TP3 - IMUNO-ONCOlOGIA E IMUNOTERAPIA DO CANCRO Flashcards

1
Q

CONCEITO

A

como podemos identificar formas de selecionar doentes para imunoterapia do cancro e
focar a resposta no sistema imune e não propriamente no tumor

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2
Q

vários tumores existem vários fenótipos que constituem paisagens diferentes que podem ocorrer no tumor

A

paisagem desértica
- do ponto de vista imune (não estão presentes fatores celulares ou outros do sistema
imune)

paisagem de estroma
- presentes células do estroma que de alguma forma excluem as
células imunes do microambiente tumoral

paisagem inflamatória
(tumor inflamado com a possibilidade de desencadear um conjunto de reações
que levam à exaustão de algumas células do sistema imune, à proliferação de células reguladoras, de células supressoras de mieloides, de fibroblastos associados ao tumor…)

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3
Q

ciclo de imunidade e cancro

A

immuno-editing (eliminação, equilíbrio e escape)
- dois sentidos ( tumor molda SI e este p sua ativ efetora tmb o molda)

ELIMINACAO
- processos de eliminação tumoral (ainda nao sabemos quais sao realmente os
processos que levam a que estejam ausentes células tumorais)

EQUILÍBRIO
- presentes células tumorais e células do sistema imune com capacidade efetora
- situação de equilíbrio é dinâmica

ESCAPE
- clinicamente visível
- mais fácil monitorizar, mas já é bastante tarde ( uma das principais razões para o insucesso da imunoterapia do cancro)
- (chat: células cancerígenas desenvolvem mecanismos para evitar a detecção e a destruição pelo sistema imunológico)

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4
Q

IMMUNO-EDITING

A
  • um conjunto de recetores, como o PD-1 e o CTLA-4 (relacionados com desativar o sistema), podem não se expressar numa fase de eliminação, ou seja, mantém uma capacidade efetora
    robusta do sistema imune

numa situação de equilíbrio
- há alguma expressão de alguns checkpoints

Numa situação de escape
- predomínio desses checkpoints
- travagem da capacidade do SI p responder à necessidade de eliminação de cels tumorais

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5
Q

cels (p alem do SI pq estao praticamente todas envolvidas nas 3 fases) e fatores q contribuem decisivamente no microambiente tumoral para a progressão dos tumores

A

células da membrana basal e da matriz extracelular
- invasao
- proliferacao
- metastizacao

adipócitos associados a cancro
- promoção da invasão e sobrevivência das células tumorais

fibroblastos associados a cancro
- promovem a invasão e a proliferação através de um conjunto de citocinas

macrófagos
- convertem em pro-tumorais com a produção elevada de algumas interleucinas, como a IL-10
- sofrem polarização (macrófagos M1), podendo passar de uma atividade anti-tumoral para uma atividade pro-tumoral (macrófagos M2)

células endoteliais tumorais
- promovendo a angiogénese e a metastização

células com capacidade supressora
- tipo Treg e MDSC
- alem de diminuída capacidade efetora do sistema imune, doentes q n respondem bem à terapia tem predomínio de imunossupressão conduzido por estas células,

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6
Q

contributo para um melhor ou pior prognóstico da infiltração de células do sistema imune

A
  • há diferenças e semelhanças quando comparamos diferentes tumores
  • progresso significativo naquilo que é comum e diferente em vários tipos de cancro
  • dois graficos (pg 60) avaliam contributo das varias cels em dif tumores e o mm grafico mas invertido
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7
Q

CONTEXTO IMUNOLÓGICO

A
  • num tumor as cels articulam se umas com as outras (passam mensagens p fatores soluveis como interleucinas e quimiocinas)
  • cels do SI dialogam com cels do tumor e apresentam fatores citotoxicos como granzinas q provocam lise das cels tumorais
  • na monitorização imunológica importa a presenca das cels especificas e a sua articulação p ter imagem do contexto imune
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8
Q

ASSINATURA IMUNE

A
  • capacidade para ver não só as células, mas também o que elas estão a fazer, quais são
    os seus programas, qual é a transcrição do seu genoma e o que está a ser feito em termos moleculares e celulares
  • se virmos um conjunto alargado de fatores, podemos selecionar
    aqueles que constituem uma espécie de código de barras ou QR code do ambiente naquele momento

—————————————————
DIFERENTES TIPOS
preditiva
- prever, antes do tratamento, qual vai ser a
resposta
- associada a imunogenicidade do tumor,
instabilidade de microssatélites (MSI) e carga mutacional

associada a mau prognóstico

associada a processos mecanísticos
- processos que são desencadeados após o tratamento e que, na perspetiva do clínico,
favorecem a resolução do tumor

associada ao escape
- perda de fatores como a expressão de MHC classe II e beta-2-microglobulina
- diminui a capacidade efetora do sistema imune e representa um escape das células tumorais

assinaturas mecanísticas imunes
- associada a cada intervenção terapêutica

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9
Q

MICROAMBIENTE TUMORAL

A
  • metabolismo do microambiente tumoral é um conceito imp p monitorizar a terapia ou até de selecionar a melhor terapia para um dado tumor e para um dado doente
  • forma como, em termos metabólicos, os processos decorrem é absolutamente decisiva para o tumor e para as células imunes associadas

caract gerais
- representam uma ausência de nutrientes (pela sua organização é difícil a chegada de
nutrientes ao core do tumor)
- diminuição significativa da glucose, da glutamina, da arginina
- acumulação de metabolitos
- acidez e hipoxia

consequencias
- exaustão num número significativo de células
- apoptose por diminuição da glicólise
- Altera programas metabólicos (pe das T, pormovendo fosforilacao oxidativa)
- diminui a capacidade de apresentação antigénica de cels dend

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10
Q

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NO MICROAMBIENTE TUMORAL

A
  • reset metabólico das células tumorais (cels tumorais. ao contrario das cel SI, adaptam se em termos metabolicos e por isso prevalecem)
  • observa-se uma evolução clonal por esta seleção

com hipoxia, dim ph e competicao nutrientes entre tumor e e SI…
- frenar capacidade efetora cels T
- promoção da capacidade de imunossupressão das células T reguladoras, dis macrofagos M2…
- desequilíbrio no sentido da capacidade reguladora em detrimento da capacidade efetora destas células

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11
Q

EVOLUÇÃO METABÓLICA DURANTE A PROGRESSÃO TUMORAL

A

adaptação metabólica que algumas células do tumor
têm para conseguirem passar para a circulação e depois
encontrarem locais de metastização com ambientes e necessidades
metabólicas preenchidas, geralmente, promovendo mecanismos de
fosforilação oxidativa

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11
Q

FATORES INTRINSECOS E EXTRINSECOS
(contribuem para os fenótipos metabólicos)

A

características dos tecidos
fatores intrínsecos das células tumorais
microambiente tumoral
metabolismo do doente

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11
Q

CICLO IMUNIDADE-CANCRO
(sete passos necessários para haver uma resposta tumoral)

A

1
- conhecimento e libertação de antigénios tumorais
2
- capacidade de apresentação dos antigénios tumorais
por células dendríticas ou por APCs
3
- priming e ativação das células T que ocorre nos
gânglios linfáticos
4
- capacidade de trânsito das células com capacidade
citotóxica através do sangue até ao tumor
5
- capacidade de infiltração no tumor (mts vezes tumor cria ambiente q protege de infilt)
6
- reconhecer especificamente as células tumorais
7
- capacidade efetora para promover a lise citotóxica das
células tumorais

———————————————-

  • radioterapia, a quimioterapia e a terapia-alvo estão assinaladas como uma forma de promover a libertação de antigénios tumorais
  • apresentação antigénica é promovida por vacinas
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12
Q

IMUNOGRAMA DO CANCRO
(tentativa de redução a algo que seja mais facilmente compreensível)

A
  • esquema conceptual que, para cada uma das sete etapas, avalia a capacidade do doente naquele momento para vários fatores
    (ex: se virmos q 6 etapas nao tem motivo p nao falhar e ultima tera problemas com checkpoints, utilizar estrategia p melhorrar esta etapa , inibindo checkpoints)
  • esquema conceptual não absoluto
  • pode ser avaliado por medidas laboratoriais (contagem linfo, carga mutacional do tumor)
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13
Q

a) carga mutacional de um tumor

A

se tumor tem carga elevada, em principio constitui ptn e peptidos dif que vao funcionar como NEOantigenios sendo potencialmente vistos de forma dif p SI

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14
Q

b) aplicação prática do imunograma dirigido aos tumores pulmonares de células não pequenas

A
  • feitas avaliações de acordo com os critérios do imunograma do cancro
    conclusao
  • imunogramas de tumores ricos em cels T tem aspeto semelhante
  • imunogramas de tumores pobres em cels T semelhantes entre si mas mt dif dos ricos em T
15
Q

CASO 1
- doente com melanoma com elevada carga mutacional
(promove potencial diversidade antigénica e potencial produção de
neoantigénios)
- Apresenta bons resultados em relação a todos os outros parâmetros no
imunograma do cancro
- Exceção da forte expressão de PD-L1 no tumor, limitando o que de outro
modo teria sido uma resposta de células T específica do tumor

A
  • problema passo 7 ciclo logo bloquar PD l1 tumor ou PD1 cels T
    (ligação do PD-1 ao PD-L1 sinaliza a inibição das células T logo bloqueio impede esta ligacao)

CTLA-4
- mecanismo semelhante ao pd1
- fase de priming ou ativacao cel T
- substitui o CD28 (2 sinal, co estimulatorio na apresentacao antigenica) tornando o sinal inibitorio
- fisiologicamente é util apos infecao resolvida p desativar mas neste caso seria travao , inibindo a cel T
- num caso com este, usariamos Ig anti CTLA-4

16
Q

Caso 2
O caso 2 é um doente que apresenta resultados desfavoráveis relativamente a fatores
inibidores (solúvel, checkpoints e metabolismo tumoral); Por exemplo, um doente
com um melanoma positivo para PD-L1 com mutações BRAF, com níveis elevados de
PCR/VS e LDH.

A
  • bloqueio único de PD-1 é menos provável de ser eficaz porque estaríamos apenas a atuar no local da “ausência de checkpoints”
  • pré-tratamento com terapia direcionada (pe inibição por BRAF e MEK) com o objetivo de reverter a disfunção imune, pode ser atraente
17
Q

Caso 3
O caso 3 é um doente com um tumor com carga mutacional baixa e, potencialmente
devido a isto, a ausência de um infiltrado de células T CD8 + significativo

A
  • carga baixa, antigenios nao novos mas q escapam ao SI logo sem reconhecimento as cels T infiltram pouco
  • opcao clinica: infusão de células T modificadasde modo a que se consigam
    infiltrar no tumor
  • pouca capacidade p alteracoes pq nao conseguimos manipular carga mutacional de um tumor
18
Q

Caso 4
O caso 4 é um doente com um imunograma de cancro favorável para
resposta ao bloqueio PD-1/PDL1 (A).
Numa segunda avaliação, o doente experimenta uma resposta clínica
após restabelecer este parâmetro pelo tratamento com anticorpo
anti-PD-1 (B).
No entanto, a selecção por pressão imunitária conduz à recaída de um
tumor que é insensível aos mecanismos efectores de células T (C).

A
  • passo que está afetado é o terceiro (priming e ativação)
  • utilizar anticorpos anti-CTLA4.
19
Q

IMUNOTERAPIA PERSONALIZADA

A
  • existem tecnologias laboratoriais que nos permitem inferir se um tumor responde ou não do ponto de vista imunológico
  • podemos escolher estratégias adaptadas a cada tipo de tumor