toracocentee Flashcards
Qual é a causa mais comum de atendimento na unidade de
emergência que pode resultar em pneumotórax, hemotórax ou infecção se-
cundária?
Trauma torácico
Os pacientes com trauma torácico devem ser avaliados para si-
nais de insuficiência respiratória como inquietação, agitação, alterações ou
ausência de sons respiratórios ou angústia respiratória. Em casos graves,
os pacientes podem exibir cianose, desvio de traqueia e movimentação pa-
radoxal da parede torácica ou choque.
Toracostomia para derrames pleurais:
associada à doença maligna ou
infecção. Nestas situações, a drenagem é imperativa para permitir a reex-
pansão pulmonar.
- Exame físico do pneumotórax hipertensivo (por choque obstrutivo):
- Inspeção: normal ou abaulamento dos espaços intercostais quando a
quantidade de ar é grande. - Palpação: expansibilidade e frêmito toracovocal diminuídos.
- Percussão: hipersonoridade.
- Ausculta: murmúrio vesicular abolido ou diminuído.
Pneumotórax simples x pneumotórax hipertensivo no exame físico:
avaliar se o paciente possui clínica de choque obstrutivo (o ar começa a
empurrar o mediastino para o outro lado dificultando retorno venoso, ba-
timentos cardíacos, dificultar a saída arterial → hipotensão arterial, tur-
gência jugular, hipofonese de bulhas (tríade de beck).
A tríade de beck fe-
cha diagnóstico de tamponamento cardíaco, mas no caso de pneumotórax
hipertensivo ocorrerá alterações de ausculta pulmonar e desvio de tra-
queia.
Se chegar um paciente assim, não mandar para a radiografia de tó-
rax (provavelmente ele morrerá), fazer direto uma toracocentese de alívio
com o objetivo de tirar a hipertensão torácica, depois evoluir para uma dre-
nagem torácica.
Indicações de drenagem de tórax?
- Pneumotórax: especialmente se for grande e progressivo ou se o paci-
ente for sintomático. - Pneumotórax hipertensivo ou bilateral: a primeira conduta deve ser to-
racocentese devido a choque obstrutivo e depois evolui para drenagem de
tórax. - Hemotórax: em caso de sangue no tórax, não é possível fazer toracocen-
tese de alívio, devido a sua viscosidade e coagulação. - Piotoráx: paciente teve pneumonia que complicou com derrame parap-
neumônico que evoluiu abcesso (abscesso tem que drenar); deve-se drenar
o abcesso e observar se ocorreu melhora, nesse caso, pode-se retirar o
dreno. - Drenagem de derrame pleural recorrente: nem sempre o derrame pleu-
ral precisa ser drenado, as vezes é necessário apenas diagnosticar com
toracocentese diagnóstica ou realizar o alívio que pode ser feito com dreno
ou sem. Em pacientes para introduzir o dreno, deve-se levar em considera-
ção que o médico fará algo para intervir na produção do derrame. Em pa-
cientes oncológicos, deixar o dreno não é uma boa ideia, pois a produção
de líquido é por tempo prolongado, deve-se fazer toracocentese de alívio
ou o procedimento de jogar “talco na pleura” para invalidar o espaço pleu-
ral - Trauma torácico penetrante.
- Quilotórax.
- Empiema.
- Prevenção de hidrotórax após cirurgia cardiotorácica.
- Fístula broncopleural.
Contraindicações (relativas) de drenagem de tórax?
- Anticoagulação ou discrasia sanguínea.
- Anticoagulação sistêmica.
- Pneumotórax pequeno, estável (pode melhorar espontaneamente).
- Empiema causado por organismos ácido-resistentes.
- Acúmulo de fluidos loculados.
- Derrame pleural de origem cardiogênico: não costuma ser drenado (é
fluido, não infeccioso).
Localização da drenagem do tórax?
5o espaço intercostal linha axilar mé-
dia (menor risco de atingir o diafragma), região superficial sem muito te-
cido subcutâneo e musculatura.
Medição do tamanho do dreno?
medir do 2o espaço intercostal (angulo de Louis) atéo 5o espaço intercostal (no homem é na linha mamilar), recomenda-se seguir o desenho da costela.
Pra que serve o Dreno fechado e em selo d’água?
d’água: consegue avaliar se parou de sair ar (escape aé-
reo), se há presença de bolhas e se no raio x o parênquima está expandido.
O dreno fechado e em selo d’água é usado para evitar o retorno de ar para
dentro do tórax, já que esse tem pressão menor que o ambiente, portanto,
a tendência do ar é entrar para o tórax. Dessa forma, o ar sai através da
água e a tensão superficial da água evita que o ar retorno.
- Quantidade de água dentro do dreno?
pelo menos 2 cm acima do cano.
Na prática, o menor é 300 mL e o maior 500 mL. Deve-se anotar no prontu-
ário a quantidade inicial, pois depois tem que avaliar a quantidade de lí-
quido que saiu.
Materiais para o procedimento:
- EPI (máscara, gorro, óculos e luva de procedimento).
- Luva estéril (1 par), capote estéril.
- 01 Seringa de 20 ml.
- 01 Agulha 40/1.2, 25/0.7, 13/0.45.
- Lidocaína 1% (01 frasco 20ml) com ou sem lidocaína.
- 01 Lâmina de bisturi.
- 01 Fio de Mononylon 0.
- 01 kit de drenagem de tórax [dreno tubular multifenestrado no 28 (pneu-
motórax simples sem líquido) ou 34, conexão, sistema de drenagem e
frasco coletor]. - 01 frasco de água destilada (500ml).
- 01 bandeja de pequena cirurgia.
- 01 campo fenestrado.
- 01 Seringa de 20ml, agulha 40/1.2 e frascos estéreis caso seja necessário
coleta de líquido para análises.