Sistema hematopoiético: leucemias/mielograma e citometria de fluxo - aplicações clínicas Flashcards

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1
Q

1) Conceito de leucemia:
2) Fisiopatologia da leucemia
3) Órgãos comumente afetados além da medula óssea:

A

1) É uma neoplasia de células hematopoiéticas precursoras (mais especificamente, precursoras de leucócitos) que apresentam proliferação anormal e parada de maturação em diferentes estágios de sua diferenciação, levando ao acúmulo de células neoplásicas e imaturas na medula óssea.
2) Células normais passam a serem substituídas por células neoplásicas imaturas que, agora, ocupam a medula óssea e impede, a proliferação de elementos normais desse tecido.
As células neoplásicas imaturas também podem deixar a medula óssea para o sangue periférico e, dessa forma, atingir outros órgão.
3) • Baço
• Linfonodos
• Fígado
• SNC

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2
Q

Etiologias das leucemias:

A
  • Alterações no controle de diferenciação, proliferação e apoptose de células tronco hematopoiéticas precursoras de leucócitos.
  • Mutação em protooncogene: genes que codificam proteínas que controlam o crescimento e a diferenciação celular.
  • Mutações em genes supressores que regulam o ciclo celular.
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3
Q

Fatores de risco das leucemias:

A
  • Fatores hereditários
  • Radiação ionizante
  • Agentes químicos (cloranfenicos, fenibutazona)
  • Infecções por vírus oncogênicos (epstein-baar, HTLV)
  • Pacientes com doenças hematológicas prévias (anemia aplástica, HPN, enemia de Fanconi
  • Genética (Síndrome de Down)
  • Mutações (translocações e deleções cromossômicas)
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4
Q

1) Qual tipo de leucemia é mais comum em crianças?

A

1) Leucemia linfóide aguda - 85%:
- Derivadas dos linfócitos Bs (LLA B) - 85%
- Derivada dos linfócitos Ts (LLA T) - 15%

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5
Q

1) Qual tipo de leucemia é mais comum em adultos?

2) Qual o outro tipo de leucemia?

A

1) Leucemia mielóide aguda - 85%
2) Leucemia linfóide aguda - 15%:
- LLA B - 75%
- LLA T - 55%

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6
Q

Classificação das leucemias:

1) Aguda
2) Crônica

A

1) Caracterizada pelo crescimento rápido e em curto intervalo de tempo das células imaturas do sangue (células leucêmicas).
A evolução da doença clínica é rápida
2) Aumento de células imaturas na medula óssea e no sangue periférico, porem de forma insidiosa.

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7
Q

Classificação das leucemias:

1) Leucemias mielóides
2) Leucemias linfóides

A

1) Afeta células derivadas de precursores mielóide (células da resposta inata)
2) Afeta células derivadas de precursores linfóides (linfócitos B e T)

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8
Q

Classificação das leucemias agudas:

1) Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA)
2) Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)

A

1) Ocorre comprometimento de leucócitos da linhagem granulocítica. Caracterizada por crescimento de tecido linfoide, infiltração no SNC e testículos.
2) Ocorre comprometimento de leucócitos da linhagem linfocítica.

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9
Q

Classificação das leucemias CRÔNICAS:

1) Leucemia Mielóide Crônica (LMC)
2) Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

A

1) Ocorre comprometimento de leucócitos da linhagem granulocítica.
2) Ocorre comprometimento de leucócitos da linhagem linfocítica.

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10
Q

Qual abordagem deve-se ter para a avaliação de uma neoplásica hematológica?

A

Abordagem integrada entre:

  • Anamnése
  • História Clínica
  • Exame Físico
  • Exames laboratoriais
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11
Q

Sintomas apresentados por pacientes com leucemia:

A
  • Fraqueza, fadiga, dor muscular, palpitação, cefaléia, palidez: relacionados a anemia secundária a redução de células da linhagem eritróide.
  • Hemorragias que ocorre, principalmente, nas gengivas, nariz ou pele (equimoses e petéquias): secundárias a redução das plaquetas.
  • Infecções e febre: secundários a redução de neutrófilos
  • Adenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia : secundária a infiltração de células leucêmicas
  • Sintomas semelhantes aos de meningite: pertubações visuais, cefaléia, náuseas, paralisia dos nervos cranianos - secundários a infiltração das células leucêmicas no SNC.
  • Essas células leucêmicas também podem infiltrar nos testículos.
  • Estados compressivos do mediastino pela proliferação e crescimento do tecido linfoide
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12
Q

Quando as células leucêmicas infiltram no SNC, qual exame é importante para a diferenciação do diagnóstico com meningite, visto que os sintomas são muito semelhantes?

A

Nesse caso, o hemograma é muito importante para o diagnósticos.
É importante os resultados de hemoglobina, hemáceas, hematócrito e contagem de leucócitos.
No entanto, a análise do esfregaço sanguíneo também tem um ponto chave para o técnico de laboratório visalisar células blásticas (imaturas).

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13
Q

Leucemia Linfóide Aguda:

1) Qual faixa etária mais atingida?
2) Qual outra faixa etária importante?

A

1) Doença primariamente da infância (70% dos casos). Incidência ocorre entre 2 a 5 anos.
2) Adultos maiores de 60 anos.

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14
Q

Leucemia Linfóide Aguda:

1) Qual diagnóstico diferencial principal?
2) Cite outros diagnósticos diferenciais:

A

1) Artrite reumatóide juvenil
2) Febre reumática, Lupus, mononucleose
infcciosa

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15
Q

Sintomas da Leucemia Linfóide Aguda:

A

Anemia
•Febre, perda de peso, artralgia, aumento de linfonodos.
•Hepatoesplenomegalia
•Síndrome hemorrágica, sangramento em mucosas e pele.
•Dores ósseas

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16
Q

Leucemia Linfóide Aguda:

1) Qual tipo de mutação está mais relacionada?
2) Quais fatores se relacionam ao prognóstico reservado?

A

1) - Translocação 12:21 em LLA B tem bom prognóstico
–Translocações: t(8;14), t(2;8), t(8;22) e t(4;11) = prognósticos diferentes.
–T(8;14) estão associadas a LLA do tipo L3
2) –Idade inferior a 12 meses e adultos
–Sexo masculino
- Contagens leucocitárias elevadas ao diagnóstico
- Infiltração em SNC e testículos

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17
Q

Leucemia Mielóide Aguda:

1) É o tipo de leucemia mais comum em qual faixa etária?
2) A que se da o quadro clínico da doença?

A

1) Adultos
2) Em consequência da proliferação exacerbada
de células leucêmicas na medula óssea e infiltração de outros tecidos e órgãos ou da falência da hematopoiese.

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18
Q

Leucemia Mielóide Aguda:

1) Quais os sinais e sintomas?
2) Cite alguns tecidos que podem ser inflitrados pelas células leucêmicas:

A

1) Anemia : fadiga, palidez e fraqueza.
Alteração nos leucócitos, infecções são frequentes nesses pacientes. Febre também é comum.
Plaquetopenia, hemorragias, petéquias e epistaxe : 50% dos pacientes.
2) Alguns tecidos/órgãos que podem ser infiltrados pelas
células leucêmicas são: fígado, baço, linfonodos, pele,
gengiva e sistema nervoso central.

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19
Q

Alterações encontradas no hemograma de paciente com Leucemia Mielóide aguda:

A
  • Contagem de plaquetas e hemoglobinas baixas
  • Contagem de células brancas podem variar de < 1000 microlitros (associadas a infecções graves) a 200.000 microlitros.
  • Contagem diferencial de células brancas anormais com neutropenia e presença de blastos. Geralmente a detecção ocorre pelos flegs em aparelho.
  • Anemias normocrômca e normocítica.
  • Trombocitopenia pode ser severa.
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20
Q

Diagnóstico de leucemia mielóide agudua:

A

Associar os exames laboratoriais com anamnese, história clínica e exame físico.
Ocorre contagem do hemograma com identificação de blastos.
É realizado o mielograma: s egundo a classificação da OMS, devem ser encontrados no mínimo 20% de blastos em amostras de sangue periférico e/ou medula óssea.
A imunofenotipagem é essencial na caracterização dos subtipos de LMA.
Alguns marcadores de superfície positivos são: CD11b, CD13, CD15, CD33, CD117, HLA-DR, CD34, CD41, CD42, CD61.
Para o diagnóstico conclusivo, é necessário incluir a análise citogenética e biologia molecular, pois auxiliam no prognóstico e terapêutica da doença.
Na presença de determinadas mutações, o diagnóstico pode ser feito independentemente da quantidade de blastos.

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21
Q

Leucemia Mielóide Crônica:

1) Caracterização
2) Faixa etária mais afetada

A

1) Acúmulo de células anormais na MO (proliferativo)hiperplasia de células granulocíticas na medula óssea.
2) Adultos entre a terceira e quarta décadas.

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22
Q

Leucemia Mielóide Crônica:

1) Qual a anormalidade genética apresentada?

A

1) Alteração no cromossomo Ph (Philadephia).

Translocação nos cromossomos 9 e 22 criando o gene BCR-ABL , o que caracteriza a LMC

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23
Q

Sintomas iniciais da leucemia mielóide crônica (fase crônica):

A
Palidez
Cansaço
Aumento do baço (bastante comum)
Perda de peso
Hematomas
obs: evolui, em torno de três anos, para as próximas fases
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24
Q

Leucemia mielóide crônica:

1) O que é a fase acelerada?
2) Quais alterações estão presentes nessa fase?

A

1) É uma fase de evolução da doença, cursando com turbulência, maior dificuldade de controle.
2) Aumento maior do baço e das células imaturas (blastos).

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25
Q

Leucemia mielóide crônica:

1) Fase blastica

A

1) Nessa fase já é possível encontrar um número maior que 20% de blastos na medula óssea.

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26
Q

Hemograma na leucemia mielóide crônica:

1) Papel
2) Alterações

A

1) Diagnóstico e acompanhamento do prognóstico da doença.
2) Aumento do número de blastos e presença de basófilos e eosinófilos.
O aumento dessas células durante a leucemia mielóide crônica sinaliza que o paciente está mudando de fase.

27
Q

Leucemia Linfóide Crônica:

1) O que ocorre nessa doença?
2) Qual a faixa etária de diagnóstico?
3) Sintomas

A

1) Proliferação e acúmulo de células maduras linfóides anormais na MO, que podem migrar para linfonodos, fígado e baço.
2) Diagnóstico, normalmente, é feito em pacientes acima de 60 anos.
Como é uma doença de evolução lenta, os sintomas, muitas vezes, são percebidos quando o paciente já se apresenta em um estágio mais avançado da doença.
3) Aumento de gânglios linfáticos, perda de peso e cansaço excessivo

28
Q

Leucemia Linfóide Crônica:

1) Como ocorre o diagnóstico, na maioria dos casos?
2) O que é observado no exame laboratorial?

A

1) Exame de rotina
2) Hemograma:
- Leucocitose: 25.000 a 200.000/mm3
- Linfocitose: > 5.000 linfócitos/mm3
- Anemia
- Trombocitopenia e granulocitopenia
- Sombras nucleares ou manchas de Grumpetch: aparecem devido ao rompimento de linfócitos imaturos frágeis.
Mielograma:
- Infiltração medular de linfócitos – 40% das células da MO
- Verificar a evolução da doença, padrão de infiltração
Imunofenotipagem: é a principal avaliação diagnóstica,
permitindo o diagnóstico diferencial com outras síndromes Linfoproliferativas.

29
Q

Quais exames laboratoriais um paciente com suspeita de leucemia deve fazer?

A
  • Hemograma
  • Análise bioquímica: importante para análise das funções renal, hepática, e para a observação de algumas enzimas, em especial a LDH (aumenta quando ocorre maior lise de células circulantes).
  • Testes de coagulação: ajudam na avaliação dos episódios de sangramentos que são muito comuns em pacientes com leucemias mielóides pró-mielocíticas (LMA M3)
  • Análise morfológica do líquido cefalorraquidiano (líquor) Infiltração do SNC
  • Mielograma (estudo morfológico de esfregaços da medula óssea)
  • Imunofenotipagem pela metodologia Citometria de fluxo
  • Citogenética
  • Biologia Molecular
  • Biópsia de medula óssea
30
Q

Qual a importância da hematoscopia para no diagnóstico de leucemia?

A

A hamatoscopia é importante para a identificação do blasto, inicialmente. Posteriormente, uma melhor caracterização do blasto será realizada pelo mielograma.

31
Q

Achados laboratoriais em leucemias agudas:

A

Hemograma: contagem automatizada e análise morfológica(Hematoscopia):
• Anemia normocítica e normocrômica
• Leucocitose, com neutrofilia ou linfocitose
• Monocitose (leucemia derivada da série monocítica)
• Leucopenia e neutropenia
• Plaquetopenia
• Presença de blastos (células grandes com evidência de nucléolo e citoplasma mais basofílico) no sangue periférico

32
Q

1) Por meio de qual exame é feita a classificação morfológica das leucemias?
2) Como essa classificação é feita?

A

1) Por meio do mielograma.
2) Ela obedece o Critério de classificação do Grupo Franco-Aericano-Britânico (FAB).
É baseada na morfologia e em características citoquímicas (avaliadas por um grupo de colorações utilizadas para a classificação dos blastos).

33
Q

Indicações para realização do mielograma:

A

Diagnóstico de leucemias agudas e crônicas; avaliação
morfológica, qualitativa e quantitativa.
• Controle de tratamento quimioterápico
• Avaliação de citopenias( neutropenia, plaquetopenia) e
depósitos de ferro em precursores eritróides.
• Estadiamento de tumores envolvendo a medula óssea
• Detecção de possíveis organismos intracelulares
• Doenças de metabólicas de depósito; doenças
imunológicas; doenças não-hematopoiéticas.
- Pesquisa de Leichmaniose

34
Q

Durante o mielograma, colhe-se material para quais outros exames?

A
  • Mielocultura
  • Imunofenotipagem
  • Reações citoquímicas e citogenéticas
  • Biologia molecular
35
Q

Como é realizado a coleta do material para o mielograma?

A
  • O exame prévio e cuidadoso do sangue periférico é mandatório (análise do hemograma)
  • É realizado a nível ambulatorial e sob anestesia local.
  • Apenas em casos específicos, ele é realizado sobre sedação.
  • Sítios de punção ( variam conforme idade, dificuldade de acesso, riscos, desconforto e facilidade de
    obtenção de uma boa amostra).
  • Adultos região esternal e em crianças na crista ilíaca
36
Q

O que o mielograma fornece?

A

Análise morfológica, detalhada, de todas a linhagens celulares da medula óssea.
Série eritrocítica, granulocítica, linfoplasmocitária e plaquetária.
São contadas 500 células e cada uma é analisada isoladamente em relação ao seu tamanho, componentes do citoplasma e do núcleo, evidencia ou não de nucléolo, etc.

37
Q

Classificação da Leucemia Linfoide Aguda pela classificação FAB:

A
  • L1: Linfoblastos pequenos e de forma regular. Dificuldade de visualização de nucléolos e citoplasma escasso.
  • L2: Linfoblastos maiores e de forma irregular. Presença de nucléolos bem visíveis.
  • L3: Linfoblastos grandes, ovais ou redondas, com citoplasma abundante, basófilo e com presença de vacúolos. Possui 1 a 3 nucléolos.
38
Q

Classificação das leucemias segundo a OMS:

A

Engloba a classificação FAB (morfológica), mas ela também inclui a classificação realizada por imunofenotipagem, citogenética e, em alguns casos, a análise de biologia molecular.

39
Q

Classificação da Leucemia Mieloide Aguda pela classificação FAB:

A

Análise do grau de maturação e diferenciação celular:
M0 LMA sem maturação nem diferenciação
M1 LMA sem maturação, com diferenciação limitada
M2 LMA com maturação parcial - GR
M3 Leucemia promielocítica aguda – GR
M4 Leucemia mielomonocítica aguda – Monócito
M5 Leucemia monocítica aguda - Monócito
M6 Eritroleucemia - derivada das células eritroides -ER
M7 Leucemia megacariocítica aguda - derivada células megacariocíticas - PL

40
Q

Leucemia Megacarioblástica Aguda (LMA M7):
1) Comuns em qual grupo de pessoas?
Leucemia mielóide aguda de linhagem eritroide:
2) Comum em qual faixa etária?

A

1) Crianças com Síndrome de Down, mas pode ocorrer em adultos e crianças que não possuem essa síndrome.
2) Pacientes mais idosos que apresentam um grau de displasia na medula óssea.

41
Q

Pontos a ressaltar da Leucemia pró-mielocítica (LAM-M3):

A

A OMS classifica essa leucemia como uma das leucemias de anormalidades genéticas recorrentes.
Cursa com sangramentos importantes do ponto de vista clínico, diferenciando-se de outras leucemias mielóides.
Ocorre proliferação de granulócitos imaturos (pró-mielócitos).
Muitas vezes, é possível encontrar feixes de bastoneste de Auer: inclusões citoplasmáticas
formadas por grânulos azurófilos (pode estar presente em cerca de 15% dos blastos).

42
Q

Qual era a função da coloração citoquímica?

A

Diferenciar mieloblastos e linfoblastos, mas não permite a classificação de estágios maturativos.
obs: está caindo em desuso e sendo substituída

43
Q

1) Vantagens do mielograma

2) Desvantagens do mielograma

A

1) Rápido, de baixo custo, trazer informações rápidas e objetivas sobre as principais patologias que afetam a medula óssea.
2) Não informa sobre a arquitetura histológica das células e o grau de fibrose medular

44
Q

1) Qual exame permite informar a arquitetura histológica das células e o grau de fibrose medular?
2) Esse exame substitui o mielograma?

A

1) Biópsia de medula óssea.

2) Não, os dois são exames complementares.

45
Q

Indicações para a realização da biópsia de medula óssea:

A
  • Condições em que não se obtém o material do aspirado(dray tap)
  • Avaliação de bicitopenia (diminuição de duas das três séries - ex: anemia + plaquetopenia ou leucopenia + anemia), ou pancitopenia (diminuição das três séries - leucopenia + anemia + plaquetopenia), quando o aspirado vem hipocelular
  • Infiltração tumoral metastática
  • Mielofibrose
  • Mieloma múltiplo
46
Q

Porque, por vezes, o mielograma não pe suficiente?

A

Há considerável sobreposição de morfologias entre linfoblastos e mieloblastos, e
que somente o estudo morfologia através da microscopia, pode não ser
definitiva, sendo necessários exames mais complexos, como a imunofenotipagem
para um diagnóstico preciso.

47
Q

O que é a citometria de fluxo?

A

É um método que reúne avanços nas áreas técnicas de computação, produção de anticorpos monoclonais, fluorocromos, tecnologia de raio laser e megacromica.
É uma técnica que conjuga todos os avanços para detectar a capacidade química e biológica da célula.
Ela é realizada por meio de anticorpos monoclonais conjugados a fluorocromos que possuem afinidade pela molécula de interesse.
Os fluorocromos são excitados por uma radiação a laser e emitem um comprimento de onda de uma cor que é detectada por um sensor, chamado de fotomultiplicadores. Eles convertem a luz captada em sinais eletrônicos que são enviados ao computador e possibilitam uma análise multiparamétrica que é realizada por meio de representações gráficas.

48
Q

1) Qual a vantagem da citometria de fluxo para diagnóstico de leucemia?
2) Quais amostras podem ser utilizadas nesse método?

A

1) É um método rápido. Resultados podem sair por voltar de 24 a 48 horas - impacto importante no prognóstico e terapêuticas de leucemias agudas, principalmente (é possível verificar a presença de células neoplásicas residuais ou se houve recidiva da doença)
Permite detectar uma pequena quantidade de células neoplásicas que estejam misturadas a células normais.
2) Medula óssea, sengue periférico, líquidos biológicos, inclusive o liquor.

49
Q

Etapas realizadas durante o processo de análise de imunofenotipagem:

A
  • Separação das células em granulócitos, linfócitos e células eritróides.
  • Células blásticas: separadas por tamanho, granularidade e, posteriormente, são identificadas em relação a linhagem.
    Ex:
    1) Marcação CD3 por granularidade: separam todos os linfócitos T que possuem a marcação CD3 (pró-linfóide).
    2) TDT: marcador de imaturidade celular
    CD7: anticorpo que marca os linfócitos T.
    Nesse caso, o blasto verdadeiro marcará positivamente para o TDT e para o CD7.
    Já as células que possuem marcação para CD7, porém, não apresentam marcação para o TDT são células linfóides maduras, provavelmente, linfócitos normais.
    3) Marcador CD45 está presente em células leucocitárias tanto granulocíticas como linfóides - é utilizado para separar a população blástica (doente).
50
Q

Principais marcadores para a imunofenotipagem de:

1) Precursores hematopoéticos:
2) Linhagem B:
3) Linhagem T:
4) Linhagem mieloide:

A

1) CD 34, HLA-DR, Tdt e CD 45
2) CD10, CD 19, CD 20, CD 22 e CD 79a
3) CD 2, CD 3, CD4, CD 5 e CD 7
4) CD 13, CD33, CD 15, MPO e CD 117

51
Q

Principais marcadores para a imunofenotipagem de:

1) Linhagem monocítica:
2) Linhagem eritroide:
3) Linhagem megacarioblástica:

A

1) CD14, CD11c e CD64
2) CD71 e glicoforina A
3) CD 41 e CD42

52
Q

Classificação das leucemias de linhagem linfóide B:

A

Divididas segundo 4 estágios de maturação dos progenitores das células B:

1) Pró-B (LLA pró B) - representa 5% do casos pediátricos e 10% dos casos de leucemias linfóide em adultos.
2) Comum (LLA comum) - impacto favorável no rpognóstico. 75% de LLA infantil e 50% de LLA em adultos.
3) Pré-B - expressa cadeia citoplasmática, indicando que é uma célula um pouco mais madura. Representa 15% da LLAs em crianças e 10% em adultos.
4) B maduro - representa em 2 a 5% das LAAs em crianças e adultos.

53
Q

1) Na imunofentipágem quais antÍgenos são comuns para a marcação de blastos mieloides?
2) Na imunofentipágem quais antígenos são comuns para a marcação de blastos linfóides de linhagem B?

A

1) - Comum para marcação de mieloperoxidases
- CD33, CD13 e CD117
2) - CD20, CD22 e CD19.

54
Q

Funções da imunofenotipagem:

A
  • Demonstra qual a linhagem (origem) das células leucêmicas
  • Identifica o estágio de maturação celular
  • Complementa o Mielograma
  • Análise da subpopulação linfocitária HIV - quantificação de LTCD4 e LTCD8
  • Diagnóstico e manejo do mieloma múltiplo
  • Avaliação de Doenças Mieloproliferativas
  • Detecção de anticorpos plaquetários
  • Quantificação de células progenitoras(Stemm Cell)
  • Monitoramento da DRM (doença residual mínima)
  • Avaliação imunológica do paciente transplantado.
55
Q

1) O que é a citogenética?
2) Qual a sua desvantagem?
3) Vantagem

A

1) Exame que vai analisar os cromossomos de células leucêmicas para diagnóstico de qualquer anormalidade.
Para a realização do exame é necessário a retirada de amostra de medula óssea.
Ex: identificação do cromossomo filadéfia na LMC eu surge devido a uma translocação gênica - troca de material genético entre o cromossomo 9 e o 22.
2) Leva em torno de 2 a 3 semanas para ficar pronto
3) Importante no diagnóstico e determinação do prognóstico de lecemias

56
Q

Análise citogenética:

1) Em que fase da mitose o cariótipo é analisado?
2) Quantas células, pelo menos, deve ser analisadas?
3) Como ocorre essa análise
4) Qual a vantagem da utilização da Técnica de Fish?

A

1) Metáfase
2) 20 células
3) Os cromossomos são emparelhados e ordenados para que se possa identificar alterações numéricas e estruturais.
4) Com a existência da técnica de Fish (hibridização in situs por fluorescência), utiliza-se sondas conjugadas a fluorocromos, contendo DNA complementar a região que se deseja analisar. Dessa forma, as células podem ser analisadas em anáfase, permitindo a análise de uma maior quantidade de células, melhorando o teste.

57
Q

Utilização da técnica de PCR na identificação de leucemias:

A

Muitas das mutações do DNA que causam neoplasias hematológicas são passíveis de amplificação pela técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR)
Essa técnica consiste em aumentar a quantidade de determinado fragmento de DNA, a partir de uma cópia, utilizando-se a enzima polimerase, submetendo-os a específicos ciclos de temperaturas. Ela permite a ampliação de um determinado fragmento de DNA inúmeras vezes, dependendo dos ciclos programados.
A partir da construção de geis agarose amida de concentração conhecida pode-se aplicar uma corrente elétrica e separar os fragmentos de DNA, RNA ou proteínas em razão de seus tamanhos e cargas elétricas.
Apresenta maior sensibilidade quando comparada a citogenética.
É mais simples e rápida e pode-se utilizar o sangue periférico (menos invasivo)

58
Q

PCR para diagnóstico de leucemia mielóide crônica:

A

PCR em tempo real é o método ouro para acompanhamento de pacientes.

59
Q

Resumo dos exames para diagnóstico, tratamento e acompanhamento das leucemias:

A

• Hemograma: Suspeita diagnóstica pelo encontro de blastos e alterações nas
séries eritróide, granulocítica e leucocitária.
• Mielograma coloração de May Gruwald Giemsa avaliação morfológica celular
• Realiza a classificação FAB dos subtipos de leucemias
• Colorações citoquímicas( utilizadas anteriormente ao advento de novas
metodologia) ajudavam na diferenciação de blastos mielóides e linfóides.
• Imunofenotipagem pela técnica de citometria de fluxo: classificação das
leucemias mieloide x linfóide e subtipos de leucemias.
• Citogenética: permite a análise da estrutura dos cromossomos, permitindo
identificar em qual cromossomo ocorreu uma translocação, por ex.
• Biologia Molecular: verificam as mutações que ocorreram no DNA, através do
isolamento e purificação do DNA.

60
Q

Em que situações não ocorre diferenciação de neutrófilos pelo equipamento?

A
  • Quando o número de neutrófilos é muito alto

- Quando as células apresentam distúrbios maturativos

61
Q

O que representam as siglas a seguir (apresentadas nos exames laboratoriasi)

1) WBC
2) RBC

A

1) Número total de leucócitos

2) Número de hemáceas

62
Q

Qual resultado de hemoglobina é considerado crítico para o laboratório?

A

Abaixo de 7g/dl - devem ser comunicados imediatamente ao médico

63
Q

Quais alterações no exame, ocasionadas por erros na fase pré-analítica, podem indicar falsa trombocitopenia?

A
  • Formação de coágulos
  • Formação de grumos plaquetários: consequência da desproporção entre a quantidade de sangue e de DTD, ou dificuldade na homogenização de amostra.
    É feito análise de lâmina e, caso seja identificado grumos plaquetários, é pedido repetição da amostra.