Inflamação e infecção - marcadores laboratoriais Flashcards

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1
Q

1) O que é a reação de fase aguda?

2) Possíveis causas para esse tipo de reação

A

1) Um série de respostas fisiológicas e metabólicas que ocorrem imediatamente após um lesão tecidual
2) • Trauma mecânico
• Infecção
• Trauma térmico
• Neoplasia
• Isquemia
• Procedimento cirúrgico

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2
Q

1) Qual o principal local de produção das proteínas de fase aguda?
2) Como a produção dessas proteínas é estimulada?

A

1) Fígado
2) Pela a liberação de citocinas produzidas por macrófagos no processo inflamatório, principalmente interleucina 1, 6 e fator de necrose tumoral (TNF-alfa).

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3
Q

1) Após quanto tempo do início da lesão já é possível observar a elevação das proteínas de fase aguda na corrente sanguínea?
2) Por quanto tempo, aproximadamente, elas permanecem elevadas?
3) Como ocorre a redução da concentração das proteínas de fase aguda?

A

1) Após, aproximadamente, 6 horas.
2) Por aproximadamente 2 semanas.
3) Elas são depuradas pelo sistema monofagocitário. Além disso, ocorre uma redução de IL-1, IL-6 ETNM-alfa, reduzindo a produção das proteínas pelo hepatócito.

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4
Q

Quais são as proteínas de fase aguda positiva (11)?

A
Proteína C reativa
Amilóide A sérico
Procalcitonina
alfa1 glicoproteína ácida
alfa1 anti-tripsina
Haptoglobina
Fibrinogênio
Ferritina
Ceruloplasmina
C3, C4
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5
Q

Quais são as proteínas de fase aguda negativas (3)?

A

Albumina
Transferrina
Pré albumina
obs: a redução da produção dessas proteínas acorre para priorizar o produção das proteínas de fase aguda positivas

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6
Q

Porque a proteína C reativa é a mais importante das de fase aguda positiva?

A

Pois ela se eleve precocemente, mantém níveis elevados em relação a concentração inicial e retorna ao nível basal quando o processo agudo é resolvido.

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7
Q

1) Qual outra proteína de fase aguda positiva possui comportamento muito semelhante ao da proteína C reativa?
2) Porque ele não é muito utilizado?

A

1) Amilóide A sérico
2) Apesar de ter uma sensibilidade muito elevada, os estudos acerca dessa proteína são escasso e existe pouca disponibilidade de testes no mercado.

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8
Q

Quais são os exames mais utilizados em dosagem de proteínas de fase aguda?

A

1) Velocidade de hemossedimentação

2) Dosagem da proteína C reativa ( PCR)

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9
Q

Como a proteína C reativa (PCR) foi identificada?

A

em 1930, por dois pesquisadores dos EUA que observaram que o soro de pacientes com pneumonia formava um precipitado quando misturado a um estrato solúvel de streptococcus pneumoniae.
O que levava a esse precipitado era a presença de um polissacarídeo na parede do pneumococo, denominado fração C.
Em 1941, outros dois pesquisadores identificaram qual era o fator no soro do paciente responsável pela precipitação (PCR).

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10
Q

A PCR continua positiva em casas de evolução desfavorável?

A

Sim

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11
Q

Em quais processos a PCR atua no organismo?

A

Reconhecida por sua participação na defesa contra infecções por diversos microorganismos, reabsorção de material necrótico, e regulação de processos inflamatórios.
Participa também de lesões inflamatórias que dá origem às lesões ateroscleróticas (doenças coronarianas).

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12
Q

Proteína C reativa:

1) Quando seus níveis séricos começam a se elevar?
2) Quanto e quando atingem seu valor de pico?
3) Qual sua meia vida?
4) Qual a relevância desse valor de meia vida?

A

1) Níveis séricos começam a aumentar entre 4 e 10 h após o início do estímulo,
2) Atingem valores de pico de até mil vezes sua concentração inicial em cerca de 48 h
3) 4 a 9 h
4) Permite que ela retorne rapidamente a valores basais após a melhora do processo.

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13
Q

Metodologias semi- quantitativa utilizada para dosagem de PCR:

A

Teste por aglutinação em látex. Partículas de látex são sensibilizadas com anticorpo anti-PCR. Tais partículas, quando misturadas ao soro do paciente, aglutinando-se. A leitura do exame é realizada a olho nu. Valor de referência utilizado: Maior que 10 mg/l. Utilizado até a década de 80, ainda pode ser utilizado atualmente, mas não é comum.

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14
Q

Metodologia quantitativa para dosagem de PCR:

A

Nefelometria e turbidimetria: possui maior sensibilidade, pois detecta concentrações menores de PCR no soro.
Valor de referência: 0,3 mg/dl ou 3 mg/l
Esses exames medem a turbidez provocada pela aglutinação das partículas quando se mistura uma solução marcada com anticorpos anti-PCR e o soro do paciente.
Se a luz é absorvida: chama-se de turbilometria
Se a luz é desviada: chama-se de nefelometria

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15
Q

Em quais situações pacientes podem apresentar baixa de PCR?

A
  • Grande perda de peso
  • Prática de exercícios físicos
  • Consumo de bebidas alcóolicas
  • Uso de alguns medicamentos
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16
Q

Aplicações clínicas da PCR:

A

a) Diferenciação entre enfermidades inflamatórias e não inflamatórias.
b) Diferenciar condições clínicas de natureza inflamatória que apresentem perfis distintos de provas de função aguda: Infecção viral X infecção bacteriana (acima de 80 mg/dl).
Infecção X atividade autoimune.
c) Avaliar a extensão e atividade da inflamação, monitorar o curso da doença (ex: artrite reumatóde), e a resposta à intervenções terapêuticas.
d) Avaliação do risco cardiovascular (PCR ultrasensível)

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17
Q

PCR:

1) Deve ser utilizada como exame isolado?
2) Quando recomenda-se dosagem seriada em intervalo de tempo variável em alguns casos.

A

1) Não.

2) Pacientes internados em unidade de terapia intensiva, apresentando quadro séptico, por exemplo.

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18
Q

PCR no período pós-operatório:

A

Aumenta progressivamente até atingir valores acima de 100mg/l após 3 dias, tendendo a cair após esse pico, entre o 5/6 dia de pós-operotório para níveis basais.
Se os valores permanecem acima de 100 após o 6 dias, há uma indicação de que está ocorrendo um processo infecioso no paciente.

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19
Q

Em que situações a PCR é utilizada para acompanhamento do tratamento e prognóstico do paciente?

A

Neoplasias
Doenças cardiovasculares
Processos inflamatórios crônicos (ex: artrite reumatóide)

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20
Q

Resultado esperado de dosagem de PCR em:

1) Inflamações leves e infecções virais?
2) Inflamações graves e infecções bacterianas?
3) Sepse

A

1) 10 a 40 mg/l
2) 40 a 200 mg/l
3) Superior a 50 mg/l

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21
Q

Limitações do uso da PCR:

A
  • Não está indicada para detecção da doença, seja em pacientes assintomáticos ou sintomáticos vagos.
  • A eventual demora na sua elevação pode causar erro de interpretação, retardando o tratamento antibiótico ou anti-inflamatório.
  • Níveis pouco elevados (10 a 20mg/l) são encontrados esclerodermia, dermatomiosite, retocolite ulcerativa lúpus sem serosite ou vasculite.
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22
Q

Utilidade da PCR na sépse:

A
  • Pode ser útil como ferramenta auxiliar para diagnóstico e prognóstico de sepse.
  • Nesse caso, é importante a avaliação seriada de PCR
  • Valores constantemente crescentes entre dois a três dias possuem relação com processo infeccioso.
  • Sepse neonatal: PCR da mãe atravessa em quantidades muitos pequenas, logo o aumento da PCR em recém-nascidos é, realmente, sugestivo de infecção. Útil para diagnóstico precoce de sepse neonatal.
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23
Q

PCR:

1) Auxilia no diagnóstico diferencial de meningite bacteriana e virótica em crianças?
2) Auxilia no critério de gravidade da pancreatite aguda?

A

1) Sim, está, frequentemente, aumentada no liquor de pacientes com meningite bacteriana.
2) Sim, níveis séricos aumentado da PCR indicam uma maior gravidade do quadro

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24
Q

Quando é indicado que pacientes realizem a PCR ultrassensível para análise de doenças cardiovasculares.

A

Quando ele apresenta um risco moderado ou intermediário - no período de 10 anos, possui chance de 10 a 20% de desenvolverem doenças cardiovasculares - , conforme o algorítimo (score de vida global), fornecido pela sociedade brasileira ou americana de cardiologia.

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25
Q

1) Para pacientes com risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a partir de qual valor de PCR é necessário repedir o exame?
2) Qual o intervalo de tempo recomendado para essa repetição?
3) Qual medida deve ser levada em consideração?
4) Porque deve-se repetir o teste?

A

1) Diante de um valor > 3,0 mg/L ou > 0,3 mg/dl é necessário repetir o exame
2) Após pelo menos 02 semanas em estado metabólico estável, livre de infecção ou doença aguda.
3) O menor das duas medidas deve
ser considerado
4) Pois os fatores intrínsecos e extrínsecos podem alterar com mais facilidade esse test.

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26
Q

Quando a dosagem de PCR não se aplica como medida de risco coronariano (7)?

A

a) fumante
b) obesos
c) tratamento
d) terapia de reposição hormonal
e) brinco/piercing/tatuagem nas 2 últimas semanas
f) uso AINE ( anti inflamatórios)
g) diabéticos
h) vacinação

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27
Q

Velocidade de Hemossedimentação (VHS):

1) Vantangens
2) Desvantagens

A

1) Simples e de baixo custo
Alta sensibilidade
2) Marcador inespecífico de doenças inflamatórias: sofre influência de vários fatores que podem levar a falsos positivos e falsos negativos - Dificuldades diagnósticas e investigações subsequentes caras e denecessárias.
Baixa especificidade

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28
Q

Pontos da fase pré-analítica do VHS:

A

Tubo com anticoagulante EDTA (mesmo utilizado para o hemograma)
Jejum não é obrigatório

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29
Q

1) Do que depende o VHS?

A

Da sedimentação eritrocitária: ocorre quando as hemácias se agregam ao longo de um eixo, formando o “rouleaux” (empilhamento das hemácias como moedas), o peso da partícula aumenta, em relação a sua superfície, aumentando a densidade da partícula, causando uma hemosedimentação mais rápida.

30
Q

Porque o VHS se encontra aumentado nos processos inflamatórios?

A
  • As hemácias, normalmente, tendem a se repelir devido à carga negativa de sua superfície, o que impede a formação do “rouleaux”
  • A presença de proteínas no plasma com carga positiva (proteínas de fase aguda) podem neutralizar a carga das hemácias, permitindo maior agregação e formação de rouleaux, aumentando a velocidade de hemosedimentação.
  • O fibrinogênio, que é uma proteína de fase aguda, é o que apresenta maior efeito agregante;
  • Formação de “rouleaux”
31
Q

Técnicas para VHS:

A

Wintrobe e de Westergren:
- Utilizam a pipeta e o tubo graduado
- Pega-se sangue venoso anticoagulado colocar na pipeta ou no tubo que são transparentes e graduados.
- Marca zero fica na extremidade superior do tubo
- O tudo é mantido em repouso por pelo menos 1 hora.
- A VHS é a medida da distância do menisco
superior do plasma até o início da coluna de eritrócitos após 1 hora deixado para sedimentação natural em posição vertical
obs: podem ser medidos de forma manual e automatizada, tendo valores de referência com poucas variações. Atenta-se as valores de referência,

32
Q

1) Em qual gênero o VHS é mais aumentado e porque?
2) Porque o VHS tende a aumentar com a idade?
3) Porque o VHS eleva-se na gravidez?

A

1) Sexo feminino, devido aos valores de hematócrito mais baixos e por diferenças hormonais.
2) Pois a produção de fibrinogênio vai aumentando com o passa da idade.
3) Aumento de fibrinogênio e maior prevalência de anemia.

33
Q

Fatores de interferência que levam ao aumento do VHS:

1) Pré-analíticos/ analíticos:
2) Fisiológicos e patológicos:

A

1) • tubo inclinado: acelera a separação do plasma e das hemácias, provocando formação mais rápida de “rouleaux” e aumento da sedimentação.
• temperatura ambiente > 25oC
• Concentração de anticoagulante maior que a recomendada
• desproporção sangue anticoagulante.
2) • Uso de medicamentos, anticoncepcionais, idade vançada, gravidez, neoplasias, dano tecidual(IAM), Anemia, Macrocitose (quanto maior e mais assimétrica a molécula, maior o seu poder de promover agregação plaquetária)

34
Q

Fatores de interferência que levam à redução do VHS:

1) Pré-analíticos/ analíticos:
2) Fisiológicos e patológicos:

A

1) • Demora em fazer o exame
• temperatura ambiente <20ºC
• Medicamentos (antiinflamatórios, corticosteroides)
2) • Hipofibrinogenemia e redução de proteínas plasmáticas
• Hipogamaglobulinemia, anemias hemolíticas (alteração da forma da hemácia, impedindo a formação adequado do “rouleaux”) , drepanocitose.

35
Q

Qual o tempo e a temperatura para realização do VHS?

A

O exame deve ser feito em até 2 horas após a coleta e a temperatura entre 20 e 25 graus C.

36
Q

Causas de elevação do VHS:

A
  • . infecções
  • . inflamações
  • . neoplasias
  • . lesão tecidual como IAM, AVC
37
Q

Indicações bem estabelecidas para o uso do VHS:

1) Critério diagnóstico
2) Controle de tratamento/ acompanhamento

A

1) Polimialgia reumática
Arterite temporal
Artrite reumatóide
Febre reumática (critério menor)
Causa dores ou rigidez muscular nas áreas do pescoço, ombros, braços
e quadris, mas que podem ocorrer por todo o corpo. A dor pode ser
repentina ou gradual durante um período de tempo2) Polimialgia reumática
Arterite temporal
AR, LES
Linfoma de Hodgkin - prognóstico e avaliação recidiva

38
Q

1) O que é a polimialgia reumática?
2) O que ela causa?
3) Qual valor de VHS é considerado critério diagnóstico importante para essa doença?

A

1) É uma doença inflamatória que afeta pessoas com idade acima de 50 anos do sexo feminino. A prevalência do problema na população mundial é de 0,5 a 0,7% .
2) Causa dores ou rigidez muscular nas áreas do pescoço, ombros, braços e quadris, mas que podem ocorrer por todo o corpo. A dor pode ser repentina ou gradual durante um período de tempo
Mal estar generalizado, perda do apetite, cansaço e depressão.
3) Acima de 40mm/h

39
Q

Arterite temporal:

1) Sinônimo
2) Definição
3) Sintomas
4) Valor de VHS

A

1) Arterite de células gigantes
2) É uma doença inflamatória nos vasos sanguíneos (artérias médias e grandes do cérebro). É uma forma de vasculite.
3) Os sintomas incluem fadiga, febre, dor de cabeça e perda da visão.
4) O valor do VHS > 90mm/h em 99% dos pacientes.
• Para o American College of Rheumatology , VHS> 50mm/h é um
entre 05 critérios para o diagnóstico de arterite temporal.

40
Q

Artrite reumatíde:

1) Conceito
2) Gênero e faixa etária mais acometida
3) Diagnóstico e sintomas típicos
4) Para que o VHS é utilizado

A

1) É uma doença inflamatória crônica que atinge as articulações das mãos e pés, que inflamadas, apresentam dor, resultando em muitos casos na
destruição da cavidade artucular, levando a deformações .
2) Acomete mais mulheres, faixa etária de 30 a 40 anos.
3) Diagnóstico: clínico, radiológico e laboratorial.
• Rigidez matinal durando 1 hora
• Artrite em pelo menos três áreas articulares
• Artrite em articulação das mãos: punhos, interfalangeanas proximais. Artrite simétrica, etc…
4) Auxílio no diagnóstico e acompanhamento do tratamento

41
Q

A PCR e o VHS entram no critério diagnóstico de artrite reumatóide?

A

Sim, valem um ponto

42
Q

Quando o VHS nunca deve ser utilizado?

A

NÃO usar para rastreamento de doenças em pacientes assintomáticos ou com sintomas inespecíficos.

43
Q

O VHS é marcador de neoplasia?

A

NÃO é um marcador de neoplasia (pode não estar alterada)

44
Q

Qual a porção mais volumosa do pâncreas?

A

A cabeça

45
Q

Pâncreas:

1) O que as células alfa produzem?
2) E as células betas?

A

1) Glucagon

2) Insulina

46
Q

Quais as três principais doenças de acometimento do pâncreas?

A

1) Diabetes Mellitus tipo I: destruição das células beta das Ilhotas de Langerhans, consequentemente resulta na incapacidade de produzir insulina.
2) Pancreatite: Inflamação do pâncreas e pode ocorrer de forma crônica ou aguda.
3) Câncer do pâncreas: A porção endócrina e exócrina podem ser afetadas pelo câncer.

47
Q

Pancreatite aguda:

1) O que é?
2) Variação do quadro clínico
3) O que dificulta o seu diagnóstico?

A

1) Episódio de lesão celular e inflamação do pâncreas, deflagrada pela a migração de enzimas digestivas para o pâncreas e regiões peripancreáticas.
2) - Formas mais leves: apenas acometimento local. São processos autolimitados resolvidos com medidas clínicas.
- Formas mais graves: acometimentos sistêmicos. Necessitam de monitorização contínua, apresentando prognósticos reservados com alto índice de letalidade.
3) O polimorfismo do quadro clínico: formas leves podem não requerer procura médica e possui resolução própria e formas graves podem levar ao óbito antes da realização do diagnóstico.

48
Q

Pancreatite aguda:

1) Quais são as duas principais causas no adulto?
2) Outras causas conhecidas, porém mais raras:

A

1) Consumo de álcool (mais comum em homens) e colelitíase biliar (mais comuns em mulheres) =80% dos casos.
2) • hipertrigliceridemia,
• fármacos (antirretrovirais para Aids, azatioprina, sulfonamidas, estrógenos, AINEs,
inibidores da ECA, etc.)
• trauma abdominal
• infecções virais
• fibrose cística

49
Q

Porque o consumo de álcool pode levar a pancreatite aguda?

A

Pois o etanol e seus metabólitos são diretamente lesivos às células pancreáticas, o álcool ainda desencadeia a produção de cilindros proteináceos que obstruem os ductos do órgão, elevando a pressão, levando ao acúmulo de enzimas digestivas no pâncreas e consequente lesão celular.

50
Q

Fisopatologia do cálculo biliar causando pancratite aguda:

A

Formação do cálculo biliar provoca obstrução da ampola de vater. Assim, ocorre refluxo de bile para dentro do ducto pancreático, com consequente elevação da pressão nos canalículos pancreáticos.
Ocorre um acúmulo de enzimas digestivas no pâncreas, lesionando as células pancreáticas, gerando a pancreatite.

51
Q

Qual o principal sintoma do paciente com pancreatite aguda?

A

O principal dos sintomas da pancreatite aguda é a dor abdominal.
• Localizada na região epigástrica e com irradiação para as costas - “em faixa”.
• Náuseas, vômitos e distensão abdominal.
pode apresentar diminuição ou parada da eliminação de gases e fezes

52
Q

Sinais da pancreatite aguda:

A

Clínica leve - Bom estado geral e sem sinais de irritação peritoneal
• Clínica Grave - Hipotensão grave ou em coma.
• Síndrome febril, Desidratação, Taquicardia e Taquipneia. Pode chegar chocado.
• Icterícia- etiologia biliar, obstrução do colédoco por cálculo ou edema da cabeça do
pâncreas.
• Sinal de Grey-Turner (equimose nos flancos): prediz que haverá uma evolução mais grave
• Sinal de Culen (equimose periumbilical, azuis e pretas): ocorre devido a hemorragia retroperitoneal, em pacientes mais graves

53
Q

Sinais que podem aparecer no exame físico de paciente com pancreatite aguda:

A

• Hipersensibilidade abdominal e rigidez de graus variáveis.
• Irritação peritoneal – menos comum
• Distensão abdominal
• Alterações pulmonares, como derrame pleural (principalmente à esquerda),
Na Pancreatite necro-hemorrágica, o paciente pode apresentar SIRS – Síndrome da Resposta Inflamatória sistêmica

54
Q

O que é a pancreatitee necro-hemorrágica?

A

É o quadro mais grave de pancreatite aguda

55
Q

Complicações potenciais da pancreatite aguda:

A
• Hipovolemia
• Necrose intra e extra
pancreática
• Síndrome da Angustia
Respiratória do Adulto (SARA)
• Insuficiência Renal Aguda
• Íleo adinâmico
• Coagulação intravascular disseminada (CVID)
• Choque
• Sepse
56
Q

Como é realizado o critério de gravidade da pancreatite aguda?

A

Levam em consideração diferentes situações clínicas e laboratoriais do paciente como idade, oxigenação sanguínea, fatores hematológicos, bioquímicos.
A PCR é utilizada como marcador bioquímico associado a maior gravidade do quadro.
Os três sistemas mais utilizados são:
▪ Ranson ≥ 3
▪ APACHE II ≥8
▪ Glasgow ≥3

57
Q

Fase pré-analítica para o exame de pancreatite aguda:

A
  • Amostra não necessita de ser coletada em jejum
  • Amostra é o soro: pode ser coletado tanto no tubo vermelho como no que contém o gel, que é o amarelo.
  • Novidade: equipamento que facilita a visualização das veias
58
Q

Quais métodos são utilizados para a dosagem de enzimas pancreáticas para diagnóstico de pancreatite aguda?

A

• Colorimétricos: detecção da atividade enzimáticas
por detecção de mudanças cromáticas
• Turbidimétricos: a medida da atividade enzimática é
proporcional à diminuição da turbidez, gerada pelo consumo do substrato.

59
Q

Quais as principais enzimas dosadas para diagnóstico de pancreatite aguda?

A
  • Amilase
  • lipase
  • PCR: utilizada como maracador sérico de inflamação
60
Q

Características da amilase como marcador para pancreatite aguda:

A

Amilase: enzima encontrada nas glândulas salivares e pâncreas. Eleva-se dentro de 2 a 12 horas após o aparecimento dos sintomas, pico em 24 horas permanece nestes níveis por 03 a 07 dias. Possui menor especificidade que a lipase. Pode estar aumentada em: doenças, renais, apendicite, cetoacidose diabética.
Valor de elevação: 2 a 3 vezes o valore de referência.
Sensibilidade: 70 a 95%
Especificidade: 20 a 60%

61
Q

Características da lipase como marcador para pancreatite aguda:

A

Lipase: eleva-se em 4 a 8 horas após o surgimento dos sintomas de pancreatite, pico em 24 horas, e permanece elevada por 8 a 14 dias.
Sensibilidade e especificidade elevada utilizando o valor de corte de 3 vezes o valor
de referência.
ELEVAÇÃO 3x Valor de Referência
SENSIBILIDADE: 50 - 99%
ESPECIFICIDADE: 85 - 100%

62
Q

Pancreatite crônica:

1) Conceito
2) Causa mais comum
3) Sintomas

A

1) A pancreatite crônica é uma doença que se caracteriza por inflamação progressiva do
parênquima pancreático com fibrose irreversível do órgão - destruição progressiva das ilhotas e do tecido acinar do pâncreas (acarreta perda da produção de enzimas que auxiliam na digestão dos alimentos no intestino delgado)
Ocorre após episódios de pancreatite aguda que são, muitas vezes, subclínicos e de difícil identificação.
2) A CAUSA MAIS COMUM DE PANCREATITE CRÔNICA É O ÁLCOOL - 70 a 80% dos casos
3) Má digestão, má absorção, intolerância à glicose, diabetes, dor crônica (mais marcante), desnutrição.

63
Q

Pancreatite crônica:

1) Segunda principal causa
2) Pancreatite crônica hereditária
3) Pancreatite crônica autoimune
4) Outras causas de pancreatite crônica

A

1) A SEGUNDA CAUSA PRINCIPAL DE PANCREATITE CRÔNICA É A PANCREATITE IDIOPÁTICA - 10 a 30% dos casos
2) A PANCREATITE CRÔNICA HEREDITÁRIA É UMA DOENÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE - 1% - indivíduos com menos de 20 anos de idade
3) A pancreatite crônica autoimune
• Associação com outras doenças autoimunes - cirrose biliar primária (principal), doença inflamatória intestinal, entre outras.
4) Outras causas - pancreatite crônica são obstruções dos canalículos pancreáticos (por cálculos ou estenose inflamatória) trauma, hipertrigliceridemia e vasculites sistêmicas.

64
Q

A amilase e lipase auxiliam na pancreatite crônica?

A

Muito pouco, pois ocorre redução, e pode haver leve aumento em casos de exacerbação.

65
Q

Quais exames laboratoriais podem auxiliar mais?

A

Dosagem de bilirrubina e de fosfatase alcalina que podem se elevar devido a clestase secundária por compressão intrapancreática do cucto biliar.

66
Q

Diagnóstico de pancreatite crônica:

A

É mais clínico e radiológico

Existe a pesquisa da gordura fecal: contudo, é um sinal mais tardio da doença.

67
Q

Testes da gordura fecal:

A

Teste de Sudam - pesquisa qualitativa
Método de van de Kamer - pesquisa quantitativa
Institui-se uma dieta rica em gordura (100 g/dia)
Coleta-se fezes por 72 horas para análise.
Excreção de mais de 7 g/ dia de gordura caracteriza distúrbio de absorção.

68
Q

1) Quais os tipos de tumores pancreáticos mais comuns?
2) Afeta quais regiões do pâncreas?
3) Porque existe uma alta taxa de mortalidade?
4) Diagnóstico

A

1) Adenoocarcinoma: 90% dos casos diagnosticados
2) A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são corpo (centro) e cauda (lado esquerdo).
3) Pois o diagnósticos, normalmente, é tardio e possui um comportamento agressivo.
4) Exames de imagem (principal): ultrassonografia abdominal, tomografia, ressonância nuclear de vias biliares e da região do pâncreas
- laboratorial (não ajuda muito) e clínico
- A confirmação se dá por biópsia de tecido do órgão

69
Q

Sintomas no câncer de pâncreas:

A

Os mais perceptíveis são perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia e tontura
O tumor da cabeça do pâncreas
• Icterícia - causada pela obstrução biliar
• Dor na região das costas, no início, de baixa intensidade, podendo ficar mais
forte.
• Outro sintoma é o aumento do nível de glicose no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina, principal função do pâncreas.

70
Q

Amilase e lipase no câncer de pâncreas:

A

Alterações leves ou aumento discreto

Podem se elevar em fases iniciais ou em períodos de agravamento da doença