do doente
  • Uma breve história do incidente, incluindo as informações pré-hospitalares pertinentes
  • Os achados clínicos iniciais no serviço de. emergência
  • Resposta do doente ao tratamento instituído
28
Q

Informações clíncas para a equipe de transferência

A
  • Manutenção da via aérea
  • Fluidos para reposição volêmica
  • Procedimentos especiais que possam ser necessários
  • Escore do doente na Escala Revisada de Trauma, procedimentos para reanimação e mudanças eventuais que possam ocorrer no percurso.
29
Q

Documentação

A
  • Registro escrito dos problemas, o tratamento realizado e o estado clínico do doente no momento da transferência , assim como certos achados no exame físico, devem acompanhar o doente
  • Ou transmisssão por fax
30
Q

Tratamento realizado antes da transferência

A

1. Via aérea
a. Colocar um tubo oro ou nasofaríngeo ou um
tubo e ndotraqueal, se necessário.
b. Realizar aspiração.
c. Introduzir so nda gástrica para diminuir o risco
de aspiração.
2. Respiração
a. Determinar a frequência respiratória e
administrar oxigênio suplementar.
b. Providenciar ventilação mecânica, quando
necessárioo.
c. Realizar drenagem torácica, se necessário

3. Circulação
a. Controlar a hemorragia externa.
b. Instalar 2 cateteres endovenosos de grosso
calibre e iniciar a administração de soluções
cristaloides.
c. Iniciar a reposição do volume de sangue
perdido com soluções cristaloides ou sangue,
e continuar a administração durante a
transferência.
d. Instalar uma sonda vesical para monitoração
do débito urinário.
e. Monitorar o ritmo e a frequência cardíaca do
doente.
4. Sistema nervoso central
a. Fornecer ventilação assistida ao doente
inconsciente.
b. Administrar manitol, se necessário.
c. Imobilizar lesões da coluna cervical, torácica
ou lombar.
5. E studos diagnósticos (quando indicada, a
realização de tais estudos não d eve retardar a
transferência)

a. Radiografias de tórax, de bacia e de
extremidades.
b. Estudos diagnósticos sofisticados, como TC e
aortografia, habitualmente não são indicados.
c. Hemoglobina ou hematócrito, tipagem sanguínea, provas cruzadas e gasometria arterial
devem ser solicitados para todos os doentes;
acrescentar o teste de gravidez para todas as
mulheres em idade fértil.
d. Determinação do ritmo cardíaco e da saturação da hemoglobina (ECG e oximetria de pulso ).
6. Ferimentos (a realização desses procedimentos não deve retardar a transferência)
a. Limpar e cobrir os ferimentos após o controle
da hemorragia externa.
b. Administrar profilaxia contra o tétano.
c. Administrar antibióticos, quando indicado.
7. Fraturas
a. Realizar imobilização e tração adequadas.

31
Q

Tratamento durante o transporte

A
  • Monitoração dos sinais vitais e da oximetria de pulso
  • Suporte cardiorrespiratório continuado
  • Reposição continuada do volume de sangue
  • Uso de medicamentos apropriados, sob orientação de um médico ou em conformidade com protocolos estabelecidos
  • Manutenção da comunicação com um médico ou uma instituição durante a transferência
  • Manutenção de um registro pormenorizado durante a transferência
32
Q

Cuidados com transportes aéreos

A
  • Mudanças de altitude podem ocasionar alterações na pressão de ar, o que pode aumen tar o tamanho do pneumotórax e da distensão gástrica.
  • Portanto, a colocação de um dreno de tórax e/ ou uma sonda gástrica deve ser cuidadosamente conside rada.