Sistema hematopoiético: leucemias/mielograma e citometria de fluxo - aplicações clínicas Flashcards
1) Conceito de leucemia:
2) Fisiopatologia da leucemia
3) Órgãos comumente afetados além da medula óssea:
1) É uma neoplasia de células hematopoiéticas precursoras (mais especificamente, precursoras de leucócitos) que apresentam proliferação anormal e parada de maturação em diferentes estágios de sua diferenciação, levando ao acúmulo de células neoplásicas e imaturas na medula óssea.
2) Células normais passam a serem substituídas por células neoplásicas imaturas que, agora, ocupam a medula óssea e impede, a proliferação de elementos normais desse tecido.
As células neoplásicas imaturas também podem deixar a medula óssea para o sangue periférico e, dessa forma, atingir outros órgão.
3) • Baço
• Linfonodos
• Fígado
• SNC
Etiologias das leucemias:
- Alterações no controle de diferenciação, proliferação e apoptose de células tronco hematopoiéticas precursoras de leucócitos.
- Mutação em protooncogene: genes que codificam proteínas que controlam o crescimento e a diferenciação celular.
- Mutações em genes supressores que regulam o ciclo celular.
Fatores de risco das leucemias:
- Fatores hereditários
- Radiação ionizante
- Agentes químicos (cloranfenicos, fenibutazona)
- Infecções por vírus oncogênicos (epstein-baar, HTLV)
- Pacientes com doenças hematológicas prévias (anemia aplástica, HPN, enemia de Fanconi
- Genética (Síndrome de Down)
- Mutações (translocações e deleções cromossômicas)
1) Qual tipo de leucemia é mais comum em crianças?
1) Leucemia linfóide aguda - 85%:
- Derivadas dos linfócitos Bs (LLA B) - 85%
- Derivada dos linfócitos Ts (LLA T) - 15%
1) Qual tipo de leucemia é mais comum em adultos?
2) Qual o outro tipo de leucemia?
1) Leucemia mielóide aguda - 85%
2) Leucemia linfóide aguda - 15%:
- LLA B - 75%
- LLA T - 55%
Classificação das leucemias:
1) Aguda
2) Crônica
1) Caracterizada pelo crescimento rápido e em curto intervalo de tempo das células imaturas do sangue (células leucêmicas).
A evolução da doença clínica é rápida
2) Aumento de células imaturas na medula óssea e no sangue periférico, porem de forma insidiosa.
Classificação das leucemias:
1) Leucemias mielóides
2) Leucemias linfóides
1) Afeta células derivadas de precursores mielóide (células da resposta inata)
2) Afeta células derivadas de precursores linfóides (linfócitos B e T)
Classificação das leucemias agudas:
1) Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA)
2) Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
1) Ocorre comprometimento de leucócitos da linhagem granulocítica. Caracterizada por crescimento de tecido linfoide, infiltração no SNC e testículos.
2) Ocorre comprometimento de leucócitos da linhagem linfocítica.
Classificação das leucemias CRÔNICAS:
1) Leucemia Mielóide Crônica (LMC)
2) Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
1) Ocorre comprometimento de leucócitos da linhagem granulocítica.
2) Ocorre comprometimento de leucócitos da linhagem linfocítica.
Qual abordagem deve-se ter para a avaliação de uma neoplásica hematológica?
Abordagem integrada entre:
- Anamnése
- História Clínica
- Exame Físico
- Exames laboratoriais
Sintomas apresentados por pacientes com leucemia:
- Fraqueza, fadiga, dor muscular, palpitação, cefaléia, palidez: relacionados a anemia secundária a redução de células da linhagem eritróide.
- Hemorragias que ocorre, principalmente, nas gengivas, nariz ou pele (equimoses e petéquias): secundárias a redução das plaquetas.
- Infecções e febre: secundários a redução de neutrófilos
- Adenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia : secundária a infiltração de células leucêmicas
- Sintomas semelhantes aos de meningite: pertubações visuais, cefaléia, náuseas, paralisia dos nervos cranianos - secundários a infiltração das células leucêmicas no SNC.
- Essas células leucêmicas também podem infiltrar nos testículos.
- Estados compressivos do mediastino pela proliferação e crescimento do tecido linfoide
Quando as células leucêmicas infiltram no SNC, qual exame é importante para a diferenciação do diagnóstico com meningite, visto que os sintomas são muito semelhantes?
Nesse caso, o hemograma é muito importante para o diagnósticos.
É importante os resultados de hemoglobina, hemáceas, hematócrito e contagem de leucócitos.
No entanto, a análise do esfregaço sanguíneo também tem um ponto chave para o técnico de laboratório visalisar células blásticas (imaturas).
Leucemia Linfóide Aguda:
1) Qual faixa etária mais atingida?
2) Qual outra faixa etária importante?
1) Doença primariamente da infância (70% dos casos). Incidência ocorre entre 2 a 5 anos.
2) Adultos maiores de 60 anos.
Leucemia Linfóide Aguda:
1) Qual diagnóstico diferencial principal?
2) Cite outros diagnósticos diferenciais:
1) Artrite reumatóide juvenil
2) Febre reumática, Lupus, mononucleose
infcciosa
Sintomas da Leucemia Linfóide Aguda:
Anemia
•Febre, perda de peso, artralgia, aumento de linfonodos.
•Hepatoesplenomegalia
•Síndrome hemorrágica, sangramento em mucosas e pele.
•Dores ósseas
Leucemia Linfóide Aguda:
1) Qual tipo de mutação está mais relacionada?
2) Quais fatores se relacionam ao prognóstico reservado?
1) - Translocação 12:21 em LLA B tem bom prognóstico
–Translocações: t(8;14), t(2;8), t(8;22) e t(4;11) = prognósticos diferentes.
–T(8;14) estão associadas a LLA do tipo L3
2) –Idade inferior a 12 meses e adultos
–Sexo masculino
- Contagens leucocitárias elevadas ao diagnóstico
- Infiltração em SNC e testículos
Leucemia Mielóide Aguda:
1) É o tipo de leucemia mais comum em qual faixa etária?
2) A que se da o quadro clínico da doença?
1) Adultos
2) Em consequência da proliferação exacerbada
de células leucêmicas na medula óssea e infiltração de outros tecidos e órgãos ou da falência da hematopoiese.
Leucemia Mielóide Aguda:
1) Quais os sinais e sintomas?
2) Cite alguns tecidos que podem ser inflitrados pelas células leucêmicas:
1) Anemia : fadiga, palidez e fraqueza.
Alteração nos leucócitos, infecções são frequentes nesses pacientes. Febre também é comum.
Plaquetopenia, hemorragias, petéquias e epistaxe : 50% dos pacientes.
2) Alguns tecidos/órgãos que podem ser infiltrados pelas
células leucêmicas são: fígado, baço, linfonodos, pele,
gengiva e sistema nervoso central.
Alterações encontradas no hemograma de paciente com Leucemia Mielóide aguda:
- Contagem de plaquetas e hemoglobinas baixas
- Contagem de células brancas podem variar de < 1000 microlitros (associadas a infecções graves) a 200.000 microlitros.
- Contagem diferencial de células brancas anormais com neutropenia e presença de blastos. Geralmente a detecção ocorre pelos flegs em aparelho.
- Anemias normocrômca e normocítica.
- Trombocitopenia pode ser severa.
Diagnóstico de leucemia mielóide agudua:
Associar os exames laboratoriais com anamnese, história clínica e exame físico.
Ocorre contagem do hemograma com identificação de blastos.
É realizado o mielograma: s egundo a classificação da OMS, devem ser encontrados no mínimo 20% de blastos em amostras de sangue periférico e/ou medula óssea.
A imunofenotipagem é essencial na caracterização dos subtipos de LMA.
Alguns marcadores de superfície positivos são: CD11b, CD13, CD15, CD33, CD117, HLA-DR, CD34, CD41, CD42, CD61.
Para o diagnóstico conclusivo, é necessário incluir a análise citogenética e biologia molecular, pois auxiliam no prognóstico e terapêutica da doença.
Na presença de determinadas mutações, o diagnóstico pode ser feito independentemente da quantidade de blastos.
Leucemia Mielóide Crônica:
1) Caracterização
2) Faixa etária mais afetada
1) Acúmulo de células anormais na MO (proliferativo)hiperplasia de células granulocíticas na medula óssea.
2) Adultos entre a terceira e quarta décadas.
Leucemia Mielóide Crônica:
1) Qual a anormalidade genética apresentada?
1) Alteração no cromossomo Ph (Philadephia).
Translocação nos cromossomos 9 e 22 criando o gene BCR-ABL , o que caracteriza a LMC
Sintomas iniciais da leucemia mielóide crônica (fase crônica):
Palidez Cansaço Aumento do baço (bastante comum) Perda de peso Hematomas obs: evolui, em torno de três anos, para as próximas fases
Leucemia mielóide crônica:
1) O que é a fase acelerada?
2) Quais alterações estão presentes nessa fase?
1) É uma fase de evolução da doença, cursando com turbulência, maior dificuldade de controle.
2) Aumento maior do baço e das células imaturas (blastos).
Leucemia mielóide crônica:
1) Fase blastica
1) Nessa fase já é possível encontrar um número maior que 20% de blastos na medula óssea.