Todas as matérias (semana 03) Flashcards
Verdadeiro ou falso
A decisão de órgão fracionário de tribunal que afaste a
incidência, no todo ou em parte, de determinada norma
viola a cláusula de reserva de plenário.
Verdadeiro
A cláusula de reserva de plenário ou regra do full bench
é violado em decisão de órgão fracionário dos tribunais,ainda que não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei.
Súmula Vinculante 10. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte
Verdadeiro ou falso
Uma nova Constituição, como fundamento de validade
das normas infraconstitucionais, torna inconstitucionais
as leis anteriores que com ela não sejam compatíveis.
Falso
No Brasil não se adota a teoria da inconstitucionalidade superveniente. Caso uma lei anterior à nova Constituição não seja compatível (incompatibilidade material) com está, haverá revogação (ou não recepção).
Verdadeiro ou falso
A Constituição Federal de 1988 pode ser classificada
como dogmática, uma vez que reflete dogmas de
determinado momento histórico.
Verdadeiro
A CF/88, quanto ao modo de elaboração, é classificada
como dogmática. Constituição dogmática (diferentemente da Constituição histórica) é fruto de um documento escrito e sistematizado em determinado momento da história.
Verdadeiro ou falso
A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgaçãodos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Falso
A consulta prévia é mediante plebiscito e não referendo.
Se a questão traz “consulta prévia” e “mediante referendo” possui uma contradição em si mesma e já
pode ser considerada errada de plano.
Verdadeiro ou falso
As constituições estaduais só podem fazer exigência de lei complementar para as matérias que a Constituição
Federal exige lei complementar.
Verdadeiro
Conforme informativo 962 do STF, as Constituições Estaduais só podem exigir lei complementar para as matérias que a Constituição Federal também exige: (…) O Colegiado entendeu que a ampliação da reserva de lei complementar — para além das hipóteses demandadas no texto constitucional, como no caso — restringe indevidamente o arranjo democrático- representativo desenhado pela Constituição Federal
(CF). ADI 5003/SC, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 5.12.2019. (ADI-5003)
Verdadeiro ou falso
É vedada a percepção acumulada de proventos de aposentadoria do regime próprio de previdência social, com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma da Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Verdadeiro
A regra é a vedação de acumulação. A alternativa traz justamente uma exceção prevista na Constituição. Art. 37, § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Verdadeiro ou falso
A necessidade do medicamento é suficiente para justificar o fornecimento gratuito de medicamento por parte do Estado, sendo desnecessário avaliar a capacidade financeira do enfermo
Falso
A capacidade financeira do enfermo deve ser considerada nesses casos (…) em regra, o Estado não está obrigado a dispensar medicamento não constante de lista do Sistema Único de Saúde (SUS). (…) o reconhecimento do direito individual ao fornecimento, pelo Estado, de medicamento de alto custo, não incluído em política nacional de medicamentos ou em programa de medicamentos de dispensação em caráter excepcional, constante de rol
dos aprovados, depende da demonstração da imprescindibilidade (adequação e necessidade), da impossibilidade de substituição e da incapacidade financeira do enfermo e dos membros da família solidária, respeitadas as disposições sobre alimentos dos arts. 1.649 a 1.710 do Código Civil (CC) e assegurado o
direito de regresso. [RE 566.471, rel. min. Marco Aurélio, j. 11-3-2020, P,
Informativo 969, RG, Tema 6.]
Verdadeiro ou falso
A atribuição constitucional da Polícia Federal para o exercício da polícia aeroportuária veda o exercício de
“radiopatrulha aérea” pelas policias militares do Estados.
Falso
A atribuição da Polícia Federal não impede o exercício de atividades de radiopatrulha aérea pelas policiais estaduais desde que respeitados os limites de cada órgão.
Polícia militar: atribuição de “radiopatrulha aérea”: constitucionalidade. O âmbito material da polícia aeroportuária, privativa da União, não se confunde com o do policiamento ostensivo do espaço aéreo, que – respeitados os limites das áreas constitucionais das
polícias federal e aeronáutica militar – se inclui no poder residual da polícia dos Estados. [ADI 132, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 30-4-2003, P, DJ de 30-5-2003.]
Verdadeiro ou falso
As alterações promovidas pela Lei nº 14.230/2021 no regime de indisponibilidade de bens são aplicáveis aos processos em curso, inclusive para fins de revisão das medidas já concedidas, conforme os novos requisitos
Verdadeiro
O Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que a Lei nº 14.230/2021 se aplica aos processos em curso, exigindo a demonstração concreta de risco ao resultado útil do processo para a decretação da indisponibilidade de bens, conforme o REsp 2.074.601/MG. Além disso, a nova legislação veda o bloqueio de valores a título de multa civil. Dessa forma, as medidas já concedidas podem ser reavaliadas para adequação à nova normativa.
Verdadeiro ou falso
Com base no entendimento do STJ, julgue os pensionistas de militares possuem direito adquirido à assistência médico-hospitalar das Forças Armadas, independentemente de mudanças na legislação
Falso
O STJ firmou entendimento de que não há direito adquirido à assistência médico-hospitalar das Forças Armadas, pois o benefício possui caráter não previdenciário e é condicionado ao cumprimento dos requisitos legais. Dessa forma, a Administração Militar pode revisar a concessão do serviço a qualquer tempo, sem afronta ao direito adquirido.
Verdadeiro ou falso
O pagamento do Prêmio por Desempenho Fiscal a
servidores ativos é constitucional, pois se enquadra na exceção prevista no art. 167, IV, da Constituição Federal. No entanto, sua extensão a aposentados e pensionistas é inconstitucional, pois viola o caráter contributivo do regime previdenciário
Verdadeiro
O STF decidiu que o pagamento do Prêmio por Desempenho Fiscal (PDF) a servidores ativos é constitucional, pois se enquadra na exceção prevista no art. 167, IV, da CF/88, que permite a vinculação da receita de impostos a atividades de administração tributária. No entanto, a extensão do benefício a aposentados e pensionistas é inconstitucional, pois viola o princípio da contributividade previdenciária, já que o pagamento ocorre sem a correspondente contribuição.
(ADI 3516, STF).
Verdadeiro ou falso
Assim como ocorre nas desapropriações comuns, o
processo expropriatório para comunidades quilombolas
deve observar os prazos legais de caducidade, sob pena de perda da utilidade pública e consequente revogação do ato declaratório
Falso
a desapropriação para
comunidades quilombolas tem caráter reparatório e de
promoção de direitos fundamentais, conforme o art. 68
do ADCT da CF/88. O STJ consolidou o entendimento de
que não se aplicam os prazos de caducidade previstos
para desapropriações comuns, pois isso comprometeria
a regularização fundiária e a proteção territorial dessas
comunidades. (Informativo 837, STJ).
Verdadeiro ou falso
A legislação estadual que regulamenta o serviço voluntário de policiais militares para a guarda de imóveis e quartéis estaduais é inconstitucional, pois trata de matéria exclusiva da União, que detém competência privativa para legislar sobre a organização e
funcionamento das polícias militares.
Falso
O STF, no Informativo 1164,
decidiu que é constitucional a lei estadual que regulamenta o serviço voluntário de policiais militares
para a guarda de imóveis e quartéis estaduais, desde que respeitados os limites da legislação federal. Embora a União tenha competência privativa para legislar sobre organização e funcionamento das polícias militares (art. 22, XXI, CF/88), os estados possuem autonomia para disciplinar aspectos administrativos e específicos de sua força policial, desde que não entrem em conflito com normas federais
Verdadeiro ou falso
A cláusula contratual que prevê uma contribuição financeira fixa de um dos entes federativos, independentemente do rateio, é nula.
Verdadeiro
Conforme o art. 4º, § 3º, da Lei
nº 11.107/2005, é nula qualquer cláusula do contrato de consórcio que preveja contribuições financeiras determinadas por um ente federativo, fora do rateio dos
custos entre os consorciados. Isso garante a equidade entre os entes e evita que um ente assuma encargos
desproporcionais.
Verdadeiro ou falso
A atuação do Tribunal de Contas estadual no caso
de instauração de procedimento de auditoria caracteriza controle administrativo, uma
vez que envolve a fiscalização de atos praticados pelo
Poder Executivo.
Falso
O controle exercido pelo Tribunal de Contas sobre a legalidade dos atos administrativos praticados pelo Poder Executivo não é controle administrativo, mas sim controle externo, pois é realizado por um órgão independente e estranho à
administração responsável pelo ato.
Verdadeiro ou falso
Nos casos autorizados de acumulação de cargos, empregos e funções, o teto constitucional incide sobre a soma dos vencimentos do servidor público.
Verdadeiro
os casos em que a acumulação
de cargos, empregos e funções é constitucionalmente permitida, o teto remuneratório incide de forma isolada sobre cada um dos vínculos formalizados, e não sobre o somatório das remunerações. Esse entendimento está
consolidado pelo STF nos Temas 377 e 384 da repercussão geral.
Verdadeiro ou falso
Nessa situação, a entidade de advocacia pública responsável pelo assessoramento jurídico do gestor tem a obrigação de realizar sua defesa judicial até o trânsito em julgado da ação,independentemente de norma específica que disponha sobre essa representação.
Falso
De acordo com o entendimento
do STF, não há obrigatoriedade de que a advocacia pública defenda o gestor público acusado de improbidade administrativa, mesmo que tenha emitido parecer favorável à legalidade do ato. A possibilidade de representação judicial do gestor por parte da assessoria
jurídica só pode ocorrer de forma extraordinária, se houver autorização expressa em lei específica
Verdadeiro ou falso
A impetração de mandado de segurança para questionar a aplicação da penalidade imposta pela administração pública configura controle judicial do mérito administrativo
Falso
O Poder Judiciário não exerce controle sobre o mérito dos atos administrativos, ou seja, não pode substituir a discricionariedade da administração em decisões de conveniência e oportunidade. No entanto, ele pode analisar a legalidade do ato, verificando se houve violação de direitos ou afronta a princípios como o contraditório e a ampla defesa
Verdadeiro ou falso
No exercício do poder regulamentar, a administração pública possui competência para editar decretos
autônomos sobre qualquer matéria, podendo inovar na ordem jurídica, desde que não haja vedação expressa em lei.
Falso
O poder regulamentar não
permite que a administração pública inove na ordem jurídica, pois seu objetivo é dar fiel execução à lei, sem
criar direitos ou obrigações além do que a norma já prevê. Os decretos autônomos, embora possam ser
editados em casos específicos, não podem extrapolar os limites estabelecidos pela Constituição.
Verdadeiro ou falso
A coautoria sucessiva ocorre quando um agente adere à conduta criminosa já iniciada por outro, sem ajuste prévio.
Falso
Na coautoria sucessiva, um agente ingressa na execução do crime sem ter combinado previamente, mas com pleno conhecimento da empreitada criminosa
Verdadeiro ou falso
Nos crimes omissivos próprios admite-se a participação.
Verdadeiro
A participação é possível nos crimes omissivos próprios, quando alguém induz ou instiga outra pessoa a se omitir. Exemplo: um superior ordena que seu subordinado não preste socorro a uma vítima
Verdadeiro ou falso
O conceito formal de crime define a infração penal como uma conduta que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico tutelado.
Falso
O conceito formal de crime define como a conduta descrita em uma norma penal incriminadora. Já o
conceito material aborda a ideia de lesão ou exposição a perigo de bens jurídicos tutelados.
Verdadeiro ou falso
A tipicidade penal se divide em formal e material, sendo esta última relacionada à ofensa significativa ao bem jurídico tutelado
Falso
A tipicidade formal ocorre quando a conduta se encaixa no tipo penal, enquanto a tipicidade material exige uma ofensa relevante ao bem jurídico, afastando crimes de
bagatela.
Verdadeiro ou falso
O erro de tipo inevitável exclui o dolo, mas permite a punição a título de culpa.
Falso
O erro de tipo inevitável (art. 20 do CP) exclui o dolo e a culpa, pois o agente não tinha como evitar o erro. Já o erro de tipo evitável exclui o dolo, mas pode gerar responsabilização culposa