Indrodução a Medicina Laboratorial Flashcards

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1
Q

Quais os setores ou áreas do laboratório de Patologia Clínica?

A
  • Química clínica
  • Soro-imunologia
  • Hematologia
  • Líquidos corporais
  • Parasitologia
  • Microbiologia
  • Citometria de fluxo
  • Biologia molecular
  • Citogenética
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Q

Quais amostras são utilizadas para a realização de exames laboratoriais?

A
  • Sangue
  • Urina
  • Fezes
  • Líquor
  • Escarro
  • Secreção vaginal
  • Secreção uretral
  • Esperma
  • Líquidos biológicos: amniótico, sinovial, pleural pericárdico, ascítico, suco gástrico
  • Medula óssea (aspirador medular)
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3
Q

Setor de bioquímica:

1) Responsabilidade

A

1) Dosagens colorimétricas ou espectrofotométricas: dosagens realizadas de forma automatizada. Dosagens de glicose, sódio, ureia, ionograma, gasometria arterial, etc.

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4
Q

Setor de hematologia:

1) Responsabilidade
2) Quais exames são realizados?

A

1) Análise minuciosa dos componentes do sangue por métodos automatizados e manuais.
2) - Hemograma: de 15 a 17 parâmetros dosados: hemoglobina, hematócrito, quantidade de plaquetas, quantidade de leucócitos, etc. É feito de forma automatizada.
- Mioelograma: feito manualmente - colhe-se uma amostra da medula óssea, coloca-se sobre uma lâmina e é efetuado uma contagem manual.
- Pesquisa de hemoglobinas anômalas
- Citometria de fluxo
- Análise de líquidos corporais
- Velocidade de hemossedimentação (VHS)
- Reticulócitos
- Tipagem sanguínea (Grupos ABO, fator Rh, D)
- Coombs direto e indireto
- Coagulograma - fatores de coagulação

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5
Q

Setor de imunologia:

1) Responsabilidade
2) Exemplos de exames de sorologia
3) Exemplos de exames de hormônios

A

1) Dosagem sorológica - pesquisa de antígenos e anticorpos relacionados as doenças infecto-contagiosas) e de hormônios
2) Metodologias automatizadas e manuais
- Proteína C reativa
- Fator reumatóide
- Mononucleose infecciosa
- Doença de Chagas
- Leishmaniose
- Esquistossomose
- Toxoplasmose
- HIV
- HTLV
- Varicela Zoster
- Herpes Zoster
- PSA
- Zika
- Dengue
- Citomegalovírus
- Sífilis
- VDRL
- Rubéola
- Sarampo
- Caxumba
- Hepatites A, B, C, D e E
- Toxoplasmose
3) Utilização do sangue como amostra.
Metodologias automatizadas
- FSH
- LH
- Estrógeno
- Progesterona
- Prolactina
- Corticosteroides
- Beta HCG
- Serotonina
- HGH
- ACTH
- T3 total e livre
- T4 total e livre
- TSH
- Testosterona
- Calcitonina
- Insulina
- Peptídeo C

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6
Q

Setor de urinálise

1) Exames

A

Abrange exames automatizados e manuais.

1) - De urina de rotina e de sedimento urinário: parte pode ser automatizada. A análise do sedimento pode ser realizada através do microscópio óptico.
- Cálculo do clearance de creatinina - avalia o ritmo de filtração glomerular
- Pesquisa de proteínas na urina e outras moléculas: microalbuminúria, proteinúria de 24 horas, fenilcetonúria, frutosúria, galactosúria.

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7
Q

Setor de microbiologia:

1) Responsabilidade
2) Exemplo de exames

A

1) Detecção das infecções bacterianas e fungos no sangue nos fluídos orgânicos
2) - Gram de gota
- Urocultura
- Hemocultura
- Pesquisa de BAAR
- Cultura para fungos
- Cultura de escarro
- Cultura de secreções
- Cultura de ponta de cateter
- Cultura de líquidos corporai

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8
Q

Setor de parasitologia:

1) Responsabilidade
2) Exames

A

1) Detecção de parasitas nas fezes e no sangue
2) - Exames parasitológicos de fezes
- Métodos de sedimentação espontânea, centrifugação, Kato Katz
- Pesquisa de antígenos parasitários
- Identificação de parasitas no sangue. Ex: malária.

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9
Q

Fase pré-analítica do exame laboratorial:

1) Quais etapas ocorrem nessa fase?
2) Erros nessa fase são muito importantes?
3) Quais foram ações que levaram a redução dos erros nessa fase?

A

1) - Indicação e solicitação do exame
- Preparo do paciente
- Coleta, transporte e conservação da amostra
2) Sim, é a principal causadora de erros no exame clínico
3) - Utilização de código de barra com etiquetas
- Monitoramento do tempo de transporte
- Registros de temperatura de recebimento das caixas de transporte
- Inspeção visual do material recebido

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10
Q

Fase analítica do exame laboratorial:

A
  • Processamento (metodologias manuais ou automatizadas)
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11
Q

Fase pós-analítica:

A
  • Interpretação e emissão do resultado

- Liberação e assinatura do laudo

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12
Q

Fase pré-analítica:

1) Características necessárias para um bom pedido médico:

A

1) - Identificação do paciente
- Material biológico a ser colhido ou que já foi colhido. Muitas vezes os médicos não identificam qual o material que foi colhido, dificultando a análise dele.
- Exames a serem realizados, especificação do nome desses exames.
- Justificativa para a realização dos exames: dados clínicos ou hipótese diagnóstica
- Assinatura e data do pedido
- Letra deve ser legível

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13
Q

Qual a importância de um controle da fase pré-analítica?

A

Garantir a representatividade da amostra a ser analisada

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14
Q

Fase pré-analítica:

1) Orientações ao paciente

A

1) As orientações da coleta devem ser escritas em linguagem simples e clara para o paciente.
Mesmo em instruções simples, deve-se certificar que o paciente entende claramente e é capaz de seguir corretamente.

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15
Q

Variáveis fisiológicas na fase pré-analítica:

A
  • Idade, gênero, variação circadiana, gravidez, hábitos de vida (dieta, consumo de álcool), postura corporal
  • Variação biológica: própria do indivíduo, resulta de uma resposta do organismo a diferentes estímulos fisiológicos
  • Atividade física: evitar atividade física nas 24h que antecedem a coleta do material, pois pode interferir na mobilização de água entre os diferentes compartimentos corporais, nas necessidades energéticas do metabolismo. Pode gerar aumento dos níveis séricos de enzimas musculares - creatinoquinase (CK), aldolase, AST, LDH. Pode gerar uma elevação dos níveis de PSA (48 horas).
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16
Q

1) Variáveis pré-analíticas associadas à coleta da amostra:

2) Mais informações sobre o jejum

A

1) - Jejum
- Horário de coleta,
- Local de coleta (ex: se está próximo da administração de algum fármaco ou de soro)
- Aplicação de garrote (tempo maio que um minuto causa hemólise e interfere na concentração de potássio, de fatores de coagulação, de concentração de proteínas, enzimas e componentes celulares).
- Postura
- Procedimentos de coleta
- Tipo de anticoagulante utilizado
- Relação sangue/anticoagulante
- Acondicionamento, preservação e transporte da amostra
- Punção venosa
2) - Habitualmente é de 8 horas
- Possibilidade de redução a 4 h para a maioria dos exames
- Único que exige um jejum de 8-14 horas é a glicemia de jejum
- Triglicerídes e fração de colesterol: deve ser colidi com metabolismo normal, assim, não há necessidade do jejum
- Em crianças as coletas devem ser realizadas nos intervalos da alimentação

17
Q

Variável associada à coleta:

1) Punção venosa

A

1) - Treinamento adequado para a realização da punção venosa
- Atentar ai sítio de punção: é preciso cuidado com pacientes com medicação intravenosa e em uso de cateter central.
- Atentar ao uso de garroteamento (menos de 1 minuto)
- Atentar ao calibre correto da agulha
- Atentar ao uso de anticoagulantes preconizados a cada tipo de exame realizado
- Verificar a qualidade da agulha e dos tubos à vácuo
- Evitar múltiplas e demoradas tentativas de punção
- Atentar ais cuidados de higiene e antissepsia

18
Q

Variável associada à coleta:

1) Procedimentos de coleta

A
  • Identificação da amostra
  • Sistema de coleta a vácuos X coleta com sangria e agulha
  • Padronização dos tubos pela cor da tampa: indicam qual se tem ou não o anticoagulante e qual seria o anticoagulante presente.
    Vermelho: ausência de anticoagulante
    Amarelo: gel separador que facilita a dosagem em soro (sorologia, imunologia, bioquímica e hormônios)
    Verde: contém heparina sódica (bioquímica e genética molecular)
    Roxa: contém EDTA (hematologia)
    Azul: contém o anticoagulante citrato de sódio (coagulação)
    Cinza: contém fluoreto de sódio - potente inibidor glicolítico, estabilizando os valores de glicose (glicose e lactato)
  • Acondicionamento, preservação e transporte da amostra
19
Q

Centrifugação:

1) Importância

A
  • Importante no tempo de realização do exame com a obtenção de soro ou plasma para as dosagens a serem realizadas
20
Q

Variáveis pré-analíticas - fatores interferentes:

1) Importância
2) Qual o principal motivo de solicitação de recoleta?
3) Outro fator importante
4) Outro fator importante

A

1) Questionamento de recoleta de amostras de pacientes
2) Hemólise: coloração avermelhada do soro ou plasma após a centrifugação.
Ela ocorre devido à liberação de alguns constituintes celulares.
Aumenta, principalmente, de potássio e algumas enzimas
3) Lipemia: acontece devido ao aumento de quilomicrons no sangue periférico, principalmente em pacientes com aumento de triglicérides.
O aspecto lipêmico confere turgidez a amostra, interferindo na leitura de alguns equipamentos, principalmente leitura óptica (nefelometria, turbidimetria, métodos colorimétricos)
Também provoca interferência mecânica, dificultando a ligação de Ag-Ac
4) Icterícia: coloração amarelada no soro ou plasma após a centrifugação decorrente do aumento da concentração de bilirrubina
Interfere com resultados de albumina, colesterol, glicose (aumento dos níveis), dentre outros
Interferência variável com a intensidade da icterícia e método dependente
Comum em pacientes com doença hepáticas e hemolíticas

21
Q

Quais os critérios de rejeição de amostras (11):

A
  • Pedido médico ilegível
  • Presença de hemólise, lipemia, icterícia
  • Falta de informações importante para execução do exame
  • Inadequação de tubos, volumes, aditivos e conservantes
  • Centrifugação inadequada
  • Preparação inadequada do paciente
  • Conservação inadequada da amostra
  • Tempo inadequado entre a coleta e o processamento
  • Transporte inadequado
  • Identificação incompleta ou incorreta da amostra
  • Acidentes
22
Q

Fase analítica:

1) Conceito
2) Processos automatizados
3) Os cuidados se referem a que?

A

1) Processo analítico da amostra coletada
2) - Identificação da amostra
- Pipetagem da amostra e reagentes
- Homogeneização
- Calibração do ensaio
- Medida e leitura da reação
- Liberação e interfaceamento dos resultados
- Medida e leitura da reação
- Armazenamento dos dados (pacientes, controle da qualidade, calibrações)
3) - Reagentes
- Equipamentos utilizados
- Qualidade da água (é reagente)
- Metodologias validadas
- Utilização dos controles de qualidade de técnicas
- Armazenamento de dados

23
Q

1) O que é o controle interno do laboratório?

2) O que é o controle externo do laboratório?

A

1) Monitoração da estabilidade do sistema analítico - precisão (quão próximo os resultados estão uns dos outros).
Uma variação no controle interno demonstra instabilidade no sistema analítico (equipamentos utilizados).
Realizado por meio de amostras que são os soros controles e existem em dosagens normais, altas e baixas. Indica necessidade de manutenção corretiva.
Amostras previamente testadas, passadas todos os dias antes do início da atividade do laboratório ou da corrida analítica. Alguns laboratórios utilizam de manha e a tarde, dependendo do volume.
2) Monitoração da exatidão (o quão próximo do real estão as medidas relizadas)
Realizado por amostras entre laboratórios.

24
Q

1) O que significa dizer que o exame é exato?

2) O que significa dizer que o exame é preciso?

A

1) O exame representa o valor real do paciente

2) Significa que o exame é reprodutível

25
Q

Etapas da fase pós-analítica:

A

1) - Avaliação da consistência dos resultados
- Liberação do laudo: pode conter a interpretação do resultado, sugestões do patologista, comentários científicos
Os resultados podem ser transcritos ou interfaceados
Notificação de resultados críticos - comunicação imediata ai médico assistente

26
Q

Conceito de Laudo laboratorial, sengundo a ANVISA:

A

Documento que contém os resultados das análises laboratoriais, validadas e autorizadas pelo responsável técnico do laboratório ou se substituto

27
Q

Partes do laudo:

A
  • Identificação do cliente
  • Resultado e unidades de medida
  • Valores de referência
  • Limitações técnicas e dados para interpretação
  • Metodologia
28
Q

3 maneiras para a determinação de referência de exames laboratoriais:

A

1) Os laboratórios podem determinar seus próprios valores para cada parâmetro e exame
2) Os laboratórios podem validas as informações que estão contidas nas bulas dos reagentes
3) Os laboratórios podem recorrer a estudos clínicos amplos e à literatura científica.
Obs: os valores são diferentes entre crianças e adultos, bem como entre homens e mulheres. Dessa forma, existem diversas faixas de valores de referência para cada parâmetro de cada exame

29
Q

Processo de identificação de valores de referência:

A
  • Seleção de indivíduos hígidos (gênero e faixa etária são os critérios mais utilizados para a divisão dos grupos)
  • Determinação do analíto em condições padrões
  • Análise estatísticas dos resultados
  • Definição da faixa de referência
30
Q

Curva de distribuição gaussiana ou normal:

A

Tem se a média, em torno da média tem-se os desvios padrões.
Os valores de referência são os valores obtidos em 95,% dos indivíduos testados com a exclusão de 2,5% para valores mais altos e 2,5% para valores mais baixos (extremidades acima de 2 desvios padrões são excluídas dos valores de referência)

31
Q

1) O que é um método de maior sensibilidade?

2) O que é um método de mais especificidade?

A

1) É um método com uma taxa menor de falsos negativos - bom para a triagem da doença. Bom para descartar o diagnóstico.
2) É uma método com uma taxa menor de falsos positivos - mais utilizado para a confirmação da doença. Bom para confirmar o diagnóstico.

32
Q

1) O que é o valor preditivo positivo (VPP)?

2) O que é o valor preditivo negativo (VPN)?

A

1) Probabilidade de um indivíduo avaliado e com resultado positivo ser realmente doente.
Cálculo: doentes com teste positivo/ número total de destes positivos (incluindo os falsos negativos)
2) Probabilidade de um indivíduo avaliado e com resultado negativo ser realmente normal.
Cálculo: normais com testes negativos/ número total de testes negativos (incluindo falsos positivos)
Obs: esses valores variam com a prevalência da doença

33
Q

Cálculo da sensibilidade:

1) O que ele calcula?
2) Qual é o cálculo?

A

1) Probabilidade de um exame apresentar resultados positivos em indivíduos doentes
2) Quantidade de indivíduos verdadeiros positivos detectado pelo teste/quantidade total de doentes (incluindo os falsos negativos)
(Segundo slide da prof)

34
Q

Cálculo de especificidade:

1) O que ele calcula?
2) Qual é o cálculo?

A

1) Probabilidade de um exame apresentar resultados negativos em indivíduos não doentes
2) Indivíduos verdadeiramente negativos detectados pelo teste/ total de indivíduos negativos (incluindo os falsos positivos)