Tireoide Flashcards

1
Q

Tireoide - Anatomia: formato

A

Borboleta.

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2
Q

Tireoide - Anatomia: Localização e relação com outras estruturas

A

Região cervical ao nível das vértebras C5 e T1, imediatamente abaixo da laringe, lateral e anteriormente à traquéia e posterior ao tronco vasculonervoso e aos músculos esternotireoideo.

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3
Q

Tireoide - Anatomia: peso

A

Pesa em média 15-30g (podendo ser mais pesada em mulheres devido ao estímulo dos hormônios sexuais femininos).

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4
Q

Tireoide - Anatomia: é formada por?

A

2 lobos laterais e um istmo, situado na linha média, que pode apresentar o lobo piramidal, superiormente. O ápice do lobo piramidal situa-se cranialmente, ele se localiza mais medialmente, e, geralmente, no lobo esquerdo, e representa um remanescente de sua migração, a partir da base da língua. Além disso, em sua parte posterior, pode-se visualizar 4 glândulas paratireoides.

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5
Q

Tireoide - Anatomia: “Revestimento”

A

Ela é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo que consiste em uma lâmina externa e uma lâmina interna. A delgada lâmina interna relaciona-se diretamente com a glândula tireoide, é unida ao parênquima glandular, de modo que seus feixes de tecido conjuntivo, que contém vasos sanguíneos, estendem-se para o interior da glândula e a divide em lóbulos. Já a lâmina externa, envolve a glândula tireoide e as paratireoides e também é chamada de lâmina cirúrgica, já que ela é aberta durante as cirurgias da tireoide.

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6
Q

Tireoide - Anatomia: irrigação

A

É irrigada pelas A. tireoidea superior e inferior. Todavia, o suprimento arterial é provido principalmente pela A. tireoidea superior (primeiro ramo da A. carótida externa), que faz um trajeto longitudinal e alcança a glândula, superior e posteriormente. Já a A. tireoidea inferior é ramo do tronco tireocervical, faz um trajeto perpendicular e alcança a glândula inferiormente. Durante a remoção cirúrgica essas artérias, que se projetam à esquerda e à direita da glândula, deverão ser obstruídas (ligadura). Variação anatômica: alguns paciente possuem a A. Tireoidea IMA: ramo da A. braquiocefálica (que sobe na linha mediana e emite ramos para os lados.).

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7
Q

Tireoide - Anatomia: Drenagem

A

Ocorre, principalmente, nas superfícies inferior e anteior, por meio de um plexo muito desenvolvido, o plexo tireóide ímpar, que, normalmente, drena para a V. tireoidea inferior, e, daí, para a V. braquiocefálica. Além dessas vias, as Vv tireóideas superiores e médias também drenam para a V. jugular interna.

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8
Q

Tireoide - Anatomia: inervação

A

Gânglios cervicais (sistema simpático) N. laríngeo recorrente.

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9
Q

Tireoide - Anatomia: nervos com importância em termos de cirurgia da tireoide.

A
  • N. laríngeo inferior/recorrente: percorre um trajeto recorrente, na direita por trás do tronco braquiocefálico e na esquerda por trás da aorta, sobe pelo sulco traqueoesofágico até entrar naa laringe, inerva todos os nervos da laringe, tendo função de adução e abdução das cordas vocais, controle da deglutição, etc . Assim, ele pode sofrer lesão pela ligadura da A. tireoidea inferior, e o paciente apresentará rouquidão + insuficiência respiratória.
  • N. laríngeo superior inerva o M. cricotireoideo (CT), tendo função de estiramento/tensionamento das cordas vocais, pode ser lesionado pela ligadura da A, o que gera alteração do timbre da voz.
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10
Q

Tireoide - Histologia: Em que consistem os lóbulos tireoidianas

A

Conjunto de folículos tireoidianas delimitados pela camada de tecido conjuntivo ao qual a glândula está encapsulada, que entra pra dentro do parênquima glandular, subdividindo-o em unidades lobulares irregulares.

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11
Q

Tireoide - Histologia: de que é composta?

A

De um grande número de folículos fechados (unidades estruturais e funcionais da glândula tireoide), cheios de uma substância secretora chamada coloide (constituído principalmente por tireoglobulina), revestidos por células epiteliais colunares baixas cúbicas ou escamosas (a depender do nível de atividade do folículo), que secretam seus produtos para interior dos folículos e que se agrupam em lóbulos irregulares circundados por estroma de tecido conjuntivo rico em capilares fenestrados (ao longo dos nervos simpáticos que os inervam) e vasos linfáticos.
Além disso, a tireoide também possui células parafoliculares chamadas de células C.

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12
Q

Tireoide - Histologia: o que determina o tipo de células presente nos folículos tireoidianas?

A

O nível de atividade do folículo: quando estão ativos, o epitélio apresenta células cúbicas ou colunares, e quando estão inativos as células são escamosas (achatadas).

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13
Q

Tireoide - Histologia: Células C, em que consistem e função

A

Subtipo de células neuroendócrinas que produzem a calcitonina, ou tireocalcitonina, hormônio que participa da regulação dos níveis de cálcio através da regulação da reabsorção óssea (degradação do osso com consequente liberação de minerais no sangue) e da limitação à reabsorção de cálcio nos rins.

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14
Q

Tireoide - Fisiologia: Regulação da secreção de hormônio tireoidiano

A
  • O hipotálamo produz TRH (hormônio liberador de tiretrofina), que estimula à adenohipófise a liberar TSH (homônimo estimulador da tireoide), que estimula a tiróide a produzir seus hormônios, T3 e T4.
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15
Q

Tireoide - Fisiologia: ações do TSH

A

Estimular a síntese e liberação hormonal e efeito trófico na tireoide:
Chega ao folículo tireoidiano, se liga ao seu receptor na membrana plasmática, o que gera (1) estímulo para produção de trocador de sódio e iodeto na membrana das células foliculares (joga sódio para fora e iodeto para dentro; (2) estímulo para ativação da tireoperoxidase (TPO), que une 1 tireoglobulina (proteína produzida no folículo tireoidiano) + 3 iodos = T3 / + 4 iodos = T4; (3) estimula a hipertrofia da glândula, que se torna mais vasculariazada.

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16
Q

Tireoide - Fisiologia: ações da TPO

A

(1) Oxidação do iodo, (2) Iodação dos resíduos de tirosina (iodo + tireoglobulina), (3) acoplamento das iodotirosinas.

17
Q

Tireoide - Fisiologia: Etapas da síntese de T3 e T4

A

(1) Produção de tireoglobulina
(2) Captação de iodo
(3) Oxidação do iodeto
(4) Organificação da tireoglobulina
(5) Proteólise, desiodação e secreção

18
Q

Tireoide - Fisiologia: Produção de tireoglobulina

A

RE e o complexo de Golgi sintetizam e secretam para os folículos uma grande glicoproteína chamada de tireoglobulina e cada molécula dessa proteína possui cerca de 70 aminoácidos tirosina (principal substrato que dará origem aos hormônios tireoidianos).

19
Q

Tireoide - Fisiologia: Captação de iodo

A

Ingestão do iodo via oral (ideal 1 mg/semana: sal de cozinha é suplementado) -> conversão para iodeto e absorção pelo TGI -> 1/5 do iodeto absorvido (4/5 são excretados pelo rim) é removido do sangue circulante pelas células da tireoide pela ação simporte de sódio-iodeto pelo NIS presente na membrana basal das células foliculares, que bombeia 1 iodeto e 2 sódios para interior da célula (t. ativo secundário: sódio-potássio ATPase institui uma baixa concentração de sódio no interior celular, gerando o gradiente de entrada do sódio) -> iodeto é transportado para fora das células da tireoide pela membrana apical para o folículo por meio de uma molécula cotransportadora de íons cloreto-iodeto, a pendrinha. Obs: O cotransportador de íons iodeto e sódio é conhecido como NIS e sua atuação é por meio de cinética de saturação, ou seja, ele atua mediante a concentração de iodo dentro da célula e, uma vez que essa esteja elevada, seu transporte de iodeto irá diminuir de intensidade.

20
Q

Tireoide - Fisiologia: Oxidação do iodeto

A

Já no coloide, o iodeto é oxidado pela enzima DPO (tireoide peroxidase: localizada na membrana apicalda célula up ligada à ela), acompanhada de peroxido de hidrogênio, produzindo iodo oxidado, exatamente no ponto da célula em que a molécula de tireoglobulina surge, vinda do aparelho de Golgi através da membrana celular, sendo armazenado no coloide.

21
Q

Tireoide - Fisiologia: Organificação da tireoglobulina

A

Iodo oxidado associado à enzima peroxidase se liga rapidamente aos aminoácidos tirosina da molécula tireoglobulina, sendo incorporado à posição 3 dos mesmos e, assim, da do origem à monoiodotirosina (MIT) -> MIT é Iodado na posição 5 e da origem à di-iodotirosina (DIT) -> DIT + DIT = tetraiodotirosina ou tiroxina (T4) / MIT + DIT = tri-iodotirosina (T3) / DIT + MIT = T3 reverso (RT3). A tireoglobulina foca estocada no lúmen das células foliculares tireoidianas como coloide até até que a glândula seja estimulada a fagocitar os hormônios tireoidianos.

22
Q

Tireoide - Fisiologia: proteólise, desiodação e secreção

A

Após sua síntese, os hormônios ficam “fixados” à molécula de tireoglobulina e, para sua liberação, é necessário que ocorra o seguinte: Endocitose do coloide pelas células foliculares -> vesículas migram da membrana apical para a basal e se fundem com os lisossomos -> proteases lisossomais quebram a ligação dos hormônios com a tireoglobulina, liberando T3, T4 e RT3 livres da molécula de tireoglobulina, que então deixam a célula e são secretados na circulação / MIT e DIT sofrem desiodação dentro da célula folicular pela enzima desiodase e o iodo livre é reutilizado pela tireoide para uma nova síntese hormonal.

23
Q

Tireoide - Fisiologia: transporte dos hormônios tireoidianos

A
  • Ao serem liberadas no sangue, mais de 99% do T3 e T4 se combinam imediatamente com diversas proteínas plasmáticas sintetizadas pelo fígado, principalmente a globulina ligadora de tirosina, mas também com a pré-albumina ligadora de tirosina e a albumina.
  • Assim, devido à alta afinidade das proteínas plasmáticas de ligação dos hormônios tireoidianos, as meias vidas de T3 e T4 são muito longas (7dias e 1 dia, respectivamente).
  • Alem disso, ao penetrar nas células, esses hormônios se ligam novamente a proteínas intracelulares, portanto, são novamente armazenadas, mas dessa vez nas próprias células alvo e são suadas, lenta,ente, ao longo de dias ou semanas.
24
Q

Tireoide - Anatomia: Ramos da A. carótida externa

A

“Tem figo lá fora onde aquela tia feia mora” -> A. tireoidea superior, faringea ascendente, lingual, facial, occipital, auricular posterior, temporal superficial, facial transversa e maxilar.

25
Q

Tireoide - Anatomia: Camadas anteriores que devem ser abertas na cirurgia

A

Incisão transversal na pele (palpar a tiróide para avaliar em que altura, mas em geral, 2-3 dedos acima da fúrcula external) -> seccionar o M platisma também com incisão transversal e colocar 2 ganchos para levantar a pele e fazer o que é chamado de retalho cutâneo -> incisão na linha mediana para afastar 2 músculos infra-hioideos, o M esterno-hióideo (superficiale maior) (+ OMO-hióideo, mais lateral) e o M esternotireoideo (profundo) (+ tireo-hióideo) -> cápsula -> tireoide. Ligar A. tireoideas superior e inferior.

26
Q

Tireoide - Anatomia: Importância clínica do Ligamento de Berry

A

Ligamento suspensor da tireoide, lateral, próximo ao polo superior, cruza e fica muito próximo do N. laríngeo recorrente.

27
Q

Tireoide - Anatomia: Linfonodos

A

Cadeia linfático nível VI e VII (central).

28
Q

Tireoide - Fisiologia: (V) ou (F)
Alterações nas concentrações de TBG geram grandes variações nas concentrações do hormônio livre.

A

Falso!
Reduções (durante doença hepática e renal) e elevações (adm de estrogênio e gestação) nas concentrações plasmáticas de TBG diminuem e aumentam, respectivamente, a quantidade total de hormônios tireoidianos no plasma (embora produzam uma alteração transitória na concentração do hormônio livre), devido à ao efeito da retroalimentação negativa desses hormônios livres sobre a secreção de TSH na adeno-hipófise.

29
Q

Tireoide - Fisiologia: T3 x T4

A

O T4 é 20x mais produzido que que o T3 e possui maior afinidade pelas tireoglobulinas (sendo liberado mais lentamente), e, por isso, o T4L é usado para medir a função da tireoide.
- Todavia, embora o T4 seja o principal hormônio tireoidiano secretado pela tireoide presente na circulação, grandes quantidades desse hormônio são desiodados tanto na posição 5’ como 5 nos tecidos periféricos para produzir T3 e RT3. Além disso, o T3 nas células tem maior afinidade pelos receptores de hormônio tireoidiano no núcleo (suas ações são bem mais potentes e ocorrem mais rapidamente), e, por esses motivos, o T4 vem sendo considerado um pró-hormônio para o T3.

30
Q

Tireoide - Fisiologia: Mecanismo de ação

A

(1) O hormônio que de fato possui ação biológica é o T3, de modo que o T4 entra na célula alvo (passando pela membrana, pois é lipofílico) e é convertido em T3 pela desiodase tipo 1. O T3 (proveniente ou não do T4), então, entra no núcleo e se liga a receptores nucleares específicos no DNA e produz sua ação biológica ao alterar a transcrição gênica (estimula ou suprime a transcrição de um grande número de genes) -> alteração em numerosas enzimas e consequente alteração na função celular. Umas vez que os hormônios tireoidianos agem em grande parte influenciando a transcrição, um atraso de algumas horas corre antes que a maioria dos efeitos hormonais sejam evidentes; esses efeitos podem durar vários dias.
(2) Alguns efeitos ocorrem em minutos e não são afetados por inibidores da transcrição e tradução gênica, e, por isso, conclui-se que também haja efeitos não genômicos cujo sítio parece ser a membrana plasmática, o citoplasma e, talvez, as mitocôndrias -> regulação de canais iônicos e fosforilação oxidativa por ativação de segundos mensageiros, como AMPc e cascata de sinalização de proteinocinases -> efeitos no coração, hipófise e tecido adiposo.
(3) Além disso, eles inibem o hipotálamo e hipófise (feedback negativo).

31
Q

Tireoide: Fisiologia - Complete a lacuna: Vários … como … e … reduzem o transporte de iodeto por inibição competitiva, diminuindo a síntese de hormônios tireoidianos, podendo se usados para diagnosticar/tratar o hipertireoidismo.

A

Ânions; tiocianato e perclorato.