TCE Flashcards
PACIENTE VÍTIMA DE TCE – QUAL MÉTODO SOLICITAR?
Radiografia convencional de crânio:
*não faz parte da rotina dos serviços de atendimento ao TCE – não pedir
*não pedir, lesões intracranianas não conseguem ser vistas na radiografia convencional devido a sensibilidade muito baixa
**Tomografia computadorizada:
***Papel central – principal método, boa relação custo-benefício, consegue dar diagnostico nas situações que coloca o paciente em risco de vida
Ressonância Magnética:
*Não faz parte da rotina!
*reservada para algumas situações
TC X TCE: COM OU SEM CONTRASTE?
TC sem contraste é o método de escolha para a maioria das vítimas de TCE!
Por quê?
*Alta acurácia em detectar lesões que ameaçam a vida e necessitam de tratamento cirúrgico;
*Poucas contraindicações; *Rapidez;
*Baixo custo.
O contraste só é usado quando melhora a sensibilidade, que não é o caso, exceção = estudar vaso extracraninano – quando se suspeita de lesão vascular, como dissecção de carótida, pseudoaneurisma traumático
Quando solicitar TC com contraste?
Casos selecionados para estudo de lesões vasculares
Dissecções;
*Pseudoaneurismas traumáticos;
Avaliação de prognóstico das contusões hemorrágica (sangramento ativo).
TOMOGRAFIA – QUANDO SOLICITAR?
E A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA?
RM com contraste não faz parte da rotina diagnostica no cenário do TCE!!!
Por quê?
*Maior custo; Menor disponibilidade;
*Longo tempo de aquisição de exame: Pacientes críticos ou instáveis – (período para fazer o exame é longo e o pct tem que ficar parado)
*Incompatibilidade com a maioria dos equipamentos de monitorização – se tiver algum metal no corpo não pode fazer
QUANDO SOLICITAR RM NO TCE?
Reservada para:
*Dissociação entre quadro clínico e tomográfica – ex. pct está mal e a tomo veio normal, ou veio com alterações que não justificam o quadro clínico
o Lesões hemorrágicas pequena, profundas ou infratentoriais – sangramento mt pequeno pode passar despercebido na tomo
o Lesões de substância-branca.
*Avaliação de lesões secundárias ao trauma (complicações das lesões primarias)
TIPOS DE LESÕES NO TCE
Classicamente divididas em primárias e secundárias Primárias:
*Ocorrem no momento do acidente/ trauma *Forças de contato direto:
o Crânio x objeto
o Encéfalo x crânio (golpe ou contragolpe)
*Forças inerciais – aceleração e desaceleração, axonal difusa está relacionada a isso (subst. branca e cinzenta tem densidades diferentes, desaceleram em tempo diferente cisalhamento, com lesão do axônio)
Secundárias:
*Lesões tardias (após o trauma).
*Geralmente são complicações das primarias
LESÕES PRIMARIAS
**Coleções extra-axiais: **intracraniana, porém fora da massa encefálica
*Hematoma extradural *Hematoma subdural
*Hemorragia subaracnóidea
Lesões intra-axiais:
*Contusão
*Lesão da Substância Branca.
HEMATOMA EXTRADURAL (EPIDURAL)
Local: Coleção de sangue entre tábua interna (osso) e dura-máter
OBS.: espaço que normalmente não existe, sangue para entrar precisa dissecar a dura (precisa de pressão – sangue arterial)
Etiologia/associação:
*Fratura temporal/ temporo-parietal (85%)
*Sangramento arterial (90%): artéria meníngea média! o sangue arterial que tem pressão para dissecar, na maioria das vezes vem da artéria meníngea média
Prevalência/informações relevantes:
*Menos comum (que HSD)
*Aconteceointervalo lucidoo sanguedemora a conseguir dissecar o espaço e criar sangramento grande para começar a ter sinais e sintomas, nesse meio tempo o paciente pode ser assintomático ou sintomas mais leves
*Mortalidade 5% (menor que um hematoma de tamanho semelhante subdural – hematoma menos grave que o subdural)
SINAIS TOMOGRÁFICOS (H. EPIDURAL)
Coleção biconvexa (~30-50 UH) espontaneamente densa (cinza clara):
*Limites bem nítidos – pois as 2 estruturas anatômicas delimitam bem
*Habitualmente não atravessa suturas *Atravessa reflexões durais
Achados associados:
*Fratura 95% casos
*Áreas de baixa atenuação interna sugerem sangramento ativo = Sinal do redemoinho. áreas cinza mais escuro (hipoatenuante) dentro da coleção cinza claro = sangramento ativo, é um sinal de mal prognostico
Cinza escuro (hipodensa) dentro do hematoma = sangramento ativo
OBS.: mais escura = hipoatenuante
HEMATOMA SUBDURAL
Local: Sangue entre folheto interno da dura e aracnóide Etiologia:
*Laceração de pequenas veias superficiais que drenam para
.
Prevalência/ informações relevantes:
*Mais frequente que HED
*Mortalidade: 35%-90% (maior que o extradural)
ACHADOS TOMOGRÁFICOS (HSD)
Imagem “em crescente” (côncavo-convexo) junto à tábua óssea:
*Atravessa suturas!
*Não atravessa reflexões durais!
Densidade:
*Agudo (30 dias): hiperdensa (branco).
*Crônico: hipodensa (preto), semelhante ao líquor
HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA
Local: ** Entre a aracnoide e a pia-máter (no espaço subaracnóideo).**
Etiologias:
1. Laceração de pequenos vasos que cruzam o espaço (+ frequente)
2. Redistribuição de hemorragia intraventricular
*Sangue: ventrículo espaço subaracnoide. *menos comum no contexto de TCE
3. Redistribuição de hematoma/ contusão cerebral. vem do próprio encéfalo
*Sangue: parênquima espaço subaracnoide.
OBS.: rotura de aneurisma intracraniano é uma causa mt comum de HSA não traumática – início abrupto de cefaleia muito intensa
“pior da vida”
SINAIS TOMOGRÁFICOS DA HSA
O líquor cinza claro é o principal achado de imagem da hemorragia subaracnoide
Conteúdo espontaneamente denso (sangue) preenchendo espaços liquóricos:
***Sulcos *Fissuras
*Cisternas **
CONTUSÃO/ HEMATOMA CEREBRAL
É uma lesão intra-axial (dentro da massa encefálica)
*Lesões necro-hemorrágicas causadas pelo atrito/ choque entre o cérebro e o crânio – hemorragica intraparenquimatosa com morte celular
Locais mais acometidos:
*Parênquima em proximidade à superfícies irregulares da tábua óssea interna! – durante o trauma tem atrito na regiao irregular do cranio com o parenquima encefalico
*Podem acometer o local do contra-golpe – ex. TCE de um lado e o encefalo bate do outro lado
Conceito/divisão didática:
*Contusão: Lesão hemorrágica restrita à substância cinzenta.
*Hematoma: Se estende à substância branca. – Lesões maiores.
*na prática não é usada