DM Flashcards

1
Q

Diabetes Mellitus
Definição

A

Doença do metabolismo intermediário caracterizada por hiperglicemia crônica, que em longo prazo promove LOA’s, podendo cursar também com descompensações metabólicas agudas.

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2
Q

Em que consiste o metabolismo intermediário?

A

Um conjunto de reações bioquímicas orgânicas de síntese (anabolismo) e degradação (catabolismo) de macromoléculas, sendo que para manter a homeostase, deve haver um equilíbrio dinâmico entre essas forças, com pequenas variações em função da disponibilidade de nutrientes (estado pós x interprandial).

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3
Q

O que são e quais são as macromoléculas constituintes dos seres vivos?

A

Também chamados de polímeros, as macromoléculas são moléculas grandes compostas pela união de várias moléculas pequenas denominadas de monômeros, os quais consistem em moléculas de pouca massa, formadas por meio de reações de adição ou condensação, chamada de reações de polimerização.
São as seguintes:
- Proteínas: possui como monômetros os aminoácidos e são componentes estruturais dos tecidos + funções homeostáticas (enzimas, hormônios, imunoglobulinas), apenas em situações especiais utilizadas como fonte energética.
- Carboidratos: possui como monômeros os monossacarídeos, sendo os principais as pentoses e as hexoses. Entre as pentoses, destaca-se a ribose, enquanto nas hexoses, destaca-se a glicose.
- Lipídeos: possui como monômeros ácidos graxos e glicerol. As duas últimas macromoléculas são de reserva energética , ainda que participem também da estrutura física dos tecidos e na intermediação de processos metabólicos.

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4
Q

Quais as principais acontecimentos do período pós prandial em relação ao metabolismo intermediário?

A

Ingestão de macromoléculas e digestão das mesmas no TGI:
1. Absorção intestinal de nutrientes eleva os níveis séricos de glicose, aminoácidos e lipoproteínas ricas em triglicerídeos (quilomícrons/VLDL), além de estimular a liberação de incretinas (GLP-1 e GIP, degradadas pela DPP-IV) pelo tubo digestivo (células neuroendócrinas do íleo e cólon).
2. Níveis elevados de glicose + ação das incretinas -> liberação de insulina pelas células beta das ilhotas pancreáticas e inibição da liberação de glucagon.
3. Resposta insulínica -> estímulo à (1) utilização de glicose pela via glicolítica como principal substrato energético (glicólise) e (2) anabolismo: glicogenogênese + lipogênese + síntese proteica.

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5
Q

Quais as ações as incretinas estimulam?

A
  1. Secreção de insulina
  2. Inibição da secreção de glucagon
  3. Débito hepático de glicose
  4. Retarda o esvaziamento gástrico
  5. Aumento da saciedade e diminuição do apetite
  6. Aumento de perda ponderal
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6
Q

Descreva como ocorre o estímulo para liberação da insulina.

A

Glicose adentra ao citoplasma através de canais GLUT 1 e 2, expressos constitutivamente na membrana dessas células -> glicólise -> aumento de ATP -> fechamento de canais de K ATP sensíveis -> despolarização celular -> influxo de cálcio -> dreganulação de grânulos presentes no citoplasma.

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7
Q

Descreva como ocorre a liberação da insulina.

A

Em 2 etapas:
- 1ª fase (pico precoce): degranulação -> aumento dos níveis séricos em 2-10 min.
- 2ª fase (tardia): aumento da síntese -> secreção de forma sustentada.
- Nos dois casos, é liberado no sangue a insulina, um peptídeo derivado da clivagem da pró-insulina, que também origina o peptídeo C, o qual não possui atividade hormonal.

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8
Q

Explique como ocorrem a glicogênese e lipogênese.

A

Glicogênese: Glicose captada por hepatócitos e miócitos é utilizada na glicólise e o que sobra serve de substrato para síntese de glicogênio hepático e muscular.
Lipogênese: Diante do excesso de glicose no hepatócito, uma parte da acetil-coA produzida pela glicólise é convertido em malonil-coA para síntese de ácidos graxos (lipogênese), os quais, nos adipócitos, passam por reação de esterificação para formar triglicerídeos.

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9
Q

Quais as principais acontecimentos do período interprandial em relação ao metabolismo intermediário?

A

Fim da absorção intestinal:
1. Níveis séricos de glicose, aminoácidos e lipoproteínas tende a reduzir.
2. Redução dos níveis séricos de glicose -> inibição da liberação de insulina e estímulo à secreção dos hormônios contrarregulares, em especial o glucagon.
3. Resposta ao aumento dos hormônioscomtrarreguladores + efeito “permissivo” decorrente da queda da insulina -> estímulo à (1) catabolismo: glicogenólise, lipólise e proteólise (essas 2 últimas reações garantem substratos não glicêmicos para glicogenogênese); (2) utilização de ácidos graxos (em em menor escala, corpos cetônicos) como principal substrato energético na maioria das células, de modo que os níveis glicêmicos passam a servir exclusivamente aos neurônios e são garantidos inicialmente pela glicogenólise hepática e posteriormente pela gliconeogênese.

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10
Q

Explique como ocorrem a glicogenólise, proteólise, lipólise e gliconeogênese.

A
  • Glicogenólise: glicogênio hepático é clivado, liberando glicose para o sangue, o que mantém a glicemia na 1ª fase do estado de jejum, estoque que acaba em 24-48h.
  • Proteólise: quebra da proteína, sendo os dois principais aminoácidos (menor unidade da proteína) utilizados na gliconeogênese a glutamina e a alanina.
  • Lipólise: quebra de triglicerídeos em glicerol, utilizado para gliconeogênese, e ácidos graxos, que podem (1) servir de fonte energética para o músculo, a partir da beta-oxidação ou (2) se em excesso é metabolizado em corpos cetônicos, os quais são utilizados pelo cérebro (o que é insustentável, pois -> acidose).
  • Glicogenogênese: síntese hepática de glicose a partir de substratos não glicídicos, sendo eles a glutamina e alanina (pelo ciclo de feri), glicerol e lactado (met. anaeróbio).
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11
Q

Qual a principal variável que norteia os hormônios contrarregulares do metabolismo intermediário? Justifique.

A

Glicose. Isso ocorre pois é muito importante que a glicemia seja mantida constante para garantir o aporte energético adequado para os neurônios, uma vez que essas são células são estritamente dependentes da glicemia, de modo que entram rapidamente em colapso em vigência de neuroglicopenia.

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12
Q

Explique porque os neurônios são estritamente dependentes da glicemia.

A

(1) Não são sensíveis à insulina: expressam GLUT 1 constitutivamente em sua membrana + incapacidade de síntese e armazenamento de glicogênio.
(2) Não são capazes de realizar beta-oxidação: não possuem aparato enzimático par tal.
(3) Insustentabilidade da estratégia de resgate: Diante de déficit extremo de glicose, o fígado produz corpos cetônicos a partir dos ácidos graxos, que podem ser usados como “combustível alternativo” pelos neurônios, mas essa estratégia de resgate é insustentável pois gera cetoacidose.

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13
Q

Qual o de tipo de acidose é a cetoacidose?

A

Acidose com ânion-gap elevado por corpos cetônicos.

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14
Q

Qual a fisiopatologia da DM?

A

Dependendo da etiopatogenia, há: déficit de insulina (absoluto ou relativo) e/ou resistência à insulina, o que faz com que o organismo se comporte constantemente como se estivesse em estado de jejum (estímulo à catabolismo, glicogeogênese e beta-oxidação predomina em relação à glicólise) mesmo no período pós prandial, gerando, então, hiperglicemia crônica.

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15
Q

Quais os tipos de DM?

A

-Tipo 1: que pode ser do tipo 1A, 1B ou LADA.
-Tipo 2
-Outros: Mody, DM gestacional, insuficiência pancreática, outras endocrinopatias e por uso de drogas.

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16
Q

DM 1 x DM2: Epidemio

A
  • DM1: predomina em pacientes jovens não obesos (crianças entre 4-6a e adolescentes), mas até 30% aparece após 30a (LADA); não há diferença entre sexo, mas há ampla diferença em função geográfica (maior incidência com aumento da distância da linha do Equador: fatores ambientais não identificados) e da etnia (tipo 1B tem maior incidência em negros e asiáticos).
    Alto risco para DM1: parente de primeiro grau com DM1.
  • DM2: predomina em adultos obesos (>45a) sedentários, mas vem se tornando cada vez mais frequente em crianças e adolescentes (epidemia de obesidade). Mody: forma hereditária de DM, em que crianças e adolescentes (<25a) desenvolvem um quadro parecido com DM2, mas sem obesidade e com frequência havendo pelo menos 3 gerações acometidas em uma mesma família.
    Fatores de risco para DM2:
  • Sedentarismo, Obesidade grave, HDL < 35 mg/dl, Triglicerídeos > 250 mg/dl.
  • Acantose nigricans, Estados pré-diabéticos, História de diabetes gestacional, Parente de primeiro grau acometido, Síndrome dos ovários policísticos.
  • Hipertensão arterial, História de doenças cardiovasculares.
  • Etnia (negro, latino, índio americano, ilhas do Pacífico), Infecção pelo HIV.
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17
Q

DM1xDM2: Etiopatogenia

A
  • DM1: destruição primária das células beta e hipoinsulinismo absoluto, sendo do tipo 1A por mecanismo autoimune (sendo que o modelo mais aceito sugere junção entre fatores genéticos e ambientais) e do tipo B idiopático.
  • DM2: interação entre fatores genéticos (predisposição genética, que aqui tem mais importância que na DM1) + ambientais (exposição a ganho de peso) -> Resistência à insulina, que ao longo do tempo, pode evoluir com déficit secretório das células beta.
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18
Q

Explique detalhadamente a Etiopatogenia da DM1A.

A

A DM1A é uma doença autoimune que não raro coexiste com outras (tireoidite de Hashmoto, doença celíaca, vitiligo, anemia perniciosa), o que sugerem distúrbio imunológico mais amplo, sendo que o modelo mais aceito hoje sugere a junção fatores genéticos e ambientais como causadores da doença:
Indivíduos geneticamente predispostos + infecções virais (cosakie B)/exposição a Ag ainda desconhecidos -> mimetismo molecular -> insulinite (inflamação das ilhotas pancreáticas: são invadidas pós LTCD8, que destroem seletivamente as células beta + surgimento de auto-Ac característicos, o anti-ilhota, anti-GAD e anti-IA2 - não parecem diretamente patogênicos, sendo apenas marcadores de autoimunidade direcionada com Ag das células beta) -> fase assintomática, em que há presença de auto-Ac e em que ocorre destruição das células beta até que -> massa de células atinge estado “crítico”, o que + eventos que promovem resistência à insulina (puberdade, infecções) -> insulina produzida passa a ser insuficiente para suprir as necessidades homeostáticas -> instalação aguda de sintomas e, ao longo do tempo -> destruição da maioria das células beta e consequente ausência absoluta de insulina endógena.

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19
Q

Quais as genes relacionados à predisposição genética à DM1A?

A

Genes relacionados ao complexo principal de histocompatibilidade: HLA, DR3 e DR4.

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20
Q

Quais os anticorpos marcadores de autoimunidade direcionada com Ag das células beta?

A

Anti-ilhota, anti-GAD e anti-IA2.

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21
Q

Explique detalhadamente a Etiopatogenia da DM2.

A

Interação entre fatores genéticos e ambientais:
Predisposição genética + exposição a ganho de peso e inatividade física -> determinado nível de insulinemia promove: redução da captação e utilização periférica de glicose (redução da incorporação de GLUT4 na superfície celular do tecido muscular esquelético) + redução da lipólise e da inibição da gliconeogênese (tecido adiposo e fígado resistentes aos efeitos da insulina) -> resistência à insulina e, ao longo do tempo, -> déficit secretório das células beta que, nas fase inicias ocorre por: hipossensibilidade da célula beta à glicose por redução da expressão de GLUT2 + redução da liberação de incretinas (ambos por mecanismo ainda desconhecidos), gerando redução a reposta pancreática ao pico de glicose, ou seja resposta subnormal na secreção de insulina pós prandial; e nas fases mais avançadas ocorre por: algum de destruição das células, beta, pois, a medida que a resistência à insulina progride, forçando a célula beta sintetizar mais insulina ocorre acúmulo intracelular de amilina (substância cossintetizada) -> precipita dentro da célula beta, formando depósitos amiloides patogênicos.

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22
Q

Quais as genes relacionados à predisposição genética à DM2?

A

Herança poligênica: gene da insulina, PPAR-gama, canal de potássio ATP sensível e calpaina, todos envolvidos no desenvolvimento pancreático, mecanismo secretório e/ou na intermediação dos efeitos da insulina sobre as células alvo.

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23
Q

Porque o acúmulo de gordura central predispõe à DM2?

A

Gordura central:
(1) É mais lipolítica que a periférica -> liberação de ácidos graxos livres na circulação -> se acumulam nos tecidos como fígado e músculo -> o excesso de AG livre no interior da célula altera o funcionamento de enzimas relacionadas a transudação do sinal da insulina - em vez que fosforilar resíduos de tirosina, passariam a fosforilar resíduos de serina -> ativação parcial dos substratos intracelulares que funcionam como segundos mensageiros.
(2) Libera citocinas inflamatórias na circulação, sendo que o TNF-alfa exerce efeito semelhante ao dos AG no interior da célula.

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24
Q

Além da DM1 e DM2, cite outras 5 tipos de DM.

A

DM gestacional, insuficiência pancreática, outras endocrinopatias, uso de drogas e Mody.

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25
Q

Qual a etiopatogenia da DM gestacional?

A

Intolerância à glicose diagnosticada durante a gestação que não configura franco DM e que ocorre devido a ausência do hiperinsulinismo compensatório que deve ocorrer nessa fase. Isso porque, durante a gestação, para garantir a oferta de glicose ao feto, algumas alterações metabólicas ocorrem no organismo materno, como aumento dos hormônios contrarregulares e da lipólise e redução da resposta insulínica e do uso periférico de glicose e hiperinsulinismo compensatório, e, se esse último não ocorrer, a paciente evolui com DM.

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26
Q

Qual a etiopatogenia da DM por insuficiência pancreática ?

A

Destruição do parênquima pancreático com perda de 80-90% do parênquima, o que pode ocorrer por pancreatite alcoólica crônica, fibrose cística ou CA de pâncreas.

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27
Q

Qual a etiopatogenia da DM por outras endocrinopatias (que não a insuficiência pancreática) ?

A

Desequilíbrio entre insulina e contrarregulares, o que pode ocorrer por hipercortisolismo (Cushing), excesso de GH (acromegalia em adultos e gigantismo em crianças), excesso de catecolaminas (feocromocitoma).

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28
Q

Qual a etiopatogenia da DM por uso de drogas?

A

-Glicocorticoides: geram DM por exercer efeito “contrarregulador”.
-Outras drogas: geram DM por aumentar resistência periférica à insulina, a produção de glicose ou reduzir a secreção pela célula beta pancreática.

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29
Q

Qual a etiopatogenia e as características da DM por Mody?

A

Forma hereditária de DM relacionada a defeitos monogênicos (mutação genética em 1 único gene), de transmissão autossômica dominante, que interferem no mecanismo de secreção da célula beta, em que crianças e adolescentes (<25a) desenvolvem um quadro parecido com DM2, mas sem obesidade, com frequência havendo pelo menos 3 gerações acometidas em uma mesma família.

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30
Q

Quais as consequências da hiperglicemia?

A
  • Sintomas de franca hiperglicemia: 4ps.
    Complicações:
  • Crônicas: lesões de órgão alvo.
  • Agudas: cetoacidose diabética e estado hiperglicêmico hiperosmolar.
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31
Q

DM1: Clínica

A
  • Quadro clássico: criança ou adolescente que desenvolve, ao longo de dias ou semanas, poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso (4ps) + anti-ilhota, anti-GAD e anti-IA2 + e ausência de insulina (peptídeo C < 0,1).
  • Em crianças pequenas: as primeiras manifestações podem ser enurese noturna e candidíase vaginal.
  • Eventualmente, a doença só é percebida na descompensação, mas a maioria dos casos de cetoacidose diabética ocorre acontece em pacientes previamente diagnosticados.
  • LADA: diagnóstico em pacientes mais velhos + evolução insidiosa, sendo confundido com DM2 -> com o tempo evolui com hipoinsulinismo absoluto -> abre quadro de DM1.
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32
Q

Qual a fisiopatologia dos 4ps?

A

Poliúria: glicose é osmoticamente ativa -> aumento da diurese.
Polidipsia: aumento da diurese -> aumento da sede.
Polifagia e Perda de peso: estado de jejum permanente.

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33
Q

DM2: Clínica

A
  • Adulto, obeso, sedentário, acantose nigricans, FRC -> em 50% o diagnóstico se faz quando LOA já está presente (fase assintomática longa), raramente apresenta sintomas de franca hiperglicemia e as vezes o diagnóstico é feito na vigência de estado hiperosmolar não cetótico.
34
Q

Qual a fisiopatologia da Acantose nigricans?

A

Estimulação de queratinócitos e fibroblastos da pele pela hiperinsulinemia.

35
Q

Como é feito diagnóstico de DM?

A

Suspeita clínica (quadro de franca hiperglicemia - geralmente na DM1 ou achados de LOA -geralmente na DM2) -> solicitação de exames OU achados em exames de rastreio em pacientes assintomáticos. De todo modo, a confirmação diagnóstica pode ser feita das seguintes formas:
(1) Hemoglobina glicada (HbA1C) >/= 6,5 %
(2) Glicemia de jejum >/= 126 mg/dL
(3) Glicemia 2h pós TOTG 75 >/= 200 mg/dL
(4) Glicemia aleatória + “polis”.
A presença de 2 dos itens (1) (2) ou (3) positivos seja com 2 metodologias = ou diferentes (nesse caso preferir repetição na mesma amostra) OU a presença do item 4 isolado fecham diagnóstico. Se 2 exames discordantes -> repetir o alterado.

36
Q

Como é feito diagnóstico do estado pré diabético?

A

A partir dos seguintes achados:
(1) HbA1C 5,7-6,4 % ou
(2) Glicemia de jejum 100-125 mg/dL* ou
(3) Glicemia 2h pós TOTG 140-199 mg/dL.
* Sempre descartar DM com TOTG!

37
Q

Qual a conduta diante de paciente com pré-diabetes? Justifique.

A
  • Se baixo RC: MEV + rastreio anual. Se alto RC: MEV + rastreio anual + Metformina.
  • Como aumenta a probabilidade do paciente desenvolver DM em curto prazo e aumenta o RC, há necessidade de instituir medidas preventivas e, se alto RC + tratamento.
38
Q

Quando e como deve ser feito o rastreio populacional da DM1?

A
  • Apenas em pacientes de alto risco: parentes de primeiro grau com DM1.
  • Pesquisa de auto-Ac (anti-ilhota, anti-GAD, e anti-IA2) no soro, e, se positivo, orientar quanto à possibilidade do surgimento da doença e o que fazer para levar estilo de vida mais saudável.
39
Q

Quando e como deve ser feito o rastreio de DM1?

A

Deve ser feito com os mesmos exames diagnósticos, nos pacientes abaixo, a cada 3a em adultos, 2a em crianças e anual se FRDM.
- Em todos os pacientes > 35 anos (ADA) / >/= 45 (SBP).
- Entre 18-35/45 se: sobrepeso + pelo menos 1 FRDM.
- Crianças e adolescentes (< 18: rastrear após puberdade ou após completar 10a, o que vier primeiro) se + pelo menos 1 dos dos seguintes: DMG, DM2 em parente de 1º ou 2º grau, etnia, (negro, latino, índio americano, ilhas do pacífico), resistência insulínica ou condições associadas ao fenótipo (ex.: hipertensão arterial, acantose nigricans, dislipidemia, síndrome dos ovários policísticos, história de ter nascido “pequeno para a idade gestacional”).

40
Q

Qual o objetivo do tratamento da DM?

A

Redução da morbimortalidade ao reduzir o risco de complicações agudas e complicações crônicas microvasculares, por meio do controle glicêmico rígido. No DM2, como o curso da patologia está bastante relacionado a doença macrovascular aterosclerótica e frequentemente apresenta múltiplos FRC associados, é essencial o controle dos fatores de risco para aterosclerose, ou seja, tratar também - é de forma agressiva - HAS, obesidade e dislipidemia + MEV.

41
Q

Quais os alvos glicêmicos do tratamento da DM?

A
  • HbA1c < 7% (evitar LOA’s, hipoglicemia e cetoacidose diabética). Idoso debilitado: < 8-8,5% (evitar hipoglicemia e cetoacidose diabética, LOA não dá tempo). Dx recente em paciente jovem sem DCV significativa pode ser tentado < 6,5.
  • Glicemia pré-prandial 80-130 mg/dL
  • Glicemia pós prandial < 180 mg/dL
  • Se criança + DM1 (insulinoterapia: alto risco de hipoglicemia + dificuldade de percepção): alvo HbA1C < 7,5%, glicemia pré-prandial 90-130 e antes de deitar 90-150.
  • Paciente em uso de insulina tem que ter no mínimo 4 medidas de glicemia capilar: em jejum antes do café, antes do almoço, antes de jantar e antes de dormir. Se estiver na dúvida de onde está o problema, orientar medidas pós prandial. Se não estiver em uso de insulina, o principal é a HbA1C.
42
Q

Qual a conduta diante de diagnóstico de DM?

A
  • Iniciar tratamento medicamentoso de acordo com tipo de DM e critérios de gravidade + MEV + controle de comorbidades (principalmente em DM2).
  • Em criança com DM1, rastrear:
    (1) Doença celíaca: dosagem da antitransglutaminase tecidual ou antiendomísio e níveis de IgA, devendo repetir se alterações no desenvolvimento (baixa estatura e dificuldade de ganho de peso) ou sintomas gastrointestinais;
    (2) Doença tireoidiana autoimune: dosagem de Ac anti-TPO e antitireoglobulina no momento do diagnóstico, sendo o TSH dosado também pós controle metabólico ée repetido a cada 2 anos.
43
Q

De que é composta a MEV?

A
  1. Dieta adequada
  2. Evitar álcool
  3. Cessar tabagismo
  4. Prática adequada de atividade física
44
Q

Qual a dieta adequada para paciente com DM?

A

Deve ser individualizada com nutricionista especializado, dando preferência para alimentos com baixo índice glicêmico, restrição de lipídeos e, se DM2 + obesidade, recomenda-se que seja planejada de modo a gerar déficit calórico 500-1000kcal/d (redução de 0,5-1kg/sem) para corrigir paulatinamente a obesidade, tendo como meta redução de pelo menos 5% do peso inicial (ideal 7%) e trazer o IMC 20-25.

45
Q

Quais orientações em relação ao consumo de álcool para paciente com DM? Justifique.

A

Deve ser desencorajado principalmente na DM1, pois aumenta o risco de hipoglicemia uma vez que aumenta gliconeogênese, além de aumentar a glicemia quando bebidas adocicadas.

46
Q
  • Quais orientações em relação ao tabagismo para paciente com DM? Justifique.
A

Cessar principalente na DM2, pois parece aumentar a resistência à insulina, além de ser fator de risco para aterosclerose.

47
Q

Quais orientações em relação a prática de atividade física para paciente com DM? Justifique.

A

É recomendado exercício físico regular da seguinte maneira: 30min/dia aeróbico 5d/sem + pelo menos 2x/sem exercícios isométricos de força. Se atentar aos riscos de exercícios físicos extenuantes + insulina (hipoglicemia de insulina alta antes, pois o exercício aumenta a sensibilidade do tecido muscular à insulina / hiperglicemia se insulina baixa antes, pois o estresse físico aumenta os hormônios contrarreguladores.

48
Q

Qual o tratamento medicamentoso da DM1?

A

Insulinoterapia na dose total de 0,5-1 UI/kg/d, imitando a fisiologia (secreção basal e pós-prandial).

49
Q

Quais condutas devem ser tomadas ao iniciar Insulinoterapia?

A

Pesquisar fatores que interferem na necessidade da insulina para definir a dosagem.
Orientar o paciente em relação aos efeitos adversos.
Explicar sobre técnica de aplicação e coleta de HGT.
Disponibilizar insumos.

50
Q

Como são classificadas os diferentes tipos de insulina?

A

De acordo com o tempo de ação: rápidas (imitar pico pós prandial) x versus lentas (imitar insulina basal).

51
Q

Insulinas rápidas: quais são as disponíveis, qual tempo de ação/quando devem ser aplicadas e qual a duração?

A

Insulinas rápidas: aplicar 5-30 min antes das refeições (efeito 5-30min pós aplicação)
- Regular (rápida): início 30 min, duração 4-6h
- Aspart, lispro e glulisina (ultrarrápida): início 5 min, duração 2-4h.
- Novidade: FIASP (faster aspart: ultrarrápida 2x mais rápida) e insulina inalatória.

52
Q

Insulinas lentas: quais são as disponíveis, qual tempo de ação/quando devem ser aplicadas e qual a duração?

A

No geral: aplicar 1-3x/d (duração até 8-24h após a aplicação).
- NPH (intermediária): início 1-4h, duração +/-8-12h (3-2x/d)
- Determir (lenta): início 2h, duração 18-24h
- Glargina (lenta): início 2h, duração 20-24h
- Degludeca (“ultralenta”).

53
Q

Quais as vantagens e desvantagens da nova insulina FIASP e da inalatória?

A
  • FIASP: Ultrarrápida 2x mais rápida, mas pouco disponível.
  • Inalatória: pouca o paciente da aplicação SC, mas é cara, limitação de posologia (só consegue aumentar de 2/2 UI, necessidade muito maior que subcutânea).
54
Q

Quais são as possíveis formas de aplicação/esquemas de insulina?

A
  1. Bomba de infusão contínua
  2. Esquema de múltiplas aplicações (basal-bolus)
  3. Esquema de 2 aplicações
55
Q

Quais as formas de administração de insulina padrão ouro e quais são as mais usadas.

A
  • Bomba de infusão contínua de insulina é o padrão ouro.
  • Esquema de múltiplas aplicações: na impossibilidade da bomba de infusão contínua, é a escolha.
  • Esquema de 2 aplicações: não é a escolha pois é mais difícil de cobrir todos os momentos, mas aumenta a adesão.
56
Q

Descreva o funcionamento da bomba de infusão contínua de insulina.

A

É colocado dentro do dispositivo uma insulina ultrarrápida, acoplado a um cateter que fica no subcutâneo do paciente e vai liberando a insulina de forma lenta, funcionando como uma insulina basal. Após comer, o paciente coloca quantas g de carboidrato ingeriu e a bomba calcula o quanto de insulina pós prandial deve liberar.

57
Q

Quais as vantagens e desvantagens da bomba de infusão contínua de insulina?

A
  • É o padrão ouro.
  • É pouco acessível pois é caro e o paciente tem que ser bem orientado.
58
Q

Descreva como deve ser feito o esquema de múltiplas aplicações (basal-bolus) de insulina.

A

Dose total de 0,5-1,0 UI/kg/dia dívida da seguinte forma:
- 50% rápida -> antes das refeições.
- 50% basal -> NPH 2x/d ou glargina 1x/d.

59
Q

Descreva como deve ser feito o esquema de 2 aplicações de insulina.

A

Dose total de 0,5-1,0 UI/kg/dia dívida da seguinte forma:
- Café -> 2/3 total (NPH 70% e regular 30%)
- Jantar -> 1/3 total (NPH 50% e regular 50%).
-Técnica: Juntar na mesma seringa as 2 insulinas: aspirar primeiro a regular e depois a NPH.

60
Q

Qual a vantagem e a desvantagem do esquema de 2 aplicações de insulina?

A
  • Maior adesão.
  • É mais difícil de cobrir todos os momentos, principalmente pela manhã (mas também a noite): na primeira aplicação a insulina regular cobre bem o pós café, mas no pós almoço não há aplicação de insulina rápida, fica dependendo da ação da NPH, de modo que esse paciente geralmente vai apresentar hiperglicemia nesse momento. O mesmo ocorre a noite. Esse paciente fica refém do esquema: se tomou 6hrs da manhã o café, 12h tem que ter o almoço para tentar buscar o pico da NPH.
61
Q

Quais as 2 possíveis causas de hiperglicemia pela manhã com uso de insulina e qual a conduta ?

A
  • Alvorecer (mais comum, prefiro marcar ela): manhã desprotegida (pico de contra-insulínicos - ciclo circadiano - no momento em que está acabando a NPH) -> conduta: aumentar a NPH noturna ou usar mais tarde.
  • Efeito somogyi (pesadelo, sudorese noturna) hipoglicemia madrugada (pelo pico de NPH aplicada a noite -> hipoglicemia -> aumento dos hormônios contra insulínicos -> pico pelo ciclo circadiano -> hiperglicemia na manhã) -> conduta: reduzir NPH (pode dar um reforço na ceia) ou usar mais tarde.
62
Q

Como diferenciar Alvorecer x Efeito somogyi?

A

Medir glicemia de madruga (3h).

63
Q

Quais são os insumos necessários para a plicarão de insulina?

A

Para todos: glicosímetro e fitas.
Para aplicação SC sem ser com bomba de infusão contínua: seringa e agulhas.
Dispositivo de bomba de infusão contínua, se for o caso.

64
Q

Quais são os fatores que interferem na necessidade da insulina?

A
  • Redução da necessidade diária:
    1. Insuficiência renal (pela redução de seu clearence), 2. Puberdade
    3. Hipertireoidismo
    4. Uso de glicocorticoides
  • Aumento da necessidade diária:
    1. Infeções
    2. Trauma
    3. Sd. de Cushing (aumento dos contrarregulares)
    4. Má absorção intestinal,
    5. Hipotireoidismo
65
Q

Qual a conduta diante de caso de paciente sem resposta as doses convencionais de insulina?

A

Pesquisar os (1) fatores que aumentam a necessidade diária, (2) má aderência (comum em quem faz hipoglicemia) e (3) Ac anti-insulina (raro, geralmente ocorrendo nos primeiros 6 meses).

66
Q

Quais são os possíveis efeitos adversos da insulina?

A
  1. Hipoglicemia
  2. Lipo-hipertrofia
67
Q

Quais as principais causa de hipoglicemia em paciente portador de DM em uso de insulina?

A
  1. Irregularidade dietética: omissão de refeição
  2. Erro na dose de insulina
  3. Exercício físico não programado: aumenta a captação de glicose pelo músculo -> a aplicação de insulina ante do exercício deve ser feita em locais que não serão trabalhados pelos grupos musculares durante o exercício).
  4. Uso excessivo de álcool (inibe a gliconeogênese).
68
Q

(V) ou (F) A hipoglicemia é um efeito adverso raro e geralmente sem gravidade do tratamento de DM.

A

Falso!
É um efeito adverso comum relacionado ao tratamento intensivo do DM (principalmente quando em uso de insulina, sendo menos comum no DM2 - acontece em drogas que estimulam a secreção de insulina) e potencialmente perigoso, pois, em situações extremas, pode levar ao coma hipoglicêmico, com risco de óbito ou sequelas neurológicas, bem como à precipitação de arritmias cardíacas e/ou isquemia miocárdica.

69
Q

Pq exercício físico não programado pode gerar hipoglicemia em paciente em insulinoterapia?

A

Pois aumenta a captação de glicose pelo músculo -> a aplicação de insulina ante do exercício deve ser feita em locais que não serão trabalhados pelos grupos musculares durante o exercício).

70
Q

Pq uso excessivo de álcool pode gerar hipoglicemia em paciente em insulinoterapia?

A

Pois inibe a gliconeogênese.

71
Q

Hipoglicemia - Diagnóstico.

A

Tríade de Whipple:
(1) Sinais e sintomas de hipoglicemia: fase hiperadrenérgica -> fase neuroglicopênica, podendo haver déficit focal.
(2) Glicemia capilar reduzida: </= 50 já apresenta sinais neuroglicopênicos, mas devemos evitar < 70. Valores variam de acordo com o controle da DM.
(3) Melhora clínica evidente após administração de glicose.

72
Q

Pq e como os níveis glicêmicos capazes de gerar sintomas de hipoglicemia variam de acordo com o controle do DM ?

A

Em pacientes que convivem com hiperglicemia crônica o neurônio se adapta para captar menos glicose, enquanto os que convivem com glicemia muito baixa o neurônio passa a captar mais glicose (aumente a expressão de GLUT1) -> paciente com DM mal controlado pode fazer sintomas hipoglicêmicos com glicemias relativamente alta (>80), enquanto os bem controlados podem fazer sintomas somente com glicemias baixíssimas (<40-45). Além disso, o surgimento de sintomas depende da velocidade da queda da glicemia.

73
Q

Cite 2 situações que dificultam a percepção da hipoglicemia. Justifique.

A
  1. Hypoglicemia unawareness (“falta de percepção da hipoglicemia”): paciente que tem mau controle glicêmico crônico -> hiperglicemia crônica -> disfunção do sistema nervoso autônomo, o prejudica a resposta físiológica à hipoglicemia (pouca ou nenhuma hiperativção adrenérgica, resposta inadequada dos hormônios contrarregulares) -> estado assintomático para Sd. Neuroglicopênica de forma súbita, evoluindo rapidamente para crises convulsivas e/ou coma hipoglicêmico, ou seja, o risco de hipoglicemia grave se torna acentuado.
  2. Crianças
74
Q

Quais orientações devem ser dadas ao paciente ao iniciar insulinoterapia para evitar hipoglicemia?

A

(1) Ensinar a reconhecer os sintomas iniciais da hipoglicemia (pode ser só uma dificuldade de concentração e sudorese fria).
(2) Orientar a ter sempre uma dose de doce prontamente disponível para ser ingerido no início dos sintomas nos casos leves (podem ser tratados com 15g de carboidrato: preferencialmente tabletes de glicose, mas se não disponível, uma colher de sopa de açúcar ou mel ou 150 ml de suco de laranja, ou 150 ml de refrigerante comum);
(3) Em casos de caso grave (necessidade da ajuda de terceiros devido à presença de sintomas neurológicos incapacitantes), aplicação de uma injeção SC de glucagon na dose de 0,5 em < 5a e 1mg > 5a, podendo ser repetido em 10 min se não houver resposta.
(4) Orientar evitar permanecer em jejum prolongado após uma dose de insulina regular e evitar fazer exercícios extenuantes.

75
Q

Como deve ser feito o tratamento da hipoglicemia?

A
  • Se em casa: Se caso leve -> 15g de carboidrato (preferencialmente tabletes de glicose, mas se não disponível, uma colher de sopa de açúcar ou mel ou 150 ml de suco de laranja, ou 150 ml de refrigerante comum). Se caso grave -> aplicação de uma injeção SC de glucagon na dose de 0,5 em < 5a e 1mg > 5a, podendo ser repetido em 10 min se não houver resposta.
  • Se hipoglicemia grave no hospital: GH IV pelo menos 4 amp 50% ou 8 amp a 25% ou 0,3-0,5 mg/kg, seguido por glicose IV de manutenção.
76
Q

Insulinoterapia
Em que consiste a Lipo-hipertrofia? Qual a conduta?

A

Reação local no sítio de infusão de insulina, que pode ser corrigida trocando-se o sítio de punção.

77
Q

Qual o tratamento medicamentoso da DM2?

A

Medicamentos antidiabéticos para diminuir a resistência à insulina.

78
Q

Quais as classes de antidiabéticos existentes?

A
  1. Aumento da secreção da insulina: Sulfonilureia, Glinidas, Inibidores da DPP4 (gliptinas), Agonistas GLP-1 (esses 2 últimos incretinomiméticos).
  2. Aumento do efeito periférico da insulina: Biguanidas, Tiazolinedionas (Glitazonas).
  3. Ação nos túbulos renais (inibição da reabsorção de glicose): ISGLT2
  4. Retardo da absorção intestinal de glicose: Acarbose.
  5. Análogos da Amilina: Pranlintida.
79
Q

Cite os fármacos representantes das classes de antidiabéticos secretagogos da insulina e suas respectivas doses.

A
  1. Inibidores da DPP4 (gliptinas): Vildagliptona (Galvus) 100mg VO/d, em tomada única; Sitagliptina (Januvia) 100 mg VO/d, em tomada única; Saxagliptina (Onglyza) 5mg VO/d.
  2. Agonistas GLP-1: Liraglutida (Victoza) 1,2 a 1,8 mg SC 1x/d; Exenatida (Byetta) 5 mg 2x/d SC, com aumento posterior para 10mg 2x/d SC; semaglutida.
80
Q

Cite os fármacos representantes das classes de antidiabéticos que agem reduzindo a resistência à insulina e suas respectivas doses.

A
  1. Sulfonilureias: foto
  2. Glinidas: Repaglinida, nateglinida
  3. Biguanidas: Metformina (Gligafe) 1000-2550 mg VO/dia em 2 tomadas. Formulação XR (de liberação prolongada) os sintomas adversos gastrointestinais tem reduzido significativamente (50%).
  4. Tiazolinedionas: Pioglitazona (Actos) 15-45 mg VO/dia, em uma tomada.