Doação e captação de órgãos Flashcards

1
Q

Processo de doação-transplante

A
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Q

Identificação de potenciais doadores

A
  • É o primeiro passo
  • O nº baixo de notificações é a principal causa da taxa de doadores e de transplantes no nosso país
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3
Q

Avaliação do potencial doador

Contraindicações absolutas

A
  • Tumores malignos, com exceção dos carcinomas basocelulares da pele, carcinoma in situ do colo uterino e tumores primitivos do SNC
  • Sorologia positiva para HIV ou para HTLV I e II
  • Sepse ativa e não controlada
  • Tuberculose em atividade
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4
Q

Avaliação do potencial doador

Avaliar

A
  • Tipagem sanguínea
  • Sorologias
  • Chagas, toxoplasmose, lues
  • Hematologia
  • Eletrólitos
  • Gasometria arterial, Rx de tórax e medida da circunferência toráci (para doadores de pulmão)
  • CPK, CKmb, ECG, Cateterismo p/ pcts > 45 anos (para doadores de coração)
  • Uréia, creatinina, urina tipo 1 (para doadores de rim)
  • TGO, TGP, GAMA GT, Bilirrubinas (para doadores de fígado)
  • Amilase, glicemia (para doadores de pâncreas)
  • Infecções
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5
Q

Manutenção do potencial doador

Objetivo e recomendações

A

Objetivo: otimizar a perfusão tecidual, assegurando a viabilidade dos órgãos.

Recomenda-se o monitoramento: cardíaco contínuo, da saturação de oxigênio, da pressão arterial, da pressão venosa central, do equilíbrio hidroeletrolítico, do equilíbrio ácido-base, do débito urinário, da temperatura corporal

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6
Q

Manutenção do potencial doador

Medidas para controle de anormalidades

A
  • Reposição de volume
  • Infusão de drogas vasoativas
  • Adequada oxigenação
  • Manutenção do equilíbrio ácido-base
  • Manter temperatura acima de 35ºC
  • Prevenir e/ou tratar infecções
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7
Q

Entrevista Familiar

Fatores de sucesso

A
  • Predisposição à doação
  • Qualidade do atendimento hospitalar recebido
  • Habilidade e conhecimento do entrevistador
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8
Q

Entrevista Familiar

Condições necessárias para a entrevista

A
  • Conhecer as condições do potencial doador e as circunstâncias que cercam sua morte
  • Conversar com o médico do paciente
  • Identificar a melhor pessoa ara oferecer a opção de doação
  • Ambiente tranquilo e confortável
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9
Q

Causas de não efetivação de potenciais doadores

A
  • Falta de notificação
  • Recusa familiar
  • Parada cardíaca (10 e 20%)
  • Contraindicação médica (15 a 30%)
  • Problemas logísticos (5 a 10%)
    • Falta de leitos em UTIs
    • Laboratórios sem condições para realizar as sorologias necessárias
    • Falta de equipamentos para o diagnóstico de morte encefálica
    • Impossibilidade de transporte do potencial doador
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10
Q

Sequência da retirada de múltiplos órgãos

A

Obedece a seguinte ordem:

  1. Coração e pulmões
  2. Fígado
  3. Pâncreas
  4. Intestino delgado
  5. Rins
  6. Enxertos vasculares (artérias e veias)
  7. Córnea, pele e outros tecidos
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11
Q

Sequência de atuação das equipes

A
  1. Equipe de anestesia: controle das condições clínicas hemodinâmicas e relaxamento muscular do doador.
  2. Equipes de cirurgia cardíaca e pulmão: esternotomia e inspeção dos órgãos intratorácicos.
  3. Equipes de fígado, pâncreas, intestino e rim: abertura da parede abdominal e inspeção dos órgãos intra-abdominais. Na ausência das equipes de cirurgia cardíaca e pulmão, as equipes de cirurgia abdominal estão autorizadas a realizar esternotomia mediana, da mesma forma os cirurgiões de tórax poderão proceder à laparotomia. Após a inspeção dos órgãos intra-abdominais, as equipes de fígado e pâncreas realizam a dissecção e reparo dos vasos para posterior perfusão (6, 9, 12).
  4. Equipes de coração e pulmão iniciam a dissecção dos órgãos intratorácicos.
  5. Equipes de fígado e pâncreas completam as respectivas dissecções;
  6. Equipe de rim: atua após a retirada dos outros órgãos intra-abdominais.
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12
Q

Acondicionamento e armazenamento dos órgãos

Coração

A
  • Transplante “lado a lado”, o coração retirado é colocado num recipiente com soro fisiológico a 4ºC e transportado para a sala operatória do receptor;
  • Retirada a distância do centro transplantador, o coração é colocado em um saco plástico estéril com soro fisiológico a 4ºC até ficar totalmente imerso, amarrando com fita cardíaca a abertura do mesmo. A seguir, é colocado num segundo saco plástico com soro fisiológico gelado e lacrado da mesma forma. Todo o conjunto é colocado num terceiro saco plástico e lacrado, colocando um cartão com o horário da cardioplegia. O transporte deste enxerto será em recipientes térmicos de tamanho adequado, contendo gelo em blocos, o suficiente para cobri-lo.
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13
Q

Acondicionamento e armazenamento dos órgãos

Pulmões

A
  • O bloco, com os dois pulmões ligados a uma porção de átrio esquerdo, é colocado em um saco plástico estéril contendo 3 litros de soro fisiológico gelado (10°C).
  • Este é hermeticamente fechado e envolvido em outros dois sacos estéreis.
  • O conjunto é mantido em geladeira térmica e encaminhado ao centro de transplante.
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14
Q

Acondicionamento e armazenamento dos órgãos

Fígado, pâncreas e intestino delgado

A
  • Cada um destes órgãos será colocado separadamente no interior de um saco plástico estéril contendo 1 litro de solução de UW (4°C) e lacrado com fita cardíaca.
  • Após, este o saco será mantido no interior de outro saco plástico estéril contendo gelo moído e novamente lacrado com fita cardíaca.
  • Este conjunto permanecerá em geladeira térmica, coberto com gelo não estéril até a utilização dos enxertos. (É PROIBIDO ADICIONAR GELO MOÍDO ESTÉRIL AO SACO CONTENDO SOLUÇÃO DE CONSERVAÇÃO E ENXERTO.)
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15
Q

Acondicionamento e armazenamento dos órgãos

Rins

A
  • Os rins, previamente separados, deverão ser mantidos no interior de um saco plástico estéril contendo 500 ml de solução de UW ou 500 ml da solução de Euro-Collins a 4°C.
  • O primeiro saco deve ser lacrado com fita cardíaca e um novo saco plástico estéril deverá envolvê-lo contendo gelo moído no interior.
  • A seguir, devem ser armazenados no interior de geladeira térmica com gelo não estéril a 4°C.
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16
Q

Acondicionamento e armazenamento dos órgãos

Enxertos vasculares (artérias e veias)

A
  • Armazená-los em frascos estéreis com solução de preservação (4°C)
  • Tecidos
    • Córnea – após enucleação, o globo ocular é colocado em câmara úmida, em frasco forrado com gaze umedecida em solução salina. O globo ocular é irrigado com solução salina e antibiótico (cloranfenicol) e conservado em geladeira a 4°C
    • Demais tecidos – acondicionados em embalagens estéreis, duplas ou triplas (osso), que previnam contaminação dos conteúdos durante o transporte até o banco. Mantê-los em caixas térmicas que assegurem a temperatura de 4°C
17
Q

Fechamento do doador

A

Esse procedimento, além de ser uma exigência legal (lei nº 9.434, de 4 de março de 1997), é um dever ético.